Contato

Se chover é inverno, se não chover é seca. Pronto.


Prognóstico da quadra chuvosa de 2015 será divulgado hoje
O prognóstico climático para a quadra chuvosa de 2015 no Ceará, elaborado pela Fundação Cearense de Recursos Hídricos (Funceme), será divulgado hoje, no auditório do Palácio da Abolição, sede do Governo do Estado. Trata-se de uma das mais relevantes informações para a orientação de políticas públicas nas áreas de agricultura e gestão de recursos hídricos, com impactos também em outros setores da sociedade.
O Governo Estadual, sensibilizado da gravidade do panorama da seca no Ceará, que chega em 2015 ao quarto ano consecutivo, enxerga a importância do prognóstico e trata a questão dos recursos hídricos como prioridade. Atualmente, 176 dos 184 municípios cearenses têm decretos de estado de emergência por consequência da estiagem. E a situação dos açudes também preocupa, pois nos 149 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), há disponíveis somente 20,4% da capacidade de armazenamento de água, havendo várias regiões do Estado em que o sistema de reservatórios está abaixo dos 10%.
“Somente um cenário de chuvas acima da média e bem regulares poderá atenuar o cenário atual da seca no Ceará. A Funceme fez prognósticos em novembro e em dezembro de 2014 e, em ambos, as condições dos oceanos não nos deram bons sinais. Agora em janeiro, rodamos novamente os modelos globais e o resultado será apresentado na terça-feira. Acho importante lembrar que desde novembro de 2013, a Funceme demonstra preocupação com 2015, devido à atuação do El Niño. O prognóstico apontará as probabilidades de como será o acumulado de precipitações nos meses de fevereiro, março e abril de 2015”, explica Eduardo Sávio Martins, colaborador da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Segundo ele, desde o início do atual ciclo de estiagem, em 2012, o Governo do Estado toma medidas para melhorar a convivência com a Seca, como investir na ampliação e integração da rede de distribuição de água, repasse de toneladas de milho para alimentação animal, além de ações mais emergenciais como carros-pipa e instalação de adutoras de engate rápido para os municípios e localidades com situação mais crítica. “Estive recentemente reunido com o governador Camilo Santana e apresentei as previsões. Ele garantiu que vai manter e incrementar o conjunto de ações para amenizar os danos da seca”, afirma Martins.

Workshop
Para chegar às probabilidades de cada categoria do prognóstico (acima da média, em torno da média e abaixo da média), a Funceme, analisa os modelos atmosféricos do Superconjunto Nacional, composto pela modelagem global da instituição cearense com o Centro de Previsão do Tempo de Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Essa análise aconteceu durante o “XVII Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino”, realizado no auditório da Funceme, com a participação de meteorologistas de centros estaduais, nacionais, da Europa e América do Norte. A reunião técnica é fechada para imprensa ou visitantes.
Como o prognóstico climático apontará para o próximo trimestre e a quadra chuvosa oficial no Ceará engloba os meses de fevereiro, março, abril e maio, a Funceme fará, no fim de fevereiro, nova avaliação dos modelos para apontar as probabilidades de como serão as precipitações acumuladas de março a maio.

Alô povo!!!


Roberto Cláudio lança página no Facebook e convida população a “governar com ele”
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros) inaugurou, ontem, uma página no Facebook, quando ressaltou ser uma ferramenta “importante” e “democrática” de comunicação para estreitar a relação com a cidade de Fortaleza. Na primeira postagem, o prefeito gravou um vídeo no qual fala que, por meio da página, apresentará maquetes de projetos e atualizar status de obras em andamentos e levantar questões  para que os fortalezenses possam se posicionar.
“Eu vou, de fato, pessoalmente, lidar com o Facebook, responder aos questionamentos, mas, sobretudo, espero que você, fortalezense possa usá-lo, apresentar uma crítica, uma sugestão, encaminhamento, uma ideia para me ajudar a governar melhor a cidade de Fortaleza”, diz, o prefeito na gravação.
Na postagem, o prefeito afirma que ainda tem muitos desafios e muitos problemas na cidade, e ressalta que Fortaleza, desde 2013, entre as capitais do Nordeste, é a que detém o maior PIB, além de a cidade bater recorde de geração de empregos ao longo de 2014, e de ser a quarta cidade a receber mais turismo doméstico do Brasil, perdendo apenas para Gramado, São Paulo e Rio de Janeiro.
“Uma cidade de gente trabalhadora, de fé, que crê e gosta de viver nessa cidade. Por isso, se temos ainda muitos problemas a serem resolvidos, também temos que celebrar a nossa gente como povo trabalhador, que não tem medo de enfrentar os problemas, que, ao longo de muitos anos constrói uma cidade boa de se viver”, frisou.

INVESTIMENTOS
Roberto Cláudio declara ainda que, em 2014, o município fez o maior conjunto de investimentos públicos da história da cidade. Roberto Cláudio segue a linha do ex-governador do Estado, Cid Gomes (Pros), de seu irmão Ciro Gomes (Pros), assim como o atual governador Camilo Santana (PT), que utilizam a página para se comunicar com a população.
 

Não sei nem porque amanheci lembrando Cazuza...ora,ora, ora...

