Contato

Transporte escolar no Cariri continua precário em vários municípios


Roberto Bulhões

Apesar das constantes denúncias sobre irregularidades no transporte escolar em boa parte dos municípios cearense, muitos prefeitos não estão nem ai para o problema. As denúncias se avolumam no Ministério Público Federal (MPF), que, diante de tanto abuso, deve entrar em ação  a qualquer momento. Mesmo com todo apoio do Governo Federal, através do Ministério da Educação, para que as prefeituras contratem ou adquiriam veículos para o transporte escolar de qualidade, muitos prefeitos insistem em desobedecer. A maioria prefere o "ajeitadinho", contratando as camionetes, caminhões pa-de-arara e até carroças dos amigos e aliados políticos.

É do conhecimento do MPF que algumas prefeituras fazem licitações para o transporte escolar, mas, a empresa vencedora, na maioria das vezes, contrata pessoas com veículos sem as mínimas condições, pagando metade do valor licitado. Ou seja: fazem subcontratação de terceiros, o que é proibido por lei. Com isso, surgem as camionetes e os pau-de-arara, ao invés de ônibus padronizados, como determina o Ministério da Educação. "Coibir os abusos no transporte escolar é a meta do governo Federal que vem investindo muito na educação de qualidade". a afirmação é do Ministro da Educação, Aloisio Mercadante.

Segundo o próprio ministro, deve haver uma fiscalização em todo interior do Ceará sobre as condições do transporte escolar, envolvendo a controladoria Geral da União (CGU), o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) em conjunto com os órgãos fiscalizadores de cada município. A determinação é acabar com o transporte de estudantes em carrocerias de veículos. O Ministério da Educação está garantindo dinheiro para aquisição de ônibus, inclusive ônibus com tração nas 4 rodas, para locais de difícil acesso.

MP expede recomendação para Polícia Civil

O Ministério Público do Estado do Ceará enviou na última segunda-feira, dia 5, uma recomendação direcionada ao delegado-geral da Polícia Civil e ao perito-geral da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). O pedido é para que os delegados cumpram o artigo 79 do Manual de Procedimentos da Polícia Judiciária e somente requisitem qualquer perícia criminal informando o número do respectivo procedimento policial (inquérito, TCO ou BOC) no momento da requisição ou, em casos urgentes, antes da devolução do respectivo laudo. Todas as requisições de perícias criminais devem obrigatoriamente estar vinculadas a um procedimento policial.
O documento foi expedido pelo Centro de Apoio Operacional Criminal, da Execução Criminal e Controle Externo da Atividade Policial (Caocrim) do MP e é assinado pelos promotores de Justiça Iran Sírio, José Filho e Juliana Cronemberger de Negreiros Moura.
À Pefoce, o MP pede que observe a solicitação feita acima e que se abstenha de realizar qualquer perícia criminal que esteja em desacordo com o pedido. O Ministério Público requer ainda que a instituição faça um levantamento das perícias pendentes e requisite às autoridades policiais o número dos procedimentos a elas referentes. O objetivo é limitar a realização das perícias pendentes àquelas em que a autoridade requisitante instaurou o respectivo procedimento.
“A nossa intenção é otimizar o trabalho policial e garantir a regularização dos procedimentos”, afirma o promotor Iran Sírio. No documento, o MP fixa um prazo de 30 dias para que o delegado-geral e o perito-geral do Estado informem o Caocrim sobre as providências adotadas no sentido de acatar a recomendação. A inobservância aos pedidos obrigará o MP a adotar as medidas administrativas, cíveis e criminais eventualmente cabíveis.

