Contato

Velhos expedientes, novos interesses


Christian Carvalho Cruz, de O Estado de S. Paulo

Como o Brasil prende-se ao patrimonalismo, currais eleitorais e autoritarismo cego quando o tema é política
Na última semana os brasileiros puderam sentir uma incômoda sensação de déjà vu. Era o senador e ex-presidente Fernando Collor, arfante e com olhos projetados, berrando frases destemperadas a um adversário político. Era o presidente do Senado, José Sarney, acusado de cometer atos secretamente ilícitos, defendendo-se em plenário e invocando até a sua generosidade como avô. Eram os senadores Tasso Jereissati e Renan Calheiros, ao melhor estilo "faroeste caboclo", acusando-se mutuamente de coronel, cangaceiro, dedo sujo e m.... Era a volta da famigerada tropa de choque, essa instituição nacional sempre convocada para salvar congressistas em graves apuros. Há quanto tempo o País assiste a coisas assim? E por quanto tempo terá de conviver com o patético de espetáculos dessa natureza? Afinal, por que a política nacional não consegue se livrar do eterno retorno de seus próprios arcaísmos?


É como um círculo do inferno de Dante, diz o cientista político Carlos Melo, professor de Sociologia e Política do Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa, de São Paulo. "A sociedade que se modernizou na economia, nas relações humanas, na tecnologia e nas comunicações não modernizou seus personagens políticos. Estes, por sua vez, não têm interesse de modernizar a política da qual se beneficiam", explica Melo. "Além disso, o bom momento econômico contribuiu para nos aprisionar num conformismo pragmático e num moralismo farisaico. Estamos satisfeitos, isso nos basta." Autor de Collor, o Ator e suas Circunstâncias (Editora Novo Conceito, 2007), em que analisa a ascensão e a queda do ex-presidente, defende que só uma difícil - mas não impossível - revolução de valores pode tirar a política brasileira da mesmice responsável pela reprodução de seus vícios.



Por que não conseguimos nos livrar desses ‘eternos retornos’ - fisiologismos, tropas de choque, acordões, manipulações, dossiês?

A sociedade brasileira se modernizou do ponto de vista econômico, humano, tecnológico, nas comunicações, mas não avançou politicamente. E a política não consegue renovar seus métodos porque não renova seus personagens. Se olharmos o cenário sugerido para a eleição presidencial de 2010, a rigor, não temos nada de novo. Dilma Rousseff foi de uma organização de esquerda na década de 60. José Serra foi presidente da UNE em 1964. Aécio Neves é neto de Tancredo. Qual a renovação aí? Além disso, é repetitivo dizer, mas é a pura verdade, temos um problema de sistema eleitoral e de representação. O voto no Brasil ainda é baseado em currais. Quando um deputado diz que está se lixando para a opinião pública é porque ele não depende mesmo da opinião pública, dos leitores de jornais, da sociedade política. Ele depende da ponte que, na relação com o Executivo, conseguiu mandar fazer naquela pequena cidade em troca de alguns votos, depende da relação com o prefeito, com os apadrinhados que ele emprega e lhe pagam agindo como cabos eleitorais. Esses são mecanismos muito enraizados, inclusive porque o eleitor prefere manter esse tipo de relação despolitizada com a política. É uma relação que não passa pela cidadania, mas pelo interesse pessoal. De novo, qual a renovação aí? O resultado é que, diante de tanta mesmice, parte da sociedade prefere se retirar a participar, começa a achar que política é coisa para malandro. Não é. Mas, quando se acredita nisso, a malandragem agradece.



A solução passa obrigatoriamente pela renovação dos personagens?

