Evangelho
Sexta-feira, 09 de Fevereiro de 2018.
Santo do dia: São Marão, eremita
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Marcos 7, 31-37Cor litúrgica: verde
Primeira leitura: Reis 11, 29-32; 12, 19
Leitura do primeiro livro dos Reis:
29Aconteceu, naquele tempo, que, tendo Jeroboão saído de Jerusalém, veio ao seu encontro o profeta Aías, de Silo, coberto com um manto novo. Os dois achavam-se sós no campo. 30Aías, tomando o manto novo que vestia, rasgou-o em doze pedaços 31e disse a Jeroboão: “Toma para ti dez pedaços. Pois assim fala o Senhor, Deus de Israel: Eis que vou arrancar o reino das mãos de Salomão e te darei dez tribos. 32Mas ele ficará com uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel”. 12,19Israel rebelou-se contra a casa de Davi até o dia de hoje.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Leitura do primeiro livro dos Reis:
29Aconteceu, naquele tempo, que, tendo Jeroboão saído de Jerusalém, veio ao seu encontro o profeta Aías, de Silo, coberto com um manto novo. Os dois achavam-se sós no campo. 30Aías, tomando o manto novo que vestia, rasgou-o em doze pedaços 31e disse a Jeroboão: “Toma para ti dez pedaços. Pois assim fala o Senhor, Deus de Israel: Eis que vou arrancar o reino das mãos de Salomão e te darei dez tribos. 32Mas ele ficará com uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel”. 12,19Israel rebelou-se contra a casa de Davi até o dia de hoje.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Coluna do blog
A importância de Ciro no contexto
Por que ninguém fala no candidato Ciro Gomes?
Ex porta-voz da Presidencia da República,o jornalista Ricardo Kotscho é um dos caras mais sérios e rígidos da minha geração. Parceiro das antigas, volta-se para Ciro Gomes e comenta no seu blog; balaiodokotscho.com.br. Ficou impossivel não deixar seu pensamento para a reflexão dos que lêm estas mal traçdas linhas no dia-a-dia da vida. Fala Kotscho: "Escreveu-me o leitor Pedro Paulo Silva, às 21h38 de segunda-feira, em comentário publicado no Balaio sobre a matéria “Faltam só oito meses. Dá tempo para inventar um candidato?”.“Kotscho, adorei sua leitura política do Brasil, mas uma pergunta me intriga: você não acha Ciro Gomes um candidato preparado para assumir as rédeas do país?”.A mim também intriga a ausência do nome do ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos Itamar Franco e Lula, duas vezes candidato a presidente, no noticiário e nas análises sobre a eleição de 2018.É como se ele não existisse, embora seja o candidato mais cotado do campo progressista, chegando a 13%, no último Datafolha, caso Lula não possa concorrer...Neste cenário de absoluta indefinição, tanto à direita como à esquerda do espectro político, é mesmo estranho que não se fale no nome do candidato Ciro Gomes, do PDT, o mais temido pelos conservadores, se Lula não chegar às urnas em outubro. Ciro seria no momento, na minha modesta e irrelevante opinião, o único nome capaz de liderar uma frente de esquerda para ir ao segundo turno, já que os dois nomes alternativos do PT, Jaques Wagner e Fernando Haddad, não chegam a empolgar nem o próprio partido. Wagner já disse que não quer ser candidato e Haddad foi derrotado no primeiro turno quando tentou a reeleição na disputa municipal de 2016. Aos que acham impossível o PT apoiar Ciro Gomes, lembro um episódio que testemunhei no final de 1993. Na cantina