Contato

Que diabos de crise é essa?


Lucro líquido do J.Macêdo tem alta de 55,6% em 2014
O Grupo J.Macêdo registrou, no ano passado, um lucro líquido de R$ 79,5 milhões, o que representa um salto de 55,6% em relação a 2013. A companhia também registrou aumento robusto de 45,9% no Ebitda (lucro antes dos impostos, juros, depreciação e amortização), que atingiu R$ 147,3 milhões, e na receita líquida (11,4%), que totalizou R$ 1,5 bilhão. O volume de vendas atingiu a casa das 795,5 mil toneladas, significando um crescimento de 10,1%.
De acordo com o diretor-presidente Luiz Henrique Lissoni, os negócios apresentaram crescimento de receita e Ebitda em todas as categorias. Tais resultados refletem a disciplina na gestão, eficiência operacional, controle de custos e o sucesso de nossas estratégias comerciais. “Para 2015, mesmo com o cenário desafiador, temos a convicção de que as ênfases na excelência da gestão e na eficiência operacional continuarão a ser decisivas para que o nosso desempenho se fortaleça e eleve os resultados a níveis ainda mais robustos”, asseverou.

Crescimento
Ele também destacou que o aumento de 11,4% na receita líquida ocorreu, principalmente, devido à elevação do faturamento no mercado de panificação, que contribuiu para o crescimento de 21,9% no faturamento da categoria Farinhas e Farelo. Sobremesas (16,3%) e Misturas (9,7%) foram outros destaques. Os investimentos totalizaram R$ 114,6 milhões em 2014, um aumento de 51,4% em relação aos R$ 80,3 milhões aportados no ano anterior. O grupo continuará investindo, principalmente em melhorias operacionais, focando em ganhos de produtividade com aumento de capacidade produtiva e na modernização das unidades com novas tecnologias.
O conglomerado empresarial terminou 2014 com redução da sua alavancagem financeira. A relação dívida líquida/Ebitda fechou o ano em 1,59x, 5,8% menor em relação ao ano anterior. “O aumento do Ebitda e a geração de caixa, decorrentes do bom desempenho operacional, possibilitaram essa melhora. A redução do índice ocorreu mesmo diante do aumento de 37,4% do endividamento líquido por conta da execução do nosso plano de investimentos” explica o diretor financeiro Antônio Carlos Zanella.
O resultado consolidado de 2014 foi positivamente impactado pelo desempenho no último trimestre do ano. Entre outubro e dezembro, a companhia obteve lucro líquido de R$ 35,3 milhões, um expressivo salto de 113,9% em relação ao mesmo período de 2013. A receita líquida manteve-se estável em R$ 389,5 milhões. O Ebitda do trimestre foi de R$ 50,8 milhões, 78,2% maior.

Assim caminham os perdedores


Deputado encaminha ação contra Governo
O deputado Heitor Férrer (PDT) encaminhou representação ao Ministério Público do Ceará (MP/CE)  e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), para que seja apurado a conduta do Governo do Estado por conta de algumas obras inacabadas no Estado. Na avaliação do parlamentar, as obras utilizadas, “teoricamente para a eleição do ano passado e tidas como legado” geram prejuízos à população, devido à interdição de trechos e desapropriações dos imóveis.
O pedetista cita as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como exemplo. Heitor lembra ainda que o equipamento deveria ter sido entregue para a Copa do Mundo do ano passado, porém está paralisado há nove meses, inclusive, ressalta que o contrato foi cancelado ainda na gestão passada. “Por que detectei como crime de improbidade essa obra parada desde junho? Porque não tem perspectiva de reinício, um prejuízo para o Ceará”, disse Férrer, acrescentando que o Metrofor presta “péssimos serviços” à população, mesmo após 17 anos em construção.
“Isso é crime estabelecido e tipificado em lei. Eu vou esperar que o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Ceará façam o seu trabalho, porque, infelizmente, a Assembleia Legislativa não tem feito seu papel no que diz respeito a fiscalizar os atos do Governo”, diz Heitor.
Em aparte, o vice-líder do Governo, deputado Júlio Cesar Filho (PTN), afirmou que a paralisação das obras do VLT foram motivadas por dificuldades no consórcio que venceu a licitação. Entre as garantias dadas para continuidade da obra, o parlamentar informou que a atual gestão trabalha para concluir o projeto de mobilidade.