O Tempo Não Pára
Cazuza
Compositor: Cazuza/Arnaldo Brandão
x
PlayPLAYLetra
Cifra

Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára


Link: http://www.vagalume.com.br/cazuza/o-tempo-nao-para.html#ixzz3PLuxv9so

Os velhos tempos da Chapada do Araripe


Fóssil inédito de 120 milhões de anos encontrado na Bacia do Araripe será anunciado nessa quarta-feira,
 durante coletiva de imprensa

Achado raro de fóssil na Bacia do Araripe e com características de conservação surpreendentes é encontrado e revela origem de planta na Chapada do Araripe

Um achado fóssil inédito de 120 milhões de anos será anunciado nesta quarta-feira, às 9 horas, por pesquisadores da Universidade Regional do Cariri – URCA, durante coletiva de imprensa, no auditório da sede do Geopark Araripe, em Crato. Trata-se de uma planta do Cretáceo inferior que ainda possui representantes atuais na encosta da Chapada do Araripe, conhecida popularmente como Japecanga, da família da Smilacaceae.

Um artigo sobre a descrição do fóssil foi publicado recentemente nos anais da Academia Brasileira de Ciências, para anunciar a descoberta do achado, cujo nome dado é uma homenagem ao Professor Jackson Antero (in Memoriam) "Cratosmilax Jacksoni". O docente foi um dos grandes nomes que se ergueu no Cariri na luta incansável pela preservação da Chapara do Araripe, e chegou a ser o chefe da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA – Araripe).

A Smilacaceae é uma família de plantas monocotiledôneas basais que ocorrem em basicamente todos os continentes e está relacionada com a origem de plantas com flores. Fósseis dessa família são conhecidos desde o Cretáceo Superior. No artigo é apresentado o novo gênero e espécie (Cratosmilax jacksoni) da família do Cretáceo Inferior (Aptiano-Albiano), encontrado em lâminas de calcário da Formação Crato, na Bacia do Araripe.

Ainda conforme os pesquisadores é o mais antigo registro de Smilacaceae. O fóssil descrito é baseado em uma folha com características semelhantes às do gênero Smilax, frequente nas Américas, Europa e sudeste asiático. 

Segundo o orientador da pesquisa, Professor Álamo Feitosa, o fóssil de uma folha em perfeito estado da Japecanga, planta conhecida popularmente, foi resgatado nas minas de calcário laminado, em Nova Olinda. O achado ocorreu em 2012. O trabalho de descrição foi realizado por uma equipe de pesquisadores da URCA, e tem como autora a Professora doutora, Flaviana Jorge de Lima. Ela destaca que essa é a primeira pesquisa a ser descrita com localidade estratigráfica, possibilitando estudos detalhados das camadas das rochas.

Especial - A vida e a morte de Marco Archer

O perfil de Marco Archer por um jornalista que conversou com ele 4 dias na prisão



