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Opinião

A volta de Assunção

Além do Mercosul, presidente Horacio Cartes tem outras opções que já indicou estar disposto a buscar de maneira agressiva

Eric Farnsworth - O Estado de S.Paulo
No dia 15 de agosto, a posse do presidente eleito, Horacio Cartes, oferecerá ao Paraguai a chance de ir além da crise política e concentrar-se em questões como oportunidades e desenvolvimento econômico. Também proporcionará à comunidade regional, ao Mercosul particularmente, a possibilidade de restabelecer e ampliar cordiais relações políticas e econômicas com Assunção. Entretanto, nada disso é garantido e tampouco será fácil ou simples de conseguir.
O anúncio de que a presidente Dilma Rousseff estará presente à posse é um sinal importante e oportuno de que o Brasil está disposto a avançar no relacionamento. As relações do Paraguai com os vizinhos permaneceram congeladas desde o impeachment, em 2012, do então presidente Fernando Lugo. Embora a destituição, aparentemente, tenha sido feita de acordo com a Constituição do Paraguai, o país foi suspenso do Mercosul - e também da Unasul - em razão da ruptura democrática.
Entretanto, ao mesmo tempo, as três nações restantes do Mercosul aproveitaram a suspensão do Paraguai para incluir a Venezuela no bloco, decisão à qual o Paraguai se opunha, em parte, em razão das credenciais democráticas da Venezuela. A posse de Cartes proporciona um novo começo e poderá fechar a porta desse controvertido episódio, permitindo a reintegração do Paraguai, embora suas relações com a Venezuela e seu líder, particularmente, devam permanecer difíceis.
Entretanto, o novo governo do Paraguai mostrou claramente certa independência e talvez não mais deseje permanecer atrelado apenas à estrutura do Mercosul. Cartes chega à presidência como empresário influente. Embora seja membro do Partido Colorado, ele é uma personalidade de fora da arena política, que venceu o candidato do partido governista, Efrain Alegre, com 46% dos votos contra 37%, uma margem significativa.
Com o comparecimento às urnas de cerca de 70% dos 3,5 milhões de eleitores registrados, Cartes tem um mandado para atacar a corrupção, fortalecer a economia e melhorar a vida dos seus cidadãos. Na realidade, inicialmente, ele terá de convencer o eleitorado de que não tolerará a corrupção que tradicionalmente assola o Paraguai e também seu partido, além de evitar acusações sobre sua origem que foram feitas durante a campanha.
Os desafios para a reforma do sistema político e o fortalecimento da economia serão assustadores, considerando que o Paraguai é uma das nações mais pobres da América do Sul. Nesse contexto, não surpreende que tanto o governo que está saindo quanto o próximo procurem trabalhar mais ativamente para expandir o comércio e encorajar os investimentos.
Um acordo comercial está sendo negociado com o México. O Paraguai recebeu o status de observador na Aliança do Pacífico, uma iniciativa de integração relativamente nova e ambiciosa que inclui Chile, Colômbia, Peru e México, com outras nações que se declararam dispostas a aderir.
Ao mesmo tempo, a atual presidência temporária do Mercosul exercida pela Venezuela irritou Assunção. A restauração da participação do Paraguai está sendo negociada, mas não há dúvida de que o clima fraterno que existia anteriormente na aliança ficou desgastado. O Paraguai está aberto aos negócios e busca parceiros além dos vizinhos mais próximos.
O líder do PSD no Congresso, Eduardo Sciarra, disse recentemente que os interesses econômicos do Brasil com o Paraguai, no comércio, na economia e na área de energia são demasiado importantes e privilegiados para colocá-los em risco.
De fato, os interesses agrícolas no país são consideráveis e o Paraguai reivindica importantes depósitos inexplorados de petróleo e gás natural na região do Chaco. Em condições adequadas, inclusive um clima econômico internacional favorável, em termos de investimentos e um estado de direito fortalecido, o Paraguai poderia se tornar, segundo alguns observadores, uma "nova Colômbia" para os investidores.
Resta ver se Assunção agora está pronta para retornar ao abraço do Mercosul e em que condições. As feridas levarão tempo para cicatrizar. No meio tempo, a posse de um empresário como novo presidente do país, na quinta-feira, poderá representar uma significativa mudança do jogo. Agora, o Paraguai tem outras opções, que o novo presidente já indicou estar disposto a buscar ativamente e de maneira agressiva. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