do Mário, próxima ao Instituto Cidadania, onde eu trabalhava como assessor de imprensa de Lula, o então candidato petista, já em campanha para 1994, se reuniu com os tucanos Ciro Gomes e Tasso Jereissati para discutir algo que também parecia impossível: uma aliança do PT com o PSDB. Numa longa conversa, discutiu-se uma chapa Lula-Tasso, com as bençãos de Ciro. Alguns meses depois, no entanto, embalado pelo Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, lançou-se candidato ao Planalto em aliança com o PFL de ACM, e o resto da história nós conhecemos. Ciro acabou indo para a Fazenda no final do governo de Itamar Franco, depois da queda de Rubens Ricupero, que havia assumido o lugar de FHC. Na época em que trabalhamos juntos, nos dois primeiros anos do governo de Lula, tive longas conversas com Ciro, ministro da Integração Nacional. Morávamos no mesmo hotel e muitas vezes dividimos o café da manhã. Tive dele a melhor impressão. Ciro fala sempre o que pensa, sem pensar duas vezes, gosta de uma boa briga, e talvez esse seja o seu maior adversário como demonstrou em duas campanhas presidenciais: o temperamento mercurial. É um político atípico para os padrões nacionais, um sujeito que não faz média com ninguém, vai em frente naquilo que acredita, e há tempos vem construindo um programa de governo do qual não ouvimos falar porque não tem acesso aos grandes meios de comunicação. Em resposta ao leitor Pedro Paulo, respondi que considero Ciro Gomes preparado, sim, além de ser o único presidenciável competitivo não citado nas delações da Lava Jato. Bom de debate e de discurso, se conseguir unir o campo da esquerda, o que não será nada fácil, em breve poderemos ouvir falar no nome dele. Se falarão bem ou mal, é outra questão, mas não dará para ignorá-lo.Vida que segue."
A frase:"Não devemos politizar o Poder Judiciário e muito menos judicializar a política". Montesquieu separou.
Pra saber quem é (Nota da foto)
Editor-chefe do jornal Meio Dia, num começo de tarde recebemos a visita do Kotscho. Andava pelo nordeste cuidando de uma pauta. Soube do novo jornal. Foi lá Passamos um bom pedaço de tarde conversando. Kptscho sempre gostou do novo e de desafios. Por isso, ou tambem por isso a ONU fez dele um dos jornalistas mais importantes das américas. Tambem por isso tenho coragem de publicar seus textos.
Pra quem chega
Os moradores que permanecerem em Fortaleza e os turistas que chegarem à capital cearense para o Carnaval contarão neste ano com uma programação especial de jazz, sem precisar sair da cidade.
Pra quem fica
O I Cocoricó Jazz Festival acontece no Cantinho do Frango (Rua Torres Câmara, 71, Aldeota), reunindo grandes músicos do Ceará para dois shows diários, sábado, domingo e segunda de Carnaval (10 a 12 de fevereiro), sempre às 17h e às 19h.
Huck em vídeo
“O que a gente precisa no Brasil é renovação”. Durante a apresentação dos futuros candidatos ao Legislativo apoiados pelo Renova, Huck disse, em vídeo, que o Brasil precisa de gente “com vontade de pôr a mão na massa”.
Parece campanha
“Na minha geração eu consigo enxergar competência, gente engajada e que eu admiro em vários setores. Na política é muito difícil conseguir encontrar muita gente da nossa geração, que está a fim de servir de fato e que esteja fazendo um bom trabalho. Então, o que a gente precisa no Brasil é renovação.”
Por que ninguém fala no candidato Ciro Gomes?