Nos bons tempos
Nos bons tempos
O reporter Renan Antunes de Oliveira entrevistou Marco Archer em 2005, numa prisão na Indonésia. Abaixo, seu relato:
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O carioca Marco Archer Cardoso Moreira viveu 17 anos em Ipanema, 25 traficando drogas pelo mundo e 11 em cadeias da Indonésia, até morrer fuzilado, aos 53, neste sábado (17), por sentença da Justiça deste país muçulmano.
Durante quatro dias de entrevista em Tangerang, em 2005, ele se abriu para mim: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante”.
Demonstrou até uma ponta de orgulho: “Nunca tive um emprego diferente na vida”. Contou que tomou “todo tipo de droga que existe”.
Naquela hora estava desafiante, parecia acreditar que conseguiria reverter a sentença de morte.
Marco sabia as regras do país quando foi preso no aeroporto da capital Jakarta, em 2003, com 13,4 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de sua asa delta. Ele morou na ilha indonésia de Bali por 15 anos, falava bem a língua bahasa e sentiu que a parada seria dura.
Tanto sabia que fugiu do flagrante. Mas acabou recapturado 15 dias depois, quando tentava escapar para o Timor do Leste. Foi processado, condenado, se disse arrependido. Pediu clemência através de Lula, Dilma, Anistia Internacional e até do papa Francisco, sem sucesso. O fuzilamento como punição para crimes é apoiado por quase 70% do povo de lá.
Na mídia brasileira, Marco foi alternadamente apresentado como “um garoto carioca” (apesar dos 42 anos no momento da prisão), ou “instrutor de asa delta”, neste caso um hobby transformado na profissão que ele nunca exerceu.
Para Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, o outro brasileiro condenado por tráfico, que espera fuzilamento para fevereiro, companheiro de cela dele em Tangerang, “Marco teve uma vida que merece ser filmada”.
Rodrigo até ofereceu um roteiro sobre o amigo à cineasta curitibana Laurinha Dalcanale, exaltando: “Ele fez coisas extraordinárias, incríveis.”
O repórter pediu um exemplo: “Viajou pelo mundo todo, teve um monte de mulheres, foi nos lugares mais finos, comeu nos melhores restaurantes, tudo só no glamour, nunca usou uma arma, o cara é demais.”
Para amigos em liberdade que trabalharam para soltá-lo, o que aconteceu teria sido “apenas um erro” do qual ele estaria arrependido.
Em 2005, logo depois de receber a sentença de morte num tribunal em Jacarta
Em 2005, logo depois de receber a sentença de morte num tribunal em Jacarta
Na versão mais nobre, seria a tentativa desesperada de obter dinheiro para pagar uma conta de hospital pendurada em Cingapura – Marco estaria preocupado em não deixar o nome sujo naquele país. A conta derivou de uma longa temporada no hospital depois de um acidente de asa delta. Ter sobrevivido deu a ele, segundo os amigos, um incrível sentimento de invulnerabilidade.
Ele jamais se livrou das sequelas. Cheio de pinos nas pernas, andava com dificuldade, o que não o impediu de fugir espetacularmente no aeroporto quando os policiais descobriram cocaína em sua asa delta.
Arriscou tudo ali. Um alerta de bomba reforçara a vigilância no aeroporto. Ele chegou a pensar em largar no aeroporto a cocaína que transportava e ir embora, mas decidiu correr o risco.
Com sua ficha corrida, a campanha pela sua liberdade nunca decolou das redes sociais. A mãe dele, dona Carolina, conseguiu o apoio inicial de Fernando Gabeira, na Câmara Federal, com voto contra de Jair Bolsonaro.
O Itamaraty e a presidência se mexeram cada vez que alguma câmera de TV foi ligada, mesmo sabendo da inutilidade do esforço.
Mesmo aparentemente confiante, ele deixava transparecer que tudo seria inútil, porque falava sempre no passado, em tom resignado: “Não posso me queixar da vida que levei”.
Marco me contou que começou no tráfico ainda na adolescência, diretamente com os cartéis colombianos, levando coca de Medellín para o Rio de Janeiro. Adulto, era um dos capos de Bali, onde conquistou fama de um sujeito carismático e bem humorado.
A paradisíaca Bali é um dos principais mercados de cocaína do mundo graças a turistas ocidentais ricos que vão lá em busca de uma vida hedonista: praias deslumbrantes, droga fácil, farta — e cara.
O quilo da coca nos países produtores, como Peru e Bolívia, custa 1 000 dólares. No Brasil, cerca de 5 000. Em Bali, a mesma coca é negociada a preços que variam entre 20 000 e 90 000 dólares, dependendo da oferta. Numa temporada de escassez, por conta da prisão de vários traficantes, o quilo chegou a 300 000 dólares.
Por ser um dos destinos prediletos de surfistas e praticantes de asa delta, e pela possibilidade de lucros fabulosos, Bali atrai traficantes como Marco. Eles se passam por pessoas em busca de grandes ondas, e costumam carregar o contrabando no interior das pranchas de surf e das asas deltas. Archer foi pego assim. Tinha à mão, sempre que desembarcava nos aeroportos, um álbum de fotos que o mostrava voando, o que de fato fazia.
O homem preso por narcotráfico passou a maior parte da entrevista comigo chapado. O consumo de drogas em Tangerang era uma banalidade.
Pirado, Marco fazia planos mirabolantes – como encomendar de um amigo carioca uma nova asa, para quando saísse da cadeia.
Nos momentos de consciência, mostrava que estava focado na grande batalha: “Vou fazer de tudo para sair vivo desta”.
Marco era um traficante tarimbado: “Nunca fiz nada na vida, exceto viver do tráfico.” Gabava-se de não ter servido ao Exército, nem pagar imposto de renda. Nunca teve talão de cheques e ironizava da única vez numa urna: “Minha mãe me pediu para votar no Fernando Collor”.
A cocaína que ele levava na asa tinha sido comprada em Iquitos, no Peru, por 8 mil dólares o quilo, bancada por um traficante norte-americano, com quem dividiria os lucros se a operação tivesse dado certo: a cotação da época da mercadoria em Bali era de 3,5 milhões de dólares.
Marco me contou, às gargalhadas, sua “épica jornada” com a asa cheia de drogas pelos rios da Amazônia, misturado com inocentes turistas americanos. “Nenhum suspeitou”. Enfim chegou a Manaus, de onde embarcou para Jakarta: “Sair do Brasil foi moleza, nossa fiscalização era uma piada”.
O momento em que ele recebeu a confirmação da data do fuzilamento
O momento em que ele recebeu, nesta semana, a confirmação da data do fuzilamento