Deu no Ilimar

Atropelando a Câmara
A exemplo do que fez no governo FH, o Senado quer pular na frente da Câmara na reforma política. A Mesa da Casa definiu que vai tentar votar, nesta semana, projeto para baratear as campanhas. A ideia é proibir cartazes, placas nas ruas, banners, cavaletes com fotos de candidatos, bonecos de candidatos, etc. Seria permitido carro de som, adesivos para carro e santinhos. Os líderes dos partidos também concordaram que é importante reduzir o tempo de campanha na TV. Eles querem diminuir de 60 para 30 dias no primeiro turno e de 30 para 15 dias no segundo turno. E que as mudanças de candidatos só poderiam ser feitas até 20 dias antes da eleição.

A Coluna do Nery

Crônica sobre "A História de Mora"

Sebastião Nery
O DESTINO DE ULYSSES

RIO – A primeira vez em que Ulysses Guimarães deixou de ser presidente da República não foi em 1974, quando o MDB o lançou de anticandidato contra o general Geisel, com Barbosa Lima na vice.
Quem contou foi ele, numa inesquecível conversa com meu colega da “Folha”,o saudoso jornalista–astrólogo Getulio Bittencourt, que reproduzi na integra em meu livro “Folclore Político – 1950 Historias da Política Brasileira – 5 Volumes em 1” – Geração Editorial – SP).

MORENO

Relembro o múltiplo Getulio ao ler “A Historia de Mora”, talentosa sacada do Jorge Bastos Moreno, de “O Globo”, que presta ao pais o enorme serviço de refazer a quase sagrada saga de Ulysses, através das hipotéticas relembranças da doce Dona Mora, sobre uma rígida fidelidade aos fatos.
Fez bem nosso unanime Moreno (única unanimidade de inteligência e afetos que conheço nas revoltas redações da imprensa brasileira) em lembrar ao pais que daqui a três anos (2016) será o centenário de Ulysses. (Nasceu em 16 de outubro de 1916 e morreu em 12 de outubro de 1992, em um infinito mergulho de helicóptero nos mares encapelados de Angra dos Reis, com Dona Mora e os amigos Severo Gomes e dona Henriqueta).

MAZZILLI


Ulysses contava, em seu gabinete, numa tarde seca de Brasília:
- “Por ingenuidade, deixei de ser presidente da República interinamente. Os cardeais do partido se reuniram em 1955 para ver a preferência da bancada em torno de um nome para a presidência da Câmara. Fui o mais votado e os cardeais se reuniram para sacramentar o meu nome. Como o PSD tinha maioria, o presidente saía dos seus quadros.
“Aí a bancada paulista do PSD decidiu se reunir também. E me convidaram. Eu sentia que não devia ir, mas fui. E a bancada paulista decidiu que seu candidato seria o Ranieri Mazzilli”.

CARLOS LUZ

- “O Carlos Luz me procurou e disse que, como eu não seria candidato, ele seria - e se tornou presidente da Câmara. Nessa função chegou à Presidência da República interinamente, no meio daquelas crises todas do 11 de Novembro” (quando a UDN e seus militares golpistas tentaram impedir a posse de Juscelino, que havia ganho em 3 de outubro).
“Acho que tudo isso aconteceu também porque evitaram a solução natural, que seria o meu nome” (e não o Carlos Luz, do PSD de Minas, mas totalmente udenista) tanto que no ano seguinte fui o presidente da Câmara. Em política, quando se evita a solução natural só se provoca crise”.