Veja o bate-boca de quinta-feira entre Tasso Jereissati (PSDB) e Renan Calheiros (PMDB). Até os termos usados de lado a lado, "coronel" e "cangaceiro", reforçam o nosso arcaísmo político. Como encaminhar votações importantes, formular alternativas e construir políticas nesse contexto? Impossível. Que trégua estabelecer quando os dois que se engalfinham são justamente as duas maiores lideranças dos partidos a que pertencem? Quem acima deles pode estabelecer a paz? Depois reclamam das interferências do Poder Executivo... Por mais paradoxal que pareça, esse bate-boca é a expressão da despolitização da política, do abandono da grande política, do Senado - lugar de sêniores - reduzido a uma espécie de assembleia sindical, a uma imitação barata das plenárias do movimento estudantil. Quer exemplo mais claro do arcaísmo brasileiro do que Sarney dizer que não conhece seu afilhado de casamento? É provável que não conheça mesmo. Quantos coronéis são convidados a batizar os filhos dos seus empregados e nunca se dão conta do nome da criança?



Como o senhor avalia outra velha ‘instituição’ do Congresso, a tropa de choque, que sempre aparece quando alguém está na berlinda?

Quando faltam argumentos e articulação política, as maiorias acabam se impondo pela força de uma tropa fiel a seus líderes e aos interesses que representam e defendem. Há normalmente um grande grau de truculência, porque, afinal de contas, é a política por meio da força e não da negociação. De tempos em tempos essas tropas de choque, truculentas e impositivas, surgem na política brasileira. Essa que hoje está ao lado do Sarney tem como objetivo defendê-lo, pelos métodos que forem necessários, no espírito do "bateu-levou", como dizia um porta-voz de Collor.



Collor é um expoente da atual tropa de choque, defendendo o mesmo Sarney que um dia chamou de ‘o maior batedor de carteira da história do País’. Como isso é percebido pela população?

Não deveria surpreender, porque a lógica de agrupamentos desse tipo não passa por relações pessoais ou ressentimentos do passado, mas por interesses muito objetivos e pelo pragmatismo do presente. Esses batalhões são compostos por conveniências absolutamente voláteis. Falando de Collor especificamente, é provável que a sociedade moderna veja o ressurgimento dele como a reedição de um passado que já deveria ter sido superado pela democracia. O velho estilo não assusta mais, apenas irrita, aborrece e denuncia o anacronismo da política em relação à sociedade e à economia, que tanto se transformaram do governo Collor para cá. Ainda assim, é possível que ele encontre ressonância nos segmentos mais despolitizados, atrasados, de índole autoritária, nos eleitores dos currais ainda apegados à nossa tradição patriarcal. O mais triste, porém, é que tudo isso contribui para esse sentimento generalizado de renúncia à política. A confusão ajuda a disseminar a avaliação cínica segundo a qual tudo é permitido, porque afinal "política é assim mesmo".



Foi só a mesmice na política que levou a sociedade brasileira a esse conformismo?

Não. Há também um movimento maior, global, de fim de utopias, de partidos de esquerda, a queda do Muro de Berlim... Filosoficamente, passou-se a acreditar que a economia poderia garantir tudo. É triste dizer, mas o bom momento econômico é péssimo conselheiro. Ele releva os problemas, desmobiliza. Neste momento vivemos uma crise da qualidade da política no Brasil, mas como a economia vai mais ou menos bem, tapam-se os olhos e o nariz e deixa-se como está. É um erro tremendo, porque se a política estivesse bem ela potencializaria a economia. Mas chegamos ao suficientemente bom e paramos. Nós pensamos: "Poderia ser melhor, mas estamos satisfeitos assim". Não há pressão pelo ótimo, não temos instituições ou lideranças interessadas em apontar o caminho da mudança. Ficamos só amaldiçoando o escuro, e a vela ninguém quer acender. É preciso que a sociedade que se indigna comece a encontrar alternativa. Será que precisaremos chegar à antessala de um desastre econômico para mudar? É uma pergunta que faço para a sociedade e para o mercado.



Como o sr. avalia o desempenho da oposição na crise do Senado?