Na chegada, com certeza ele viu no aeroporto indonésio um enorme cartaz avisando: “Hukuman berta bagi pembana narkotik’’, a política nacional de punir severamente o narcotráfico.
“Ora, em todo lugar do mundo existem leis para serem quebradas”, me disse, mostrando sua peculiar maneira de ver as coisas: “Se eu fosse respeitar leis nunca teria vivido o que vivi”.
Ele desafiou o repórter: “Você não faria a mesma coisa pelos 3,5 milhões de dólares”?
Para ele, o dinheiro valia o risco: “A venda em Bali iria me deixar bem de vida para sempre” – na ocasião, ele não falou em contas hospitalares penduradas.
Marco parecia exagerar no número de vezes que cruzou fronteiras pelo mundo como mula de drogas: “Fiz mais de mil gols”. Com o dinheiro fácil manteve apartamentos em Bali, Hawai e Holanda, sempre abertos aos amigos: “Nunca me perguntaram de onde vinha o dinheiro pras nossas baladas”.
Marco guardava na cadeia uma pasta preta com fotos de lindas mulheres, carrões e dos apartamentos luxuosos, que seriam aqueles onde ele supostamente teria vivido no auge da carreira de traficante.
Num de seus giros pelo mundo ele fez um cursinho de chef na Suíça, o que foi de utilidade em Tangerang. Às vezes, cozinhava para o comandante da cadeia, em troca de regalias.
Eu o vi servindo salmão, arroz à piemontesa e leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos era Dênis, um ex-preso tornado amigão, que trazia os suprimentos fresquinhos do supermercado Hypermart.
Marco queria contar como era esta vida “fantástica” e se preparou para botar um diário na internet. Queria contratar um videomaker para acompanhar seus dias. Negociava exclusividade na cobertura jornalística, queria escrever um livro com sua experiência – o que mais tarde aconteceu, pela pena de um jornalista de São Paulo. Um amigo prepara um documentário em vídeo para eternizá-lo.
Foi um dos personagens de destaque de um bestseller da jornalista australiana Kathryn Bonella sobre a vida glamurosa dos traficantes em Bali — orgias, modelos ávidas por festas e drogas depois de sessões de fotos, mansões cinematográficas.
Diplomatas se mexeram nos bastidores para tentar comprar uma saída honrosa para Marco. Usaram desde a ajuda brasileira às vítimas do tsunami até oferta de incremento no comércio, sem sucesso. Os indonésios fecharam o balcão de negócios.
As execuções são assim
As execuções são assim
O assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia, disse que o fuzilamento deixa “uma sombra” nas relações bilaterais, mas na lateral deles o pessoal não tá nem aí.
A mãe dele, dona Carolina, funcionária pública estadual no Rio, se empenhou enquanto deu para livrar o ‘garotão’ da enrascada, até morrer de câncer, em 2010.
As visitas dela em Tangerang eram uma festa para o staff da prisão, pra quem dava dinheiro e presentes, na tentativa de aliviar a barra para o filhão.
Com este empurrão da mamãe Marco reinou em Tangerang, nos primeiros anos – até ser transferido para outras cadeias, à espera da execução.
Eu o vi sendo atendido por presos pobres que lhe serviam de garçons, pedicures, faxineiros. Sua cela tinha TV, vídeo, som, ventilador, bonsais e, melhor ainda, portas abertas para um jardim onde ele mantinha peixes num laguinho. Quando ia lá, dona Carola dormia na cama do filho.
Marco bebia cerveja geladinha fornecida por chefões locais que estavam noutro pavilhão. Namorava uma bonita presa conhecida por Dragão de Komodo. Como ela vinha da ala feminina, os dois usavam a sala do comandante para se encontrar.
A namorada
A namorada
A malandragem carioca ajudou enquanto ele teve dinheiro. Ele fazia sua parte esbanjando bom humor. Por todos os relatos de diplomatas, familiares e jornalistas que o viram na cadeia de tempos em tempos, Marco, apelidado Curumim em Ipanema, sempre se mostrou para cima. E mantinha a forma malhando muito.
Para ele, a balada era permanente. Nos últimos anos teve várias mordomias, como celular e até acesso à internet, onde postou algumas cenas.
Um clip dele circulou nos últimos dias – sempre sereno, dizendo-se arrependido, pedindo a segunda chance: “Acho que não mereço ser fuzilado”.
Marco chegou ao último dia de vida com boa aparência, pelo menos conforme as imagens exibidas no Jornal Hoje, da Globo. Mas tinha perdido quase todos os dentes em sua temporada na prisão, como relatou a jornalista e escritora australiana. No Facebook, ela disse guardar boas recordações de Archer, e criticou a “barbárie” do fuzilamento.
Numa gravação por telefone, ele ainda dava conselhos aos mais jovens, avisando que drogas só podem levar à morte ou à prisão.
Sua voz estava firme, parecia esperar um milagre, mesmo faltando apenas 120 minutos pra enfrentar o pelotão de fuzilamento – a se confirmar, deixou esta vida com o bom humor intacto, resignado.
Sabe-se que ele pediu uma garrafa de uísque Chivas Regal na última refeição e que uma tia teria lhe levado um pote de doce-de-leite.
O arrependimento manifestado nas últimas horas pode ser o reflexo de 11 anos encarcerado. Afinal, as pessoas mudam. Ou pode ter sido encenação. Só ele poderia responder.
Para mim, o homem só disse que estava arrependido de uma única coisa: de ter embalado mal a droga, permitindo a descoberta pela polícia no aeroporto.
“Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida”, começou, ao relatar seu infortúnio.
Foi assim: no desembarque em Jakarta, meteu o equipamento no raio x. A asa dele tinha cinco tubos, três de alumínio e dois de carbono. Este é mais rijo e impermeável aos raios: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado”, reclamou.
“O cara perguntou ‘por que a foto do tubo saía preta’? Eu respondi que era da natureza do carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom”.
O som revelou que o tubo estava carregado, encerrando a bem-sucedida carreira de 25 anos no narcotráfico.
Marco ainda conseguiu dar um drible nos guardas. Enquanto eles buscavam as ferramentas, ele se esgueirou para fora do aeroporto, pegou um prosaico táxi e sumiu. Depois de 15 dias pulando de ilha em ilha no arquipélago indonésio passou sua última noite em liberdade num barraco de pescador, em Lombok, a poucas braçadas de mar da liberdade.
Acordou cercado por vários policiais, de armas apontadas. Suplicou em bahasa que tivessem misericórdia dele.
No sábado, enfrentou pela última vez a mesma polícia, mas desta vez o pessoal estava cumprindo ordens de atirar para matar.
Foi o fim do Curumim.

