Sempre tive vontade de escrever assim: "Chove a cântaros em Fortaleza." Pronto matei a vontade. Um dia, num rasgo de infelicidade usei, no Maracanã de futebol:" Chove a píncaros no Rio de Janeiro." É coisa da vida de intelectual de histórias em quadrinhos. Mas já passei da fase. Agora leio o Almanaque Capivarol e quando dá, as previsões da Folhinha Mariana. Já viu?
Opinião
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Coluna do Macário Batista para 02 de julho de 2025
Bom dia
Mauro Filho desanca mito da gastança
No meio de um Congresso muitas vezes dominado por narrativas superficiais, o deputado cearense Mauro Benevides Filho (PDT) se tornou uma das poucas vozes que colocam técnica e verdade no centro do debate econômico.
“Eu desafio qual é o parlamentar que tem a informação que a despesa primária subiu de 23% para 24%. Essa informação é falsa, é mentirosa, ela não existe.”
Enquanto setores da oposição repetem, sem checagem, que o governo pratica “gastança”, Mauro traz números duros:
• A despesa primária caiu de 19,6% do PIB (2023) para 18,6% (2024).
• O que cresceu foi a dívida pública, que avançou R$ 1 trilhão só em 2024, puxada não pelos gastos sociais, mas pelos juros da dívida — despesa sobre a qual o Congresso pouco debate, pouco vota e muito se omite.
“O orçamento da União é de R$ 5,6 trilhões. Metade é despesa financeira. Já tentei aprovar três vezes limite para isso e fui derrubado. O sistema financeiro não deixa deputados e senadores votarem.”
É um problema estrutural da economia brasileira:
Enquanto o debate político se concentra na despesa primária — que financia saúde, educação, segurança e programas sociais — o peso dos juros da dívida, das amortizações e dos mecanismos de transferência de renda para o mercado financeiro segue blindado no debate público e no próprio Congresso.
Mauro grita
“O Brasil pode falir em cinco anos se continuar pagando um trilhão de reais e ninguém dizer nada.”
Quem se habilita a contestar?
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Senador Ci Gomes foi duro com o Banco Central
*Cid Gomes propõe mais tempo para que dirigentes do BC voltem ao mercado financeiro*
O senador Cid Gomes (PSB-CE) apresentou hoje o projeto de lei n° 144/2025 propondo um aumento de seis meses para quatro anos no tempo para que os dirigentes do Banco Central (BC) possam voltar a trabalhar no mercado financeiro, a chamada quarentena, para reduzir conflito de interesses. Atualmente, enquanto o mandato de presidente do BC dura quatro anos, a quarentena após a saída do gestor é de apenas seis meses.
O senador tem demonstrado incômodo com a forma com a qual o Banco Central vem atuando na política monetária do País, especialmente depois de ter tido sua autonomia aprovada, em pleno período de pandemia da Covid-19. Juros altos, inflação acima da previsão e falta de recursos para investimentos mostram, na avaliação do senador, que o BC está verdadeiramente comprometido com o mercado financeiro e não com o povo brasileiro.
“O que se vendeu como autonomia revelou-se uma transferência de poder sem os devidos freios e contrapesos. O Banco Central pode até ser, formalmente, independente do governo. Mas é, na prática, profundamente dependente do mercado financeiro. E essa dependência não é retórica”, afirmou.
Para reforçar sua tese, Cid citou o exemplo do ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, que assumiu hoje como vice-presidente e chefe-global de políticas públicas do Nubank, apenas seis meses após deixar a função. “Não é coincidência que, ao final de seu mandato, o presidente do Banco Central, responsável por conduzir a política de juros mais restritiva do planeta, tenha sido contratado por uma das maiores instituições financeiras privadas do país. Isso não é coincidência institucional, é confluência de interesses”, denunciou Cid.
O senador reforça que essa é a confirmação de que o Banco Central ao invés de servir ao público passou a se balizar nos interesses dos setores que deveria fiscalizar. E o mais grave, tudo sob os marcos legais vigentes. Daí a proposta de mudança no período de quarentena. “O que são seis meses para alguém que, em nome do interesse público, traçou a linha entre o que o setor financeiro poderia ou não lucrar — e que, ao fim, é acolhido por esse mesmo setor com salários fixos de centenas de milhares de reais e bônus que, historicamente, superam em muitas vezes esse valor?”, questionou Cid Gomes.
Foto: Alessandro Dantas/Agência Senado
Polícia Federal deflagra operação contra organização criminosa que ameaçava e planejava assassinato de auditor da Receita Federal no Ceará
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (1), a Operação PORTURIUM, com o objetivo de desarticular uma ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA que ameaçou e planejava o assassinato do auditor da Receita Federal no Ceará.
O grupo criminoso, que atua em fraudes no comércio exterior, ainda acessou dados reservados de sistemas, criou site falso para publicar fake news e realizou denúncias sabidamente inverídicas para atacar a regular atuação da Receita Federal e seus agentes.
Foram cumpridos nesta data 3 (três) Mandados de Prisão Preventiva e 8 (oito) Mandados de Busca e Apreensão, expedidos
pela Justiça Federal do Ceará, em endereços em Fortaleza/CE, Maracanaú/CE, Santos/SP e São Paulo/SP.
Os investigados responderão de acordo com suas condutas individuais pelos crimes de LAVAGEM DE DINHEIRO, DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA QUALIFICADA, AMEAÇA, PERSEGUIÇÃO QUALFIFICADA, FALSIDADE MATERIAL DE DOCUMENTO PARTICULAR, E ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, previstos nos ART. 339, §1º, 147, 147-A, §1º, III, e 298, todos do CÓDIGO PENAL, bem como no ART. 1º da LEI nº 9.613/1998 e no
ART. 2º da LEI nº 12.850/2013.
As investigações seguem em andamento, visando identificar outros envolvidos e apurar possível conexão com outros fatos.