O Sarney não é santo, mas quem pode jogar pedra? O Arthur Virgílio tentou e a pedra voltou na testa dele. A oposição está perdida. Não tem programa, não tem discurso, não tem postura. O PSDB critica o governo federal, mas passa por um problema sério com a governadora Yeda Crusius no Rio Grande do Sul. Faz só críticas moralistas. Devia era pegar as bandeiras das reformas política e eleitoral e se bater por isso.



Qual deve ser o caminho da mudança, então?

Primeiro, precisamos mudar nossos valores sociais e humanos. Não podemos nos eximir de nossa responsabilidade de cidadãos. Sabe quando você está na estrada e o carro que vem no sentido contrário pisca o farol para avisar que tem polícia mais adiante? Ele está dizendo para você ir devagar até burlar o policial e que depois pode correr de novo. É a esperteza. Ouço muito as pessoas indignadas dizendo: "Que exemplo eu vou dar para o meu filho se esses políticos fazem isso e aquilo?" Eu digo: "Esqueça os políticos. O exemplo para seu filho é você". Então, é preciso haver uma reforma do indivíduo. Mas ela é mais complicada e, portanto, sou cético. A sociedade moderna tem trazido cada vez mais individualismo e mesquinhez. O que isso tem a ver com política? Tudo. Não devemos achar que política é só o Sarney arrumando emprego para o namorado da neta. A política, na verdade, começa quando você não tenta enganar o guarda. É claro que o exemplo que o Sarney e outros políticos dão à sociedade é o da esperteza, do levar vantagem. Mas nós aderimos ao Sarney ou combatemos o Sarney? Essa é a questão.



O presidente Lula aderiu.

Lula tinha duas más escolhas a fazer: abandonar Sarney e se livrar de um desgaste de imagem, ou abraçar Sarney e manter o PMDB como aliado num momento de CPI da Petrobrás no Senado e de eleições presidenciais na qual ele tentará eleger uma candidata pouco conhecida. Entre enfrentar o custo de perder a máquina peemedebista e suas mil e tantas prefeituras e perder popularidade, o presidente fez a escolha correta do ponto de vista político. Até porque quem está indignado com o apoio de Lula a Sarney são aqueles que já antipatizam com ele. Dizem que é impossível governar sem o PMDB. Eu digo que também é impossível governar com o PMDB. Agora, um presidente com 80% de aprovação popular poderia se envolver mais com as mudanças que o País necessita. No jogo político que está aí é até compreensível que se faça uma aliança ruim para poder governar. Mas não dava para negociar mais caro? Fazer a aliança e ao mesmo tempo arrancar as mudanças? Não precisava entregar de mão beijada. Estamos numa armadilha: precisamos de reformas, mas quem pode fazer é quem se beneficia dos problemas. E eu não vejo no horizonte eleitoral alguém capaz de apresentar novos valores, novas propostas.



O sr. parece bem pessimista.

Sou cético. A história da humanidade mostra que é possível evoluir. Nós já fomos piores do que somos hoje. Mas esse conformismo cínico e pragmático e esse moralismo farisaico me incomodam. O que vemos hoje no Senado é efeito dessa forma de olhar para a política. O Senado era o topo da carreira de um político, ali se discutia em alto nível. Não é mais assim. Tiramos o Sarney de lá e colocamos quem, para promover as transformações que precisamos? Não se trata de derrubar governo. Mas se existisse uma sociedade política, se ela começasse a discutir o País com mais profundidade e começasse a levar isso para fora, poderia dar certo. Enquanto nos Estados Unidos a sociedade disse "Yes, we can!", aqui falaram "Cansei!". Com uma frase vazia o Obama despertou a América moderna contra a América arcaica. Nós temos que encarar esse desafio. Mas, por enquanto, dado o jogo político possível em nossa jovem democracia, vamos conciliando o moderno com o arcaico. Patinamos, não saímos do lugar.