CGU descobre a verdade e dá números sobre Aeroporto de Fortaleza


Obra em aeroporto no CE está 15 meses atrasada e R$ 95 mi mais cara

A obra de reforma e ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, da cidade de Fortaleza, tem um custo atual previsto em R$ 383,8 milhões, ou R$ 94,8 milhões a mais que a previsão inicial do governo brasileiro para a intervenção, que era de R$ 289 milhões. Além disso, os trabalhos, que deveriam ter se encerrado em dezembro de 2012, agora tem previsão de término para março de 2014, um atraso de 15 meses em relação ao cronograma inicial.
É este o quadro da empreitada no terminal cearense de acordo com a última atualização de dados entregue pela Infraero, estatal responsável pela obra, à CGU (Controladoria Geral da União), na semana passada. O projeto de reforma e ampliação do aeroporto foi incluído na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo de 2014 em julho de 2010, por meio de um acordo celebrado entre o Ministério do Esporte, o Governo do Estado do Ceará e a Prefeitura Municipal de Fortaleza. A Matriz De Responsabilidades é um documento assinado em janeiro de 2010 por União, estados e municípios, como compromisso das ações, com prazos e custos definidos, que seriam executadas até junho de 2014.
Originalmente, a obra deveria ter tido início em março de 2011. O prazo de entrega era dezembro de 2012. Ocorre que, até fevereiro daquele ano, nem mesmo a licitação para contratar as empreiteiras tinha sido feita.
Então, foi preciso alterar os planos. O processo de licitação mudou. Antes, era para ser feito pelas normas da Lei 8666/93, que regulamenta as concorrências feitas pelo poder público. Mas, como havia grande atraso, preferiu-se a utilização do RDC, ou Regime Diferenciado de Contratações , mecanismo normativo criado em 2011 através de medida provisória para flexibilizar as regras das licitações públicas para as obras da Copa.
O objetivo do RDC era construir uma saída legal para agilizar as obras de estádios e infraestrutura para a Copa do Mundo, a maioria já atrasadas em 2011. Assim, pelo RDC, permite-se por exemplo que a mesma empresa seja contratada para fazer o projeto executivo de uma obra e também para executá-la. Com isso, o processo se torna mais rápido, não é preciso fazer duas licitações, mas, por outro lado, corre-se o risco de uma empresa criar um projeto executivo que torne a obra mais cara, ainda que não por necessidade, já que será ela mesma a responsável por sua execução.
Assim, em fevereiro de 2012, foi feita a concorrência. O prazo de conclusão era junho deste ano. Com um cronograma mais apertado, subiu o valor da empreitada. O consórcio vencedor, CPM Novo Fortaleza, liderado pela empreiteira Consbem Construções, assinou um contrato com a Infraero no dia 9 de maio de 2012 para fazer a obra por R$ 336,6 milhões.
O prazo de conclusão: 1.800 dias, a contar da emissão da primeira ordem de serviço. 1.800 dias, ou 60 meses. Ou cinco anos.
Quer dizer: a obra de reforma e ampliação do Aeroporto de Fortaleza, contratada sob as regras do Regime Diferenciado de Contratações, aprovado por medida provisória em 2011 para agilizar as obras para a Copa do Mundo de 2014, tem prazo de conclusão para 2017. Está no link ali de cima.
De lá para cá o custo aumentou, está em R$ 383,8 milhões, segundo a CGU (se clicar, olhe a tabela mais abaixo, de execução financeira), acréscimo devido à assinatura de contratos secundários para a obra.
E então vem a explicação da Infraero: é que, na verdade, a obra é dividida em duas fases. A primeira será entregue em março de 2014. Esta foi a data informada ao blog na última terça-feira pela assessoria de imprensa da estatal, em que pese o fato de o Portal da Transparência, do governo brasileiro, prever a data de dezembro de 2013, que é uma espécie de “fim da linha” acordado com a Fifa para todas as grandes obras da Copa. A segunda fase, esta sim, é que termina em 2017.
A Infraero diz que as obras entregues até 2014 vão permitir um aumento de capacidade dos atuais 6,2 milhões de passageiros para 8,6 milhões. Segundo a estatal, o movimento em 2014 no aeroporto cearense deverá ser de 7,4 milhões de passageiros.
Poderia-se pensar, então, que, ao fim e ao cabo, pelo menos Fortaleza terá um aeroporto capaz de receber bem os passageiros que por lá passarão em 2014. Para que isso ocorra, porém, será preciso apertar o passo na obra. Segundo a CGU, o percentual de execução física da obra em 30 de junho deste ano era de 12%. Dos R$ 383,8 milhões contratados, somente R$ 36 milhões haviam sido executados. É bom que Deus seja mesmo brasileiro.