Opinião

O terror, o "Ocidente", e a semeadura do caos

Mauro Santayana
Doze pessoas foram assassinadas, entre elas alguns dos mais famosos cartunistas e intelectuais do país, e dois cidadãos de origem árabe, um deles, estrangeiro, que trabalhava há pouco tempo na publicação, e um membro das forças de segurança que estava nas imediações.
Logo em seguida, houve, também, outro ataque, a um supermercado kosher na periferia de Paris, em que 4 judeus franceses e estrangeiros morreram.
Dias depois, milhões de pessoas, e personalidades de vários países do mundo, se reuniram nas ruas da capital francesa, para protestar contra o atentado, e se manifestar contra o terrorismo e pela liberdade de expressão.
Na mesma primeira quinzena de janeiro, explodiram carros-bomba, e homens-bomba, também ligados a grupos radicais islâmicos, no Líbano (Beirute), na Síria (Aleppo), na Líbia (Benghazi), e no Iraque (Al-Anbar), com dezenas de mortos, em sua maioria civis.
Mas, como sempre, não seria normal esperar que algum destes fatos tivesse a mesma repercussão do atentado em Paris, capital de um país europeu, ou que a alguém ocorresse produzir cartazes e neles escrever Je suis Ahmed, ou Je suis Ali, ou Je suis Malak, Malak Zahwe, a garota brasileira, paranaense, de 17 anos, que morreu na explosão  de um carro-bomba, junto com mais 4 pessoas (20 ficaram feridas), no dia 2 de janeiro, em Beirute.
No entanto, os homens, mulheres e crianças, mortos, todos os dias, no Oriente Médio e no Norte da África, são tão frágeis e preciosos, em sua fugaz condição humana,  quanto os que morreram na França,  e vítimas dos mesmos criminosos, criados pela onda de radicalização e rápida expansão do fundamentalismo islâmico, nos últimos anos.
Raivosas, autoritárias, intempestivas, numerosas vozes se alçaram, em vários países, incluído o Brasil, para gritar - em raciocínio tão ignorante quanto irascível - que o terrorismo não tem que ser "compreendido" e, sim, "combatido".
Os filósofos e estrategistas chineses ensinam, há séculos, que sem conhecê-los, não é possível vencer os eventuais adversários, nem mudar o mundo.
Além disso, não podemos, por aqui, por mais que muitos queiram emular os países "ocidentais", em seu ardoroso "norte-americanismo" e "eurocentrismo", esquecer que existem diferenças históricas, e de política externa, entre o Brasil, os EUA, e países da OTAN como a França.
Podemos dizer que Somos Charlie, porque defendemos a liberdade e a democracia, e não aceitamos que alguém morra por fazer uma caricatura, do mesmo jeito que não podemos aceitar que uma criança pereça bombardeada pela OTAN no Afeganistão ou na Líbia, ou porque estava de passagem, no momento em que explodiu um carro-bomba, por um posto de controle em Aleppo, na Síria.  
Mas é preciso lembrar que, ao contrário da França, nunca colonizamos países árabes e africanos, não temos o costume de fazer charges sobre deuses alheios em nossos jornais, não jogamos bombas sobre países como a Líbia, não temos bases militares fora do nosso território, não colaboramos com os EUA em sua política de expansão e manutenção de uma certa "ordem" ocidental e imperial, e, talvez, por isso mesmo - graças a sábia e responsável política de Estado, que inclui o princípio constitucional de não intervenção em assuntos de outros países - não sejamos atacados por terroristas em nosso território.
As raízes dos atentados de Paris, e do mergulho do Oriente Médio na maior, e, com certeza, mais profunda  tragédia de sua história, não está no Al Corão  ou nas charges contra o Profeta Maomé, embora estas últimas possam ter servido de pretexto para ataques como o que ocorreu em Paris.
Elas começaram a se tornar mais fortes, nos últimos anos,  quando o "ocidente", mais especificamente alguns países da Europa e os EUA, tomaram a iniciativa de apoiar e insuflar, usando também as redes sociais, o "conto do vigário" da Primavera Árabe em diversos países, com a intenção de derrubar regimes nacionalistas  que, com todos os seus defeitos, haviam conquistado certo grau de paz, desenvolvimento e estabilidade para seus países nas últimas décadas.
Inicialmente promovida, em 2011, como "libertária", "revolucionária", a Primavera Árabe iria,  no curto espaço de três anos, desestabilizar totalmente a região, provocar massacres, guerras civis, golpes de Estado, e alcançar, por meio da  intervenção militar direta e indireta da OTAN e dos EUA em vários países, a meta de tirar do poder,  a qualquer custo, regimes que lutavam para manter um mínimo de independência e soberania em suas relações com os países mais ricos.
