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Um veto, é um veto, é um veto...

"Eunício não veta ninguém. Quem vai escolher o outro candidato é o governador.“ Quem disse isso, foi Gaudencio Lucena, vice-presidente do PMDB no Ceará. Gaudêncio, como a grande maioria dos políticos, mesmo sem mandato, bota culpa na imprensa, que faria a fuxicada entre os candidatos. É de se admitir que o sr. Lucena em questão até tenha lá suas razões. O dr. Eunício não tem essa bola toda pra vetar Pimentel, ou quem quer que seja. Pimentel, é aliado, via PT, do PMDB e isso, por si só bastaria para que o presidente do PMDB não se metesse nessa camisa de sete varas. Eunício, no entender desta coluna, deve estar preocupado com sua campanha pro Senado, catando lá seus votos e, quem sabe, buscando um entendimento com os deputados federais do partido dele, muitos dos quais arredios à sua postura, a qual taxam de encastelada entre os pares que escolheu para a direção partidária no Estado.

A frase: “— Até Deus, quando teve de mandar alguém à Terra, escolheu quem? O Filho!” Do senador Mão Santa defendendo o nepotismo no Brasil.

Tasso, o treinador (Nota da foto)
— Vamos torcer pelo Brasil. Acho até que ainda dá, mas vai tirar muito da alegria na Copa. Tasso lamentando Ganso e Neymar fora da seleção.

Até o PT apóia Tasso
Do petista Aloizio Mercadante: Pena que o futebol não seja como a democracia, em que o povo escolhe.

Renda familiar
Diz que o vereador Roberto Sampaio, do Juazeiro do Norte, mantinha a mulher no Bolsa Família.

Faz tudo
Sampaio foi líder do Prefeito,secretário Municipal e curinga do PT.

Boa guerra
Ta danado de bom o mal estar entre Fernando Hugo e Artur Bruno na Assembléia.

Greve é greve
Servidores do Tribunal de Justiça pararam o TJCe. E pedem apoio pra Ernani Barreira abrir a guarda.

57
Parou em 57 o número de distritos que querem virar municípios. Dependem de parecer da Sefaz.

Consultor
O ex-deputado Francini Guedes, um cara do bem, atrai empresas européias para o Ceará.

No detalhe
Francini joga só. Não tem quaisquer vínculos com órgãos oficiais,ou oficiosos.

Pé lá, pé cá
Cid Gomes não para. Juazeiro, Brasilia, Fortaleza. Aqui,demora pouco. Fora,
cobra obras.

Reestruturação
Dedé Teixeira,o deputado, quer reestruturar o DNOCS. Pode começar pela cabeça.

Vagas
A UFC seleciona três professores substitutos para atuarem no Curso de Medicina no Cariri.

Nas Docas
Os trilhos pra Transnordestina elevaram para 1.350.660 toneladas as cargas chegando ao Porto do Mucuripe.

Em Nova York
Ciro encontrou, esta semana, conhecido empresário e mandou um recado: “Avisa lá que eu não vou apoiar a Dilma, não”. E o outro: “Pode deixar que eu aviso”.

Não bebam
Começa a virar moda em São Paulo é uma caipirinha de café.

Visita
O Índio, como é conhecido o Governador Wellington, do Piauí esteve ontem em Fortaleza.

Bom dia

O Supremo matou o deputado Zé Gerardo Arruda porque pegou 500 mil contos que eram para construir um açude desnecessário para construir necessárias passagens molhadas que deixavam o povo de Caucaia ilhado e sem comunicação nos invernos. Mandou prender o homem que, como não perde prestígio junto à população, vai eleger a mulher deputada federal e a filha deputada estadual.

PP gaúcho fecha com Serra, o presidenciável tucano

Deu na Folha
O diretório do PP do Rio Grande do Sul declarou apoio à candidatura presidencial de José Serra (PSDB). Deu-se numa cerimônia realizada em Brasília.



Presentes, os presidentes nacionais das duas legendas: Sérgio Guerra (PSDB) e Francisco Dornelles (PP).



Coordenador da campanha tucana, Guerra tenta convencer Dornelles a integrar à chapa de Serra, na condição de vice.



Inquirido a respeito, nesta quarta (13), Dornelles não disse que sim nem que não. A decisão, disse ele, será tomada em junho.