Ex porta-voz da Presidencia da República,o jornalista Ricardo Kotscho é um dos caras mais sérios e rígidos da minha geração. Parceiro das antigas, volta-se para Ciro Gomes e comenta no seu blog; balaiodokotscho.com.br. Ficou impossivel não deixar seu pensamento para a reflexão dos que lêm estas mal traçdas linhas no dia-a-dia da vida. Fala Kotscho: "Escreveu-me o leitor Pedro Paulo Silva, às 21h38 de segunda-feira, em comentário publicado no Balaio sobre a matéria “Faltam só oito meses. Dá tempo para inventar um candidato?”.“Kotscho, adorei sua leitura política do Brasil, mas uma pergunta me intriga: você não acha Ciro Gomes um candidato preparado para assumir as rédeas do país?”.A mim também intriga a ausência do nome do ex-governador do Ceará e ex-ministro dos governos Itamar Franco e Lula, duas vezes candidato a presidente, no noticiário e nas análises sobre a eleição de 2018.É como se ele não existisse, embora seja o candidato mais cotado do campo progressista, chegando a 13%, no último Datafolha, caso Lula não possa concorrer...Neste cenário de absoluta indefinição, tanto à direita como à esquerda do espectro político, é mesmo estranho que não se fale no nome do candidato Ciro Gomes, do PDT, o mais temido pelos conservadores, se Lula não chegar às urnas em outubro. Ciro seria no momento, na minha modesta e irrelevante opinião, o único nome capaz de liderar uma frente de esquerda para ir ao segundo turno, já que os dois nomes alternativos do PT, Jaques Wagner e Fernando Haddad, não chegam a empolgar nem o próprio partido. Wagner já disse que não quer ser candidato e Haddad foi derrotado no primeiro turno quando tentou a reeleição na disputa municipal de 2016. Aos que acham impossível o PT apoiar Ciro Gomes, lembro um episódio que testemunhei no final de 1993. Na cantina do Mário, próxima ao Instituto Cidadania, onde eu trabalhava como assessor de imprensa de Lula, o então candidato petista, já em campanha para 1994, se reuniu com os tucanos Ciro Gomes e Tasso Jereissati para discutir algo que também parecia impossível: uma aliança do PT com o PSDB. Numa longa conversa, discutiu-se uma chapa Lula-Tasso, com as bençãos de Ciro. Alguns meses depois, no entanto, embalado pelo Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, lançou-se candidato ao Planalto em aliança com o PFL de ACM, e o resto da história nós conhecemos. Ciro acabou indo para a Fazenda no final do governo de Itamar Franco, depois da queda de Rubens Ricupero, que havia assumido o lugar de FHC. Na época em que trabalhamos juntos, nos dois primeiros anos do governo de Lula, tive longas conversas com Ciro, ministro da Integração Nacional. Morávamos no mesmo hotel e muitas vezes dividimos o café da manhã. Tive dele a melhor impressão. Ciro fala sempre o que pensa, sem pensar duas vezes, gosta de uma boa briga, e talvez esse seja o seu maior adversário como demonstrou em duas campanhas presidenciais: o temperamento mercurial. É um político atípico para os padrões nacionais, um sujeito que não faz média com ninguém, vai em frente naquilo que acredita, e há tempos vem construindo um programa de governo do qual não ouvimos falar porque não tem acesso aos grandes meios de comunicação. Em resposta ao leitor Pedro Paulo, respondi que considero Ciro Gomes preparado, sim, além de ser o único presidenciável competitivo não citado nas delações da Lava Jato. Bom de debate e de discurso, se conseguir unir o campo da esquerda, o que não será nada fácil, em breve poderemos ouvir falar no nome dele. Se falarão bem ou mal, é outra questão, mas não dará para ignorá-lo.Vida que segue."
A frase:"Não devemos politizar o Poder Judiciário e muito menos judicializar a política". Montesquieu separou.
Pra saber quem é (Nota da foto)
Editor-chefe do jornal Meio Dia, num começo de tarde recebemos a visita do Kotscho. Andava pelo nordeste cuidando de uma pauta. Soube do novo jornal. Foi lá Passamos um bom pedaço de tarde conversando. Kptscho sempre gostou do novo e de desafios. Por isso, ou tambem por isso a ONU fez dele um dos jornalistas mais importantes das américas. Tambem por isso tenho coragem de publicar seus textos.
Pra quem chega
Os moradores que permanecerem em Fortaleza e os turistas que chegarem à capital cearense para o Carnaval contarão neste ano com uma programação especial de jazz, sem precisar sair da cidade.
