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Apenas 6% das vagas oferecidas pelo Mais Médicos foram preenchidas na primeira fase 87

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o Secretário do Ministério da Saúde, Mozart Sales, concederam nesta terça-feira (6) uma entrevista coletiva em Brasília para divulgar o número de profissionais brasileiros que confirmaram participação no Programa Mais Médicos e dos municípios que serão contemplados no primeiro mês de seleção, além de apresentar o calendário com as próximas etapas do programa.
O secretário declarou que 18.450 médicos iniciaram a inscrição sendo que 1.920 estão no exterior e 16.530 no país. Destes, 7.733 tinham os CRMs inconsistentes, 171 preencheram inadvertidamente seus cadastros e 3.981 finalizaram com todas as informações requeridas e foram para a etapa seguinte.
"Dentro do rol de municípios que fizeram a escolha tivemos uma redução de 2.379 médicos. Assim, 1.851 médicos foram alocados de imediato segundo suas primeiras opções e 508 fizeram nova opção dentre os municípios ofertados. Do total de inscritos, 938 médicos cumpriram todo o processo, foram alocados e homologaram a opção colocada, confirmando que tinham o desejo de atuar. O número representa 6% das vagas oferecidas (15.460)", afirmou.

Entenda a proposta do governo

  • Arte/UOL Governo Federal quer atrair médicos para as periferias e interior do país
Municípios
Sales também deu um breve perfil dos inscritos: 71% se formaram nos últimos 10 anos; 42,7% têm entre 23 e 30 anos e 25% têm entre 31 e 40 anos. A maioria, 58%, são homens. Dos 3.511 municípios 47% foram considerados prioritários e 18% tiveram médicos alocados em 404 municípios. "A preferência por municípios ficou restrita aos localizados mais próximos das capitais brasileiras", disse.
A região Norte teve a preferência de 144 médicos inscritos, a Nordeste 372 profissionais, a Centro-oeste 99, a Sudeste 216 e a Sul 107 profissionais.
O secretário também afirmou que o prazo foi estendido (entre 6 e 8 de agosto) para que os médicos que finalizaram, mas não homologaram suas escolhas, possam optar por novos municípios. "Concomitantemente, todos os médicos que estão fora do Brasil também devem escolher. Porém, mesmo com esta nova escolha, a oferta de vagas é feita primeiro para os brasileiros".
Entre 10 e 12 de agosto haverá o período de homologação e remanejamento dos médicos no exterior. No dia 13 de agosto ocorrerá a publicação da lista dos profissionais no Diário Oficial. Em setembro é prevista a chegada dos médicos aos municípios e, em outubro, começa a especialização em saúde básica. "Se o médico não tiver desempenho satisfatório poderá ser retirado do programa", afirma Sales.
Padilha reforçou: "Mais de 16 mil profissionais iniciaram as inscrições, 2379 fizeram opções e 1851 foram alocados em algum município. Destes 1851 que confirmaram, 938 chegaram a homologar o município. Até a meia-noite do dia 8, estamos reforçando, aos outros médicos que não fizeram a homologação, que terão esta nova oportunidade, com prioridade em ocupar as vagas em relação aos médicos de fora do país. A partir do dia 15 reabrem as inscrições para médicos e municípios".
Baixa procura
Quando questionado sobre a baixa procura, Padilha declarou: "Vamos lembrar que é o primeiro mês e foram apenas 15 dias de abertura de inscrições. Desde o começo, falávamos que não tínhamos a expectativa de preencher todas as vagas. Faltam médicos de atenção básica no país. O processo de inscrição continua aberto. É um processo gradativo de preenchimento".

Ele frisa que na reabertura das inscrições, no dia 15 de agosto, será reforçada a orientação para que mais municípios se inscrevam, assim como a divulgação para que mais médicos brasileiros façam o mesmo. "Recebi recentemente várias perguntas de médicos. Por exemplo, eles podem continuar a dar plantão de fim de semana? Sim, não precisam ficar só no SUS".