Com blog do 
Vinícius Segalla

Por acaso o TSE não estaria indo longe demais? Quem autorizou meus dados para a Serasa?


Justiça Eleitoral repassa dados de brasileiros à Serasa

Daniel Bramatti | Agência Estado
O Tribunal Superior Eleitoral decidiu repassar informações cadastrais de 141 milhões de brasileiros para a Serasa, empresa privada que gerencia um banco de dados sobre a situação de crédito dos consumidores do País. A medida já está em vigor e afeta praticamente todos os cidadãos com mais de 18 anos, que não terão possibilidade de vetar a abertura de seus dados. O acesso foi determinado por um acordo de cooperação técnica entre o TSE e a Serasa, publicado no último dia 23 no Diário Oficial da União.
Pelo acordo, o tribunal entrega para a empresa privada os nomes dos eleitores, número e situação da inscrição eleitoral, além de informações sobre eventuais óbitos. Até o nome da mãe dos cidadãos e a data de nascimento poderá ser "validado" para que a Serasa possa identificar corretamente duas ou mais pessoas que tenham o mesmo nome. O acordo estabelece que "as informações fornecidas pelo TSE à Serasa poderão disponibilizadas por esta a seus clientes nas consultas aos seus bancos de dados". Paradoxalmente, o texto também diz que caberá às duas partes zelar pelo sigilo das informações.
Violação da privacidade
Especialistas em privacidade e advogados ouvidos pelo Estado ficaram surpresos com a "terceirização" de dados privados sob a guarda de um órgão público. "Fornecer banco de dados para a Serasa me parece uma violação do direito à privacidade, o que é inconstitucional", disse o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira.
"O importante é saber que esses dados fazem parte da sua personalidade, e ela é protegida pela Constituição", sustenta. Mariz acrescentou que, diante do debate internacional sobre o programa de espionagem da agência de segurança nacional dos Estados Unidos, o acordo "pode fazer parte de uma escalada maior de quebra de privacidade" no Brasil.
Autorização
Para Dennys Antonialli, coordenador do Núcleo de Direito, Internet e Sociedade da Faculdade de Direito da USP, o Tribunal Superior Eleitoral precisaria de "consentimento expresso" dos cidadãos/eleitores para poder repassar seus dados a uma entidade privada. Com a ressalva de que desconhece os termos do acordo, o criminalista Pierpaolo Bottini disse que, em princípio, os dados de eleitores sob a posse do TSE são "protegidos".
Ambos os juristas ressaltaram que estas informações podem ser requeridas por um juiz criminal à Justiça Eleitoral desde que sejam julgadas relevantes para uma investigação. De acordo com o Bottini, o fato de ser necessário um mandado para sua liberação indica que os dados não podem ser vendidos.
Defesa
Anderson Vidal Corrêa, diretor-geral do TSE, negou que o tribunal esteja abrindo dados sigilosos. Ele afirmou que itens como nome da mãe ou data de nascimento do eleitor serão apenas validados - ou seja, o órgão dirá à Serasa se a empresa dispõe ou não das informações corretas sobre determinada pessoa. Se o dado estiver incorreto, o TSE não vai corrigi-lo, argumentou Corrêa. O acordo, informou o tribunal, foi autorizado por Nancy Andrighi, corregedora-geral eleitoral.
Como contrapartida pela cessão dos dados, servidores do tribunal ganharão certificação digital (espécie de assinatura eletrônica válida para documentos oficiais) da Serasa, o que facilitará a tramitação de processos pela internet. As certificações, porém, só terão validade de dois anos. (Colaborou Lucas de Abreu Maia). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Cerco ao Planalto

