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Duquinha junta sua voz aos que defendem o momento de reflexão

Deputados apoiam decisão de suspender verbas para Carnaval

O decreto do Governo do Estado, divulgado nesta quarta-feira (21/01), suspendendo o repasse de verbas para o patrocínio e apoio a qualquer evento festivo relacionado ao Carnaval recebeu o apoio do presidente do Poder Legislativo, Zezinho Albuquerque (Pros) e dos deputados Fernando Hugo (SD), Rachel Marques (PT), Roberto Mesquita (PV) , Lula Morais (PCdoB) e Manuel Duca(Duquinha).
Conforme anunciou o governador Camilo Santana, a intenção é canalizar esforços e recursos públicos para setores que precisam de atendimento emergencial e que afetam diretamente a rotina da população cearense.
Para o deputado Zezinho Albuquerque, ”o Governo do Estado e várias prefeituras tomaram uma medida acertada ao suspender recursos para o Carnaval. Há quatro anos, chove abaixo da média no Ceará. De forma preventiva, é necessário que os recursos sejam direcionados a áreas prioritárias da administração pública. Estamos confiantes de que teremos chuvas e, com elas, uma boa quantidade de água em nossos reservatórios”.
Para Duquinha foi feliz a decisão de Camilo Santana em suspender toda e qualquer despesa com carnaval num momento tão dificil como este da vida cearense. Municípios com emergência decretada não podem sequer cogitar em fazer festa com dinheiros públicos.
O deputado Fernando Hugo afirmou que, encolher os gastos com festas, tendo como objetivo atender os municípios que estão em calamidade por conta da seca, é uma decisão certa. “Aplaudo a decisão do governador que está pensando no bem estar da população, principalmente no bem estar dos municípios que já decretaram situação de emergência”, disse.
Rachel Marques destacou que a decisão de Camilo Santana é importante já que o prognóstico da Funceme prevê mais um ano com chuvas abaixo da média em 2015. “Além dos projetos ligados à estiagem, esta é uma ação que faz parte dos esforços para ajudar a reverter a situação de seca dos municípios”, frisou.
O deputado Lula Morais (PCdoB) ressaltou que, na maioria das vezes, os recursos destinados a festas não são volumosos, mas que a prioridade do Estado deve ser ajudar os municípios que estão em seca. “A decisão do Camilo está correta. Não podemos gastar com festa enquanto famílias sofrem com a falta de água”, afirmou.
Já o deputado Roberto Mesquita (PV) disse que a decisão do governador respeita as pessoas que estão passando necessidades pela falta de água. “Parabéns ao Camilo Santana que tomou uma decisão correta, lúcida e serena”, disse.
Segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), a previsão da quadra chuvosa indica grande probabilidade de seca em 2015 nos meses de fevereiro, março, abril e maio. O prognostico é de 64% de chuvas abaixo da média.
Em 176 dos 184 municípios já foi decretado estado de emergência por conta da seca, e os 149 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogeh) contam hoje com apenas 20% da capacidade de armazenamento de água.

Estarão no lugar certo?




Estado visita perímetro irrigado do Tabuleiro de Russas

O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Secretaria da Pesca, Aquicultura e Agricultura Irrigada, realiza nesta sexta-feira (23), visita técnica ao Perímetro Irrigado do Tabuleiro de Russas, na Região do Vale do Jaguaribe. A vista será coordenada pelos secretário Dedé Teixeira (SDA) e Osmar Baquit (Pesca e Aquicultura), e contará com a presença de irrigantes da região, membros do conselho administrativo e fiscal do projeto, além de representantes de empresários e pequenos produtores.

Segundo o secretário Dedé Teixeira, o objetivo da visita será conhecer o ponto de desenvolvimento do projeto, as ações dos irrigantes do perímetro e discutir formas de ampliar a produção para gerar desenvolvimento econômico para o Estado e para a comunidades.

O perímetro irrigado do Tabuleiro de Russas tem uma alta capacidade para a produção de palma forrageira, alternativa alimentar para o rebanho bovino, ovino e caprino. Segundo o coordenador de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas da Pecuária da SDA, Márcio Peixoto, a palma forrageira é importante tanto para a alimentação animal como para a alimentação humana. Peixoto destacou ainda que a produção de forragem é a garantia de renda certa para os produtores, principalmente em momentos de estiagem, “isso porque bem alimentado, o gado produzirá um leite de melhor qualidade”.

“Nós queremos ouvir os produtores e discutir as demandas de cada um internamente para que elas sejam atendidas e para que possamos impulsionar a irrigação e a produção de forragem e outras potencialidades neste perímetro irrigado”, afirmou o secretário Dedé Teixeira.