O PP gaúcho foi ao colo de Serra a despeito de não ter selado, ainda, um acordo com o PSDB da governadora Yeda Crusius.



Serra e a cúpula nacional do tucanato pressionam a sessão gaúcha do partido a acomodar o PP na chapa de Yeda, candidata à reeleição.



O PP reivindica a indicação do vice de Yeda e uma vaga ao Senado para sua jornalista, a Ana Amélia Lemos.



É no Rio Grande do Sul que o PP possui sua maior e mais azeitada engrenagem partidária.



São 9 deputados estaduais, 5 deputados federais, 149 prefeitos, 120 vice-prefeitos e 1.177 vereadores. É uma estrutura da qual Serra não quer abrir mão.

PSDB faz sua convenção nacional de junho na Bahia

Às voltas com a necessidade de adensar o cesto de votos de José Serra na região Nordeste, o PSDB decidiu realizar sua convenção nacional na Bahia.



As convenções partidárias constituem uma formalidade legal. Servem para tornar oficiais as candidaturas. Ocorrerão em junho.



Habitat da maioria da clientela do Bolsa Família, o Nordeste concede a Lula índices de popularidade acima da média nacional.



É nesse pedaço do mapa que o PT espera arrebanhar os votos que farão a diferença em favor de Dilma ‘Lulodependente’ Rousseff.



Embora jogue suas principais âncoras no Sudeste e no Sul, o tucanato tenta aproximar Serra do eleitorado nordestino.



Daí a opção pela Bahia, o quarto maior colégio eleitoral do país –atrás de São Paulo, Minas e Rio.

Penso eu - Coisa besta. No Nordeste ninguem considera a Bahia nordeste. MAranhão, Piaui, Ceará, RioGrande do Norte e Pernambuco, não teem a Bahia como parceiros da mesma região. Só na Sudene e olhe lá.

Renan opera para retirar Collor do páreo em Alagoas

Renan Calheiros, o grão-duque do PMDB, é a própria nuvem de que falava a raposa mineira Magalhães Pinto.
Olha-se para Renan, ele está aqui. Olha-se de novo, está ali. Olha-se outra vez, já está acolá.
Até bem pouco, Renan era aliado do governador tucano de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, candidato à reeleição.
Súbito, reaproximou-se de Fernando Collor (PTB), de cujo governo fora líder, mas do qual se afastara antes do impeachment.
Agora, fechado com Ronaldo Lessa (PDT), candidato ao governo alagoano, Renan conspira contra Collor, que postula a mesma cadeira.
Nesta quinta (13), Renan levou Lessa à presença de Lula. Vende o neo-aliado como a melhor opção de palanque para Dilma Rousseff em Alagoas.
Collor também se oferece para recepcionar Dilma. Mas Renan não considera adequado que a candidata do governo tenha dois palanques no Estado.
Candidato à renovação de seu mandato no Senado, Renan opera nos subterrâneos para retirar Collor do tabuleiro. Acha que Lula pode ajudar.

As manchetes desta quinta

- Globo: Governo diz que Ficha Limpa é prioridade 'só para sociedade'



- Folha: Governo vê crescimento elevado no 1º trimestre



- Estadão: Bernardo fala em corte de gastos e avisa: 'Vai doer'



- JB: Brasil vai à OMC na guerra dos genéricos



- Correio Braziliense: Eles gastam



- Valor: Parcela importada de bens industriais bate recorde



- Estado de Minas: O perigo ronda a saída do banco



- Jornal do Commercio: A dengue avança

Princesa Isabel sancionou a lei que pôs fim à escravidão


Princesa Izabel

Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a lei Áurea que aboliu a escravidão no Brasil. "Áurea" quer dizer "de ouro" e a expressão refere-se ao caráter glorioso da lei que pôs fim a essa forma desumana de exploração do trabalho. Em território brasileiro, a escravidão vigorou por cerca de três séculos, do início da colonização à assinatura da lei Áurea. Apesar disso, ainda hoje, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo, há formas de trabalho semelhantes à escravidão.