Quando os EUA, com suas "primaveras" - que não dão flores, mas são fecundas em crimes e cadáveres - não conseguem colocar no poder um governo alinhado com seus interesses, como na Ucrânia e no Egito, jogam irmão contra irmão e equipam com armas, explosivos, munições, terroristas, bandidos e assassinos para derrubar quem estiver no comando do país.
O objetivo é destruir a unidade nacional, a identidade local, o Estado e as instituições, para que essas nações não possam, pelo menos durante longo período, voltar a organizar-se, a ponto de tentar desafiar, mesmo que em pequena escala, os interesses norte-americanos.
Foi assim que ocorreu com a intervenção dos EUA  e de aliados europeus como a Itália e a França - contra a recomendação de Brasil, Rússia, Índia e China, no Conselho de Segurança da ONU -  no Iraque, na Líbia e na Síria.
Durante décadas, esses países - com quem o Brasil tinha, desde os anos 1970, boas relações - viveram sob relativa estabilidade, com a  economia funcionando, crianças indo para a escola, e diferentes etnias, religiões e culturas, dividindo, com eventuais disputas, o mesmo território.
Estradas, rodovias, sistemas de irrigação, foram construídos - também com a ajuda de técnicos, operários  e engenheiros brasileiros - com os recursos do petróleo, e países como o Iraque chegavam a importar automóveis, como no caso de milhares de Volkswagens Passat fabricados no Brasil, para vender aos seus cidadãos de forma subsidiada.
Na Líbia de Muammar Kadafi, segundo o próprio Wordbook da CIA, 95% da população era alfabetizada, a expectativa de vida chegava, para os homens, segundo dados da ONU, a 73 anos, e a renda per capita e o IDH estavam entre os maiores do Terceiro Mundo, mas esses dados nunca foram divulgados normalmente pela imprensa "ocidental".  
Pode-se perguntar a milhares de brasileiros que estiveram no Iraque, que hoje têm entre 50 e 70 anos de idade, se, naquela época, sunitas e xiitas se matavam aos tiros pelas ruas, bombas explodiam em Basra e Bagdá todos os dias, como explodem hoje, a qualquer momento, também em em Trípoli ou Damasco,  ou milhares de órfãos tentavam atravessar montanhas e rios sozinhos, pisando nos restos de outras crianças, mortas em conflitos incentivados por "potências" estrangeiras, ou tentavam sobreviver caçando, a pedradas, ratos por entre escombros das casas e hospitais em que nasceram.  
São, curdos, xiitas, sunitas, drusos, armênios,  cristãos maronitas, inimigos?
Antes, trabalhavam nos mesmos escritórios, viviam nas mesmas ruas, seus filhos frequentavam as mesmas salas de aula, mesmo que eles não tivessem escolhido, no início, viver como vizinhos.
Assim como no caso de hutus e tutsis em Ruanda, e em inúmeras ex-colônias asiáticas e africanas, as  fronteiras dos países do Oriente Médio foram desenhadas, na ponta do lápis, ao sabor da vontade do Ocidente, quando da partilha do continente africano por europeus, obedecendo não apenas ao resultado de Conferências como a de Berlim, em 1884, mas também à máxima de que sempre se deve "dividir para comandar", mantendo, de preferência,  etnias de religiões e idiomas diferentes dentro de um mesmo território ocupado pelo colonizador.
Eram Saddam Hussein e Muammar Kadafi, ditadores? É Bashar Al Assad, é um déspota sanguinário?
Quando eles estavam no poder, não havia atentados terroristas em seus países.
E qual é a diferença deles e de seus regimes, para os líderes e regimes fundamentalistas islâmicos comandados por xeques e emires, na mesma região, em que as mulheres - ao contrário dos governos seculares de Saddam, Kadafi e Assad - são obrigadas a usar a burka, não podem sair de casa sem a companhia do irmão ou do marido,  se arriscam a ser apedrejadas até a morte ou chicoteadas em caso de adultério, e não há eleições, a não ser o fato de que esses regimes são dóceis aliados do "ocidente" e dos EUA?
Se os líderes ocidentais viam Kadafi como inimigo, bandido, estuprador e assassino, por que ele recebeu a visita do primeiro-ministro britânico Tony Blair, em 2004; do Presidente francês Nicolas Sarkozy - a quem, ao que tudo indica, emprestou 50 milhões de euros para sua campanha de reeleição - em 2007; da Secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, em 2008; e do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi em 2009?