Pra quem fica
O I Cocoricó Jazz Festival acontece no Cantinho do Frango (Rua Torres Câmara, 71, Aldeota), reunindo grandes músicos do Ceará para dois shows diários, sábado, domingo e segunda de Carnaval (10 a 12 de fevereiro), sempre às 17h e às 19h.
Huck em vídeo
“O que a gente precisa no Brasil é renovação”. Durante a apresentação dos futuros candidatos ao Legislativo apoiados pelo Renova, Huck disse, em vídeo, que o Brasil precisa de gente “com vontade de pôr a mão na massa”.
Parece campanha
“Na minha geração eu consigo enxergar competência, gente engajada e que eu admiro em vários setores. Na política é muito difícil conseguir encontrar muita gente da nossa geração, que está a fim de servir de fato e que esteja fazendo um bom trabalho. Então, o que a gente precisa no Brasil é renovação.”
Bom dia
Jericoacoara atinge o topo do turismo nacional
Crescimento do fluxo de turistas e do número de meios de
hospedagem e empregos gerados pelo setor colocaram o município na
categoria A no Mapa do Turismo Brasileiro
O
município de Jijoca de Jericoacoara (CE) alcançou o topo do
ranking do turismo nacional. É o que diz a nova
categorização do Ministério do Turismo que identifica o desempenho da economia do setor
nos municípios que constam no Mapa do Turismo Brasileiro. O
crescimento no número de empregos formais no setor de hospedagem, do
número de estabelecimentos formais de hospedagem e aumento do fluxo
turístico doméstico e internacional foram determinantes para
que Jericoacoara, um dos principais cartões postais do país,
subisse da categoria B, em 2015, para a categoria A neste novo
levantamento.
Conhecido mundialmente pela beleza das praias, dunas, lagoas e
manguezais na costa cearense, o local oferece opções de
hospedagem desde albergues e campings para mochileiros até
hotéis de luxo. Também come-se muito bem em restaurantes
caseiros ou sofisticados.
Em junho
de 2017, a inauguração do Aeroporto Regional de Jericoacora
deu início a uma nova fase para o turismo no estado. Com capacidade
inicial para receber três voos diários e até 600 mil
passageiros por ano, o aeroporto recebe voos regulares e fretados. O Estado
do Ceará conta com 74 municípios no Mapa do Turismo
Brasileiros classificados da seguinte maneira: A (02), B (06), C (20), D
(43) e E (03).
“A
melhoria da classificação de destinos tão expressivos
como Jericoacora mostra que nossos municípios têm trabalhado
cada vez mais para fortalecer sua atividade turística e reconhecem
que esse é um caminho natural também para o fortalecimento
das economias locais. No que diz respeito ao Ministério do Turismo
estamos atentos às demandas do setor como melhoria de
infraestrutura, legalização e qualificação dos
serviços”, avaliou o ministro do Turismo, Marx
Beltrão.
CATEGORIZAÇÃO - A partir de quatro
variáveis de desempenho econômico - número de empregos,
de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, estimativas de fluxo de
turistas domésticos e internacionais – os municípios
foram divididos por letras, que vão de ‘A’ a
‘E’. De acordo com a nova classificação, houve
crescimento da atuação do turismo em 358
municípios.
Além disso, 189 cidades subiram da categoria
‘E’ para ‘D’, tornando-as aptas a receber recursos
federais para promoção de eventos, por exemplo. Isso porque,
segundo portaria 39/2017 do MTur, somente municípios classificados
entre ‘A’ e ‘D’ podem pleitear apoio a eventos
geradores de fluxo turístico. Ainda seguindo essa portaria, apenas
82 cidades ficarão de fora da lista de pleitos do MTur por descer de
categoria, uma vez que deixaram a categoria ‘D’ e passaram para
‘E’.