A sanção ou aprovação da lei foi, principalmente, o resultado da campanha abolicionista que se desenvolvia no Brasil desde a década de 1870, mas não se pode negar o empenho pessoal da princesa Isabel, então regente do Império do Brasil, para sua aprovação. Primeira senadora brasileira e primeira mulher a assumir uma chefia de Estado no continente americano, a princesa Isabel se revelou uma política liberal nas três vezes que exerceu a Regência do país.

Abolicionista convicta, já havia lutado pela aprovação da Lei do Ventre Livre, em 1871, e financiava com dinheiro próprio não só a alforria de dezenas de escravos, mas também o Quilombo do Leblon, que cultivava camélias brancas - a flor-símbolo da abolição.


Batalha parlamentar
A terceira regência da princesa Isabel, iniciada a 3 de junho de 1887, foi marcada pelas relações tensas da regente com o Ministério, presidido pelo conservador João Maurício Wanderley (1815-1889), o Barão de Cotegipe. Na verdade, a princesa forçou Cotegipe a demitir-se, nomeando, em março de 1888, o liberal João Alfredo Correia de Oliveira (1835-1915), para primeiro-ministro.

Com João Alfredo à frente da Assembléia Nacional (que equivale ao atual Congresso), os abolicionistas conseguiram enfrentar a resistência dos representantes dos proprietários de escravos e levar o projeto de lei a votação. Conseguiram também evitar que o Estado brasileiro indenizasse os proprietários de escravos pelo fim da escravidão - conforme eles pleitearam no poder Legislativo e Judiciário.

Para a família imperial brasileira e para a própria Isabel, o custo da luta da princesa foi alto. O fim da escravatura fez ruir as últimas bases de sustentação do regime monarquista. Cerca de um ano e meio depois, a República foi proclamada.

Aliás, convém lembrar que, com isso, cumpria-se o que já havia previsto o próprio Barão de Cotegipe, que dissera à princesa Isabel, depois da sanção da lei Áurea: "Vossa alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono". De fato, a idéia de República conquistou definitivamente as elites econômicas brasileiras muito em função da abolição da escravatura, que teve como subproduto as legiões dos chamados "republicanos do 14 de maio".

Fórum discutirá ações de combate ao trabalho infantil na Ibiapaba e Norte do CE

Encontro no Cetreso, em Sobral, reunirá diversas entidades

Entidades governamentais e não-governamentais com atuação nos municípios das regiões da Ibiapaba e Norte do Ceará participarão, na próxima sexta-feira, dia 14/5, das 8 horas ao meio-dia, da reunião do Fórum Regional pela Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente. O encontro ocorrerá no Centro de Treinamento de Sobral Dom Aldo Pagoto-Cetreso (Av. da Universidade, 850 – Betânia, ao lado da Universidade do Vale do Acaraú-UVA) e servirá para discutir o plano de ações do Fórum para o ano de 2010 nos 43 municípios de sua abrangência, além de debater a situação local do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

De acordo com o procurador do Trabalho Antonio de Oliveira Lima, que realizou estudo sobre o Peti, com base nos dados oficiais de dezembro de 2009, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, dos 31 municípios cearenses que ainda não são atendidos pelo Peti, onze estão nas regiões da Ibiapaba e Norte (35,4%): Carnaubal, Graça, Granja, Ibiapina, Martinópole, Miraíma, Mucambo, Pires Ferreira, Reriutaba, Ubajara e Uruoca. Outra constatação é a de que, entre os dez municípios com maior número de crianças e adolescentes atendidos pelo Peti, um está na área de jurisdição do Fórum Regional do Norte do Ceará: Acaraú, com 529 atendidos. Já entre os dez municípios com menor número de assistidos pelo Programa, um também é daquela região: Groaíra s, com apenas 45 atendidos.

O Peti é um dos programas do Governo Federal que articula um conjunto de ações visando retirar crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos da prática do trabalho precoce (exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos). Utiliza-se da transferência de renda a famílias com situação de trabalho infantil (inserindo-as no cadastro único para recebimento do Bolsa-Família) e da oferta do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos às crianças e adolescentes retiradas do trabalho, mediante inclusão em programas culturais, educativos e esportivos. Para manter o direito ao benefício, a criança ou o adolescente (6 a 15 anos) incluído no Peti deve estar matriculado na escola e obter freqüência mínima de 85% da carga horária escolar mensal.