LACERDA

- “O pior momento da minha carreira foi o período em que presidi a Câmara dos Deputados, nos dois primeiros anos do governo Kubitschek”.
“O Lacerda se exilou no exterior, depois daquelas lutas contra a posse do Juscelino, reações militares e tal. Quando Lacerda voltou, ele pediu a palavra e eu estava na presidência. Garanti a palavra a ele, mas os ânimos estavam exaltados, alguns queriam matá-lo”.
“ O Lacerda começou a discutir e notei que vinha se aproximando o Molinaro, um parlamentar oficial da Aeronáutica, que esteve no Canal de Suez quando a ONU tinha tropas lá onde causou os maiores problemas”.
“ O Molinaro estava carregando uma pasta. Eu suspendi a sessão, desci da Mesa, peguei-o pelo braço e o levei ao meu gabinete, onde o desarmei. Havia uma arma na pasta. Depois reabri a sessão e garanti a palavra ao Lacerda”.

COLLOR

Em 1989 Ulysses se achava, e era, o herdeiro da redemocratização. Mas Mario Covas exigia ser candidato. Com Franco Montoro, Fernando Henrique, José Serra, Pimenta da Veiga, José Richa,, racharam o PMDB, fundaram o PSDB, derrotaram Lula e Brizola. E elegeram Collor.
A Presidência não era o destino de Ulysses. Dona Mora não sabia.
www.sebastiaonery.com.br

Farra ilegal: senadores usam verba oficial até para abastecer jatinhos

  • Despesas são feitas fora do estado de origem, contrariando ato da Casa
  • Dinheiro é usado também para hospedagem em hotéis de luxo nos finais de semana
Chico de Gois (Email · Facebook · Twitter)
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Atualizado:
BRASÍLIA — Levantamento realizado pelo GLOBO na prestação de contas de todos os 81 senadores — de fevereiro de 2011, quando teve início a atual legislatura, a julho deste ano — demonstra que muitos parlamentares fazem malabarismos para gastar o dinheiro de verba indenizatória a que têm direito. Há de tudo, inclusive o desrespeito ao ato que, em dois de junho de 2011, foi instituído pelo primeiro-secretário da Casa com o objetivo de disciplinar o uso desse benefício.
Mensalmente, o valor varia de R$ 21.045,20, para os parlamentares do Distrito Federal e de Goiás, a R$ 44.276,60, para quem é do Amazonas. Esses valores podem ser cumulativos, o que não é gasto num mês pode ser no outro, desde que não ultrapasse o total da dotação anual.