CONFIRA AS MUDANÇAS DE CATEGORIAS - As novas
categorias já estão disponíveis no Mapa do Turismo
Brasileiro. Abaixo listamos um resumo, por UF, de
como ficou classificado o novo mapa.
Opinião
Vai, ministra!
"O bombadão da esquerda dá a deixa: - Vai, ministra! De novo: não é moralismo, é bom senso. Imagina se lá no Vaticano, na hora de fazer uma gravação com o papa, ouvíssemos um acólito gritando: - Vai, Santidade! Ou lá no Planalto: - Diz aí, Temer!"
E a Cristiane Brasil, heim? Naquela brisa, com aqueles
bombadões, no macio azul do mar, sei não… Se o futuro não me trair,
tudo indica que aquele barco, que já vinha adernando, emborcou de vez.
Na condição de professor universitário na área de Comunicação, especializei-me em Telejornalismo mas arranho um pouco na área de Análise de Conteúdo. Em atenção aos fãs que me imploram rasgando as vestes e se esvaindo em prantos, concordei em fazer breves considerações sobre o episódio do momento, intitulado: “Cris Brasil e sua frota de alexandres”. Silêncio: a aula começou.
Segundo Ferdinand de Saussure, semiologia é a ciência que tem como objeto todos os sistemas de signos, incluindo ritos e costumes, bem como todos os sistemas de comunicação vigentes na sociedade. A análise que estamos iniciando tem por base essa definição de Saussure. Envolve dos aspectos visuais aos auditivos; da ambientação à indumentária (a roupa fala e a falta dela também!); passando, naturalmente, pela oportunidade da mensagem; o texto, o subtexto e o contexto, considerados os objetivos mediatos e imediatos; a oportunidade da intervenção; os efeitos pretendidos pelo enunciador e, claro, de como a mensagem terá sido captada pelos enunciatários. – Quanto arroto de erudição! Menos, né, PJ! Ok, desculpa aí. Tentarei simplificar para alcançá-los, meus amores. Sorry.
O visual fala de quem fala
Em qualquer mensagem, é preciso considerar o que quero comunicar e qual é o meu destinatário. Uma pesquisa ali na bodega vai demonstrar que o público (destinatário) anda de nariz torcido diante da indicação de uma pessoa processada por delito trabalhista pra comandar o Ministério do Trabalho. Tal como torceria o nariz se tivesse sido multada por fazer gato de TV a cabo e fosse dirigir o Ministério das Comunicações. Ou seja: mesmo que Cris não tenha barba, e parece que não tem, a hora exige que ela as ponha de molho. Qualquer neófito em política sabe quando é hora de evitar aparições públicas. Portanto, seu primeiro erro foi ter produzido a peça. O segundo, tê-la divulgado.
Os erros seguintes têm a ver com a forma do, digamos, filme publicitário que ela protagonizou. De um(a) postulante a um cargo de tal importância, espera-se um mínimo de compostura. Portanto, deveria ter escolhido um cenário adequado – um escritório ou uma sala. Não se trata de moralismo, mas de adequação visual aos costumes dos destinatários. Se ela fosse uma concorrente a presidente do Sindicato dos Surfistas, a locação estaria perfeita. Mas se propõe a ser ministra do Trabalho. Não tinha nada que se deixar filmar num barco em pleno mar, cercada de homens bombados com o peito nu. Anotar e guardar: o visual fala de quem fala. Para os mais pobres, que nesta confusa Pindorama constituem a maioria da população, o visual do barco de lazer foi traduzido como ostentação agressiva a quem tem de suar sangue pra pagar uma mísera passagem na barca Rio-Niterói.
Já viu o papa de short?
Voltemos à sala ou ao escritório que sugerimos como alternativa. Se fosse num desses espaços, nada impediria a presença de empresários e seus depoimentos de apoio. Aliás, são mesmo empresários? Quais os nomes deles? E os de suas empresas? Nesse caso, deveriam se apresentar vestidos conforme a expectativa e os costumes do público destinatário da mensagem. – Ah, mas o visual não tem nada com o conteúdo do que se diz! Claro que tem. Só tem. Já viu o papa de short falando aos fiéis no parlatório? Nem vai ver.