Padilha também diz que a estratégia para atrair profissionais continuará: "São mais de 1900 médicos com registro fora do Brasil, como Espanha, Argentina e Portugal, vamos reforçar, com as embaixadas, para que chamem a atenção desses profissionais. É importante que quase 1000 médicos estarão nas unidades de saúde, pois 4 milhões de brasileiros passarão a ter atendimento. As prefeituras não conseguiriam sozinhas".

Ele concorda que só a oferta nacional de médicos será insuficiente para cobrir a necessidade e que a população brasileira não pode esperar. "Ficou evidente que a infraestrutura está chegando antes dos médicos nos locais. Vamos reforçar parcerias coletivas com países e universidades. Fazer negociações e discutir o tema".
Para o ministro, ficou clara a alta escassez de profissional médicos na atenção básica: "Cerca de 702 municípios não foram escolhidos, nem no processo inicial. Isso chama a atenção. A preferência ficou concentrada em apenas 400 municípios". Porém, ele também destaca aspectos positivos: "O que superou a expectativa foram os 3500 municípios pedindo profissionais e mais de 1.000 médicos brasileiros se inscrevendo nos primeiros 15 dias".
Fraudes
O prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati, também presente na coletiva, afirmou que muitos médicos brasileiros fraudaram e adulteraram suas inscrições propositadamente. "Esta fraude tem de ser denunciada com todo rigor. O comportamento das entidades médicas, com seu espírito corporativo, mostra que elas não estão preocupadas com a saúde, mas com o futuro dos médicos, não retiro a legibilidade disso, mas se não ficarmos preocupados com a população, estaremos rasgando os direitos dos cidadãos".

Ele se referia à polêmica das inscrições que não foram finalizadas, graças a números de CRMs inválidos.
Já o presidente do CFM, Roberto d'Ávila, declarou, na semana passada, que foram detectados erros na validação de dados dos formulários e no envio de documentos, que a acentuação dos nomes poderia ter prejudicado o cruzamento de dados dos inscritos com os da Receita Federal. Isso teria causado um elevado número de registros inválidos. Ele assinalou ainda a possibilidade de ter havido facilitação de cadastros, a partir de computadores registrados no exterior, em prejuízo dos que têm registro no Brasil.

O conselho solicitou investigação ao Ministério Público e à Polícia Federal que já havia sido acionada pelo Governo para descobrir se a classe médica havia sabotado as inscrições. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou que as críticas não procediam e a que a Polícia Federal acompanhou todo o processo e comentou que se tratava de um movimento isolado e que não acreditava que representasse a maioria dos médicos, muito menos as instituições.
Quando questionado sobre isso, Padilha declarou: "Quando os agentes públicos acusam, têm de provar. Se o IP (identificação do dispositivo do computador usado) de acesso no Brasil e exterior são iguais, como havia diferença? Eles têm de provar. Não vou mais fazer comentários sobre isso".
Do UOL

“O Brasil não pode alimentar ditaduras”, diz presidente do ITV-CE sobre perdão das dívidas de países acusados de corrupção

“Quando se trata de recursos do cidadão brasileiro, não se pode confundir solidariedade com liberalidade. O Brasil é um país livre e democrático. Não pode alimentar ditaduras”. A declaração é do presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV) no Ceará, Carlos Matos, sobre a decisão do Governo Federal de perdoar 80% de uma dívida de R$ 1,9 bilhão acumulada por países africanos com o Brasil.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, nações como Congo, Sudão, Gabão e Guiné Equatorial, governadas por ditadores envolvidos em processos de corrupção e cujas riquezas em petróleo e gás contrastam com a pobreza extrema de seus habitantes, compraram produtos e serviços no mercado nacional e não pagaram, deixando a fatura para ser socializada entre os 190 milhões de brasileiros.
Para Carlos Matos, o Brasil ser solidário com países mais pobres é importante, aceitável e até digno, mas essa transferência sem critério, principalmente para países que alimentam a ditadura é questionável. “Numa ditadura não se tem acesso à liberdade plena de informações. Para que esse dinheiro é dado? Chega aos cidadãos mais necessitados do País ou alimenta um núcleo de poder que quer manter a ditadura a qualquer custo?”, questiona.