River vira cabeça de prego


Leão martela, mas vence só nos acréscimos
O Fortaleza martelou, martelou, mas só venceu o River, ontem, com dois gols depois dos 45 minutos do segundo tempo, transformando desespero em euforia nas arquibancadas de um Castelão bem vazio. Com gols de Daniel Sobralense e Lúcio Maranhão, o Tricolor assume a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste e acumula importantes três gols de saldo que podem fazer a diferença no final. E que diferença eles fizeram: espantaram a sombra de uma grande ameaça que se encaminhava para o Pici e deixaram o Fortaleza a um passo da classificação. Hoje, se o Ceará não vencer hoje, aí sim, a festa será completa. O Fortaleza volta a jogar pela Copa do Nordeste na próxima quarta-feira, contra o próprio Belo, em João Pessoa. Antes, faz o segundo Clássico-Rei do Cearense,neste sábado.
 90min de ataque
Foram 90 minutos de ataque contra defesa, com alguns intervalos para o descanso. O Fortaleza começou e terminou pressionando e poderia ter liquidado bem antes, não fosse a má pontaria de seus finalizadores. O River contribuía: passou o primeiro tempo inteiro dando espaços e, mesmo quando arrumou a casa, não era capaz de oferecer perigo à meta de Deola e chamava o Fortaleza. Zero a zero seria injusto, e o desespero tomou conta do Castelão após os 35 da etapa final. Foi naquele clima de final de campeonato, com todo mundo em pé, que o Castelão explodiu com os dois gols.
Senão, vejamos. No primeiro tempo, Daniel Sobralense testou do segundo pau, mas Naylson fez milagre. Ele tentou de novo, em um belo voleio, por cima. Lúcio Maranhão perdeu sua primeira chance, testando bonito, mas raspando a trave. E um chute de Everton desviado por Sobralense fez suspirar a torcida.
No segundo, o River equilibrou o jogo e quase fez 1 a 0. Tote chutou, Adalberto desviou e quase matou Deola, que tirou com a perna. Depois, o Leão voltou. Como um meia, Hess driblou e cruzou na cabeça, mas Lúcio, sozinho, testou pra fora. Correa também criou: cruzou para Everton, livre, cabecear em cima do goleiro. Deveria ter sido o gol. Virou desespero. Mas, aos 45, Corrêa bateu falta, a bola foi desviada e sobrou para Sobralense, perto da marca do pênalti, encher o pé: 1 a 0. Êxtase.
O Fortaleza faria três vezes em três minutos o que não fez em 90, ajudado pela loucura piauiense. Aos 47, Corrêa (ele de novo) partiu em velocidade com a defesa escancarada, mas, já dentro da área, tocou para Lúcio Maranhão, impedido, balançar as redes. Anulado. Um minuto depois, viria o segundo gol. Em novo contra-ataque praticamente sem marcação, Naylson saiu bastante da pequena área, mas não achou a bola, que sobrou para Lúcio Maranhão, quase sem ângulo, fazer 2 a 0

Time ruim em Juazeiro do Norte: Do goleiro ao ponta esquerda.


