Contato

"Juiz é pra falar nos autos", diz Ciro em Sussex,Inglaterra

Ciro critica politização da Justiça brasileira

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) criticou, ontem (27), o que vê como uma entrada da Justiça brasileira na política. Para ele, é isso que acontece em momentos como a entrevista do juiz federal Sérgio Moro ao programa Roda Viva, da TV Cultura, e na transmissão de julgamentos do Supremo Tribunal Federal, como a discussão sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Me incomoda, por definição, juiz dar entrevista. Sou da velha guarda. Um juiz, ao explicitar valores, ele entra na política. Este é o universo da política. O juiz deveria se circunscrever a colocar sua sabedoria jurídica e imparcialidade a serviço dos autos”, disse, em entrevista após uma palestra na Universidade de Sussex, no sul da Inglaterra.
Ciro disse que não chegou a assistir à entrevista de Moro, mas afirmou achar essa politização da Justiça “exótica”. “Uma TV Justiça transmitindo ao vivo um julgamento, isso é muito terceiro-mundista, muito provinciano para o meu gosto”, disse.
Para ele, um juiz tem que ter transparência não em entrevistas, mas nos autos. “Essa é a transparência que se espera. Se não, é o universo da política. E a política, por definição, é o contraditório. A verdade, na política, é uma confrontação dialética de posições antagônicas”, disse.
Para o pré-candidato, a viagem para dar palestras em universidades na Europa e nos Estados Unidos, para onde vai em abril, é importante não só por questão de prestígio. “Meu objetivo era tentar formar uma corrente de opinião”, disse.

Segundo ele, é importante gerar um debate amplo sobre o país, pois “a população não presta atenção em política”, disse. “A população tem uma vida muito dura, difícil, e a política, para ela, é um ruído que quase sempre vem associado com coisa muito ruim, muito decepcionante, muito frustrante. Isso tem a ver com este momento do país”, disse.
Apesar da avaliação, o pré-candidato disse que ninguém é capaz de superar a vontade popular na escolha de seus governantes, e que o Brasil é um país de tendência autoritária. “Nós, brasileiros letrados, temos uma certa impaciência com a democracia. Ô Negócio chato, desagradável e sem alternativa. Democracia não é um regime de concessão em que iluminados, uma classe política, esse legado aristocrático, governam. Isso é antidemocrático. Democracia é regime de conquista, que presume um cidadão treinado para isso. Não somos treinados. Nosso povo não foi treinado. Nossa história história é uma história autoritária. Somos um país autoritário, elitista, escravista”, disse, durante a palestra.
Boatos
Mesmo considerando o legado de autoritarismo e de ver essa falta de atenção da população em relação à política, Ciro minimizou o impacto da manipulação de informações em redes sociais e disse acreditar na inteligência do povo. “Boato existe desde que existe eleição. Você tem que apostar na inteligência do povo. Hoje eu tenho um lugar para responder”.
Para o pré-candidato, o escândalo da Cambridge Analytica, acusada de manipular eleitores nos Estados Unidos na eleição de Donald Trump e no plebiscito do “brexit”, saída britânica da União Europeia, parece exagero. “Isso é mentira. Você pode até ter agregado em cima de uma tendência poderosa alguma coisa”, disse.

Para ele, o uso de redes sociais é um “sinal dos tempos”, e a comunicação online na verdade pode ajudar candidatos a se colocarem de forma independente, apesar de acelerar a divulgação de informações. “Diferente de 1998 e 2002, agora eu posso me expressar diretamente, para quem quiser apurar as coisas. Tenho minha página. Não existia nada disso antes. Pesando em medida, é uma vantagem”, disse.
Durante sua palestra na universidade britânica, o pré-candidato do PDT apresentou um diagnóstico problemático da situação política e econômica do Brasil, e criticou a falta de um projeto nacional para o país. Segundo ele, o país precisa deixar de lado a dicotomia entre “coxinhas e mortadelas”, alusão à disputa entre o PSDB e o PT, que, apesar da polarização, representam uma mesma matriz econômica, segundo ele.

Ciro no voo de Londres para Paris. Hoje fala na Sorbonne.Viu Brasil 1 a zero na Alemanha no avião.