Por que, apenas dois anos  depois, em março de 2011 - depois de Kadafi  anunciar sua intenção de nacionalizar as companhias estrangeiras de petróleo que operavam na Líbia (Shell, ConocoPhillips, ExxonMobil, Marathon Oil Corporation, Hess Company)  esses mesmos países e os EUA, atacaram, com a desculpa de criar uma Zona de Exclusão Aérea sobre o país, com 110 mísseis de cruzeiro, apenas nas primeiras horas, Trípoli, a capital líbia, e instalações do governo, e armaram milhares de bandidos - praticamente qualquer um que declarasse ser adversário de Kadafi - para que o derrubassem, o capturassem e finalmente o espancassem, a murros e pontapés, até a morte?  
Ora, são esses mesmos bandidos, que, depois de transformar, com armas e veículos fornecidos por estrangeiros, a Líbia em terra de ninguém, invadiram o Iraque e, agora, a Síria, e se uniram para formar o Estado Islâmico, que pretende erigir uma grande nação terrorista juntando o território desses três países, não por acaso os que foram mais devastados e destruídos pela política de intervenção do "ocidente" na região, nos últimos anos.      
Foram os EUA e a Europa que geraram e engordaram a cobra que ameaça agora devorar a metade do Oriente Médio, e seus filhotes, que  também armam rápidos botes no velho continente. Serpentes que, por incompetência e imprevisibilidade, depois da intervenção na Líbia,  a OTAN e os EUA não conseguiram manter sob controle.  
Os Estados Unidos podem, pelo arbítrio da força a eles concedida por suas armas e as de  aliados - quando não são impedidos pelos BRICS ou pela comunidade internacional - se empenhar em destruir e inviabilizar pequenas nações - que ainda há menos de cem anos lutavam desesperadamente por sua independência - para tentar estabelecer seu controle sobre elas, seu povo e seus recursos, objetivo que, mesmo assim, nunca conseguiram alcançar militarmente.
Mas não podem cometer esses crimes e esses equívocos, diplomáticos e de inteligência, e dizer, cinicamente, que o estão fazendo em nome da defesa da Liberdade e da Democracia.
Assim como não deveriam armar bandidos sanguinários e assassinos para combater governos que querem derrubar, e depois dizer que são contra o terrorismo que eles mesmos ajudaram a fomentar, quando esses mesmos terroristas, além de explodir bombas e matar pessoas em Bagdá, Damasco ou Trípoli, todos os dias, passam a fazer o mesmo nas ruas das cidades da Europa ou dos próprios Estados Unidos.
O "terrorismo" islâmico não nasceu agora.
Mas antes da balela mortífera da Primavera Árabe,  e da Guerra do Iraque, que levou à destruição do país, com a mentirosa desculpa da posse, por Saddam Hussein, de armas de destruição em massa que nunca foram encontradas - tão falsa quanto o pretexto  do envolvimento de Bagdá no ataque às Torres Gêmeas, executado por cidadãos sauditas, e não líbios, sírios ou iraquianos - não havia bandos armados à solta, sequestrando, matando e explodindo bombas nesses 3 países.
Hoje, como resultado da desastrada e criminosa intervenção ocidental, o  terror  controla boa parte dos territórios e da sofrida população síria, iraquiana e líbia, e está unindo suas conquistas em torno da construção de uma nação maior, mais poderosa, e extremamente mais radical do ponto de vista da violência e do fundamentalismo, do que  qualquer um desses países jamais o foi no passado.
O ataque terrorista à redação e instalações do semanário francês Charlie Hebdo, e do Mercado Kosher, em Vincennes, Paris, foram crimes brutais e estúpidos.
Mas não menos brutais, e estúpidos, do que os atentados cometidos, todos os dias, contra civis  inocentes, entre muitos outros lugares, como a Síria, o Iraque, a Líbia, o Afeganistão.
Quem quiser encontrar as sementes do caos que também atingiram, em forma de balas, os corpos dos mortos do Charlie Hebdo poderá procurá-las no racismo  de um continente que acostumou-se a pensar que é o centro do mundo, e que discrimina, persegue e despreza, historicamente, o estrangeiro, seja ele árabe, africano ou latino-americano; e no fundamentalismo branco, cristão e rançoso da direita e da extrema direita norte-americanas, cujos membros acreditam piamente que o Deus vingador da Bíblia deu à "América" do Norte o "Destino Manifesto" de dirigir o mundo.
Em nome dessa ilusão, contaminada pela vaidade e a loucura, países que se opuserem a isso, e milhões de seres humanos, devem ser destruídos,  mesmo que não haja nada para colocar em seu lugar, a não ser mais caos e mais violência, em uma  espiral de destruição e de morte, que ameaça a sobrevivência da própria espécie e explode em ódio, estupidez e  sangue, como agora, em Paris, neste começo de ano.