Escândalo das vassouras”: Vereador é afastado da Câmara
O ex-tesoureiro da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, cidade a cerca de 530 quilômetros de Fortaleza, vereador Ronaldo Gomes de Lira, conhecido como “Ronas Motos”, deve ser afastado do cargo. Além disso, teve decretada a quebra de sigilo bancário e a indisponibilidade dos bens. A decisão, proferida ontem, é da 8a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
O vereador é investigado pela Polícia Civil e Ministério Público do Ceará (MP/CE) pela compra irregular de 4,2 mil vassouras, 2,5 toneladas de sabão, 33 mil unidades de palha de aço e 312 unidades de óleo de peroba, entre outros itens de limpeza, caso que ficou nacionalmente conhecido como “escândalo das vassouras”. O processo de investigação foi instaurado em agosto de 2013.
De acordo com o desembargador Raimundo Nonato Silva Santos, integrante do órgão colegiado, “a permanência do recorrente [Ronaldo] no cargo que ocupa traz sensível prejuízo à instrução processual, uma vez que a posição que ocupa no Poder Legislativo Municipal lhe dá acesso a documentos relevantes à elucidação da trama, pondo em risco a colheita isenta das provas”.
Segundo o magistrado, “consta dos autos de origem que o agravante [Ronaldo], na condição de vereador e tesoureiro da Câmara Municipal, estaria profundamente envolvido na trama investigada, uma vez que assinava todos os cheques da Câmara Municipal para o pagamento de notas fiscais frias relativas a compras simuladas de material de expediente e de limpeza para aquela Casa Legislativa”.

Penas
A decisão da 8ª Câmara mantém sentença do juiz Gúcio Carvalho Coelho, titular da 2ª Vara Cível de Juazeiro do Norte, proferida em 26 de novembro de 2013. Nos autos da Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, o magistrado havia decretado o afastamento do cargo, a quebra de sigilo bancário e a indisponibilidade dos bens de Ronaldo, a pedido do Ministério Público do Ceará. Em dezembro do mesmo ano, o vereador foi afastado da Câmara.
Inconformado, Ronaldo ingressou com agravo de instrumento no TJCE, requerendo a revogação da sentença. O relator do processo, desembargador Carlos Rodrigues Feitosa, determinou o retorno do político ao cargo, por meio de liminar, em janeiro de 2014. O mérito da ação foi julgado na sessão desta terça-feira, quando o órgão colegiado manteve a decisão de 1º Grau, acompanhando o voto do desembargador Raimundo Nonato Silva Santos.

O Veveu me disse que o asfalto vem depois

Reformas em estradas de comunidades em Sobral beneficia mais de 14 mil
A Secretaria de Obras da Prefeitura de Sobral implementou projeto voltado para reforma, manutenção e conservação de estradas vicinais. São realizados serviços de terraplanagem, piçarramento e construção de bueiros nos distritos do município. O objetivo do projeto é viabilizar a melhor integração dos distritos com suas localidades, garantindo maior segurança e agilidade para os condutores e transeuntes que trafegam pelos trechos atendidos. Já foram beneficiadas as populações do Boqueirão, São José do Torto, localidades de Sanharão, Gonçalves Alves, Angostura, Lixão, Massapê, Beira Rio, Cruz das Moças, Fazenda Piancó, Mineração e Triângulo das Pedrinhas; Rafael Arruda, em Ouro Branco e Recreio; e Aracatiaçu, em Logradouro.