Na pesquisa, a reportagem encontrou casos de senadores que, com o dinheiro da verba, utilizam aeronaves particulares para ir a outros estados — o que é proibido, pois o recurso é para uso no estado de origem — e quem supostamente aluga três veículos de uma concessionária que só vende carros novos ou seminovos. A prestação de contas também deixa clara a predileção de certos parlamentares por hotéis de luxo fora de seu domicílio. Foram identificados casos de senadores que passaram o fim de semana no Rio hospedados no Copacabana Palace, ou em São Paulo, no sofisticado Emiliano.
Outros, preocupados em manter uma assessoria eficaz, firmaram convênios com institutos que têm como principal ramo de atividade a administração de Caixas Escolares — instituições jurídicas que administram recursos de escolas. Mas todos afirmam que cumprem as regras e que, mesmo nos deslocamentos para outros estados, usando o próprio jatinho, estão exercendo suas atividades parlamentares. A mesma resposta vale para quem passa o fim de semana nos hotéis de luxo: tudo em nome do mandato parlamentar.
R$ 25 mil num mês para abastecer avião
Acir Gurgacz (PDT-RO), um senador milionário, gasta parte de sua verba com querosene para o próprio avião. E, contrariando o Ato número 10, voa com o dinheiro de sua cota para outros estados. Em 13 de março deste ano, por exemplo, apresentou nota fiscal de R$ 2.272 em abastecimento de aeronave em Paulínia, interior de São Paulo, bem distante de seu domicílio eleitoral, Rondônia. Em 21 de março, mais R$ 2.777, desta vez em Caracarai, Roraima. Em abril, Gurgacz gastou R$ 25.249 em combustível para aeronaves e, entre suas viagens, esteve em São José dos Pinhais (PR) e Cuiabá (MT). Ele também voou para Manaus.
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) usou sua cota de verba para abastecer aeronaves em viagens a diversos estados. Ele esteve em Fortaleza (CE), Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro, São Paulo e Jundiaí (SP). Há notas fiscais nos valores de R$ 9.549, R$ 9.434, R$ 7.404, e por aí vai. Jayme Campos (DEM-MT) também se valeu da verba parlamentar para abastecer o próprio avião em deslocamentos para São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
Outra característica comum nas prestações de contas é a predileção pelos gastos com transportes, incluindo combustível e aluguel de aeronaves e veículos. No Senado, não há limite para gastos com combustíveis, como foi estabelecido na Câmara em 2006 após o escândalo das notas frias apresentadas por deputados para justificar supostos gastos. Há notas fiscais de gastos com combustíveis em valores que chegam a R$ 36 mil num único mês e num único posto.
É o caso de Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Em julho de 2012, o senador apresentou quatro notas da Semalo Combustíveis que somaram R$ 36.673. As notas foram emitidas nos dias 17, 30 e 31 (duas delas). E não são gastos cumulativos, já que nos meses anteriores e posteriores o senador também gastou bastante em combustível, embora não em valores tão significativos.
Para dar agilidade aos mandatos, argumentam os senadores, eles alugam veículos em seus estados, que ficam à disposição dos funcionários do escritório político. Mas algumas locações chamam a atenção. João Alberto de Souza (PMDB-MA) apresentou notas fiscais de uma concessionária de revenda da Ford no Maranhão. A reportagem telefonou na quarta-feira para a Duvel, localizada no centro de São Luís, e foi informada de que a agência só vende veículos zero km ou seminovos. Na página da empresa na internet, o grupo, que tem seis lojas no estado, deixa claro que sua função é vender, não alugar.
Os veículos de posse de João Alberto de Souza são um Focus Sedan, pelo qual paga mensalmente R$ 3.755,62; um Fiesta Sedan, com prestação de R$ 2.309,49; e um Ford Edge, no valor de R$ 5.900 mensais. O sócio da empresa, Henry Duailibe, depois do contato da reportagem com a assessoria do senador, disse ao GLOBO que, no caso do senador, “a concessionária aluga os veículos”, embora esse não seja o ramo principal da concessionária.