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Com o Veveu as coisas funcionam assim

Aberto Edital de Ocupação do Theatro São João 2015.1


A Secretária da Cultura e do Turismo de Sobral lançou Edital de Ocupação do Teatro São João para período de 27 de fevereiro a 28 de junho de 2015, para espetáculos de artes cênicas, dança e música.

Os projetos de espetáculos devem ser enviados para o Theatro em envelope lacrado identificando o número do Edital até o dia 6 de fevereiro. O endereço é Praça São João, nº 156, Centro. O horário de atendimento é de terça-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. O resultado com os nomes dos contemplados será divulgado no dia 13 de fevereiro.

Mais Informações: (88) 3611-2430.

Hora do gargarejo


Servidores exonerados aguardam nomeação
Com 19 dias à frente do Governo do Ceará, Camilo Santana (PT) ainda deixa pendente a nomeação dos cargos de segundo escalão. Com isso, empresas e entidades públicas seguem com comandos interinos e funcionários exonerados, desde 1º de janeiro, trabalhando normalmente. Até agora, apenas dirigentes da segurança pública foram anunciados pelo governador.
Apesar da atual situação, Camilo não demonstrou ter pressa para a nomeação dos gestores. Questionado na última quarta-feira (14) sobre o porquê da demora, Camilo respondeu com outra pergunta: “E qual a pressa?”. O governador ainda informou que “Em todas as secretarias e todos os órgãos tem gente respondendo, não foram exonerados 100%”. Ele ainda destacou que nenhum diretor de hospital foi exonerado. Segundo Camilo, o Estado não funciona no primeiro mês em termos de pagamento. “O sistema está fechado; então é um momento para os secretários se aprofundarem, conhecerem melhor, se planejarem”, disse Camilo.
Órgãos como a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), permanecem com muitos comissionados, exonerados, trabalhando normalmente.  Segundo informações da própria Cogerh, todos os funcionários comissionados estão exonerados desde o dia 1º de janeiro.  A informação do órgão é confirmada através de um “Ato conjunto de Exoneração” disponível no site da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), onde diz: “OS SECRETÁRIOS DO ESTADO DO CEARÁ, no uso de suas respectivas competências e atribuições que lhes foram delegadas pelo Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Ceará (...), RESOLVEM EXONERAR todos os servidores ocupantes de Cargos de Provimento em Comissão do Poder Executivo do Estado do Ceará, a partir de 1º de janeiro de 2015”.
No entanto, muitos desses comissionados permanecem exercendo suas funções, no aguardo da indicação do governador para o segundo escalão. Vale ressaltar que, como eles estão exonerados, ficam sem receber seus salários. A Cogerh preferiu não informa sobre os repasses financeiros. Por enquanto, a companhia está sendo presidida interinamente, pelo diretor de Planejamento, João Lúcio Farias.
Encontram-se na mesma situação outros órgãos de segundo escalão, como a Empresa de Portos, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Agência Reguladora do Estado (Arce), Metrofor, Escola de Saúde Pública, Superintendência do Meio Ambiente (Semace) e órgãos ligados ao desenvolvimento agrário e agricultura, entre outros.
O Estado apurou que o governador deve começar a realizar as nomeações de alguns órgãos na primeira semana de fevereiro. Ainda segundo fontes ligadas ao Palácio da Abolição, Camilo não pretende realizar grandes mudanças no quadro de funcionários, e as mudanças devem ser feitas gradativamente, podendo chegar até meados de abril.

Capa do jornal OEstado(CE)


Coluna do blog



 Sabe de nada, inocente
O último ato de Guido Mantega no Ministério da Fazenda beneficiou um determinado setor da Economia. Adivinhe: qual? Errou: foi o bancário. Mantega deu aos bancos um bom aumento, de até 135,6%, nos preços cobrados para arrecadar receitas da União e da Previdência. Como? O caro leitor há muito tempo não tem aumentos de salários nesse montante? Quem manda não ser banqueiro? Até recentemente, cada documento pago por débito em conta-corrente rendia ao banco R$ 0,40; e, se a guia fosse quitada de outra forma, R$ 0,59. A partir do reajuste concedido por Guido Mantega, cada documento quitado, sem código de barros, passou a render ao banco R$ 1,39 - ou seja, mais 135,6%. Documento com código de barras teve reajuste mais modesto: só 86,5%. Segundo a Federação dos Bancos, Febraban, o serviço de arrecadação de tributos federais movimenta algo como 126 milhões de documentos por ano. Basta fazer o cálculo.

 

A frase: “Agradeça sempre por tudo que acontece na sua vida, pois até que provem o contrário, ninguém sabe como será realmente o dia de amanhã”. De alguém observando a cena.

Idade
Foi enterrado no fim de semana, talvez o homem mais velho do Brasil, o cearense Alexandre Gomes, de 114 anos de idade. E ninguém sabia disso.

Décimo quinto
A Lojas Visão, ótica do centro de Fortaleza sofreu seu 15º. Assalto em três anos. O bandido foi o mesmo que no dia anterior fora preso por assalto a outra ótica. E foi solto.

Carrefour
O mercadão francês inaugura no fim do mês sua mega store em Sobral. Com um mercado regional de 1 milhão e 600  mil consumidores...foi nas águas.

Incentivos
Para se instalar, os mercadões, quase todos grandes lojas de atacado, têm incentivos da Prefeitura que assim viabiliza empregos e renda para a Zona Norte.

Atenção básica
O Ministério da Saúde vai expandir o Programa Mais Médicos para assegurar profissionais em municípios com dificuldade de contração na Atenção Básica.

Oportunidades
O novo edital abre uma nova oportunidade para 1.500 prefeituras e garante a incorporação de 100% das vagas do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).

Cá pra nós
No Ceará, 117 municípios poderão solicitar novas vagas no Mais Médicos Novo edital do Programa visa a atender cidades mais vulneráveis e garante às prefeituras 100% das vagas do Provab.

Grana nova
Referência no setor de microcrédito na América do Sul, Banco do Nordeste planeja aplicar R$ 8,5 bilhões, em 2015, por meio de seu programa de microcrédito produtivo e orientado urbano, o Crediamigo.

Metas
O montante deverá beneficiar cerca de 2,1 milhões de empreendedores em todo o Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Corujão direto
Quem tiver o que fazer, ou não, pode agora ir comer um bom rollmops, iguaria típica alemã, que a gente encontra em Santa Felicidade, bairro chic de Curitiba.

O voo
O avião decola daqui coisa de uma da manhã, voa três horas e meia e chega ao aeroporto de Pinhais. Sai de lá perto da mesma hora. Interessado? Procura aéreas.

Choro e ranger de dentes
O Governador Camilo Santana começa a cumprir a pauta de matar 25% nas contas do governo. Começou pelo pessoal terceirizado. Todo mundo pra rua.


Cara de paisagem a derriere (Nota da foto)
Prefeituras estão botando terceirizados e até comissionados pra fora. Diz que é o equilíbrio nas contas das Viúvas. Ou em nome da moral e dos bons costumes.  O Ministério Público está de olho em prefeito que comprar diploma de melhor do ano por 10 mil contos. Do próprio bolso? É fraude eleitoral, diz um advogado analisando o pepino. Malandro é malandro, Mané é Mané.

No mais...
Ta calor pra kauaka!!!