Opinião

O papa e o estrume do diabo

Mauro Santayana

O Papa Francisco está sendo amplamente atacado na internet, por ter dito, em  cerimônia, em Roma, que “o dinheiro é o estrume do diabo” e que quando se torna um ídolo “ele comanda as escolhas do homem". Acima e abaixo da cintura, houve de tudo.
De adjetivos como comunista, “argentino”, hipócrita, demagogo e outros aqui impublicáveis, a sugestões de que ele se mude para uma favela, e - a campeã de todas - que distribua para os pobres o dinheiro do Vaticano.
É cedo, historicamente, para que se conheça bem este novo papa, mas, pelo que se tem visto até agora, não se pode duvidar  de que daria o dinheiro do Vaticano aos pobres, tivesse poder para isso, não fosse a Igreja que herdou dominada por nababos conservadores colocados lá pelos dois pontífices anteriores, e ele estivesse certo de que essa decisão fosse resolver, definitivamente, a questão da desigualdade e da pobreza em nosso mundo.
Inteligente, o Papa sabe que a raiz da  miséria e da injustiça não está na falta de dinheiro mas na falta de vergonha,  de certa minoria que possui muito, muitíssimo,  em um planeta em que centenas de milhões de pessoas ainda vivem com menos de dois dólares por dia.
E que essa situação se deve, em grande parte, justamente à idolatria cada vez maior pelo dinheiro, o “estrume” do Bezerro de Ouro que estende a sombra de seus cornos sobre a planície nua, os precipícios e falésias do destino humano.            
Em nossa época, deixamos de honrar pai e mãe, de praticar a solidariedade com os mais pobres, com os doentes, com os discriminados e  os excluídos, para nos entregar ao hedonismo.
Os pais transmitem aos filhos, como primeira lição e maior objetivo na existência, a necessidade não de sentir, ou de compreender o mundo e a trajetória mágica da vida - presente maior que recebemos  de Deus quando nascemos - mas, sim, a de ganhar e acumular dinheiro a qualquer preço.
Escolhe-se a escola do filho, não pela abordagem filosófica, humanística, às vezes nem mesmo técnica ou científica, do tipo de ensino, mas pelo objetivo de entrar em uma universidade para fazer um curso que dê grana, com o objetivo de fazer um concurso que dê grana, estabelecendo, no processo, uma “rede” de amigos que têm, ou provavelmente terão grana.
Favorecendo, realimentando,  umacultura voltada  para o aprendizado e o compartilhamento de símbolos de status  fugazes e vazios, que vão do último tipo de smartphone ao nome do modelo do carro do papai e da roupa e do tênis que se está usando.
O que determina a profissão, o que se quer fazer na vida, é o dinheiro.
Escolhe-se a carreira pública, ou a política, majoritariamente, pelo poder e pelas benesses, mas, principalmente, pelo dinheiro.
Até mesmo na periferia, assalta-se, mata-se, se morre ou se vive - como rezam as letras dos funks de batalha ou de ostentação - pelo dinheiro.
Para os mais radicais, não basta colocar-se ao lado do capital, apenas como um praticante obtuso e entusiástico dessa insensata e permanente “vida loca”.
É necessário reverenciar aberta e sarcasticamente o egoísmo, antes da solidariedade, a cobiça, antes da  construção do espírito, o prazer, antes da sabedoria.
É preciso defender o dindin - surgido para facilitar a simples troca de mercadorias - como símbolo e bandeira de uma ideologia clara, que se baseia na apologia da competição individual desenfreada e grosseira, e de um “vale tudo” desprovido pudor e de caráter, como forma de se alcançar riqueza e glória, disfarçado de  eufemismos que possam ir além do capitalismo, como é o caso, do que está mais na moda agora, o da “meritocracia”.
Segundo a crença nascida da deturpação  do termo, que atrai, como um imã, cada vez mais brasileiros, alguns merecem, por sua “competência”, viver, se divertir, ganhar dinheiro. Enquanto outros não deveriam sequer ter nascido - já que estão aqui apenas para atrapalhar o andamento da vida e do trânsito. Melhor, claro,  se não existissem - ou que o fizessem apenas enquanto ainda se precise - ao custo odioso de quase 30 dólares por dia - de  uma faxineira ou de um ajudante de pedreiro.
O capitalismo está se transformando em ideologia. Só falta que alguém coloque o cifrão no lugar da suástica e  comece a usá-lo em estandartes, colarinhos e braçadeiras, e que em nome dele se exterminem os mais pobres, ou ao menos os mais desnecessários e incômodos, queimando-os, como polutos cordeiros, em fornos de novos campos de extermínio.