Isquemia cerebral

Zé Genuino, operado do coração em São Paulo, teve uma leve isquemia cerebral hoje à tarde. Revertida e sem deixar sequelas todos sabem que isso tudo é fruto da inquietação que sofre a alma do acusado de ser a assinatura mais importante do Mensalão.

PEC que garante autonomia à Defensoria Pública da União é promulgada hoje (6) no Congresso Nacional

Entidade que representa defensores públicos federais comemora promulgação que ampliará o acesso à Justiça aos brasileiros que não podem pagar advogado

O presidente do Senado, Renan Callheiros, preside hoje (6), às 12h30, a sessão solene destinada à promulgação da PEC 207/12, que confere autonomia administrativa e financeira para a Defensoria Pública da União (DPU). A partir de agora, as DPU’s poderão realizar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O projeto, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B/AM) foi aprovado no Senado em agosto de 2012 e na Câmara em julho deste ano. A proposta estende às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal a autonomia funcional e administrativa concedida às defensorias estaduais com a chamada reforma do Judiciário (EC 45/04).
O presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), Gabriel Faria Oliveira, que esteve à frente do movimento pela aprovação do projeto, comemora e destaca a importância dessa conquista. “É um primeiro passo para estruturar e ampliar a instituição que garante o acesso à justiça aos brasileiros que não podem pagar um advogado. A vitória não é da categoria, mas dos cidadãos”, destaca Gabriel.
A grande beneficiada com a autonomia da DPU é a população hipossuficiente, que passará a ser melhor assistida. Hoje, mesmo com as dificuldades, as unidades realizam mais de um milhão de atendimentos, mas o público-alvo potencial chega a 3 milhões. Com o orçamento melhor distribuído, este número pode dobrar em pouco tempo e a DPU pode chegar a cidades do interior, o que não acontece hoje devido à falta de estrutura. Hoje a DPU está presente em apenas 55 das 320 subseções da Justiça Federal.“Precisamos interiorizar mais o atendimento e chegar até a população mais carente, nos bolsões de pobreza”, afirma Oliveira.
Para o presidente, o vínculo com o Poder Executivo não permitiu a evolução dos trabalhos dos defensores federais. “A DPU não podia continuar estagnada, funcionando sem autonomia, apenas como um anexo do Ministério da Justiça”, ressaltou o presidente. Nas Defensorias Estaduais, onde já há autonomia, houve um avanço significativo nos serviços de assistência jurídica, o que colaborou com a diminuição das desigualdades sociais e imprimiu na população o sentimento de que a Justiça é para todos, conforme estabelece a Constituição Brasileira.
Hoje são apenas 523 defensores federais em contraposição aos 2.000 juízes federais, 7.000 juízes trabalhistas, 8.000 Advogados para a União, 1.800 membros do Ministério Público Federal e 5.200 defensores públicos estaduais, razão pela qual a estruturação do órgão deve ser imediata. “Em um governo que a prioridade é erradicar a pobreza, está na hora de aumentar o número de defensores federais”, diz Gabriel Faria Oliveira. Somente no ano passado, foram realizados cerca de 1 milhão de atendimentos,
Estudo do Governo Federal, elaborado há sete anos, estabelece que um número razoável de defensores federais fosse de 1.500. “O justo seria seguir o que está estabelecido na Constituição: onde houver um juiz, um promotor ou um advogado para a União, é indispensável a presença de um defensor federal. Isso está longe da realidade”,afirma o presidente da Anadef.

MPF denuncia esquema fraudulento para concessão de Bolsa Família e Seguro-Safra

No esquema, pessoas que não se encaixavam no perfil exigido pelo Governo Federal eram beneficiados com as bolsas sociais
 
Sete pessoas vinculadas ao poder público no município de Mauriti (Região do Cariri) foram denunciadas, nesta terça-feira (6), pelo Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE), acusadas de participação em esquema fraudulento para recebimento de benefícios assistenciais do Seguro-Safra e do Bolsa Família, sem que os beneficiados preenchessem os requisitos legais para serem cadastrados nos programas. Na denúncia, o MPF pede à Justiça Federal a quebra do sigilo bancário dos sete acusados, além da condenação dos beneficiados pela prática de pelo menos dois crimes.
 