Penso eu - O perímetro irrigado Tabuleiros de Russas é do DNOCS. Isso é uma preocupação pra quem se ocupa com certas atitudes de artistas. Outra coisa: alguém aí na Secretaria de DEsenvolvimento Agrário sabe quanto custa a implantação de um hectare de perímetro irrigado? Onde já se viu perímetro irrigado ser destinado a plantar forrageira ao invés de alimentos para gente? O perímetro irrigado Tabuleiros de Russas quando gerado na escala de valores do então MInistro Vicente Fialho era pra produzir e exportar uva, melão, pera e outros nobres frutos da vida brasileira. Eu sei. Eu estava lá. Por fim, por favor remendem: o nome do perímetro é TABULEIROS DE RUSSAS, assim mesmo TABULEIROS O PLURAL.

Opinião


Luis Nassif

O ano não promete ser fácil.

Na política econômica, o pacote de maldades do Ministro da Fazenda Joaquim Levy impactará a atividade econômica e o emprego. O realinhamento de tarifas afetará os preços. Quando vier para valer, a falta de água em São Paulo, criará um clima insuportável. A Lava Jato manterá elevada a temperatura política e afetará a produção industrial e as obras de infraestrutura.

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Por tudo isso, só pode se entender como marcha da insensatez o apoio incondicional dado pelos grupos de mídia à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara. Para a mídia, Cunha tornou-se um novo sir Galahad, em substituição ao pio ex-senador Demóstenes Torres.

Por várias razões, é uma jogada de alto risco.

Do lado político, por ser um fator a mais de ingovernabilidade.

Do lado ético, por desnudar de forma implacável os chamados princípios morais da mídia. Veja aliou-se ao bicheiro Carlinhos Cachoeira; alçou o ex-senador Demóstenes Torres à condição de paladino da moral e dos bons costumes; blindou todas as estripulias do Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal); escondeu todos os malfeitos de José Serra.

Mas todos esses episódios foram cometidos nos bastidores.

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Mas, Eduardo Cunha?! Cunha começou sua vida pública aliado de PC Farias, e foi processado como tal. Depois, assumiu um cargo na companhia habitacional do Rio, no governo Garotinho, e foi acusado de desvios. Teve envolvimento direto com uma quadrilha que fraudava ICMS em distribuidoras de gasolina.

Na Câmara, seu trabalho diuturno foi articular lobbies de grandes grupos. Nas últimas eleições, financiou a candidatura de dezenas de deputados, com recursos repassados por grupos econômicos com a finalidade única de fazer negócios.

Cunha é a definição impura e acabada do parlamentar negocista – aquele contra quem o moralismo da mídia deblatera dia e noite.

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E o que se pretende com esse apoio? Apenas o desgaste do governo. O governo Dilma não precisa de ajuda para se desgastar: sabe se desgastar sem a ajuda de ninguém.

No campo dos negócios, os grupos de mídia nada conseguirão, apenas piorar mais ainda o mercado publicitário.

O governo Dilma já mostrou que não retalia críticos com cortes de publicidade; mas também não cede a chantagens nem entra em negociatas.

Pode ser que pretendam, através do Congresso, barrar a entrada dos grandes competidores estrangeiros, aprovar leis que reduzam a obrigatoriedade de capital nacional na mídia, conquistar outra anistia fiscal para suas dívidas.

Não conseguirão. De um lado, porque a Câmara não faz política econômica. De outro, porque acumularam tal quantidade de inimigos com o estilo metralhadora giratória que jamais conseguirão montar uma frente pró-mídia.

Frente anti-PT e anti-governo é simples de montar. Pró-mídia, ainda mais em uma fase de crise econômica, impossível.

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O que e conseguirá com o fator Eduardo Cunha será uma pitada a mais de desmoralização da mídia, mais insegurança econômica – revertendo em menos publicidade – e a confirmação de que jornais não foram feitos para pensar estrategicamente: eles sabem apenas “causar”.