A família Duailibe é amiga de longa data da família Sarney e do próprio senador João Alberto de Souza. O filho do empresário, de mesmo nome do pai, acompanhou o então presidente do Senado, José Sarney, em uma viagem à ilha de Curupu a bordo de um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão.
O senador João Alberto também contrata a empresa Congerplan. Todo mês paga R$ 12.800 pela assessoria da empresa que, conforme consta na Receita Federal, tem como atividade principal “consultorias em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica, e administração de caixas escolares, além de apoio à educação”.
O senador Valdir Raupp (RO), presidente em exercício do PMDB, apresentou recibos de locação de veículos de uma empresa que, de acordo com a Receita Federal, atua no transporte de cargas. É a Quatro Estações Transportes, que também está autorizada a manter atividades de comércio varejista de artigos de cama, mesa e banho e atacadista de produtos alimentícios em geral. Entre 2011 e 2012, várias notas de R$ 18 mil emitidas por essa empresa foram apresentadas ao Senado por Valdir Raupp, para justificar o gasto da verba indenizatória.
Já Epitácio Cafeteira (PTB-MA) tem despesas constantes com a A. M. Matias, uma empresa de São José de Ribamar, próxima a São Luís, e que tem como ramo de atuação a “organização de excursões em veículos rodoviários próprios intermunicipal, interestadual e internacional”. O gasto apresentado por ele foi de R$ 11 mil por mês, durante o período pesquisado.
Hospedagem em hotéis de luxo
Além de muitas viagens bancadas por recursos públicos, alguns parlamentares também não dispensam o conforto de bons hotéis. Mozarildo Cavalcanti, por exemplo, quando troca Boa Vista pelo Rio de Janeiro, costuma ficar no Copacabana Palace. Em 17 de outubro de 2011, há, no site do Senado, seis registros em sua prestação de contas de pagamentos de diárias nesse hotel. As notas têm o mesmo número, mas os valores são diferentes: R$ 7.380,65; R$ 7.298,15; R$ 7.345,45; R$ 7.393,85; R$ 7.477,45 e R$ 7.448,85. O dia 17 foi uma segunda-feira, o que sugere que a hospedagem se deu no fim de semana. O senador também gosta de ir a Belém, também distante de seu domicílio eleitoral. Na capital paraense, hospeda-se no Brasilton. Em 10 de agosto de 2011, gastou R$ 3.888,45. Em 17 de novembro do mesmo ano, mais R$ 4.062,54 no mesmo hotel. Mozarildo também é atuante em São Paulo. Em 2 de agosto de 2011, deixou R$ 6.633,21 no Blue Tree do Itaim Bibi. Uma semana depois, e dois dias antes de ir a Belém, pagou mais R$ 4.260,92 por mais uma estadia.
Apesar de Mozarildo ter residência em Boa Vista, ele também tem despesas com hotel na sua própria cidade: apresentou nota no valor de R$ 12.960 no Boa Vista Eco Hotel. O recibo, no entanto, está em nome de Odashiro Construções Ltda, nome social do hotel. Foi emitido em 15 de outubro do ano passado, logo após as eleições. No portal da transparência do Senado está na rubrica “divulgação de atividade parlamentar”.
Outro que se hospeda em hotéis de luxo é o senador Ciro Nogueira (PP-PI). No dia 22 de agosto de 2011 ele apresentou uma nota no valor de R$ 1.366 depois de passar o fim de semana no Copacabana Palace. Voltaria no fim de semana seguinte, deixando o hotel na segunda-feira, e gastando mais R$ 1.390. Em 24 de outubro, pagou mais R$ 2.034. Em São Paulo, a predileção de Nogueira é pelo Emiliano. Somente em setembro de 2011, gastou R$ 5.397 lá, onde esteve em quatro ocasiões. Em abril de 2012, mais três hospedagens no mesmo local, com gasto de R$ 7.658 e, em julho do mesmo ano, mais R$ 4.267. Em agosto do ano passado, foram mais R$ 3.661 e, em setembro, R$ 2.135.