CAPACITAÇÃO

STDS inicia curso de qualificação para técnicos do PROARES II

Data: segunda-feira, dia 10 de agosto
Hora: 8:30
Local: Hotel Plaza Praia, Rua Barão de Aracati, 94 - de Iracema

A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social lança, na manhã de
segunda-feira, dia 10 de agosto, curso de capacitação para gestores
municipais integrantes do Programa de Apoio às Reformas Sociais para o
Desenvolvimento da Criança e do Adolescente do Ceará (Proares ? II). A
capacitação acontecerá no Hotel Plaza Praia e terá duração de 5 dias e vai
ser destinada a um total de 100 técnicos, informando-os sobre temas de
interesse da administração pública, como processos licitatórios, prestação
de contas, controle interno e orçamentos da obras do Proares.

O curso é uma ação voltada para os coordenadores municipais do Programa,
presidentes das comissões licitatórias, técnicos financeiros e
representantes da STDS, Tribunais de Contas dos Municípios e Secretarias
parceiras. A equipe de instrutores será constituída de por técnicos do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do TCM e da STDS. ügO
Proares não se resume em obras, mas compreende, sobretudo, a melhoria dos
serviços, que devem ser prestados com qualidade para melhorar as condições
de vida das pessoas no interiorüh, destaca a secretária. Fátima Catunda.
Ela ressalta que, além da população em si, as obras do Proares beneficiam
toda a comunidade, que ganha novos espaços de convivência social, cultural,
esportiva e de lazer.

O Proares II é o resultado de contrato de empréstimo firmado com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) que disponibilizou o valor de US$
45 milhões ao Governo do Ceará, além de R$ 20 milhões oriundos dos cofres
do Estado, para a realização de obras que beneficiarão 80 mil crianças em
80 municípios até o final de 2010. Dentre as obras, destaca-se a construção
de Centros Esportivos, Quadras Poliesportivas, construção e reforma de
Centros de Referência em Assistência Social (Cras), de Centros de Educação
Infantil (CEI), para crianças de zero e cinco anos; construção de
Bibliotecas Públicas e Pólos de Convivência Social. As obras são indicadas
pelas comunidades de cada município.

MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS

Escolhidos dentre os municípios com o maior índice de vulnerabilidade
social, apontados pelo IPECE, os contemplados são: Amontada, Barroquinha,
Bela Cruz, Caririaçu, Catarina, Chaval, Choro, Croata, Graça, Granja,
Itapipoca, Itarema, Itatira, Madalena, Maranguape, Parambu, Saboeiro,
Salitre, Tejuçuoca, Trairi, Tururu, Uruoca e Viçosa do Ceará, em 2008; e
mais, Aiuaba, Araripe, Aratuba, Arneiroz, Assaré, Boa Viagem, Cariré,
Caucaia, Ibaretama, Ipaporanga, Ipueiras, Juazeiro do Norte, Miraíma,
Morrinhos, Paramoti, Poranga, Quixelô, Santana do Cariri, Tamboril e
Tarrafas, em 2009.
Na seleção dos municípios beneficiados, a STDS conta ainda com o apoio
do terceiro setor e das associações comunitárias. O objetivo do Proares é
contribuir com a implantação de estratégias de desenvolvimento social do
Estado, apoiando o processo de reformas sociais e melhorando as condições
de vida de crianças, adolescentes, jovens e as famílias em situação de
vulnerabilidade social.

Primeira página do Jornal O Estado



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Para ler o jornal acessar www.oestadoce.com.br