Disputa-se e proclama-se o direito de ter mais, muito mais que o outro, de receber de herança  mais que o outro, de legar mais que o outro, de viver mais que o outro, de gastar mais que o outro, e, sobretudo, de ostentar, descaradamente, mais que o outro. Mesmo que, para isso, se tenha de aprender dos pais e ensinar aos filhos, a se acostumar a pisar no outro, da forma mais impiedosa e covarde. Principalmente, quando o outro for mais “fraco”, “diverso” ou pensar de forma diferente de uma matilha malévola e ignara, ressentida antes e depois do sucesso e da fortuna, que se dedica à prática de uma espécie de bullying que durará a vida inteira, até que a sombra do fim se aproxime, para a definitiva pesagem do coração de cada um, como nos lembram os antigos papiros, à sombra de Maat e de Osíris.
A reação conservadora à ascensão de Francisco, depois do aparelhamento, durante os dois papados anteriores, da Igreja Apostólica e Romana por clérigos  fascistas, e da renúncia de um papa  envolvido indiretamente com vários escândalos, que comandou com crueldade e mão de ferro a “caça às bruxas” ocorrida dentro da Igreja nesse período, se dá também nos púlpitos brasileiros.
Não podendo atacar frontalmente um pontífice que diz que o mundo não é feito,  exclusivamente, para os ricos, religiosos que progrediram na  carreira nos últimos 20 anos, e que se esqueceram de Jesus no Templo e do Cristo dos mendigos, dos leprosos, dos aleijados, dos injustiçados, proferem seu ódio fazendo política nas missas - o que sempre condenaram nos padres adeptos da Teologia da Libertação - ressuscitando o velho e baboso discurso  de triste memória,  que ajudou a sustentar o golpismo em 1964.
O ideal dos novos sacerdotes e fiéis do Bezerro de Ouro é o de um futuro sem pobres, não para que diminua a desigualdade e aumente a dignidade humana, mas, sim, a contestação aos seus privilégios.
Em 1996, em um livro profético - “L´Horreur Economique”, “O Horror Econômico” - a jornalista, escritora e ensaísta francesa, Viviane Forrester, morta em 2013, já alertava, na apresentação da obra, para o surgimento desse mundo, dizendo que estamos no limiar de uma nova forma de civilização, na qual apenas uma pequena parte da população terrestre encontrará  função e emprego.
A extinção do trabalho parece um simples eclipse - afirmou então Forrester - quando, na verdade, pela primeira vez na História, o conjunto formado por todos os seres humanos é cada vez menos necessário para o pequeno número de pessoas que manipula a economia e detêm o poder político...
dando a entender que diante do fato de não ser mais “explorável”, a “massa” e quem a compõe só pode temer, e perguntando-se se depois da exploração, virá a exclusão, e, se, depois da exclusão, só restará a eliminação dos mais pobres, no futuro.
O culto ao Bezerro de Ouro, ao dinheiro e ao hedonismo está nos conduzindo para um mundo em que a tecnologia tornará o mais fraco teoricamente desnecessário.
A defesa dessa tese, assim como de outras que são importantes para a implementação paulatina desse  processo, será alcançada por meio da implantação de uma espécie de pensamento único, estabelecido pelo consumo de um mesmo conteúdo, produzido e distribuído, majoritariamente, pela mesma matriz capitalista e ocidental, como já ocorre hoje com os filmes, séries e programas e os mesmos canais norte-americanos de tv a cabo, em que apenas o idioma varia, que podem ser vistos com um simples apertar de botão do controle remoto, nos mesmos quartos de hotel - independente do país em que se estiver no momento - em qualquer cidade do mundo.    
As notícias virão também das mesmas matrizes, em canais como a CNN, a Fox  e a Bloomberg, e das mesmas agências de notícias, e serão distribuídas pelos mesmos grandes grupos de mídia, controlados por um reduzido grupo de famílias, em todo o mundo, forjando o tipo de unanimidade estúpida que já está se tornando endêmica em países nos quais - a exemplo do nosso - impera o analfabetismo político.
E o controle da origem da informação, da sua transmissão, e, sobretudo dos cidadãos, continuará a ser feito, cada vez mais, pelo mesmo MINIVER, o Ministério da Verdade, de que nos falou George Orwell, em seu livro “1984”, estabelecido primariamente pelos Estados Unidos, por meio da internet, a gigantesca rede que já alcança quase a metade das residências do planeta, e de seus mecanismos de monitoração permanente, como  a NSA e outras agências de espionagem, seus backbones, satélites, e as grandes empresas  norte-americanas da área, e a computação em nuvem, identificando rapidamente qualquer um que possa ameaçar a sobrevivência do Sistema. 
O mundo do Bezerro de Ouro será, então - como sonham ardentemente alguns - um mundo perfeito, onde os pobres, os contestadores, os utópicos - sempre que surgirem -   serão caçados a pauladas e tratados a chicotadas, e, finalmente, perecerão, contemplando o céu,   nos lugares mais altos, para que todos vejam, e sirva de exemplo, como aconteceu com um certo nazareno chamado Jesus Cristo, há vinte séculos.  

