Elmano prepara reforma no governo, que será em limite de prazo
Mudanças devem garantir que secretários possam estar disponíveis para disputar eleições de 2026, seguindo regras da desincompatibilização
O governador Elmano de Freitas (PT) confirmou que prepara uma reforma em seu secretariado para o próximo ano, em virtude das eleições de 2026. As mudanças deverão ser feitas entre o final de março e início de abril do ano que vem.
"A princípio nós vamos fazer (a reforma), mudando o secretariado, apenas entre aquelas pessoas que devem sair para candidaturas, o que deve ser no final de março, começo de abril. Esse é o prazo que nós temos estabelecido na lei", explicou Elmano durante coletiva de imprensa.
Como previsto nas regras eleitorais, aqueles que ocupam cargos na administração pública e que têm pretensões de disputar um mandato eletivo precisam fazer a desincompatibilização, deixando esses cargos dentro do prazo previsto no calendário eleitoral.
Definidos os nomes que irão fazer a desincompatibilização, o governo deve substituí-los por pessoas que já estão na respectiva secretaria, adiantou Elmano.
"Nós vamos ter como critério colocar pessoas que, a princípio, conheçam bastante o que está sendo feito nas secretarias para que a gente garanta a continuidade daquilo. Já vai ser o último ano do governo e nós temos que garantir as entregas daquilo que nós temos programado, para que até o final do mandato esteja tudo entregue, conforme prometido ao povo cearense".
Os secretários estaduais que já possuem mandatos eletivos estão entre aqueles vistos como certos para deixarem o governo na desincompatibilização. Muitos deles devem buscar a reeleição para cargos de deputado federal, deputado estadual ou até mesmo disputar outros cargos.
São os casos, por exemplo, de Lia Gomes (PSB), atualmente secretária de Mulheres; Eduardo Bismarck (PDT), secretário de Turismo; Oriel Nunes Filho (PT), secretário de Pesca e Aquicultura; Fernando Santana (PT), secretário de Recursos Hídricos; Zezinho Albuquerque (PP), secretário de Cidades; Moisés Braz (PT), secretário de Desenvolvimento Agrário, entre outros.
No entanto, há também secretários que podem disputar uma eleição pela primeira vez. É o caso, por exemplo, do chefe da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira. Nome de confiança do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), ele vem sendo ventilado para tentar uma vaga de Senado ou mesmo de vice-governador.
"Não sei exatamente se irei disputar uma eleição, mas a tendência é que eu possa cumprir os requisitos legais, realmente, no final de março, início de abril, que eu possa me desincompatibilizar e aí, na discussão com os nossos líderes políticos, com os partidos aliados, a gente vai definir qual vai ser o futuro", respondeu Chagas ao O Estado, sobre a questão da reforma no secretariado.
Ele evitou comentar sobre qual cargo pode concorrer, apontando que a definição deve ocorrer também no período da desincompatibilização. "Se comenta muito, se fala muito, mas a discussão mesmo, com a efetividade de decisão, só será a partir do mês de março ou abril, quando as coisas começam a se definir".
Outro nome que vai se desincompatibilizar e deve ir para a disputa eleitoral é a atual vice-governadora Jade Romero (MDB). Ela não está confirmada para seguir no mesmo posto, ao lado do governador Elmano. Além de disputar novamente o cargo de vice-governadora, outra possibilidade ventilada é que Jade dispute uma vaga de deputada federal.
Ela foi questionada sobre o assunto no sábado (20), durante coletiva logo antes do almoço promovido pelo governador com os secretários estaduais para fazer um balanço das ações em 2025 e alinhamento para 2026.
“A gente vai deixar a eleição para o período eleitoral, para o período das convenções. Com certeza vou me desincompatibilizar para estar à disposição, seja para concorrer ao lado do governador seja para concorrer a um cargo proporcional. O momento agora é realmente de a gente fazer as entregas e deixar as definições partidárias lá para a metade do ano que vem, quando vai se findar o período tanto de desincompatibilização como também de mudança de partido".
Por Igor Magalhães do jornal OEstadoCe
Nenhum comentário:
Postar um comentário