Contato

As manchetes deste sábado

- Globo: Mercadante não consegue dizer ‘não’ para Lula e fica



- Folha: Mercadante atende a Lula e desiste de saída ‘irrevogável’



- Estadão: Mercadante é repreendido por Lula e desiste de sair



- JB: Desmatamento usa o trabalho escravo



- Correio: Cerco ao valioso mercado de jóias

OPINIÃO

Adicional de insalubridade
NELSON MOTTA

Como a crônica de uma patifaria anunciada, tudo correu como o previsto. O público assistiu ao vivo a um espetáculo deprimente de cinismo e covardia, protagonizado por um elenco de personagens quase inverossímeis em defesa do indefensável. Não chega a ser um consolo para os 70% de cidadãos que queriam Sarney fora, mas esses senadores não poderão sair na rua nem ir a lugar nenhum, a não ser cercados de seguranças. E vão disputar eleições no ano que vem.

Freudianamente, Sarney disse sobre o "Estadão" o que parecia dizer ao espelho: um velho de fraque e brincos. Que nunca fez nada de errado na vida. Que é vítima inocente de cruel campanha. Arquétipo ou caricatura?

Mas por que o "Estadão" (e a "Veja", a TV Globo, a CBN, a "Folha de S.Paulo", O GLOBO, a "Zero Hora") iria mover tão cruel e injusta perseguição contra ele? Para enfraquecer o presidente Lula, a resposta está na ponta da língua, como um slogan de campanha. É a conspiração da direita, contra os pobres.

Agora perguntem aos eleitores de Lula, principalmente os de esquerda, se eles sentem orgulho ou vergonha do apoio de seu líder a Sarney e Renan?

Alguém duvida que, para a opinião pública, a eventual queda de Sarney beneficiasse Lula? Ou, como perguntei ao Merval e nem ele soube me responder: se Lula e o PT abandonassem Sarney, e o PMDB, magoado, cumprisse a ameaça de abandonar Dilma, para onde iriam Sarney, Renan, Collor, Cabelo, Gim, Almeidinha e o resto da tropa? Para o palanque de Serra, de Marina ou de Ciro? (rs) Para onde iriam esses patriotas? Prefiro não comentar.

Claro, é apenas um sonho republicano, sabemos de todos os cargos e bocas e bocadas que o PMDB tem no governo e não vai largar, nem por Sarney nem por ninguém. É o jogo sujo de sempre, chantagens, alianças de conveniência, tática eleitoral, estratégia política, a luta pelo poder. Os fins justificam os meios, quando a causa é nobre — como a de cada um. Menos da oposição, que é vil, vilã e venal.

Enquanto isto, Sarney vai ficando. E Collor obrando. Os repórteres que cobrem política em Brasília mereciam receber um adicional de insalubridade.

NELSON MOTTA é jornalista. Texto publicado no Globo de hoje.

Do blog Rádio do Moreno

Penso eu: Que bosta Nelsinho. Volta a compor, volta.

A mídia e os intelectuais delivery

Por weden
Intelectuais à Brasileira: o padrão Delivery

A chefia de jornalismo define que se deverá fazer uma matéria com tal posição política ou ideológica, atendendo a tal e qual interesse de alguma facção partidária.

Quem anda praticando muito isso é a imprensa anti-Lula-Dilma-PT ou pró-Serra, o que dá no mesmo.

Escohido um tema, compõe-se o texto, incluindo as possíveis declarações. Aí sim se discute: “quem diria isso aqui?”, pergunta o jornalista. Seu superior sem olhar o repórter responde como se citasse o próprio nome: “fulano”.

Sergio Miceli, num trabalho magistral, mostrou como de alguma maneira os intelectuais brasileiros sempre foram dependentes de alguma esfera de poder. Das oligarquias, antes, do Estado, depois.

Acrescentamos que a terceira fase de alguns “intelectuais à brasileira” é a associação com o as oligarquias midiáticas.

Há uma troca de favores intensa entre estes “especialistas” e as mídias: “dirás o que penso, e virás comigo ao paraíso”. Por paraíso, entenda-se uma boa divulgação para o próximo livro, um elogio na próxima edição, etc.