Que subtexto visual passa da imagem dos bombadões de peito desnudo? Que ela está cercada dos que provavelmente irão assessorá-la no ministério que postula. Ou que são companheiros de farra. Ou de outra coisa. Do ponto de vista da credibilidade é fácil verificar os danos causados à imagem da postulante a ministra. Logo ela, autora de um projeto propondo normas rígidas sobre comprimento de saias e decotes para servidores e visitantes da Câmara. O ministro Marun, ex-cão-de guarda de Cunha e atual cão-de-guarda de Temer, provocou os críticos, perguntando se alguém vai à praia de burca. Óbvio que não, néaaaah? A gente vai de short. Mas não grava vídeo na condição de candidato/a ao ministério.
Eu tô com você, doutora!
E quanto ao áudio? No fundo, um tuntis-tuntis pesado, que denuncia uma predileção pela zoeira de bailão. – Mas isso não tem nada a ver com o trabalho que ela vai realizar! Pois tem, sim. A mulher de César não apenas precisa ser séria – ela tem de parecer séria. Em relação às falas, o desastre começa logo na abertura, que remete ao polêmico clipe da Anitta.
Sem
falar que tanto o texto de Cris Brasil quanto os dos bombadões
(“Correto! Eu tô com você, doutora!”) é de uma indigência comunicativa
de dar dó. Nas falas dela, um dos problemas é a descontextualização.
Fala como se todo mundo soubesse do que está falando. Outro, erros
grosseiros de português (“’quem’ que passa na cabeça das pessoas…”).
Por último, incoerência. Ao contrário do que ela diz, qualquer pessoa
tem, sim, o direito de exigir coisas abstratas e concretas junto à
justiça do trabalho. Multas contratuais e reparações à honra, por
exemplo. E demonstra um desconhecimento de jardim da infância quanto ao
que se passa na cabeça de quem entra com ações trabalhistas. Óbvio:
passa pela cabeça delas a exigência de respeito aos seus direitos.
Todo mundo quem, cara-pálida?
Por último, a fala de um dos “empresários” é devastadora. Ele generaliza perigosamente ao afirmar que todo mundo é vítima de ações trabalhistas. Todo mundo quem? Eu, tu, nós, vós, eles? Quem, cara-pálida? Daria pra falar também daqueles óculos escuros. Da falta de organização do discurso de maneira geral (ausência de um mínimo de planejamento da mensagem). Do subtexto geral que denuncia pouco caso com a justiça e com quem vem impedindo sua posse. Das possibilidades de especulação sobre as circunstâncias e o estado geral dos protagonistas do vídeo no momento da gravação. Da falta de uma assessoria competente… Ihh, tem é coisa. Mas o espaço acabou. Só dá pra gritar bem alto (mas sem dizer pra onde):
- Vai, ministra!
Na condição de professor universitário na área de Comunicação, especializei-me em Telejornalismo mas arranho um pouco na área de Análise de Conteúdo. Em atenção aos fãs que me imploram rasgando as vestes e se esvaindo em prantos, concordei em fazer breves considerações sobre o episódio do momento, intitulado: “Cris Brasil e sua frota de alexandres”. Silêncio: a aula começou.
Segundo Ferdinand de Saussure, semiologia é a ciência que tem como objeto todos os sistemas de signos, incluindo ritos e costumes, bem como todos os sistemas de comunicação vigentes na sociedade. A análise que estamos iniciando tem por base essa definição de Saussure. Envolve dos aspectos visuais aos auditivos; da ambientação à indumentária (a roupa fala e a falta dela também!); passando, naturalmente, pela oportunidade da mensagem; o texto, o subtexto e o contexto, considerados os objetivos mediatos e imediatos; a oportunidade da intervenção; os efeitos pretendidos pelo enunciador e, claro, de como a mensagem terá sido captada pelos enunciatários. – Quanto arroto de erudição! Menos, né, PJ! Ok, desculpa aí. Tentarei simplificar para alcançá-los, meus amores. Sorry.
