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Mais de R$ 1 bilhão para obras em estradas estaduais do Ceará







Ceará terá mais de R$ 1 bilhão para obras (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
Mais de R$ 1 bilhão estão garantidos para obras de implantação e restauração de rodovias cearenses. Representantes do governo do estado estiveram reunidos nesta semana, em Brasília, com representantes de órgãos do Governo Federal para definir os termos do acordo do financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A expectativa é que aproximadamente 35 trechos rodoviários sejam beneficiados pelo Programa Viário de Integração e Logística (Ceará IV).

“Esse programa vai mudar a categoria de várias estradas do Ceará, melhorando a sua geometria – largura, inclinações, raios de curva e reforço no pavimento – para permitir tráfego pesado de maior fluxo, que hoje só é permitido em BRs”, explica o secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele.

O Ceará IV consiste na ampliação e melhoria da malha rodoviária estadual para garantir a integração regional e a logística econômico-produtiva, por meio de intervenções previstas na malha viária, proporcionando maior acessibilidade aos polos de desenvolvimento e integração dos grandes eixos viários de escoamento da produção, portos e aeroportos do estado.

O valor destinado é de US$ 504.116.667, sendo US$ 400 milhões financiados pelo BID e US$ 104.116.667,00 do estado, valores referentes à primeira etapa do programa. A proposta segue para análise da diretoria executiva do BID, em Washington, e deve ser aprovada em reuniões previstas 3 de julho, quando se inicia o processo licitatório dos oito primeiros trechos da amostra representativa do programa, antes da assinatura do contrato.

Na primeira etapa, o governo do estado pavimentará cerca de 410 quilômetros de novas rodovias em todo o Ceará. As obras irão beneficiar cerca de 25 municípios. Além da redução dos custos operacionais de transporte e a melhoria da integração regional entre as diversas regiões do estado, as obras vão gerar durante a sua execução três mil empregos diretos e mais de 10 mil indiretos. Além da pavimentação o governo irá restaurar 850 quilômetros, previstos também no programa. A ação beneficiará diretamente 50 municípios em todas as microrregiões do Ceará.

Obras de pavimentaçãoObras de restauração
Rodovia CE-187 - Trecho: Salitre/Divisa CE/PE, com 14km de extensão Rodovia CE-060 - Trecho: Mombaça/Acopiara, com 46km de extensão
Rodovia CE-232 - Trecho: Massapê/Moraújo, com 42km de extensão Rodovia CE-060 - Trecho: Juazeiro do Norte/Caririaçu, com 27km de extensão
Rodovia CE-253 - Trecho: Groaíras/Cariré, com 16km de extensão Rodovia CE-371 - Trecho: Acopiara/Catarina, com 56km de extensão
Rodovia CE-371 - Trecho: Palhano/Itaiçaba, com 18km de extensão Rodovia CE-183 - Trecho: Entroncamento BR-222/Varjota, com 53km de extensão

Morre Renatinho. Será a vez da nossa geração partir?


Morre ex-secretário da gestão Juraci Magalhães


Morreu na manhã deste domingo, em Sobral, o ex-secretário da gestão do prefeito Juraci Magalhães, Renato Parente Filho. Ele foi vítima de um infarto fulminante. O corpo deve ser encaminhado para Fortaleza ainda neste domingo. Segundo Henrique Elpídio, cunhado de Renato, o velório será realizado na funerária Ethernus (rua Padre Valdevino, 1688), no início da noite de hoje. O enterro será nesta segunda-feira pela manhã no Parque da Paz.

Renato Parente foi titular da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente e das secretarias executivas regionais 2 e 5, durante a gestão de Juraci Magalhães. Ele estava aposentado e era proprietário de uma imobiliária em Sobral. Renato Parente tinha 67 anos e deixa mulher e quatro filhos.

Penso eu - Renato Parente Filho vinha depois de Pompeu Macário Batista nos quatro anos ginasiais do saudoso COlégio Sobralense. Farmávamos um trio que começava pelo Paulo Cesar Saboia Mont"alverne, Eu e o Renatinho, 43, 44 e 45, respectivamente no primeiro ano de ginásio. Era do dia 10 de setembro de 1946. Deus receba o Renatinho e não nos abandone jamais.

Empregos no mundo.Para especialistas.


Vagas para carrascos 


O Departamento da Justiça da Arábia Saudita divulgou nota de recrutamento de novos carrascos para decapitar os condenados a morte, julgados na base da lei islâmica, a Sharia.