Arce vai ao campo


Quatro municípios e três distritos serão fiscalizados pela Arce em fevereiro

As cidades de Acopiara, Pires Ferreira, Potengi e Viçosa do Ceará, além dos distritos de Aprazível, Jaibaras e Taperuaba, pertencentes ao município de Sobral, compõem a lista de localidades que serão fiscalizadas em fevereiro, pela  Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – Arce. Técnicos da Agência observarão, in loco, o funcionamento dos sistemas de abastecimento de água. No  município de Acopiara, especificamente, além dos quesitos relacionados à qualidade da água, também será observado o quadro geral do sistema de esgotamento sanitário. A equipe da agência analisará aspectos referentes à adequação ambiental, condições operacionais e nível do atendimento, inclusive na área comercial.
Em geral, a metodologia utilizada para o desenvolvimento das fiscalizações compreende inspeções de campo, levantamento e avaliações documentais, obtenção e análise de informações de dados gerais da área técnica e, ainda, identificação e referência de ocorrências operacionais. Feitas as avaliações, a Arce expede relatório sobre o grau de cumprimento dos aspectos que envolvem as atividades, destacando as constatações, recomendações e/ou determinações, em conformidade com as prescrições contantes nas leis, normas e regulamentos específicas. Os parâmetros de controle e a qualidade da água, por exemplo, são definidos pelo Ministério da Saúde por meio de portaria que especifica os padrões mínimos de potabilidade, além da quantidade e frequência de amostragem para análise. Nesse ponto, são levados em conta turbidez, coliformes totais e cloro residual livre apresentados.
O cronograma de fiscalização deste mês de fevereiro obedecerá à seguinte ordem: de 02 a 06, os técnicos comparecerão às cidades de Potengi e Acopiara; de 09 a 13, a fiscalização será feita nas cidades de Viçosa do Ceará e Pires Ferreira; e de 23 a 27, a Arce exercerá suas atividades nos distritos sobralenses de Aprazível, Jaibaras e Taperuaba.  Explicando melhor, a fiscalização técnica é o conjunto de etapas e procedimentos mediante os quais a Arce verifica o cumprimento de itens relativos ao atendimento comercial da Companhia de Água e Esgoto do Ceará – Cagece, aos usuários; produção; tratamento; adução;  reservação;  distribuição;  controle e qualidade da água, assim como coleta; tratamento; disposição final e qualidade do esgoto tratado.
Três resoluções dão suporte às atividades da Arce no setor: Resolução nº 126/2010, que trata dos procedimentos gerais a serem adotados com relação às reclamações dos usuários dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário; Resolução nº 130/2010, que refere-se às condições gerais na prestação e utilização desses serviços; e a Resolução 147/2010 que especifica as sanções administrativas e penalidades aplicáveis à  Cagece, em razão de infrações aos direitos dos usuários.

Ainda não caiu a ficha da tucnagem; Aécio Neves não foi eleito.

No ataque
Se Aécio Neves parece estar na muda, o vice-presidente do PSDB, ex-governador Alberto Goldman, não está: “Temos de pensar numa saída legal. Ninguém aqui vai pegar em armas, querer que ela faça o que Getulio fez ou fazer o que fizeram com Jango. Mas, não adianta mais bater em cachorro morto. Dilma está morta, o PT está morto politicamente, só estão no exercício do cargo”.

Deu no Diário do Poder de hoje

A exploração das empresas aéreas continua em voo de brigadeiro, com a conivência da agência reguladora Anac: bilhete São Paulo-Maceió pela TAM custa tanto quanto um voo São Paulo-Paris pela Air France.

O dia nasce em Fortaleza

Com uma carinha de chuva!!!

O trabalho de Camilo

Agenda do governador Camilo Santana
Quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

9h: Reunião com o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Josbertini Virgínio Clementino, e equipe

17h: Encontro com os presidentes das empresas Vale, Dongkuk e Posco
Local: Palácio da Abolição

18h: Recebe o deputado estadual Naumi Amorim

18h30: Recebe o deputado estadual Joaquim Noronha

19h: Recebe o deputado estadual João Jaime

Opinião - Especial

'Todo dia acordava e pensava: vou morrer em poucos dias'

Luiza Bandeira
Da BBC Brasil, em Londres
  • BBC
    Ron Keine ficou dois anos no corredor da morte por um crime que não cometeu Ron Keine ficou dois anos no corredor da morte por um crime que não cometeu
Ron Keine tinha 27 anos e viajava de carro com seus amigos pelos Estados Unidos quando foi acusado de assassinato --em um Estado onde havia pena de morte. Durante dois anos, marcou com um 'x' no calendário os dias de vida que restavam.

A nove dias da execução, o verdadeiro assassino confessou o crime. Keine e seus amigos foram soltos em 1976, mas as marcas da condenação permanecem.

O ex-condenado hoje é um dos diretores de uma organização contra a pena de morte. Ele dá palestras, escreve artigos e ajuda os inocentados financeiramente –após a condenação, muitos não conseguem emprego.