Isto está o O Globo de hoje

Manchetes deste domingo

- Globo: Farra ilegal: Senadores usam verba oficial até para abastecer jatinhos
- Folha: Dilma se recupera, e Marina avança na disputa eleitoral
- Estadão: Brasil espionou vizinhos na ditadura, revela arquivo
- Correio: Lei das babás provoca fila para creche integral
Zero Hora: Uma dívida que sufoca e engessa o Rio Grande
Veja: A revolução dos músculos: Os exercícios rápidos e intensos que estão mudando (quase) tudo nas academias
- Época: Especial Alimentação – A comida do futuro
- IstoÉ: Exclusivo: Escândalo no metrô: Os tucanos já sabiam
- CartaCapital: Exclusivo: O big espião

Guarany de SObral, sob nova direção recebe Potiguar

O Guarany de Sobral recebe hoje o lanterna do Grupo A3 da Série D do Campeonato Brasileiro, Potiguar (RN), às 16h, no Junco. Ainda sem poder contar com o atacante Luiz Carlos, machucado, o clube cearense busca a segunda vitória na competição.

O Bugre tem seis pontos na competição em cinco jogos. As atenções da equipe também estarão voltadas para a partida entre Ypiranga (PE) e Tiradentes. A torcida do clube de Sobral será por uma derrota dos pernambucanos, que têm dez pontos. Com uma vitória, o Guarany encostaria na vice-liderança do grupo.

O Potiguar é o atual campeão de seu estado, mas passa por uma fase ruim. Na lanterna, com apenas um ponto ganho, o time já dispensou oito jogadores.

Sem pressa Prefeitura prepara troco

A Procuradoria Geral do Município de Fortaleza (PGM) não havia, até a tarde deste sábado, apresentado recurso contra a liminar da Justiça Federal que suspendeu a obra dos viadutos do Cocó, na noite da última quinta-feira.
“Não tem nenhum recurso. A Procuradoria ainda está examinando no fim de semana a decisão do juiz da 6ª Vara Federal e não tem previsão nenhuma ainda de quando vai recorrer”, disse o procurador geral, José Leite Jucá Filho.

Cuidando da reserva

Divisão de Treinamento da AL promove curso de Sustentabilidade Ambiental



A Divisão de Treinamento da Assembleia Legislativa promove, entre os dias 12 e 30 de agosto, o curso de Sustentabilidade Ambiental, que tem como público-alvo os servidores da Casa e será ministrado pela especialista em meio ambiente, Adriana Pedrosa. As aulas acontecerão na sala D, no Anexo II da AL.

Para atender à demanda, o curso será dividido em duas turmas. A primeira inicia suas aulas no dia 12 e segue até o dia 16 de agosto, de 13 às 17 horas. As aulas da segunda turma começam no dia 26 e seguem até o dia 30 de agosto, de 8 às 12 horas.

De acordo com a chefe da Divisão de Treinamento, Norma David, o curso irá abordar temas ligados à sustentabilidade, como a Política Nacional do Meio Ambiente. “Essas aulas não poderiam ser ministradas em melhor momento. Durante os encontros, vamos abordar também a temática do Parque do Cocó e os impactos ambientais na cidade”, explicou.

As inscrições para a segunda turma do curso de sustentabilidade ambiental seguem até o próximo dia 23 de agosto, no departamento de Divisão de Treinamento, segundo andar do Anexo II.

Ainda segundo Norma, os servidores do Departamento de Saúde da Assembleia poderão participar também de um curso sobre análises clínicas, que será promovido entre os dias 19 e 23 de agosto, das 13 às 17 horas. As aulas serão ministradas pela professora Elsa Gadelha, também na sala E, do Anexo II.

Para fechar a programação de cursos do mês de agosto, a Divisão de Treinamento promove, na próxima quinta-feira (21/08), a partir das 9 horas, a palestra “Excelência é Fazer Melhor”, com o professor Albigenor Militão. O evento acontece no auditório João Frederico Ferreira Gomes, também no anexo II da Casa.

ELvis não morreu!!!

"Elvis Presley" bate ponto na Paulista, manda beijinho e dá autógrafos

 
RODOLFO LUCENA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Elvis, sabem todos os fiéis do rei do rock, não morreu no dia 16 de agosto de 1977. Circula por aí, rebolando a pelve, cantando doce ou rolando cascalho na voz de revolta e rebeldia.
De quinta a domingo, aos feriados e dias santos, das 10h às 14h, bate ponto na avenida Paulista, quase esquina com a rua Augusta, território que virou palco de artistas de rua.
Botinha branca de bico fino e salto carrapeta, calça branca, camisa branca aberta ao peito, gigantescos óculos escuros e topete construído a gel fazem do paulistano Marcio Henrique de Aguiar, 40, um Elvis tal e qual.