Os jornais devem ter uma listinha de intelectuais para pronta entrega de ideias. Eles têm como função assumir a opinião dos veículos, para camuflar o artigo como reportagem.

Os intelectuais à brasileira de padrão delivery mais batidos são: Marco Antonio Villa e Demétrio Magnolli. Mas há outros: uns mais outros menos discretos.

Um exemplo de intelectual delivery mais discreto é Leoncio Rodrigues. Toda vez que um jornalão quer dizer que o PT não é mais o mesmo, que Lula não é mais honesto, é o Leoncio que será chamado para, com seu poder de cartório, atestar a opinião do veículo.

Para falar mal do bolsa família, o ideal hoje é ouvir o Villa. Para dizer que o governo é chavista, nada melhor do que Magnolli. Mas para dizer que a inocência foi perdida, chame este senhor de cabelos grisalhos, de tom nostálgico, mas discurso bem afinado com o que quer a mídia.

Observe abaixo as declarações de Leoncio a quatro veículos diferentes.

Observe a surpreedente semelhança nos argumentos (”o que era antes não é mais agora”.) Observe ainda como parecem, como todo produto delivery, atender a um formato pre-estabelecido.

Afinal, a produção em escala deve seguir certos padrões.

VEÍCULO 01
Estudioso dos políticos e das classes trabalhadoras, o cientista político Leôncio Martins Rodrigues, 69, vê um “descompasso” entre a “capacidade teatral” e a “capacidade de execução” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ressalva que ainda é muito cedo para julgamentos definitivos: “Apenas julgo que muito do que se propõe não sairá do papel”.

VEÍCULO DOIS
“A nova e a velha elite se uniram”
Leôncio Martins Rodrigues, entrevista a O Estado de S. Paulo, 22/06/09
Para Leôncio Martins Rodrigues, o desfiar de escândalos não punidos é fruto da aliança entre os grupos de Lula e de Sarney

VEÍCULO TRÊS
”Estão se lambuzando”

Cientista político diz que o PT ficou encantado com a ascensão social e abandonou a velha idéia de fazer a revolução

VEÍCULO QUATRO
Titulo: ‘Ao atacar a elite, Lula tenta agradar ao povão’
Data Publicação: 12/08/2007
CONTRADIÇÕES PETISTAS: Cientista político afirma que aumentou a participação das classes médias no poder O cientista político Leôncio Martins Rodrigues é um estudioso do movimento sindical e dos partidos brasileiros há mais de 40 anos. Desde a eleição do presidente Lula e da conseqüente expansão do PT, diz ele, tem havido uma espécie de elitização de grupos originários das classes médias assalariadas que chegaram ao poder. Para ele, Lula, ao atacar as elites, tenta agradar ao “povão” e se livrar de responsabilidades. Como podemos classificar elite no Brasil de hoje? Pelo poderio econômico, poder de decisão, pela influência política? LEÔNCIO MARTINS RODRIGUES: Não seria possível, aqui, uma…

O dia apareceu; o encontro, não

Por Tony
E descobrimos não so que Franklin Martins está vivo como também fala:

Do Estadão
“Franklin Martins diz que Lina mente sobre reunião com Dilma

“Ela está mentindo. Não sei a serviço de quem”, disse o ministro-chefe da Secretaria da Comunicação
João Domingos - O Estado de S.Paulo

RIO BRANCO - O ministro-chefe da Secretaria da Comunicação de Governo, Franklin Martins, afirmou ontem que a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira mente quando diz que foi chamada ao Palácio do Planalto pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que teria pedido para ela abreviar as investigações a respeito da família Sarney. “Ela está mentindo. Não sei a serviço de quem”, disse Franklin.

A afirmação do ministro chama a atenção porque, embora procure sempre ajudar os repórteres com informações de bastidores, Franklin não costuma dar entrevistas. Mas ontem, ao acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Rio Branco, no ato de assinatura do lançamento de um programa habitacional que construirá 10 mil casas em todo o Estado do Acre, Franklin foi categórico: “Por que a Lina não diz em que dia foi esse encontro? Qual a hora? Uma pessoa que não se lembra do dia em que teve o encontro com alguém está mentindo. E quem mente acaba sendo descoberto”.