O visual fala de quem fala
Em qualquer mensagem, é preciso considerar o que quero comunicar e qual é o meu destinatário. Uma pesquisa ali na bodega vai demonstrar que o público (destinatário) anda de nariz torcido diante da indicação de uma pessoa processada por delito trabalhista pra comandar o Ministério do Trabalho. Tal como torceria o nariz se tivesse sido multada por fazer gato de TV a cabo e fosse dirigir o Ministério das Comunicações. Ou seja: mesmo que Cris não tenha barba, e parece que não tem, a hora exige que ela as ponha de molho. Qualquer neófito em política sabe quando é hora de evitar aparições públicas. Portanto, seu primeiro erro foi ter produzido a peça. O segundo, tê-la divulgado.
Os erros seguintes têm a ver com a forma do, digamos, filme publicitário que ela protagonizou. De um(a) postulante a um cargo de tal importância, espera-se um mínimo de compostura. Portanto, deveria ter escolhido um cenário adequado – um escritório ou uma sala. Não se trata de moralismo, mas de adequação visual aos costumes dos destinatários. Se ela fosse uma concorrente a presidente do Sindicato dos Surfistas, a locação estaria perfeita. Mas se propõe a ser ministra do Trabalho. Não tinha nada que se deixar filmar num barco em pleno mar, cercada de homens bombados com o peito nu. Anotar e guardar: o visual fala de quem fala. Para os mais pobres, que nesta confusa Pindorama constituem a maioria da população, o visual do barco de lazer foi traduzido como ostentação agressiva a quem tem de suar sangue pra pagar uma mísera passagem na barca Rio-Niterói.
Já viu o papa de short?
Voltemos à sala ou ao escritório que sugerimos como alternativa. Se fosse num desses espaços, nada impediria a presença de empresários e seus depoimentos de apoio. Aliás, são mesmo empresários? Quais os nomes deles? E os de suas empresas? Nesse caso, deveriam se apresentar vestidos conforme a expectativa e os costumes do público destinatário da mensagem. – Ah, mas o visual não tem nada com o conteúdo do que se diz! Claro que tem. Só tem. Já viu o papa de short falando aos fiéis no parlatório? Nem vai ver.
Que subtexto visual passa da imagem dos bombadões de peito desnudo? Que ela está cercada dos que provavelmente irão assessorá-la no ministério que postula. Ou que são companheiros de farra. Ou de outra coisa. Do ponto de vista da credibilidade é fácil verificar os danos causados à imagem da postulante a ministra. Logo ela, autora de um projeto propondo normas rígidas sobre comprimento de saias e decotes para servidores e visitantes da Câmara. O ministro Marun, ex-cão-de guarda de Cunha e atual cão-de-guarda de Temer, provocou os críticos, perguntando se alguém vai à praia de burca. Óbvio que não, néaaaah? A gente vai de short. Mas não grava vídeo na condição de candidato/a ao ministério.
Eu tô com você, doutora!
E quanto ao áudio? No fundo, um tuntis-tuntis pesado, que denuncia uma predileção pela zoeira de bailão. – Mas isso não tem nada a ver com o trabalho que ela vai realizar! Pois tem, sim. A mulher de César não apenas precisa ser séria – ela tem de parecer séria. Em relação às falas, o desastre começa logo na abertura, que remete ao polêmico clipe da Anitta.