Elvis da Paulista

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Christian von Ameln/Folhapress
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De quinta a domingo, aos feriados e dias santos, das 10h às 14h, Elvis bate ponto na avenida Paulista, quase esquina com a rua Augusta, território que virou palco de artistas de rua
Ele manda beijinhos, dá autógrafos, posa para fotos com o público e canta como se tivesse Presley no gogó. É o resultado de horas a fio de estudo, ouvindo gravações antigas e conferindo vídeos do ídolo. Marcio pouco sabe de inglês -fez apenas um módulo de cursinho em 2012-, mas confia no seu poder de imitação.
Assim, vai acertando a dicção, a empostação, os trejeitos, confere a hora de falar baixinho e o momento de soltar a voz. Decora tudo e depois se derrama na Paulista.
Marcio tentou "muita coisa na vida" desde que, aos 14 anos, saiu de casa para fugir da violência dos pais.
Entre "mil empregos", foi garçom, barman, vendedor. Adulto, enveredou pelas artes, no interior de Minas. Teve dupla sertaneja, banda de rock, fez peças teatrais em hotéis e frequentou a parada de sucessos regional.
Em 2010, voltou para São Paulo. No começo, morou na rua. "Depois juntei um dinheirinho e mudei para uma pensão." Nesses primeiros meses, vendeu picolé. Quando chegou o frio, passou adiante o carrinho de sorvetes, armou-se com um violão de R$ 30 e foi cantar para sobreviver.
Acabou conquistando o ponto em frente ao bar Charme da Paulista, ao lado do parque Trianon. Suas imitações ganhavam aplausos e moedas.
CORRA, ELVIS, CORRA
"Se fosse tocar reggae, eu colocava uma máscara de Bob Marley, para Mamonas [Assassinas], punha uma roupa de presidiário..."
E, claro, tocava Raul Seixas: "Fui lá na 25 de Março, comprei uma barba postiça de R$ 2,50, meti um Ray-Ban de camelô na cara, arrumei uma peruca daquelas black power, tesourei ela todinha. Dei uma exagerada, fiz um Raul mais maloqueiro ainda".
A melhor imitação, porém, era de Dinho Ouro Preto. Como o cantor do Capital Inicial, fez sucesso na bagunça pré-São Silvestre de 2010. Começou a imaginar como seria se, no ano seguinte, retornasse todo de branco... E Elvis chegou à São Silvestre de 2011.
"Estava 12 Kg mais gordo, dava para fazer duas feijoadas com a minha bochecha. Corri com o violão, sob chuva." Chegou entre os últimos, "naquela lama do Ibirapuera, com as pessoas mais obesas do planeta".
Uma amiga --que considera sua mãe adotiva-- ficou doente, e ele adiou o plano de encarnar o roqueiro.
Em outubro, Marcio definitivamente virou o Elvis da Paulista, que canta "My Way" (sucesso também com Frank Sinatra), mas faz também um sertanejo maneiro -solta sem pejo a voz no hit "Camaro Amarelo".
Diz que não planeja o futuro. "Meu sonho é estar sempre fazendo arte. Um novo passo, uma nova música, colocando uma roupa nova. Quero estar sempre nessa metamorfose."

Acumulou de novo

Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 25 milhões na quarta; confira dezenas sorteadas

Ninguém acertou as dezenas do concurso 1520 da Mega-Sena, sorteadas neste sábado (10) na cidade de Itabira (MG). Para o próximo sorteio, que será realizado na quarta (14), o prêmio estimado pela Caixa Econômica Federal é de R$ 25 milhões.
As dezenas sorteadas foram: 07 - 31 - 35 - 36 - 46- 48. 

A quina teve 43 acertadores que vão levar um prêmio de R$ 53.442,81. Já a quadra teve 5.886 acertadores, que vão ganhar R$ 557,74.