Da coluna de papel do Jornal O Estado



Brecheiros, graças a Deus
Na Praça do Figueiras, em frente aos Correios e à Igreja de São Vicente de Paulo, onde hoje funciona o Fórum e onde já foi o Hotel Municipal, ficava o campo da pelada da gente. Os times eram sempre diferentes apesar de os mesmos jogadores. A gente tirava um par-ou-ímpar e escolhia cada uma os seus jogadores. Tidin, Bolão, Helim, Tião Meia-Meia, Santo (que era eu com mania ser o São Castilho), Nozinho, Gatin, Zezão Boca de Surrão, Paulinho da Fanfa, Ingegão, Isquinha, Perneca, Pimentinha, Memé, Muxuré e outros craques da era. As discussões eram sobre se foi gol (a trave eram duas pedras), se foi pênalti ou se saiu pela lateral ou, ainda se foi falta. Éramos juízes de nós mesmos. Cacete mesmo nunca quebrava. Aqui acolá um empurrão que terminava com pão passado com manteiga Cabeça de Touro na padaria do Seu Salu. Pronto. As rivalidades ficavam no campo. Jamais alguém chamou alguém de coronel de merda. Até porque éramos soldados rasos, bem educados e sobre nenhum de nós pesava qualquer acusação que fosse além de brecheiros, clientes da Dosinha ou frequentadores, das camarinhas da Cidao onde alguns até se apaixonaram por suas jumentinhas prediletas. O mais rico de nós tinha uma lambreta comprada e abastecida com o dinheiro ganho trabalhando na torrefação do pai. Só um de nós virou político. Durou pouco. Graças a Deus saiu do meio, quando tentou e não virou senador.

“Coronel de merda” - É mais fácil Renan ser canonizado por Bento 16 do que condenado pelo conselho”. De uma felpuda raposa envolto em política.

Sem ela (Nota da foto)
Lula vai oferecer um churrasco na Granja do Torto ao colega Nicolas Sarkozy, que vem assistir os festejos de 7 de setembro, pelo ano da França no Brasil. Carla Bruni,- snif snif - não virá.


Diálogo edificante
- Senador não aponte seu dedo sujo na minha direção. – Dedo sujo é o seu que usou o dinheiro do Senado para pagar viagens no seu jatinho. Dizem que teve um “Coronel de merda”.

Alegria do povo
O povo brasileiro tem se beneficiado sobremaneira da crise política do Senado. Só assim a gente saberia quem fez o que, onde e com quem. Altamente produtivo.

Dose dupla
O Estado vai duplicar o trecho da rodovia que liga Fortaleza a Redenção, nos 25 quilômetros a partir de Guaiuba. Melhora o caminho pro turismo no Maciço de Baturité.

Culturama
O secretário de Cultura, Chico Auto Filho preside hoje a reunião do Conselho Estadual de Cultura. Prestigia a Biblioteca Pública quando junto seus cultos uma vez por mês.

Em setembro
O PP está preparando um grande encontro no próximo setembro. O Padre Zé quer ouvir as tendências do partido sobre 2010 no Ceará. Vai ser a bússola. Ou o GPS.

Reserva maluca
O deputado Carlos Bordalo (PT) apresentou na Assembleia do Pará, proposta de emenda constitucional onde 30% das vagas em concursos públicos do Estado, em todos os níveis, ficam reservadas para candidatos na faixa de 18 a 29 anos.

A Secult informa
O Museu Sacro São José de Ribamar, em Aquiraz, distante 32 km de Fortaleza, estará fechado para restauração a partir de segunda-feira, dia 10 de agosto, por 90 dias.

Em Fortaleza
No Festival de Cinema, 125 artistas, na semana passada, assinaram um documento de apoio à Petrobras, em retribuição aos patrocínios da estatal.

Assinaram...
•... dentre outros, Evaldo Mocarzel, Tizuka Yamazaky, Lúcia Murat, José Joffily, Orlando Senna, Carla Camurati e Monique Gardenberg,

Em alfa
Engenheira Juracy Neves anda se achando com o seminário que pensou Sobral para os próximos 20 anos realizado na semana passada. A super secretária levou pra lá de Fausto Nilo a Zé Linhares.

Foi o Lula
O senador Pedro Simon foi mais um senador que atribuiu ao presidente Lula a responsabilidade pela crise que vive o Senado. Falta acusarem Lula pela morte do Michel Jackson.