Aliados sitiaram Dilma Rousseff no Congresso

Josias de Souza
Dilma Rousseff está sitiada no Congresso. Desproporcional como uma baleia na banheira, o blocão partidário do governo trocou a letargia pela irascibilidade. Impacientes, os aliados acumulam tarefas da oposição e mastigam nacos de poder da presidente. Há pelo menos três motivos para acreditar que Dilma não terá um resto de mandato confortável no Legislativo:
1) A Câmara deflagrou o processo que obrigará o governo a pagar as emendas que os congressistas enfiam dentro do Orçamento da União. Coisa de R$ 10,4 milhões anuais para cada um –sem discriminar a oposição. Com isso, retira-se das mãos de Dilma a prerrogativa de bloquear as verbas para depois distribui-las num conta-gotas condicionado à subserviência de quem recebe.
2) Antes do recesso de julho, deputados e senadores já haviam aprovado outro projeto redentor. Prevê que os vetos presidenciais terão de ser apreciados pelo Congresso em 30 dias. Lacrou-se a gaveta na qual os presidentes do Senado guardavam vetos por mais de uma década. Devolveu-se ao Legislativo a palavra final no processo de elaboração das leis.
3) Juntando-se as emendas impositivas ao novo rito dos vetos, chega-se a um modelo que conspira contra a anomalia que permite ao inquilino do Planalto governar por medida provisória. Desde a presidência de José Sarney a coisa vinha funcionando assim: o Planalto edita suas MPs, serve rações regulares de verbas e cargos, e vende ao público a pantomima da governabilidade. Para eventuais surpresas, os vetos. Que jamais eram apreciados.
Em teoria, a revolta da baleia governista contra sua tratadora é algo alvissareiro. Obriga Dilma a fazer política, não politicagem. E permite sonhar com a volta do tempo em que o analista político era obrigado a fazer meia dúzia de raciocínios transcendentes. Tempo em que era preciso decidir entre o pragmatismo do PSDB e o puritanismo do ex-PT, entre a ética da responsabilidade e a ética da convicção.
De repente, a coisa ficou simples demais. Gente como Karl Marx e Max Weber tornou-se descartável. Falidas as ideologias, o templo da política consolidou-se como uma congregação de homens de bens. Tudo no Congresso passou a subordinar-se à lógica do negócio, inclusive os escrúpulos.
Chegando ao poder, o PT nivelou-se aos outros, eliminando a pseudodiferença. Todos se irmanaram na abjeção. A integridade dos ovos perdeu valor. Passou a importar apenas o proveito da omelete. Depois do mensalão, já nem era preciso varrer as cascas para debaixo do tapete. Generalizou-se a desfaçatez.
A repentida perda de popularidade de Dilma despertou no blocão governista um instinto de vingança. Os aliados querem arrancar na marra aquilo que a sucessora de Lula lhes sonegou. A investida do PMDB contra o governo pode ser entendida como uma certa impaciência do condomínio governista com a incompetência do PSDB na função. É como se Eduardo Cunha, o líder do PMDB, gritasse: “Será que eu tenho que fazer tudo nessa bodega?”

Chineses imitam brasileiros

Ladrões roubam ponte histórica na turística cidade chinesa de HangzhouA ponte de 20 m foi roubada durante a noite sem que ninguém reparasse


  • A ponte de 20 m foi roubada durante a noite sem que ninguém reparasse
Uma ponte de pedra com mais de um século de história, situada próxima à turística cidade chinesa de Hangzhou, foi roubada durante a madrugada, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

A ponte, que possui mais de 20 metros de comprimento e se encontra sobre um rio, foi desmontada em 30 partes por um operador de guindaste, que, segundo as autoridades, teria sido contratado por um homem de sobrenome Chen. O curioso é que nenhum dos moradores locais percebeu essa ação, registrada na última semana.

Segundo o portal "Notícias de Zhejiang", Chen, que já teria sido detido junto ao operador do guindaste, contou que um comprador de pedra lhe ofereceu US$ 6,5 mil pela ponte e que transportou as partes divididas em dois caminhões.

Os moradores locais alegaram que ouviram estranhos ruídos ao longo da noite, os quais pareciam vir de uma construção próxima. No entanto, após perceberem o vazio deixado sobre o rio, eles não conseguiam acreditar na audácia do criminoso.