De acordo com o procurador da República Celso Costa Lima Verde Leal, autor da denúncia, para conseguirem os benefícios, os acusados inseriram declarações falsas no Cadastro Único para Programas do Governo Federal (CadÚnico), omitiram cargos, funções e profissões exercidos por eles, e principalmente a real renda mensal, declarando que se encontravam em situação de extrema pobreza quando, na verdade, possuíam rendas superiores à exigida por lei para se encaixarem no perfil de beneficiados.
 
Na denúncia, o procurador Celso Leal detalha que, durante as investigações sobre o caso, o MPF comprovou a existência de verdadeiro esquema criminoso e fraudulento articulado por funcionários públicos, privados e agentes políticos. No esquema, os acusados praticaram estelionato em detrimento de programa social do Governo Federal, "e, por consequência, auferiram vantagem econômica na percepção de benefícios pagos com recursos públicos que deveriam atender a polução carente, enriquecendo, assim, ilicitamente e causando vultuosos prejuízos ao Erário Federal".
 
O MPF também recomenda à coordenação do CadÚnico em Mauriti e ao prefeito do Município, Francisco Evanildo Simão da Silva (PT), que, no prazo de 30 dias, procedam o recadastramento dos registrados no CadÚnico, realizando, se necessário, visitas aos beneficiários para verificação se eles atendem os requisitos legais. Caso os cadastrados não atendam aos requisitos, que seja procedido o imediato cancelamento dos benefícios sociais.
 
- OS DENUNCIADOS:
 
Cícera Paula Mineu Gomkes Sampaio,  ocupante de cargo em comissão em Mauriti/CE, casada com o ex-vereador e denunciado Oceano Sampaio Grangeiro
 
Maria Eugênia Henrique de Morais, esposa do Secretário de Obras do Município de Mauriti, cunhada do dono da empresa Construser, prestadora de serviços e ocupante de cargo comissionado na Prefeitura de Mauriti/CE
 
Maria Agaciana Pereira Leite da Silva, ocupante de cargo em comissão, casada com Vitor Hugo Freires Silva, funcionário do Banco do Brasil no Município de Mauriti/CE, cursou o ensino superior na Faculdade Leão Sampaio
 
Maria Jacilda Lacerda de Sousa, vereadora suplente, professora, servidora pública efetiva, locatária de imóvel para a Prefeitura de Mauriti/CE
 
Maria do Carmo Leite Maranhão de Morais, ocupante de cargo comissionado, casada com o dono da empresa Construser
 
Oceano Sampaio Grangeiro, ex-vereador, ocupante de cargo comissionado, casado com a denunciada Cícera Paula Mineu Gomes Sampaio
 
Vandiara Martins Moreira, universitária, filha dos beneficiários de Programas Sociais Maria Socorro Martins Moreira (Bolsa - Família) e José Vanísio Moreira dos Santos (Bolsa - Estiagem)
 
 
- CRIMES PRATICADOS, DE ACORDO COM O CÓDIGO PENAL:
 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
 Falsidade ideológica
     
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

Tá no Miséria.com.br

Juazeiro do Norte-CE: Empresa “Localiza” é alvo de reclamações de funcionários e clientes do Aeroporto Orlando Bezerra






André Costa
(Foto: Chinês/Agência Miséria )
Chegar ao Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, e encontrar uma vaga para estacionar o veículo não é das missões mais fáceis para muitos usuários. A explicação não está no crescente número de voos ou passageiros, mas, na possível irregularidade da empresa de locação de veículos, “Localiza”.

As reclamações informais cresceram. Clientes e funcionários garantem que há vagas suficientes para demanda de passageiros, no entanto, elas são ocupadas por carros de alugueis. Uma mulher que trabalha no aeroporto contabilizou o número de veículos estacionados de forma errada.


“No fim de semana a irregularidade cresce bastante. Somente no último domingo (04), havia 28 carros de uma empresa estacionados em local impróprio. Além de usufruir de uma vaga destinada para clientes, os carros geram transtornos, dificultando a circulação de taxis e coletivos”, explica a funcionária que pediu para ter sua identidade preservada.