A senadores da oposição Lina teria dito que o encontro com Dilma ocorreu no dia 19 de dezembro. Segundo Franklin, já foi feita uma investigação sobre esse dia e nele não houve nada. “A ministra Dilma estava no dia 19 numa reunião do Conselho de Administração da Petrobrás. À tarde, ela pegou um avião e foi para Natal gozar uns dias de férias. Nesse dia não houve o tal do encontro. Nada bate no que a ex-secretária fala”, insistiu Franklin.

Lina disse que da conversa com Dilma entendeu que era para suspender as investigações sobre os Sarney, o que ela não aceitou fazer. Procurada ontem pelo Estado, Lina não foi encontrada para comentar as declarações de Franklin.”

Tomara que não seja a primeira nem a última….

Wilkomen

Chaga ao blog o Blog do Barro.
Faz tempo que não vou ao Barro.
As estradas ruins tem-me feito
ir pras bandas do Barro by Air.
Daí que adoro o Barro e fico feliz
que o Barro seja um dos nossos.
Sim, e antes de que euqueça, não
remende, nao. Wilkomen é bem vindo
em alemão. E ce pensava que eu
deveria ter escrito Welcome. Ce
acha que vou escrever em ingles
pro Barro? Pro Barro tem que ser
em alemão. Ingles é praquele pessoal
de Sobral. Abraço a todos.
Muito obrigado pela preferencia.

Lisa Mineli inBrazil

Bilhões da Copa

Do alto dos seus 93 anos de idade e com toda sua carreira construída no futebol, João Havelange, presidente de honra da Fifa, garante que, hoje, esse esporte dá de comer a um bilhão de pessoas no planeta e que, atualmente, uma Copa do Mundo rende US$ 4 bilhões. E detalha: são 15 patrocinadores e os que estão em campo pagam US$ 75 milhões cada um; depois, tem a televisão, que dá mais de US$ 2,2 bilhões e 1,5 milhão de assistentes, que correspondem a quase US$ 1 bilhão de receita, que somados, atingem US$ 4,2 bilhões. Havelange ainda lembra que a receita, na Copa da Argentina de 1978, foi de US$ 78 milhões, para bem caracterizar a evolução do campeonato enquanto negócio.

Queda na Receita

O Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil está prevendo nova queda da arrecadação da União por falhas na fiscalização, cobrança e análise de processos. Hoje, para quem não sabe, há R$ 100 bilhões disponíveis para cobrança, R$ 430 bilhões em processos fiscais e R$ 42 bilhões em pedidos de restituição/compensação.

Penso eu: Queda na gramática. No predio onde moro tem um auditório onde sempre há palestras e reunioes. Um seminário, esta semana, reuniu gente da Receita Federal. Na porta do elevador havia uma plava indicando o auditório no piso M, de Mezanino assim:
Reunião da receita Federal - Editor Fiscal. E eu nem sabia que auditor também era editor.

A frase

“Oposição é pior que doença que não tem cura”, de Lula, depois de salvar José Sarney e, certamente, sonhando com um sistema de governo sem opositores.

General genérico

Quando apresentou a militares, na semana passada, num evento na Escola Superior de Guerra, no Forte São João, o plano de reformação do sistema da defesa no Brasil, o ministro Nelson Jobim anunciou a decisão de transferir para Brasília o comando da ESG, demolindo uma tradição de 60 anos. Na platéia, tinha general que só faltava espumar. Mais: entre a maioria da oficialidade das Forças Armadas brasileiras, Jobim é sempre citado como general genérico.

Penso eu: Jobim bem que poderia dar uma mãozinha e levar logo esse povo aí da Base Aérea pra Natal. Antes que morra mais gente e eles derrubem mais árvores centenária do pedaço. Ou destruam ainda mais o patrimonio histórico da cidade.