Na última semana, a polícia recuperou partes da ponte em uma pedreira a 50 quilômetros da cidade de onde foi desmontada.

Outras informações detalharam que o roubo da centenária edificação, construída graças a doações, afetou muito a vida dos moradores de Yanjiajiao, que, apesar de não usarem muito, consideravam o lugar como um ponto histórico e muito representativo para cidade.

Ataque e contra-ataque na Câmara de Fortaleza


Oposição visita os postos de saúde

O que a comissão de Saúde da Câmara deixou de fazer a oposição fez: relato sobre a atenção básica na periferia
A oposição elaborou um relatório sobre a situação dos postos de saúde de Fortaleza, após uma visita a sete unidades. Conforme o vereador Acrísio Sena (PT), os postos não estão funcionando das 7 às 19 horas, como prometeu a Prefeitura, nem contam com equipe completa de profissionais, outra promessa da atual gestão. A vice-líder do prefeito na Câmara Municipal, vereadora Cláudia Gomes (PSC), defendeu que a Prefeitura está reformando e ampliando os postos para dar melhor condição de atendimento à população.

A vice-líder do prefeito na Câmara, vereadora Cláudia Gomes, defendeu que a Prefeitura está reformando e ampliando os postos de saúde Foto: ALCIDES FREIRE
Segundo Acrísio Sena, as visitas foram feitas na segunda quinzena do mês de julho, período de recesso parlamentar, pelos quatro vereadores do PT e o vereador Capitão Wagner (PT), ou seja, o bloco de oposição da Casa. Foram visitados, segundo ele, cinco postos da Regional VI e dois da Regional V. O relatório produzido, conforme o parlamentar, foi entregue ao presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, vereador Adelmo Martins (PR) e ao líder do prefeito na Casa, vereador Evaldo Lima (PCdoB).

Intervalo

Acrísio Sena fez questão de destacar que a iniciativa da atual gestão de acabar com o terceiro turno nos postos de saúde, implantado na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, era com o compromisso de que essas unidades funcionariam 12 horas, sem intervalo, mas alega que isso não vem acontecendo. Ele admite que o terceiro turno funcionava de forma precária na administração passada, mas considera que era melhor dessa forma do que simplesmente acabar com o turno da noite.

O vereador lembra que em maio, o líder do prefeito, Evaldo Lima, informou que todas as unidades básicas de Fortaleza funcionariam com médicos, enfermeiros e medicamentos, das 7 às 19 horas, inicialmente nas Regionais V e VI, a partir de junho, e no mês seguinte o horário se estenderia para as demais Regionais. Ele assegura que nos sete postos visitados isso não vem ocorrendo e em nenhuma a equipe estava completa. "Diante dessa realidade os problemas dos postos de saúde se intensificam e ficam mais complexos", atesta.

Acrísio Sena pondera que não é de uma hora para a outra que a atual gestão resolverá todos os problema da saúde na Capital, como havia prometido o prefeito Roberto Cláudio, pois esse, garante, é um problema complexo. "Quem viveu oito anos de Governo sabe, entende que o problema dos postos não é um problema isolado.

Jornada
Adelmo Martins disse ser necessário cobrar dos profissionais de saúde que eles cumpram sua jornada de trabalho nas unidades do setor primário. Nos hospitais municipais, destaca, existe o ponto eletrônico, entendendo que esse mecanismo pode ser levado para os postos de saúde para que o horários sejam, então, obedecidos.

Cláudia Gomes, vice-líder do prefeito, fez questão de afirmar que a Prefeitura pretende reformar 52 postos de saúde. Ela alega que algumas dessas unidades não tinham a menor condição de atender a população, pois tinham postos sem água e luz e com a estrutura física bastante danificada. A ideia do prefeito, diz, é disponibilizar uma estrutura física adequada para receber os pacientes, com prontuário eletrônico, salas bem iluminada, atendimento humanizado e medicamentos à disposição.

Barbas de molho. As do vizinho estão ardendo.