Sobre o caso do brasileiro Marco Archer, morto no domingo (18), na Indonésia, afirma: "É inacreditável e totalmente ridículo matar alguém por trafico de drogas".

Outro brasileiro preso no país, Rodrigo Gularte, deve ser executado em fevereiro.

Leia o depoimento de Keine dado à BBC Brasil por telefone de Michigan, nos Estados Unidos:

"Estava viajando com cinco amigos da Califórnia para Michigan para visitar outros amigos. Em um dos Estados por onde passamos, Novo México, fomos presos por homicídio.

A gente não levou muito a sério, fizemos piada. Então eles nos colocaram na cadeia e pensamos: tudo bem, a qualquer momento, vão descobrir quem fez isso.

A gente acreditava na Justiça. Eu achava que a Justiça não cometia erros. Meu Deus, anos depois eu aprendi: tantos erros são cometidos! Há 160 pessoas que, assim como eu, estavam no corredor da morte e descobriu-se que eram inocentes.

Quatro meses depois, nos levaram a julgamento e nos colocaram no corredor da morte.

Estávamos trancados em celas individuais, num grande corredor. Só saíamos dali se o advogado viesse nos visitar. Não tínhamos direito a exercícios nem a banho. Por dois anos eu não tomei banho. Girava a torneira da pia, sentava debaixo dela e deixava a água cair.

No corredor da morte eu fazia uma coisa horrível. Tinha um calendário na parede e ia colocando um x em cada dia. Fiz um círculo bem grande no dia que eu seria executado.

Todos os dias você acorda e pensa: vou morrer em poucos dias. Dói.

Quando vai chegando mais perto da execução, as pessoas ficam perdidas. Não sabem quem são, o que são. Há relatos de pessoas que foram levadas para o local em que seriam mortas e disseram: deixei minha sobremesa na mesa, vou voltar a tempo de comer? Elas ficam desorientadas, nem sabem que vão morrer.

O problema é que muitas dessas pessoas são inocentes. A gente tinha esperança porque sabíamos que não tínhamos feitos nada. Mas você está lá, tentando provar que é inocente, e ninguém acredita, porque todo mundo fala isso.

Pensávamos: os promotores cometeram um erro e vão descobrir. Mas meses depois descobrimos que eles não tinham cometido um erro: eles nos incriminaram.

Nove dias antes da minha execução, um homem estava andando na rua e disse que Deus falou a seu coração. Ele foi até a igreja mais próxima e confessou que tinha cometido o assassinato. E só foi assim que saímos.

Ele era um policial e, por isso, não foi condenado à morte. Ficou na prisão por sete anos.

A gente quase não conseguiu sair mesmo depois que o cara confessou. A lei americana diz que, se não há novas evidências do crime em um prazo determinado, elas não podem mais ser usadas. Na Virgínia, por exemplo, eram seis semanas. Se depois de seis semanas descobrissem o verdadeiro assassino, você seria executado mesmo assim, porque o prazo havia passado.

E vários juízes não queriam assumir o caso. Eles sabiam que éramos inocentes, mas não queriam nos deixar sair porque isso pegaria mal.

Fomos ao tribunal novamente e o perito que, dois anos antes, havia nos incriminado confessou que nem sequer tinha visto o corpo. Ele confessou que mentiu no nosso julgamento. Disse que o promotor pagou US$ 25 mil para que ele mentisse.

O sistema nos EUA é corrupto. Promotores mentem para matar as pessoas. E se você não tem dinheiro para um bom advogado, você vai morrer. Se você é negro, ou hispânico, não integra júri; se não acredita na pena de morte, não integra o júri. Todas essas leis são contra o pobre.

Sempre que você dá a alguém o poder de matar outra pessoa, ela vai fazer isso. A única forma de acabar com isso é tirar das pessoas o poder de matar. Este poder corrompe.

Atualmente, há mais ou menos uma dezena de países que têm pena de morte. No mundo ocidental, além dos EUA, só Belarus, e eles só têm uma pessoa no corredor da morte.

Há 60 pessoas na Indonésia no corredor da morte, --e por drogas, não pelo crime mais violento, o assassinato. Uma das desculpas que as pessoas dão para a pena de morte é essa: se você mata alguém você deveria morrer.

Mas isso é uma insanidade. Matar uma pessoa por causa disso, como no caso deste brasileiro, é inacreditável e totalmente ridículo.

Mas também há pessoas nos EUA que pegaram prisão perpétua por maconha e, no Estado vizinho, a maconha foi legalizada. Elas ficarão na cadeia pelo resto das vidas e, no Estado vizinho, você pode parar na calçada e fumar maconha.