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Camilo é um pidão


Ministro admite que não tem atendido pedidos de Camilo
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, assegurou, ontem, no Palácio da Abolição, ao participar da solenidade de acolhimento de cerca de 120 médicos que vão atuar em 11 municípios do Ceará, por meio do Programa Mais Médicos que, mesmo com a crise econômica no Brasil, recursos à atenção básica da saúde, como reforma, construção e ampliação dos postos de saúde do País, bem como do Ceará, estão garantidos. Para o Estado, o governo federal já destinou R$ 350 milhões.
“Se fosse uma peça eleitoral, nós não estaríamos nesse momento com todas as dificuldades econômicas que o País passa, com a autorização da presidente Dilma para poder fazer uma ampliação de mais de 4.000 vagas em todo o Brasil [no Programa Mais Médicos]”, disse o Chioro.
Com a baixa na economia, o ministro afirmou que o governador Camilo Santana tem sido o chefe de Estado que mais o tem procurado, com o intuito de assegurar recursos para a saúde do Ceará. “Não tenho correspondido a todas as demandas que ele tem pedido”, reconheceu Chioro.

Sem prejuízos
Em função de o governo federal ter apertados as contas em razão da crise econômica, Chioro foi enfático e afirmou que a crise não afetará a atenção básica, em função de os aportes terem sido garantidos no primeiro governo de Dilma. “Temos, hoje, 26 mil unidades básicas de saúde sendo reformadas, construídas e ampliadas com recursos já liberados nos quatro primeiros anos do governo da presidente Dilma. Temos um compromisso ao longo dos próximos quatro anos de fazer a reforma, ampliação e construção de mais 13 mil postos de saúde”, ressaltou.
Com os recursos garantidos, o ministro afirma que com a infraestrutura adequada nos 40 mil postos de saúde do Brasil, os profissionais terão melhores condições para realizar os trabalhos, como também a população seja atendida com qualidade. “Todos os recursos são transferidos pelas prefeituras, e são as prefeituras que têm a responsabilidade de fazer”, acrescentou.

Mais médicos
Com relação ao ingresso de novos médicos no Programa, Camilo ressaltou que é um grande passo para universalizar o acesso  aos postos de saúde do Estado.
Comedido com relação à crise financeira, o governador Camilo Santana que já cortou 20% dos gastos na saúde do Estado, afirmou que a área, assim como a educação e segurança pública, tem sido sempre debatidos não só com os secretários, mas com as prefeituras e o governo federal.  

Prefeitos
Quanto à cobrança dos prefeitos com relação à destinação de mais recursos para a saúde, Camilo respondeu que os prefeitos receberam um aumento no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que pode minimizar os efeitos da crise. “É claro que quando a economia ela cresce menos, há um impacto não só nos municípios, mas nos Estados. Mas vai haver uma nova discussão sobre o Pacto Federativo, e os municípios estão se reunindo e se preparando para uma marcha em Brasília, com o intuito de reivindicar algumas questões”, pontuou.

O que é que o Camilo vai fazer hoje

Agenda do governador Camilo Santana quarta-feira, 4 de março de 2015

9h: Recebe representantes da área de Proteção Social da América Latina do BID

11h30: Reunião com a Secretaria da Saúde

14h: Reuniões internas

18h: Reunião com a diretoria da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)

19h: Abertura do 6
º
 Congresso do Ministério Público da Região Nordeste
Local: Ponta Mar Hotel

Parece sacanegem. E é.