Reprodução
"O
visual do barco de lazer foi traduzido como ostentação agressiva a quem
tem de suar sangue pra pagar uma mísera passagem na barca Rio-Niterói"
Por último, a fala de um dos “empresários” é devastadora. Ele generaliza perigosamente ao afirmar que todo mundo é vítima de ações trabalhistas. Todo mundo quem? Eu, tu, nós, vós, eles? Quem, cara-pálida? Daria pra falar também daqueles óculos escuros. Da falta de organização do discurso de maneira geral (ausência de um mínimo de planejamento da mensagem). Do subtexto geral que denuncia pouco caso com a justiça e com quem vem impedindo sua posse. Das possibilidades de especulação sobre as circunstâncias e o estado geral dos protagonistas do vídeo no momento da gravação. Da falta de uma assessoria competente… Ihh, tem é coisa. Mas o espaço acabou. Só dá pra gritar bem alto (mas sem dizer pra onde):
- Vai, ministra!
Do Painel
HUCK NÃO É CANDIDATO:
De volta ao centro das projeções eleitorais, Luciano Huck afirmou ao
TSE que não entrará na disputa deste ano. O apresentador abordou o
assunto ao pedir à corte o arquivamento de representação movida pelo PT
após sua aparição no “Domingão do Faustão”, em janeiro. “Luciano Huck em
instante algum apresentou-se como candidato, não pediu voto a quem quer
que seja e reitera, como dito anteariormente, que não será candidato no
pleito de 2018”, garantem seus defensores. Os advogados de Huck
sustentam que a ida ao “Domingão” foi “produção de entretenimento” e que
os rumos do país, tema de parte da entrevista, são preocupações de todo
brasileiro. “Falar de política não pode ser um monopólio de políticos”,
dizem.
- HA QUEM QUEIRA HUCK CANDIDATO: As negativas oficiais não paralisam os políticos e empresários de grande quilate que inflam a candidatura de Huck. Exemplo: FHC chamou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar na terça (6). O assunto: a viabilidade de uma candidatura do apresentador. Quem acompanhou o papo com Maia? O governador Paulo Hartung (MDB-ES), citado como opção de vice em uma chapa de Huck. Na reunião, FHC e Hartung falaram sobre a necessidade de, caso o apresentador tope disputar, criar uma rede de apoio a ele.
Na terra da Florinda
Moradores de Uruburetama recebem Escola de Educação Profissional
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Livro
Livro sobre experiência do Ceará no enfrentamento ao Zika Vírus é lançado no Palácio da Abolição
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Press release dos tucanos
PSDB reafirma fechamento de questão a favor da reforma da Previdência
A Comissão Executiva Nacional do PSDB se
reuniu na manhã desta quarta-feira (7), na sede do partido em Brasília,
com governadores e integrantes das bancadas do partido no Congresso
Nacional para realizar um balanço interno e debater o posicionamento do
partido em relação à Reforma da Previdência.
Leia também: PSDB fecha questão a favor da reforma da Previdência na 1ª reunião da nova Executiva
Na ocasião, a Executiva Nacional do PSDB
reafirmou o posicionamento do partido pelo fechamento de questão a favor
da aprovação da reforma. O presidente do partido, Geraldo
Alckmin, enfatizou que quem votar contra não sofrerá punição interna. O
fechamento de questão já havia sido aprovado na reunião do partido em
dezembro.
Alckmin reiterou a importância da reforma,
principalmente no combate aos privilégios e justiça social. Para
Alckmin, há um déficit crescente no sistema e quem paga o preço do
descontrole das finanças públicas é o povo, por meio do desemprego e da
perda de renda.
Na reunião, a Executiva Nacional e os
presentes também trataram do balanço das questões econômicas e
financeiras do partido. Uma das pautas foi a economia de recursos neste
ano eleitoral.
PRÉVIAS
Também nesta quarta, a Comissão se reúne
para apreciar o relatório da comissão designada para organização das
prévias eleitorais que definirão o candidato do PSDB à Presidência da
República. As prévias estão marcadas para o dia 4 de março.
(Da Agência PSDB/foto: Alexssandro Loyola)
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