O governo de Riad se defronta com a falta no mercado de pessoas que sabem decapitar, "são muito poucas", o que torna difícil difícil aplicar os preceitos islâmicos no momento da execução.

Então, por causa do elevado número de condenações a morte, 48 desde o começo do ano, o departamento de Justiça estuda também substituir o corte da cabeça pelo fuzilamento.

A pena de morte no reino árabe é prevista pelos culpados de homicídio, roubo, estupro, tráfico de drogas, sodomia e bruxaria. Outros crimes menores, como o furto e o crime de opinião, prevêem além da prisão o corte da mão ou do pé feitos diante do público em praças.

O UOL mandou esta matériade Maceió(Alagoas)

Professores de Juazeiro do Norte terão salários reduzidos em até 40%

Normando Sóracles/Agência Miséria
  • Professora chora diante da aprovação da redução do salário dos professores em Juazeiro do Norte, no Ceará. O corte pode chegar a até 40% Professora chora diante da aprovação da redução do salário dos professores em Juazeiro do Norte, no Ceará. O corte pode chegar a até 40%
Os professores da rede municipal de Juazeiro do Norte (a 548 km de Fortaleza), no Ceará, terão seus salários reduzidos em até 40%, aumento na carga horária, além de outras mudanças regidas no PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração), aprovado pela Câmara de Vereadores, apesar dos protestos na última quinta-feira (6).
A aprovação causou desespero e revolta nos professores que recebem o piso nacional de docentes estabelecido pelo MEC, no valor de R$ 1.567, além de gratificações, que totalizam o valor de R$ 2.193. 
 
De acordo com o SSM (Sindicato dos Servidores Municipais), 2.000 professores devem ter os salários reduzidos em até R$ 650.
 
Devido à aprovação da reformulação do PCCR, o sindicato disse que todos os professores estão em greve por tempo indeterminado. De acordo com a presidente do sindicato, Mazé dos Santos, a greve não foi deflagrada ainda devido aos trâmites legais.
 
"Vamos respeitar o prazo de 72 horas para entrar em greve. O que não podemos é ficarmos calados. Vamos continuar os protestos", disse Santos em entrevista ao UOL.
 
Ao final da votação dos vereadores, que foi de 12 votos a favor e quatro votos contra, os professores pegaram ovos para jogar nos políticos. Durante o tumulto, a PM (Polícia Militar) e guardas municipais usaram spray de pimenta para dispersar os manifestantes.
 
Os vereadores a favor dos professores e que votaram contra o projeto foram Cláudio Luz (PT), Glédson Bezerra (PTB), Rita Monteiro (PT do B) e Tarso Magno (PR). Eles informaram que vão debater a possibilidade de pedir anulação da sessão extraordinária.
 
A sessão foi tumultuada e até os vereadores discutiram com a mesa diretora. Luz discutiu com o presidente da Câmara de Vereadores, Antônio de Lunga (PSC).
 
Durante a votação os professores chegaram a mostrar pacotes de dinheiro e jogar no plenário notas para que os vereadores pegassem "porque eles são comprados", diziam em coro.
 
A sessão esquentou depois que três professores conseguiram invadir o plenário e foram retirados pela polícia. Os manifestantes gritavam palavras para agredir os vereadores, chamando-os de "ladrões", "bandidos", "quadrilha" e "vendidos".
 
A prefeitura de Juazeiro do Norte disse que o corte no salário dos professores foi necessário para se enquadrar na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e reforçou que os valores pagos aos professores não fechava a folha de pagamento. O projeto foi enviado pelo prefeito Raimundo Macedo (PMDB).

Destaque do Jornal El PAís, da Espanha,hoje

La popularidad de Rousseff baja por primera vez desde que gobierna

La inflación y otros indicadores económicos negativos afectan a su imagen aunque sigue siendo la política con más apoyos

