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Alece cria comenda Rosa da Fonsêca para homenagear mulheres que se destacam em diferentes áreas

Na discussão, além de Jô Farias, os deputados Renato Roseno (PSOL) e De Assis Diniz (PT) também defenderam a Comenda, destacando a história de luta, dignidade e compromisso da professora e ex-vereadora Rosa da Fonsêca.

A matéria indica que a Comenda Rosa da Fonsêca vida a “distinguir e valorizar mulheres que se destacam em suas respectivas áreas de atuação profissional, que representam a força e a determinação femininas do Ceará, em especial as que atuam na área da saúde, da educação, da cidadania e justiça, da defesa dos direitos das mulheres, dos direitos das crianças, da cultura, do desenvolvimento econômico e social e da sustentabilidade ambiental”.

Rosa da Fonsêca defendia os afetos da família e de amigos, as liberdades, a cultura como expressão da vida, os direitos humanos, o amor livre, o meio ambiente, a educação libertadora, o fim do sexismo e das opressões contras as mulheres para além da lógica liberal e de inclusao no sistema, o fim do trabalho alienado e reificante, o companheirismo, a solidariedade e a alteridade, a lealdade, a coerência e o compromisso com todas as lutas, a superação da sociedade produtora de mercadorias e a emancipação humana para construir uma sociedade socialmente igual, humanamente diversa e completamente livre.

Natural de Quixadá, Rosa Maria Ferreira da Fonsêca nasceu em 24 de abril de 1949. Foi estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC) e militante do movimento estudantil na época do regime militar. Assim como seus irmãos Manoel Fonsêca e Fátima Fonsêca, foi presa política e vítima de tortura, perseguição e violências do Estado Brasileiro. Em 1974, ajudou a fundar o grupo Crítica Radical ao lado de Jorge Paiva, Célia Zanetti, Maria Luiza Fontenele e outros militantes, contribuindo para a ação e reorganização dos movimentos sociais nos últimos 30 anos de história política no Brasil.

Rosa foi vereadora de Fortaleza de 1993 a 1996, sendo a segunda mais votada no pleito municipal, além de apoiadora de destaque na administração de Maria Luiza Fontenele na Prefeitura de Fortaleza, de 1986 a 1988.  Também foi professora da rede municipal de Fortaleza e sindicalista, tendo presidido a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará e do Sindicato Unificado dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação (Sindiute).

Rosa da Fonsêca morreu em 1º de junho de 2022, vítima de câncer. Hoje, é cidadã honorária de Fortaleza (projeto da então vereadora Larissa Gaspar), dá nome à Casa da Mulher Cearense, em Quixadá, e à Escola Municipal do Residencial Luiz Gonzaga, no bairro Jangurussu, em Fortaleza. Um Projeto de Decreto Legislativo, da vereadora Adriana Gerônimo, tramita na Câmara Municipal de Fortaleza prevendo a denominação de Rosa da Fonsêca à atual Praça da Gentilândia, no Benfica.

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