RN: PF flagra estudante com 4,8 kg de cocaína em aeroporto de Natal

Cocaína estava escondida entre as roupas e misturadas com naftalina, uma tentativa de disfarçar o cheiro da droga Foto: Polícia Federal / Divulgação
Cocaína estava escondida entre as roupas e misturadas com naftalina, uma tentativa de disfarçar o cheiro da droga
Foto: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante no início da noite dessa terça-feira, no aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim (RN), uma estudante que chegava do Mato Grosso do Sul trazendo 4,8 quilos de cocaína.

A prisão aconteceu quando os policiais realizavam uma inspeção de rotina na área de desembarque dos voos domésticos e perceberam que uma passageira ficou bastante apreensiva quando a sua bagagem foi submetida ao aparelho de raios X.

Nesse momento, foi detectada uma substância de coloração “estranha” no interior da sua sacola. Ao ser aberta, foram encontrados cinco “tijolos” de cocaína escondidos entre as roupas e misturadas com naftalina, uma tentativa de disfarçar o cheiro da droga. De imediato, a mulher, 19 anos, recebeu voz de prisão e foi conduzida para autuação na superintendência da PF.

Durante interrogatório, ela afirmou que estava transportando a droga para cumprir ordens do seu companheiro, que atualmente cumpre pena, também por tráfico, em Campo Grande (MS), porém não revelou a quem entregaria a cocaína em Natal – a estudante disse apenas que seria procurada, provavelmente, por uma mulher, tão logo chegasse ao aeroporto.

Enquadrada na Lei de Entorpecentes, a suspeita encontra-se custodiada na sede da PF, onde deverá permanecer, à disposição da Justiça.  Com mais esta ocorrência, o total de cocaína apreendido pela PF no aeroporto Augusto Severo, somente em 2013, já alcança os 12,5 quilos.

Ex-padre, argentino gay larga a batina e escreve carta ao papa

O argentino Andrés Gioeni, 41, foi padre durante dois anos e meio em Mendoza até largar a batina e assumir ser gay. Ator, diretor e escritor de peças infantis, vive em San Isidro, na Grande Buenos Aires, com seu companheiro, Luís, há nove anos e meio. Na semana passada, ele escreveu carta aberta ao papa Francisco pedindo que ele ajude aos gays a "transitar pela fé" sem renunciar à "experiência do amor".
*
Na infância, estudei em um colégio religioso, marista. E dizia: nunca na minha vida vou ser sacerdote, não queria aquilo. Minha família era católica, mas não religiosa. Comecei a participar de um grupo missionário e começamos a fazer trabalhos voluntários num bairro pobre de Mendoza [a 1.100 km de Buenos Aires].
Na época, eu namorava uma menina, Carmem, e tínhamos o plano de nos casarmos e virarmos missionários na África.
Nesse bairro, as pessoas me falavam que faltava um padre. Eu estava estudando para tentar a faculdade de medicina, aí resolvi ir para o seminário.
Quando entramos, éramos 12 seminaristas e só quatro se tornaram sacerdotes. Desses quatro, só um ainda é padre.
Fiquei oito anos no seminário. Não me sentia sozinho, tinha uma família lá. Foi mais difícil quando virei sacerdote, aos 27. Vi que não era tão fácil, tinha muitas responsabilidades, ficava sozinho. Mas gostava de celebrar a missa.
Aí comecei a me dar conta do que estava acontecendo: algo que não era, para mim, natural. Eu me condenava.
No seminário, a questão da homossexualidade só era tratada em algumas aulas. No dia a dia, era um tabu.
Olhando agora para trás, vejo que no seminário já sabia [que era gay], mas eu negava.
Se percebia que estava gostando de algum companheiro, logo me reprimia, falava a mim mesmo: "O que está acontecendo? Está louco?."
Dois seminaristas fizeram insinuações pra mim, queriam me namorar. Eu achava que fosse loucura,negava aquilo. Eles saíram do seminário, eu fiquei. Me dei conta de que era gay mesmo quando já era sacerdote.
Gostava de entrar em salas gay de bate-papo como anônimo. Depois, me arrependia, dizia que nunca mais faria aquilo. Um dia, encontrei um homem que conheci no chat.
Conversamos durante umas cinco horas e não contei que era padre. Acabamos tendo relações sexuais.
Foi uma experiência linda, mas, no outro dia, acreditava que estava no inferno, que era a pessoa mais pecadora do mundo. Comecei a rezar, chorei muito e fui me confessar sem dizer que era padre. Falei: "Basta, isso vai passar, não pode mais acontecer".
E não passou. E passei a me perguntar se era algo transitório ou para a vida. Quando me dei conta que era para a vida, cortei laços com a igreja.
Vim para Buenos Aires começar uma nova vida. Uma pessoa me chamou para fazer umas fotos nu para uma revista gay. Depois, trabalhei por um ano de garçom numa boate gay. Foi muito difícil me aceitar. Por 30 anos, recebi a informação de que isso que eu vivia -ser gay- não era bem visto aos olhos de Deus.
Depois, comecei a me dar conta de que Deus não é assim. Ele segue me amando e acompanhando, não importa que eu seja homossexual.
Há nove anos e meio vivo com Luís. Queremos nos casar oficialmente. Mas adotar um filho não está nos planos.
Sigo acreditando em Deus, não no da igreja, que tem tantas leis. Fiquei feliz quando Francisco virou papa, uma pessoa mais aberta. Quando ouvi suas palavras na viagem de volta do Rio, resolvi que era a hora de escrever para ele. Publiquei o texto no Facebook e pedi para amigos compartilharem e me ajudarem a fazer chegar a ele a carta.
O catecismo não pode seguir dizendo que um gay é uma aberração. Sei que mudanças não virão de hoje pra amanhã. Mas espero que, daqui a 30 anos, um menino possa dizer sem medo que é homossexual.