A Líder, Yes e Localiza são as empresas de locação instaladas no aeroporto. Juntas, elas detêm uma frota de quase 200 carros, de acordo com a funcionária supracitada.  Segundo ela, as empresas pagam uma taxa ao aeroporto, que varia entre R$ 25,00 e R$30,00 por metro quadrado.

“Essa taxa está incluso o Box das empresas, bem como o estacionamento próprio para os carros de alugueis”, diz. “Esse espaço foi criado justamente para não atrapalhar o fluxo no entorno do aeroporto, além de garantir a livre concorrência e preservar as vagas dos clientes”, acrescenta a funcionária.

“Qualquer um que vier até aqui ouvirá as inúmeras queixas dos clientes, até mesmo de taxistas”, expõe a funcionária que revela já ter levado o caso ao Superintendente do Aeroporto [Roberto Germano de Souza Araújo], “Porém, até agora nenhuma medida foi adotada”, finaliza.

Opinião

Análise
Venda do jornal para a gigante do varejo digital é simbólica
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA ESPECIAL PARA A FOLHA Na reunião mundial de ombudsmen em Washington em 2009, em um debate no Museu da Notícia, a publisher do "Washington Post", Katharine Weymouth, então com 42 anos, entrou numa velada competição com Ben Bradlee, o ex-editor-chefe de seu jornal, então com 88, pela atenção dos participantes.
Ela estava na mesa, ele, na plateia. Mas, quando alguém dirigiu a Bradlee uma pergunta, ele se tornou a atração, para evidente desagrado da neta de Katharine Graham, sua avó, que em parceria com o jornalista levou o diário a seus momentos de maior glória.
Weymouth foi a quinta e última pessoa da família a ocupar a função de publisher. Seu bisavô Eugene Meyer comprou o título em 1933, perdeu muito dinheiro com ele por 20 anos, mas, quando o entregou ao genro Phil Graham, acertou em cheio.
Graham era amigo de John Kennedy e Lyndon Johnson. No governo de ambos, o "Post" surfou nas ondas do poder. Comprou a revista "Newsweek" e diversas emissoras de TV. Bipolar, matou-se em 1963. A viúva, Katharine, o sucedeu.
A aliança de Katharine com Bradlee, que assumiu a Redação em 1968, era perfeita. O respeito mútuo e a confiança recíproca permitiram que o "Post" se consagrasse em dois dos mais importantes casos do jornalismo do século 20: Watergate e Documentos do Pentágono.
A matriarca foi sucedida pelo filho, Don, em 1993, e com ele começaram os problemas. Era o início da internet, o "Post", como a maioria de seus concorrentes, parecia não enxergar o tamanho da ameaça e foi incapaz de arrumar saídas eficazes para enfrentar o desafio.
A única boa aposta empresarial do "Post" nestes anos difíceis foi a compra da Kaplan, que oferecia cursos à distância e material pedagógico impresso. Em 2010, a Kaplan respondia por 62% do faturamento do grupo. Mas uma série de problemas legais a atingiu a partir de 2011.
É provavelmente injusto atribuir a Weymouth, que assumiu o poder em 2008, a debacle do "Post". Mas ela não ajudou nada, quando achou que seria uma boa ideia para levantar dinheiro vender a empresários, políticos e lobistas por preços que variavam de US$ 25 mil a US$ 250 mil assentos à sua mesa de jantar em casa para desfrutar da companhia e da conversa com ela própria e seus principais repórteres e editores.
É simbólico que o "Post", ícone do jornalismo impresso, acabe nas mãos da Amazon, que ajudou a tirar do mercado milhares de livrarias dos Estados Unidos.

MAnchetes de jornais internacionais


The New York Times (EUA)
Fundador da Amazon compra o "Washington Post"
The Washington Post (EUA)
Grahams irão vender o "Washington Post"
The Guardian (Reino Unido)
Após quatro anos, polícia metropolitana pede desculpas por morte durante reunião do G20
Le Figaro (França)
Aposentadorias, emprego: FMI pede à França que faça reformas
El País (Espanha)
Marrocos dá indulto a 30 espanhóis que apenas deveriam ser extraditados
Clarín (Argentina)
Roubo na casa de Massa termina complicando o governo

Se a vagabundagem deixar...