En la imagen, la presidente brasileña, Dilma Rousseff. / EFE

A poco más de un año de las elecciones presidenciales, la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, pierde ocho puntos de popularidad, según un sondeo nacional realizado por Datafolha. Es la primera vez que la presidenta sufre un descenso de apoyo ciudadano desde que gobierna el país tras suceder al popular y querido Lula Da Silva.
La aprobación a su gobierno baja entre varones y mujeres, entre todas las categorías de renta y entre los electores de todas las edades.  Según el sondeo, uno de los elementos que ha hecho quebrar por primera vez la popularidad récord de la mandataria se debe al alza de la inflación. El 51% de los ciudadanos cree que la inflación va a subir aún más.
No obstante y a pesar de haber perdido ocho puntos, la popularidad de Dilma sigue en cabeza con un 57% de apoyo ciudadano. Y si las elecciones presidenciales de octubre del 2014 se celebrasen ahora, ganaría por un 51%. Sus posibles adversarios en las presidenciales o han crecido como el oposicionista del PSDB, Aecio Neves que asciende cuatro puntos y acorta de 12 puntos la distancia con ella, o siguen igual. Después de ella, en segundo lugar aparece la ecologista Marina Silva con un 16%. Silva en 2010 con sus 20 millones de votos llevó a Rousseff a la segunda vuelta. En tercer lugar aparece Neves con un 14% .
Dilma, descubierta y apoyada como candidata por el expresidente Lula da Silva en 2010, comenzó su corrida con un 3% de los votos. Los analistas políticos, tras conocer los resultados, han subrayado que el gran escollo de Dilma que es la economía, con un Producto Interior Bruto (PIB) en descenso, una inflación alta y la industria con números negativos en su crecimiento. “Es la inflación, estúpido”, recuerdan parafraseando a Bill Clinton.
El problema del aumento de los precios en Brasil es grave porque en este país existe la cultura de que cuando la inflación qse dispara no se limita a algunos productos que pueden tener una motivación estacional como los alimentos, sino que lo contagia todo. Brasil ya sufrió una inflación de tres cifras que hizo pobre al país y que había acabado con el Plan Real en los gobiernos del expresidente Fernando Henrique Cardoso. Desde entonces es esta la primera vez que los brasileños empiezan a tener miedo de aquel monstruo que se comía sus sueldos.

Primeira página do Público, jornal de Lisboa


Todo mundo nu


 

Desfile anual de ciclistas nus

Milhares de pessoas participaram no "World Naked Bike Ride", um desfile anual de ciclistas nus que decorre em várias cidades do Mundo. O objetivo é incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte limpo e ecológico e alertar os automobilistas para os perigos da falta de civisimo.

Deu no Correio da Manhã de hoje, em Lisboa

Viajava para Portugal com cocaína escondida em bacalhau

Mulher detida no aeroporto de São Paulo quando tentava embarcar para Lisboa com cocaína escondida em postas de bacalhau. 

Por:Domingos Grilo Serrinha, Correspondente no Brasil

Uma cidadã holandesa foi presa em flagrante no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, na área metropolitana daquela cidade brasileira, quando tentava embarcar para Lisboa com cocaína disfarçada, imagine-se... em postas de bacalhau. A mulher imaginou que o cheiro forte do fiel amigo e a embalagem com que o revestiu dificultassem a descoberta da droga, mas a estranha estratégia acabou por não dar resultado.
Ao passar pela fiscalização de rotina antes do embarque, os funcionários, experientes, desconfiaram que a quantidade de bacalhau que a holandesa levava na bagagem de mão não era apenas desejo de saborear várias vezes o prato típico português e chamaram a Polícia Federal. A cidadã holandesa atrapalhou-se ao tentar explicar o porquê de ter comprado tanto bacalhau no Brasil quando ia exatamente para Lisboa, e, ao revistarem a bagagem, os agentes encontraram a droga.
Ao todo, havia dentro das postas de bacalhau um quilo e meio de cocaína, acondicionada em sacolas plásticas como se fossem recheio do bacalhau. Segundo confessou a holandesa, de Lisboa seguiria para o seu país, onde entregaria a cocaína a traficantes. Pelo tráfico e pela quantidade, a mulher incorre agora numa pena de até 15 anos de prisão.

Primeira página do Diário de Notícias de Lisboa


Educação; a coisa é feia.