Representa, ou não
Amanhã o PSDB deve se reunir formalmente para discutir o desejo de Tasso de acionar Renan Calheiros no Conselho de Ética pelo bate-boca da sessão de quinta-feira. Tucanos não querem mais gasolina no fogo.

Proares para 50 prefeituras
O governador Cid Gomes vai assinar, no próximo dia 20, convênios com mais 20 prefeituras que receberão projetos do Proares, voltado para a juventude, financiado pelo BID.

De olho em 2014
Diz a titular da STDS, Fátima Catunda, que serão cerca de 50 obras envolvendo quadras poliesportivas, núcleos de atendimento à juventude e ações de educação.

Quem não tirou, perdeu
A Prefeitura avisou, em julho, que era pra neguim retirar as placas irregulares da Av.Washington Soares. A Semam voltou lá. O teimoso, dos 77 notificados, dançou.

Você já sabia
O leitor desta coluna também já sabia, quinta-feira, que as outras sete denúncias e/ou representações contra Sarney no Conselho de Ética do Senado seriam arquivadas. Foi na sexta.

BOM DIA

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

Blogado pelo famoso jornalista Hélio Rocha Lima, do pessoal do blog na Lagoa Redonda. Ce conhece a Redonda?

Assessor de Sarney discute cobertura da crise

Jornalistas Chico Mendonça e Denise Rothenburg
debatem papel da imprensa, hoje, na TV Câmara

A programa "Comitê de Imprensa", que a TV Câmara exibe nesta sexta-feira (7), às 22 horas, recebe o secretário de Imprensa da Presidência do Senado, Chico Mendonça, e a repórter do "Correio Braziliense" Denise Rothenburg. Os dois jornalistas discutem a forma como a imprensa cobre a crise do Senado e a série de denúncias contra o presidente José Sarney.
Apresentado por Paulo José Cunha, o programa será reprisado no sábado, às 11 horas, e no domingo, às 6 horas, às 11h30 e às 23h30.

MP cassa vereadora de Caucaia por fraude

O Ministério Público Eleitoral da 37a Zona (Caucaia), por meio do promotor de Justiça
Ricardo Rocha, obteve êxito na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo impetrada,
pedindo a cassação da vereadora Germana Miranda Sales, eleita nas eleições de 2008
naquele município. A vereadora teve o seu mandato cassado pela juíza titular da mesma
Zona, Sandra Helena Fortaleza de Lima Bessa.

Ao registrar sua candidatura, a vereadora declarou à Justiça Eleitoral que não ocupava
nenhum cargo ou função na Administração Pública. No entanto, após sua diplomação, o
Ministério Público constatou que a vereadora, ao contrário do que havia informado,
exercia o cargo de Auditora Adjunta da Receita Estadual em Caucaia.

Para o Ministério Público Eleitoral, a atitude da vereadora representa uma fraude ao
processo de registro de candidatura e um atentado ao Regime Democrático de Direito e à
legitimidade das eleições. A candidata, mesmo sabendo que estava inelegível, incluiu
declaração falsa em seu registro de candidatura, visto que não havia pedido o
afastamento da função pública no prazo determinado pela Lei.

Além de ter sido afastada do mandato por ter sido cassada, a vereadora foi declarada
inelegível para as eleições dos próximos 3 anos, subseqüentes à data do último pleito.
No lugar de Germana Miranda Sales, assume José Diogo Gomes, eleito suplente pela
coligação PR/PPS.

Reforma total prevista para 90 dias no prédio do Museu Sacro São José de Ribamar.