Negócio faz parte

O caro leitor acredita que franquia é uma loja que segue determinados parâmetros ditados pela cabeça da rede, paga uma taxa por isso e ganha ao expor um nome já consolidado? Que nada! Bom mesmo é franquia de partido político. Com base numa legenda já existente, que fornece estrutura e pessoal, abrem-se outros partidos, ganha-se acesso ao farto dinheiro do Fundo Partidário; ao tempo de TV, que pode ser oferecido ao candidato, digamos, ideologicamente mais aceitável; ao lucrativo espaço para abrigar dissidentes.

Os partidos já montados articulam a formação de mais oito legendas: o PSD, de Gilberto Kassab, recria o PL; Valdemar Costa Neto, do PR, livre enfim das celas da Papuda, monta para si o MB e o PMP; o PRB, da Igreja Universal, fabrica dois genéricos, mais o Partido Militar; o PEN forma o PEP, e o PR quer apenas mais um partido.

O Governo tem toda a razão: só os pessimistas dizem que os negócios estão parados.
Nessa o CB de superou.

Com ozovo no fiofó da galinha

Oposição traça estratégia para CPI do Acquario na AL
Deputados de oposição na Assembleia Legislativa traçam estratégia para, a partir dos próximos dias, robustecer as cobranças ao governo Camilo Santana (PT). Segundo os oposicionistas, que estiveram reunidos ontem, em Brasília, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Eunício Oliveira (PMDB), para discutir a atual conjuntura administrativa do Estado, uma mobilização será realizada para viabilizar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigue irregularidade na obra. Eles, porém, aguardam apenas as explicações do secretário Arialdo Pinho, do Turismo, para dar sequência ao pedido de CPI.
 O deputado Carlos Matos (PSDB) informa que o requerimento para abertura de CPI, proposto por Audic Mota (PMDB), já conta com oito assinaturas. Entretanto, os parlamentares aguardam a visita do secretário de Turismo, Arialdo Pinho, e de Infraestrutura, André Facó, para esclarecer os questionamentos sobre o assunto. Caso os esclarecimentos não sejam suficientes, a bancada oposicionista trabalhará intensamente para a concretização da CPI. “Se todas as dúvidas forem resolvidas, ela esvazia a CPI, mas se elas não forem respondidas, acho que, pelo contrário, amanhã já se viabiliza essa CPI”, assegurou.
 A visita de Arialdo Pinho é esperada pelos deputados hoje, conforme foi prometido pelo governador Camilo Santana (PT), na semana passada. Até o fechamento da edição, ninguém confirmava a visita do secretário à Assembleia Legislativa.

Tasso
Para dar forma aos discursos, Tasso se colocou à disposição para ajudar nas cobranças, segundo informou o deputado Danniel Oliveira (PMDB). Ele teria ficado preocupado com os relatos, destacando a necessidade de apuração dos fatos.

Eunício
Além de Tasso, o grupo também se reuniu com Eunício Oliveira, que esclareceu sobre a polêmica envolvendo a existência da solicitação de empréstimo no Senado. O peemedebista informou não haver registro, além de agora ser “praticamente impossível”, já que a obra foi iniciada com diversos questionamentos, inclusive do Ministério Público (MP). “É inadmissível que com tantos problemas mais urgentes o Ceará esteja destinando verbas públicas para dar sequência a uma obra que não é urgente. Temos a seca, a manutenção dos serviços de saúde e a segurança que precisam de mais atenção com urgência”, reagiu.

Refinaria em Pauta
O cancelamento da Refinaria Premium II também foi tema de discussão. Segundo os oposicionistas, que estiveram reunidos, ontem, em Brasília o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, uma comissão será criada para esclarecer sobre os investimentos realizados pelo Governo do Estado para receber a refinaria, projeto cujo financiamento foi cancelado pela Petrobras. “Até hoje, não existe um movimento para achar resposta sobre o cancelamento e o dinheiro investido dos cofres públicos do Ceará”, cobraram os parlamentares, solicitando uma maior atuação da Câmara no fato em questão. Daniel Oliveira adiantou que, até abril, haverá uma reunião da comissão no Ceará para discutir in loco a problemática, segundo prometeu Eduardo Cunha.