O papel do Fórum Regional é articular políticas públicas que visem proteger o trabalhador adolescente e garantir-lhe o cumprimento da legislação trabalhista, além de evitar a exploração do trabalho infantil. Também cabe ao Fórum realizar ações de sensibilização da comunidade em geral, alertando a sociedade sobre os malefícios do trabalho infantil à saúde (física e psicossocial) da criança e à formação dos futuros trabalhadores (que tenderá à reprodução do ciclo de pobreza em que vivem).

Antonio de Oliveira Lima explica que os prefeitos das duas regiões foram notificados para que cada Município envie dois representantes à reunião (um de órgão governamental e outro de entidade não-governamental). A intenção é discutir, ainda, preparativos para o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, que transcorre em 12 de junho e que, neste ano, tem como tema o trabalho infantil no futebol.

Raul Araújo Filho é empossado no cargo de ministro



As primeiras palavras ouvidas pelo cearense Raul Araújo Filho, tão logo assinou seu termo de posse como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram de boas-vindas. Apesar de a cerimônia não prever discursos, o presidente do Tribunal, ministro Cesar Asfor Rocha, fez questão de saudar o colega. “Ao nosso abraço de boas-vindas, associamos o profundo desejo de que entre nós seja tão bem-sucedido e feliz quanto foi nas instituições em que trabalhou. Tenho a certeza que em muito contribuirá para que o Superior Tribunal de Justiça continue a cumprir satisfatoriamente a missão que lhe destinou a Constituição Federal”, disse.

Conterrânea do ministro empossado, a senadora Patrícia Saboya (PDT/CE) afirmou ter certeza de que Araújo Filho prestará grande contribuição ao STJ e à Justiça brasileira. “Raul Araújo Filho é um homem que já passou por diversos cargos públicos e mostrou a que veio. Cumpriu todas as missões com seriedade, determinação e honestidade, demonstrando a força e a coragem do povo cearense. Fico muito orgulhosa, como cearense, de ter alguém do tamanho, da estatura e da seriedade de Raul em um tribunal superior”, afirmou.

Para o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o ministro Raul Araújo Filho terá um papel extremamente importante no STJ. A opinião é comungada pelo desembargador Ademar Mendes Bezerra, do Tribunal de Justiça do Ceará. “Raul Araújo Filho chega ao STJ com 30 anos de carreira. É um brilhante desembargador, que sempre está ao lado do que é novo, das mudanças. É um jovem com muito talento, cultura e honorabilidade”, elogiou.

Para o senador Inácio Arruda (PC do B/CE), Raul Araújo Filho é uma das pessoas mais bem preparadas do Judiciário cearense, com a consciência de que o Brasil precisa de uma Justiça ágil, comprometida com a sociedade e com o desenvolvimento do país. “Nós perdemos no Ceará, momentaneamente, mas o Brasil ganha com um jovem jurista que vai dar grande contribuição à Justiça brasileira. É um magistrado que tem grande disposição para o trabalho e que conhece a Justiça profundamente”, destacou.

Cerimônia
Compareceu à cerimônia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, entre outros ministros daquela Corte. O advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, representou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Também estiveram presentes à posse o governador Cid Ferreira Gomes, do Ceará, estado natal do ministro empossado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.

Representantes de órgãos do Poder Judiciário também marcaram presença: o presidente em exercício do Superior Tribunal Militar, ministro Almirante de Esquadra Marcus Augusto Leal de Azevedo, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Milton de Moura França, ministros do Tribunal Superior Eleitoral e o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Jirair Arnam Meguerian. Vários senadores e deputados federais estiveram no STJ para cumprimentar o ministro empossado. Também compareceu o presidente do Tribunal de Contas da União, Ubiratan Aguiar.

Polícia investiga mortes no Metrofor

O acidente no canteiro de obras do Trecho Central (Estação João Felipe) do Metrofor, ocorrido no último sábado (08), virou caso de polícia. O inquérito policial, que foi aberto no mesmo dia, está sendo investigado pela 34ª Delegacia de Polícia e pode indiciar, criminalmente, a empresa A.B. Barbosa, responsável pelo trecho.