É a manchete da Folha - O blog leu pra você.


Cesta básica cai em todo o país, e alimentos derrubam inflação
Antes vilão, tomate leva cesta de produtos essenciais à primeira queda generalizada desde 2007
Para analista, alimentos voltam a subir em agosto com leite, carnes e trigo; BC fala em convergência com meta
TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO Vilões nos primeiros meses do ano, os alimentos apresentam queda generalizada de preço e, agora, empur- ram para baixo os índices de inflação.
Em julho, o valor da cesta básica caiu em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese --fato inédito desde 2007.
Itens retirados momentaneamente dos carrinhos de compra devido ao alto preço, como o tomate e o feijão, tiveram as maiores influências para a queda no mês passado.
"Há muita volatilidade nos preços desses alimentos, que dependem das condições de clima e safra", diz José Silvestre, coordenador do Dieese.
Historicamente, a maioria dos alimentos "in natura", como hortaliças e frutas, sobe nos primeiros meses do ano, devido ao excesso de chuvas, e caem na metade, beneficiados pelo clima.
É o que acontece neste momento. Além disso, a colheita de grãos já foi encerrada no país, garantindo boas condições de oferta para soja e milho --ingredientes em muitos alimentos industrializados e na ração de animais.
Mas, apesar de a queda recente não ter sido suficiente para anular a alta do primeiro semestre --no acumulado do ano, a cesta básica só cai em Florianópolis--, a deflação de alimentos deve perder força nos próximos meses.
"Julho deve ser o pico de queda para os preços dos alimentos ao consumidor", diz Adriana Molinari, analista da Tendências Consultoria.
Para ela, a inflação de alimentos volta para o terreno positivo em agosto.
Segundo a analista, os preços no atacado já mostram desaceleração da queda de preços nos itens "in natura" e alta das carnes, do leite e de derivados do trigo.
Nesses casos, o preço sobe por causa de restrições na oferta. No caso do trigo, a alta do dólar também pesa, já que pelo menos metade do abastecimento é garantida pelo produto importado.
O impacto do câmbio na inflação só não é maior porque as matérias-primas caem no mercado internacional.
"A dinâmica internacional das commodities mais do que está compensando a alta do dólar", diz em relatório o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otavio Leal.
Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o impacto do câmbio na inflação será limitado. "A trajetória de convergência para a meta [de 4,5%] se inicia neste semestre", disse ontem.