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Coluna do Macário Batista em 17 de dezembro de 2025

Opinião

 "Violência contra as mulheres também veste crachá
Com uma semana de atraso do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25/11), vimos uma sucessão de casos graves de feminicídio e novas pesquisas sobre o aumento da violência doméstica. Mas também nos deparamos com notícias na contramão desse cenário: o governo criou uma pensão especial para filhos de vítimas de feminicídio, paga pelo INSS, garantindo um salário mínimo mensal até os 18 anos mediante requisitos de renda e comprovação do crime. O benefício, previsto para iniciar em dezembro de 2025, foi regulamentado pelo Decreto nº 12.636/2025. O Congresso também tem promovido alterações na Lei Maria da Penha, como a Lei nº 15.125/2025, que permite a monitoração eletrônica do agressor durante medidas protetivas. Além disso, 6 de dezembro marcou o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres (Lei 11.489/2007), reforçando a corresponsabilidade masculina.   Apesar de todos esses avanços, ainda falamos muito pouco da violência contra a mulher no ambiente de trabalho. Basta começar pelo que se espera de um colaborador “normal”: ser pontual, entregar mais do que o esperado, vestir a camisa. Mas e de uma colaboradora? Acrescente: vestir-se de forma “adequada”, “ser forte”, encarar tudo “como um homem”. Não se ausentar em crises menstruais. Fazer vista grossa para comentários e comportamentos inadequados.  Em muitos ambientes, espera-se que mulheres deixem parte de quem são na porta e entrem descomplicadas, neutras e produtivas. É desse padrão de exigência e silêncio que nasce boa parte da violência que enfrentam no trabalho. E essa violência não é só o assédio. Às vezes, é a reunião em que se tenta falar e não consegue. O chefe que sabe como desestabilizar. O olhar que diminui. A promoção que não vem. O salário menor que o do colega homem. Para quem já precisou sobreviver a outros medos, cada microagressão desperta gatilhos que não desligam facilmente. E é aqui que a violência encontra o burnout. Pesquisas recentes mostram que trabalhadores expostos à violência psicológica têm risco significativamente maior de desenvolver burnout. Não é difícil entender o porquê: quando o corpo aprende a sobreviver, não relaxa mais; a mente se acostuma a mapear perigos; o ambiente reforça a sensação de desproteção; a exaustão deixa de ser fase e vira modo de existência".  Por Renata Seldin 

A frase: "Numa semana em que falamos tanto das agressões explícitas, é preciso lembrar que muitas mulheres adoecem silenciosamente em empresas que não reconhecem a violência que se infiltra nas entrelinhas, nos aspectos moral, emocional e institucional. O ambiente de trabalho segue sendo um dos espaços onde a violência contra mulheres se reproduz com mais sutileza e menos responsabilização. Reconhecer isso não é fragilidade. É responsabilidade corporativa". Renata Seldin é doutora em Gestão da Inovação, com mais de 24 anos de experiência como executiva em consultoria de gestão. 
 
Sem surpresa (Nota da foto)
Quando o governador Elmano anunciou que mudaria quadros de primeiro escalão no Governo do Ceará mais que depressa apareceram nomes. Puxa o carro,Chagas Vieira, Casa Civil, que quer mandato ano que vem.

Grupo de trabalho
Perguntaram pro presidente da Assembleia pra quando será o concurso pros quadros da Casa. - Estamos trabalhando pra aprovação ainda este ano em plenário. O concurso será ano que vem para de 200 a 280 vagas. Papo reto.


A Federal descobriu
O primeiro caso de corrupção e desvio de emendas do orçamento secreto a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal deve dar ao país, no início de 2026. Trata-se de ação penal por corrupção passiva e organização criminosa que tem três deputados federais do PL na linha de frente: Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE). 

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