O empreendimento é de responsabilidade do consórcio firmado entre as construtoras Camargo Correa e Queiroz Galvão. O acidente resultou na morte de dois operários, João Ventura Martins, 45, e Antônio Rafael Rodrigues Pereira, 36. José Wellington Apolônio ainda segue internado no Instituto Doutor José Frota (IJF), onde passou por uma cirurgia no fêmur, ontem.

O delegado Aurélio de Araújo Pereira explicou que as investigações já foram iniciadas. Segundo ele, 22 operários trabalhavam no local no momento do acidente, e quatro já prestaram depoimento ainda ontem. Aurélio revelou que, de acordo com os primeiros relatos, tudo leva a crer que o acidente foi ocasionado por uma falha no escoramento de uma das lajes da obra.O delegado explicou que o real motivo só será apresentado após o relatório técnico do Crea-CE (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado) e o laudo da Perícia Forense do Ceará, que deverá ser finalizado em 20 dias.

“Ainda não podemos falar nada oficialmente, mas, pelos depoimentos dos operários e pelo que averiguamos no dia do acidente, parece que o problema foi ocasionado por uma falha técnica no escoramento da obra. Caso isso seja confirmado, vamos acionar a empresa e o engenheiro responsável pela construção”, relatou o delegado.

A equipe do jornal O Estado entrou em contato na tarde de ontem com a técnica de segurança da A.B. Barbosa, Rosilene Brandão, mas ela declarou que não estava autorizada a fornecer nenhuma informação sobre o caso. O IJF enviou uma nota informando que Wellington já havia passado por uma cirurgia na face e que, ontem, o paciente tinha passado por uma intervenção cirúrgica no fêmur lesionado.

SITUAÇÃO ESTRANHA
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral no Ceará (Sintepav-CE), Raimundo Nonato, explicou que o consórcio do Metrofor contratou a A.B. Barbosa como uma subempreiteira, que seria a responsável pela contratação dos operários. Entretanto, questionou a legalidade da ação.

“Não sei se essa ‘quarteirização’ é permitida. Acho estranho que isso aconteça em obras que sofreram licitação do governo. É uma grande responsabilidade da Camargo Correa e Queiroz Galvão contratarem uma empresa como esta para dar suporte em uma obra desta magnitude. Mesmo assim, vamos acionar as duas empresas como as responsáveis pelo acidente”, afirmou ele.

Raimundo explicou ainda que o Sintepav está fornecendo toda a assistência necessária para as famílias das vítimas. Segundo ele, o órgão disponibilizará uma equipe jurídica aos operários e cobrará que a A.B. Barbosa forneça toda a assistência médica aos feridos no acidente. O presidente do Sintepav revelou ainda que, na última segunda-feira, (10), entregou um protocolo à Superintendência e Procuradoria Geral do Trabalho, exigindo o embargo da obra até que todo caso seja apurado.

Diego Martins, filho do operário João Ventura Martins, disse que o pai sempre chegava em casa reclamando do cansaço e das prolongadas jornadas de trabalho. Segundo ele, durante vários dias Ventura chegava a sair de casa para trabalhar por volta das 5:30 horas e só retornava às 2 horas do dia seguinte, seguindo uma rotina de quase 19 horas de serviço. “Isso é sub-humano.

Várias vezes ouvi meu pai reclamar do cansaço”, ressaltou.
Ainda de luto, Diego salientou que nenhum representante da empresa responsável pela obra procurou os familiares após o funeral do pai. Ele disse que sua mãe, Maria Ribeiro, ainda está muito abalada com o acontecido e que está precisando de assistência psicológica para superar o falecimento do marido.

“Vou lutar por todos os direitos dele. Ele morreu trabalhando e dando o seu suor para sustentar a família. Às vezes, ele mal chegava em casa e já tinha que voltar para a obra. Estamos totalmente desamparados e sem saber como agir. Perdemos o nosso chefe de família. E agora, como vamos ficar?”, lamentou ele, informando que sua mãe recebeu a notícia por um colega de trabalho do marido logo na manhã de sábado.

Diego revelou ainda que ficou revoltado quando soube, através de terceiros e pela imprensa, que a Swat estava disposta a pagar R$ 25 mil de indenização às famílias dos mortos no acidente do último sábado. Segundo ele, este é um valor irrisório, que não “vale a vida de nenhum ser humano”.