Turistas vão gastar R$ 25 bilhões na Copa de 2014, prevê Embratur

Turistas brasileiros e estrangeiros vão gastar juntos R$ 25,2 bilhões na Copa do Mundo de 2014, estima a Embratur, estatal do setor.
A projeção equivale a 28 vezes o que os turistas gastaram na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Segundo cálculo da UFF (Universidade Federal Fluminense), R$ 900 milhões saíram do bolso de 1,3 milhão de pessoas no evento. O valor ficou acima da expectativa da Embratur, de R$ 660 milhões.
A maior parte das despesas previstas para a Copa de 2014 é de turistas brasileiros. A projeção é que 3 milhões de viajantes nacionais vão gastar R$ 18,3 bilhões, nas 12 cidades-sede do evento.
São esperados ainda 600 mil estrangeiros -o dobro dos que foram à África do Sul em 2010-, que devem injetar R$ 6,8 bilhões. A estimativa foi feita com base no histórico de fluxo de turistas para o país e na procura por ingressos na agência da Fifa.
O valor de gastos fica próximo de tudo que foi gasto por estrangeiros no Brasil no primeiro semestre deste ano: R$ 7 bilhões, segundo conversão dos dados do BC pelo dólar médio do período.
No caso do estrangeiros, que costumam ficar mais que duas semanas, acompanhando todo o evento, a expectativa é de gasto total médio de R$ 11,4 mil na Copa.
Para as estimativas de gastos de brasileiros, foi considerada uma estadia média de dez dias na cidade-sede. O Rio é o local mais caro: projeta-se um gasto diário de R$ 824 por pessoa que inclui hospedagem, alimentação, transporte e compras.
A variação de custo entre as cidades se deve às diferenças nos preços da hospedagem. Depois da capital fluminense, as sedes mais caras são Brasília (R$ 824), Belo Horizonte (R$ 709) e São Paulo (R$ 645). As mais baratas são Natal (R$ 412) e Curitiba (R$ 422).
Apesar da fama turística do Rio, a cidade que deve receber mais gente é São Paulo (595 mil turistas).
Segundo o economista da Embratur Leandro Garcia, são esperados mais viajantes na capital paulista porque a cidade é o principal ponto de conexão aérea.
"Algumas pessoas devem aproveitar a escala e ficar para os jogos locais", afirma.
PREPARAÇÃO
A um ano da Copa do Mundo, outra pesquisa da Embratur com turistas estrangeiros que vieram à Copa das Confederações mostrou que apenas 55,6% dos entrevistados consideram que o país está preparado para o Mundial de 2014. Outros 29% disseram que não está, e 15,4% responderam que não sabiam.
Para o presidente da Embratur, Flávio Dino, a avaliação dos turistas foi impactada pelas manifestações de junho, mês em que ocorreu o evento prévio à Copa.
As principais reclamações dos turistas estrangeiros na Copa das Confederações e na JMJ foram em relação ao transporte urbano e aos serviços de internet e telefonia.

Demorou mas Icó pega fogo

EM PÉ DE GUERRA!

Foto: Brasil-FM
O sindicato dos servidores públicos e dos professores do município de Icó (CE), através de seus presidentes, Diana Araújo e Ednaldo Figueiredo, respectivamente, utilizaram-se dos veículos de comunicação icoense, hoje ao meio-dia, para convocar paralisação das classes em discussão, com data agendada para o dia 7 de agosto de 2013, alegando em resumo, que várias leis já em vigor não estão sendo cumpridas pelo gestor.

No mesmo passo, o prefeito Jaime Júnior(DEM), foi a emissora Brasil-FM e discordou de vários pontos abordados pelas lideranças sindicais.

Os ouvintes mais apurados, analisaram que o alcaide, ao invés de encontrar um caminho menos doloroso, jogou muita gasolina no combustível do Camaro Amarelo, que poderá seguir adiante com mais rapidez que Um Trem.