Voltando a minha história, esses promotores nos incriminaram para inocentar o colega deles, que era policial. Eles chamam isso de cortesia profissional.

Eu não havia feito nada para merecer isso, mas mesmo para aquelas pessoas que cometeram crimes, a pena de morte não faz sentido.

Havia um cara lá que pegou a mulher na cama com outro, atirou e ela morreu. Ele nunca tinha cometido outro crime e não cometeria. Há vários outros casos assim, uma pessoa vai roubar e mata alguém, por exemplo, mas ela não tinha essa intenção.

Dois terços de todas as condenações à morte nos EUA são modificados por outras instâncias, e a principal razão é má conduta dos promotores. Isso significa que o promotor mentiu.

Mas no corredor da morte eu achava que os promotores haviam se enganado. Só quando saí e descobri que eles haviam mentido eu comecei a ficar com muita raiva.

Eu odiava as pessoas que haviam feito aquilo comigo. Durante anos eu deitava na cama e não conseguia dormir de ódio. Muitos anos depois eu conheci uma freira e ela me ensinou a perdoar. Isso foi muito, muito difícil de fazer.

Então, em 1998, chamaram vários de nós para fazer uma apresentação para o governador de Illinois para tentar por fim à pena de morte. E ele acabou mesmo com isso.

Cada um tinha que falar uma frase. A minha era: Eu sou Ron Keine e, se o Estado de Novo México tivesse ido em frente, eu estaria morto hoje.

Cada um de nos levantou e falou essa frase. Foi tocante, havia mais de 70 pessoas.

Depois disso percebi que havia outras pessoas como eu. Na maior parte das vezes as pessoas são inocentadas e ninguém nem fica sabendo delas.

Começamos a conversar e formamos um grupo, Witness of Innocence (Testemunhas da Inocência). Trabalho com eles há mais de dez anos. Viajo e falo sobre a pena de morte. Também escrevo artigos para jornais, revistas etc.

A gente também ajuda os outros membros. Temos um fundo para emergência. Se alguém não tem dinheiro para comida, não pode pagar a conta de luz, mandamos um cheque.

O problema é que, quando você sai do corredor da morte, mesmo sendo inocente, você não consegue emprego. Algumas pessoas ficam presas por 20 anos, elas nem sabem usar um computador.

Se disserem na entrevista de emprego que passaram os últimos 20 anos no corredor da morte, serão expulsos. Estão velhos, não estudaram, não trabalharam. Então às vezes eles não têm nem comida.

Eu amo meu trabalho. Se precisasse, faria de graça."

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Fotógrafa americana registra locais em que já foram executadas penas de morte

Nesta câmara, condenados à morte eram executados em cadeira elétrica ou com injeção letal. Agora ela fica em uma sala não utilizada na prisão Estadual de Nova Jersey. A imagem faz parte do projeto da fotógrafa Emily Kinni, que mostra como antigos endereços usados para enforcamentos e câmaras de gás hoje são lojas de departamento, salas de conferências e até residências Divulgação/Emily Kinni

Comunistas armam pra cima do PROS


PCdoB realiza série de encontros regionais no Ceará
O PCdoB Ceará vai dar início, no final deste mês, a uma série de encontros regionais. O partido pretende visitar nove cidades, entre elas Fortaleza, na região do Cariri, Jaguaribe, Centro Sul, Norte, Inhamuns e Maciço de Baturité, e Aracati. Segundo o presidente estadual do partido, Luiz Carlos Paes, nos eventos serão discutidas as estratégias do partido para este ano com o sentido, principalmente, de fortalecer a legenda em todo o Estado. “Esse crescimento será através da filiação de pessoas com o pensamento voltado para as eleições de outubro de 2016”, afirmou.
 O partido, segundo ele, vai postular o maior número possível de prefeituras interioranas. “Está muito cedo ainda para se pensar no próximo pleito municipal, mas nós temos que dizer para nossos filiados e para a população o que pretendemos fazer para o futuro”, enfatizou, destacando que ainda não é garantido que a legenda vá disputar, mais uma vez, a Prefeitura de Fortaleza, mas não descartou a possibilidade, observando que serão avaliadas as condições.
 Carlos Augusto Diógenes, ex-presidente estadual da legenda, destaca que, na Capital, o pensamento da legenda é ter candidato próprio em Fortaleza, mas a decisão será  em abril ou maio de 2016. Observou, por outro lado, que é preciso analisar a conjuntura partidária para ver se postula o cargo com candidato próprio ou se apoia postulante de outro partido da esquerda.