Brasil tem 4,2 mil escolas que nunca conseguiram atingir sua meta do Ideb

Índice avalia a qualidade do ensino no ensino fundamental e ensino médio.
Inep diz que dialoga com as redes para auxiliar escolas com problemas.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo
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Carência de professores compromete ensino em escolas estaduais de AL (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Ideb analisa ensino fundamental e médio no Brasil
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O Brasil tem 4.283 escolas públicas que desde 2007, primeiro ano em que foi possível avaliar a evolução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), jamais conseguiram atingir suas metas individuais calculadas pelo governo federal.
Os cálculos do levantamento incluem apenas as escolas de ensino fundamental que tiveram o Ideb calculado nestes três anos. Segundo levantamento feito pelo G1 a partir dos dados do último Ideb divulgados pelo Ministério da Educação, 1.828 escolas não conseguiram atingir a meta dos primeiros anos do ensino fundamental, 2.232 escolas ficaram abaixo da projeção nas turmas dos anos finais do fundamental e 223 escolas tiveram índices abaixo do esperado em 2007, 2009 e 2011 tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais do ensino fundamental.
O Ideb foi criado pelo governo federal para medir a qualidade das escolas e redes de ensino. Ele é calculado a cada dois anos desde 2005 com base no resultado da Prova Brasil e nas taxas de reprovação. Há indicadores calculados para cada escola, rede de ensino, município, estado e o país.
Todas as instituições públicas têm uma meta própria para alcançar a cada dois anos nos últimos anos do ensino fundamental I e fundamental II. A nota vai de zero a 10. A expectativa do governo federal é que, em 2021, os anos iniciais do fundamental brasileiro alcancem o Ideb 6,0. Para os anos finais, a meta é 5,5 pontos.
As 4.238 escolas representam 13,8% do total de 31.042 instituições que se encaixam nesta categoria. De acordo com o MEC, entre todas as instituições, 7.126 têm turmas tanto do ensino fundamental I quanto do ensino fundamental II, 15.392 só oferecem aulas dos anos iniciais do fundamental, e 8.524 instituições são apenas para turmas a partir dos anos finais do fundamental.
Mesmo sendo minoria, boa parte dos colégios abaixo da meta ainda não dá sinais de que possa alcançar a meta, que sobe a cada Ideb: 1.221 delas viram o Ideb 2011 cair em relação ao de 2009, o que indica um afastamento ainda maior da projeção feita pelo governo. Nesse grupo, 28 escolas estão nesta situação em ambos os ciclos do fundamental.
Atualmente, 2.475 colégios estão mais de 0,5 ponto abaixo do que o esperado para 2011.
Das 31.042 escolas com Ideb em todos os anos, 4.238 delas (ou 13,8%) nunca conseguiram atingir sua meta individual
 