O público será recebido no anexo, no Largo da Independência
A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) informa ao público que o prédio do Museu Sacro São José de Ribamar (Praça Cônego Araripe, 22 – Centro), em Aquiraz, distante 32 km de Fortaleza, estará fechado para uma grande restauração a partir de segunda-feira, dia 10 de agosto, por um período de 90 dias, mas o público poderá continuar visitando o acervo de obras sacras. A reforma custará R$ 219.804,49, sendo recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Tesouro do Estado executada pela Secretaria de Turismo do Ceará.
A partir do dia 15 de agosto, sábado, o atendimento ao público se dará em prédio anexo, localizado no Largo da Independência (atrás do Museu Sacro, onde funcionava a Secretaria de Educação de Aquiraz). É neste casarão que o Museu Sacro promove sua programação cultural mensal.
A primeira atividade na nova casa será a reabertura da mostra permanente “Santos e outros objetos sacros”, em homenagem ao aniversário de 200 anos da Igreja Matriz de Aquiraz, no dia 15 de agosto, sábado. Já no dia 29 de agosto é a vez de um encontro com a sociedade aquiraense, no I Seminário de Integração do Museu com a Comunidade de Aquiraz. Informações pelo telefone (85) 3361-2535.
Bem Tombado - O Museu Sacro de Aquiraz é tombado pelo Governo do Estado e mantido pela Secretaria da Cultura do Ceará (Secult). Funciona no mesmo prédio onde existia a Cadeia Pública de Aquiraz, de 1742 a 1965. As grades originais da prisão ainda estão lá. O segundo pavimento do Museu também é histórico, pois recebeu de 1877 a 1965, a sede da Prefeitura e da Câmara Municipal, além de um salão de festas.
Foi inaugurado em 27 de setembro de 1967 e possui acervo com mais de 500 peças oriundas, principalmente, do espólio dos jesuítas. Entre as peças do local, estão missais, paramentos, oratórios e imagens eruditas e populares, classificadas nas coleções de imaginária, ourivesaria, mobiliário e indumentária. A maioria delas é datada dos séculos XVIII e XIX.
Serviço: Anexo do Museu Sacro São José de Ribamar – Largo da Independência, sn, Centro Aquiraz. Horário de visitas: terça a sábado das 8h às 17h. Entrada franca. Informações pelo telefone (85) 3361-2535.

Estamos com fome de amor...

(Arnaldo Jabor)

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros
e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam
sozinhas e saem sozinhas.

Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam,
alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os
novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se
fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber
carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas
de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois
saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe essas coisas simples
que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber
como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia
fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de
relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: "Quero um amor
pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra
ser sozinho!" Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em
meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos,
quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a
cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o
solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas
bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de
frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio,
démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer
ridículos, abobalhados, e daí?
Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e
falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o
tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não
volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por
você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali
estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? um ditado tibetano diz que
se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno
demais, pra quê pensar nele?

Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma
advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o
que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o
vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que ninguém pode ver o que
realmente é o seu cabelo (rebelde, crespo,)ou que sua roupa
representa para outras pessoas , e eu não posso me aventurar a dizer
pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um
dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não
pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo
resto da vida".

Antes idiota que infeliz!"

Duque diz que não teme rejeição

Leitor deste blog já sabia. O da coluna de papel, mtabem.

De Maria Lima, de O Globo:

Apelidado de "arquivador geral do Senado", o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), dá despacho nesta sexta-feira a mais uma leva de seis pedidos de investigação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Nesta sexta vence o prazo para que ele decida se arquiva ou aprova a abertura de processo disciplinar contra Sarney pedido em outras três representações do PSDB e PSOL e três denúncias assinadas pelo líder do PSDB Arthur Virgilio (PSDB-AM) e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Ele já avisou que deve dar a elas o mesmo destino das quatro primeiras. E diz que está tranquilo.

- Não temo. Já até marquei com minha família aonde vou almoçar no dia dos pais. Não temo nada - disse Duque.

O presidente do Conselho disse que os despachos desta sexta, que vão direto para a publicação sem passar pelo debate no Conselho, tem que ter o mesmo dos anteriores - mandando arquivar qualquer investigação contra Sarney - para ser coerente.

- O bom ladrão salva-se, mas não há salvação para o mau juiz. O juiz covarde não tem salvação - disse Duque.