Alta no preço de corridas da Uber e da 99 gera queixas de usuários e não se reflete em ganhos para motoristas.
Usuários de aplicativos de transporte têm relatado, nas últimas semanas, aumentos expressivos no valor das corridas, especialmente entre o fim de novembro e o início de dezembro. As reclamações se multiplicaram nas redes sociais, com registros de trajetos que passaram a custar duas ou até três vezes mais do que o habitual em um curto intervalo de tempo.Em publicações amplamente compartilhadas, passageiros apontam que viagens antes consideradas acessíveis sofreram reajustes abruptos, inclusive em percursos curtos. Há relatos de corridas urbanas simples que praticamente dobraram de preço, além de deslocamentos mais longos que saltaram de valores médios para cifras significativamente mais altas, sem mudanças aparentes no trajeto. Apesar da percepção generalizada de encarecimento para os consumidores, o aumento não tem se refletido de forma proporcional na renda dos motoristas. De acordo com a Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (AMASP), embora as plataformas estejam cobrando mais dos passageiros, o faturamento dos condutores segue pressionado por taxas variáveis, tempo ocioso e fatores externos, como trânsito intenso e redução no número de chamadas em determinados períodos. A entidade aponta que a diferença entre o valor pago pelo usuário e o montante efetivamente recebido pelo motorista tem se ampliado, o que ajuda a explicar o descompasso entre a insatisfação dos passageiros e a ausência de ganhos adicionais para quem está ao volante. Procuradas, as empresas atribuem os aumentos à aplicação da chamada tarifa dinâmica, mecanismo que ajusta os preços conforme a relação entre oferta e demanda em determinadas regiões e horários. Segundo as plataformas, quando há mais pedidos de corrida do que motoristas disponíveis, o sistema eleva temporariamente os valores como forma de atrair mais condutores. Quando o equilíbrio é restabelecido, os preços tendem a retornar ao patamar usual. Pesquisa inédita do GigU, em parceria com a Jangada Consultoria de Comunicação, mostra que 58,2% dos motoristas consideram que as plataformas não são claras em relação a seus critérios e regras, enquanto 36,7% afirmam que apenas parte das informações é compreensível. Apenas 5,1% percebem total transparência nos serviços utilizados diariamente. A falta de clareza impacta diretamente decisões operacionais e o rendimento financeiro. “Quando critérios de bloqueio ou comissões não são explicados de forma objetiva, o motorista tem dificuldade para planejar suas jornadas e otimizar ganhos”, afirma Luiz Gustavo Neves, CEO e co-fundador da fintech. A percepção parcial de transparência, apontada por quase 37% dos entrevistados, indica que, mesmo quando informações são fornecidas, elas nem sempre são suficientes para orientar o trabalho cotidiano. O uso de algoritmos para variação de preços não é ilegal, desde que haja transparência. O Código de Defesa do Consumidor determina que o usuário seja informado de forma clara sobre o valor final da corrida antes da contratação do serviço, além de ser alertado quando houver cobranças acima do padrão habitual.
A frase: "A orientação é que passageiros mantenham registros de situações consideradas abusivas, como simulações de corridas com valores elevados, histórico de preços anteriores e protocolos de atendimento junto às plataformas. Esses documentos podem ser fundamentais para eventual contestação e busca por reparação". Cliente das plataformas sugerindo a observação das operações.
Perícia do MPF diz que data center de R$ 200 bi do TikTok no CE omite danos.(Nota daa foto)
Um laudo técnico produzido pela Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise, ligada à PGR (Procuradoria-Geral da República), aponta uma série de falhas e omissões no projeto e no licenciamento do mega data center do TikTok, que prevê investir R$ 200 bilhões no Ceará ao longo de duas décadas.O documento, assinado pelo perito Valdir Carlos da Silva Filho, foi produzido a pedido do MPF (Ministério Público Federal) do Ceará dentro do inquérito que apura os impactos socioambientais do empreendimento —que já teve licença prévia concedida pelo governo do estado e do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e aguarda a licença de implantação para iniciar as obras.

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