Dessas, 1.221 ficaram ainda mais longe da meta no último Ideb, e 2.475 estão a mais de 0,5 ponto de atingir a projeção
Apoio específico
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, afirma que o percentual de escolas e municípios que atingem a meta é "muito maior" do que o grupo de escolas aquém do esperado. Em entrevista ao G1, ele explicou que as escolas que enfrentam problemas para se manter dentro das expectativas recebem auxílio do governo, mas seguindo as autonomias de cada rede.
Uma das ações citadas por ele é o Mais Educação, programa para escolas com aulas em tempo integral. "Quando temos problema no Ideb, uma das coisas que temos procurado priorizar é a questão da escola em tempo integral", disse.
O governo espera que, até o fim do ano, 45 mil escolas ofereçam aos alunos, além do turmo normal de aulas, atividades no turno oposto. Para participar do Mais Educação, as escolas precisam se inscrever e passar por uma seleção. O prazo para a adesão das instituições pré-selecionadas em 2013 acabou em 31 de maio.
Além do ensino em tempo integral, o MEC ainda mantém diálogo com as redes e esferas estaduais e municipais de governo, munindo os gestores de dados para o planejamento pedagógico das escolas. O governo federal criou ainda o Programa de Ação Articulada (PAR) para oferecer apoio e recursos a escolas e redes interessadas em apoio mais ostensivo à gestão educacional.
Distorções e revisão da meta
Entre as instituições que integram o grupo de escolas do fundamental que nunca conseguiram atingir sua meta, porém, não existem só instituições com têm resultados considerados ruins. Há exemplos de escolas com indicador acima de 6,0 e que já bateram a meta do Brasil para 2021, por exemplo. Mesmo com Ideb maior a cada ano e uma educação considerada muito acima da média do país, essas instituições ainda não conseguem alcançar a projeção calculada pelo governo.
Como o Ideb usou a base dos resultados educacionais de 2005, em alguns casos, aquele ano específico pode não refletir a realidade da escola. Por isso, a instituição acaba tendo que perseguir uma meta incompatível com suas condições reais.
O movimento Todos pela Educação, que reúne empresários e especialistas, também usou os mesmos dados para criar, em 2006, cinco metas para a educação brasileira. A terceira também estabelece projeções de resultados acadêmicos para escolas e redes de ensino. Segundo a diretora-executiva da entidade, Priscila Fonseca da Cruz, a meta é composta por três elementos: o que se quer medir, que resultado se espera ter e qual o prazo desejado para obter este resultado.
Foi imaginado o esforço necessário para aquela escola avançar. A melhoria em educação não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona"
Luiz Cláudio Costa,
presidente do Inep
O primeiro elemento, para ela, é o que mais tem sido objeto de estudos, mas a expectativa de que o ensino fundamental I no Brasil tenha Ideb 6,0 até 2021 ainda é pouco debatida.
Tanto no caso da entidade quando no das metas governamentais, ela defende que a elaboração de projeções com base em uma série histórica seria mais precisa do que a partir de apenas um resultado. "Se você olhar os resultados de um ano para o outro, eles podem oscilar. Mas quando você pega uma série maior, você tem mais consistência para ver se a escola está em uma curva ascendente, descendente, se é uma curva ascendente ou acentuada, ou se é o que chamamos de 'flat', quase uma reta. Com o histórico em mãos, seria muito mais preciso a gente traçar metas intermediárias até 2021", afirmou ela.
Ao G1, o presidente do Inep disse que a projeção do Ideb foi feita a partir de estudos técnicos e científicos baseados em avaliações internacionais, levando em conta também as especificidades de cada escola. É por isso que duas escolas com Ideb idêntico em 2005 hoje têm metas diferentes, diz ele. "Foi imaginado o esforço necessário para aquela escola avançar. A melhoria em educação não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona." Ainda segundo ele, não há debate no governo sobre a possibilidade de as metas serem revistas antes de 2021.
Reduzir o currículo para aumentar o Ideb
No segundo semestre de 2013, o governo aplicará a nova edição da Prova Brasil, um dos elementos que compõe o cálculo do Ideb. Segundo Angela Dannemann, diretora-executiva da Fundação Victor Civita, a grande divulgação do índice e a política de metas e expectativas para 2021 aumentou a pressão que a sociedade faz sobre bons resultados das escolas e sobre os gestores que cuidam da educação pública.
Se por um lado isso é positivo porque o Ideb é "o primeiro indicador de qualidade" da educação brasileira, por outro Angela alerta que há riscos de que as escolas desenhem seus currículos apenas para obterem bons números no indicador do governo federal.
Em Goiás, por exemplo, o Ministério Público e a secretaria estadual de Educação investigam denúncia de um conselho tutelar sobre sete escolas suspeitas de expulsar alunos com mau comportamento e rendimento para melhorar seu Ideb e receber mais verba do governo estadual (veja reportagem ao lado).
O presidente do Inep afirmou que a maioria das escolas leva a sério a tarefa de melhorar o Ideb através de projetos pedagógicos. "O que a gente tem visto das redes é um grande esforço com muita seriedade, trabalho e dedicação dos gestores e professores. Essa é a regra, e a excepcionalidade não é tolerada nem pelo MEC nem pelos gestores estaduais nem pelos municipais."
Angela afirma que alguns estudos preliminares também já apontam práticas "preocupantes" em algumas redes de várias partes do Brasil. Alguns indícios mostram que elas decidiram aumentar a carga horária das aulas de matemática e português nos primeiros anos do ensino fundamental e eliminar ciências e artes. O objetivo é que os alunos dediquem mais de seu tempo ao conteúdo que vai cair na Prova Brasil.
"Não pode haver redução de currículo para atender uma prova. Se só se dá valor à prova, a gente está fazendo com as crianças uma redução da aprendizagem", afirmou ela.
Não pode haver redução de currículo para atender uma prova. Se só se dá valor à prova, a gente está fazendo com as crianças uma redução da aprendizagem"
Angela Dannemann,
diretora-executiva da Fundação Victor Civita
Na Prova Brasil, são consideradas apenas as matérias de língua portuguesa e matemática. De acordo com o MEC, a partir de 2013 as questões de ciências vão ser inseridas, mas em caráter experimental, e ainda não vão ser incluídas no cálculo do Ideb.
"Você não garante o objetivo e o direito de aprendizagem só olhando de dois em dois anos. São muitas coisas em que temos que atuar ao mesmo tempo. O Ideb é importante, mas você precisa ao mesmo tempo fazer funcionar a escola com todo o conhecimento que precisa ser passado para as crianças. A cada dois anos a gente avalia [em nível nacional], mas a escola tem que avaliar a cada bimestre", disse Angela.
A especialista defende que as redes do município e do estado, além da própria escola, tenham que ter um plano para garantir o aprendizado global dos estudantes, principalmente nos primeiros anos do fundamental, quando o interesse e a curiosidade em aprender precisam ser fomentados. "É o famoso projeto político-pedagógico da escola. Mas você precisa de um professor preparado para atender isso, o professor precisa de melhor formação. A meta tem que ser uma coisa que vai estimular o desenvolvimento da escola e dos professores, não criar caminho paralelo para atender índices."