Questionado sobre sua posição política em relação ao mercado, que segundo analistas aposta em um candidato do centro político nas eleições de outubro, e a pressões sobre o modelo econômico do Brasil, Ciro disse não ter problema em conversar com ninguém, mas saber que é preciso agir para evitar novas crises no país.
“O mercado está trabalhando com sua ferramenta de propaganda, entre eles os jornalões brasileiros. Eu quero governar a favor de quem produz e trabalha. O resto é propaganda. Você quer que eu diga que sou valente e vou enfrentar o mercado? O mercado é uma entidade fantasmagórica. Pronto, está aí sua frase. Eu não convivo com fantasmas. Não acredito em fantasmas. Quem se apresentar, eu vou discutir qualquer assunto. Não tenho problema nenhum. Ou entra um cara com marra para fazer o que tem que ser feito, lucidez para fazer o que tem que ser feito, ou a próxima crise é bancária”, disse, fazendo alusão a gastos com operações compromissadas do Banco Central.

Opinião


Execuções e “execuções”. Por Cesar Maia

“EXECUÇÕES” E “EXECUÇÕES”!

Por Cesar Maia        
…os “sicários” são usados para eliminar cabeças dos cartéis, grupos, facções, gangues, grupos, concorrentes. O mercado de “sicários” inclui crimes passionais e crimes intra e inter empresariais.
1. Acompanhando as imagens relativas ao movimento dos carros desde o local onde a vereadora Marielle participava de uma reunião na Lapa até as imagens da execução já consumada, formou-se -desde o início- um consenso: tratou-se de uma “execução”.
2. Mas as “execuções” não são homogêneas a ponto de permitir deduções relativas às responsabilidades e objetivos. No México, os cartéis desenvolveram o uso dos “sicários”, assassinos especializados que são contratados.
3. Este processo gerou “sicários” internos aos cartéis, assim como “sicários” terceirizados à disposição de quem os contratar, sejam organizações ou pessoas. Os “sicários” são usados dentro dos cartéis, facções, gangues, grupos, para eliminar concorrentes e redefinir o controle dos mesmos.
4. Assim, também, os “sicários” são usados para eliminar cabeças dos cartéis, grupos, facções, gangues, grupos, concorrentes. O mercado de “sicários” inclui crimes passionais e crimes intra e inter empresariais. Os casos são muitos e estão à disposição para estudo. Livros, filmes e documentários têm tratado de inúmeros casos e muitos e muitos anos.
5. Ocorrem até na repressão ao crime organizado quando forças policiais estimulam e até contratam “sicários” para eliminar as cabeças de um certo cartel ou facção. As séries na Netflix mostram casos diversos, especialmente na Colômbia, além do México.
6. A diversidade do uso -interno ou terceirizado- de “sicários” é de tal amplitude que a simples afirmação que um assassinato se enquadra na categoria “execução” não é suficiente para se deduzir autoria ou razões.
7. Um ex-delegado, comentarista do RJTV (TVG), afirmou que no caso da Vereadora, houve uma “execução”, pois o atirador era um profissional pela escolha da arma e da escolha do local. Ou seja: foi uma “execução”. Mas com isso não se avançou muito.
8. Ou de outra forma: era “um sicário”. Uma primeira conclusão óbvia pela atuação da Vereadora é que foi uma “execução” externa. Mas, com isso, não se avança suficientemente, pois tanto pode ser um “sicário” interno de uma organização, um “sicário” terceirizado profissional, e suas amplas variantes.
9. Esclarecer as razões e o comando da “execução” da Vereadora é fundamental, já que se pode ir mais longe do que se imagina. Mas como disse o Secretário de Segurança no final da semana passada: “Não podemos confundir celeridade com precipitação”.
10. Ou seja, a “execução” abre um quadro complexo de investigação e deve levar ao conhecimento efetivo de autoria direta ou indireta e razões, sem gerar quaisquer dúvidas.
 _IMAGEM: MARIELLE, POR POLYANNA DIAS___________________
 Cesar Maia, do DEM/RJ, ex-prefeito do Rio de Janeiro. Especialista em marketing político.

OPINIÃO


CRÔNICA DE UMA CASA DIVIDIDA

COLUNA CARLOS BRICKMANN



Lula, como ex-presidente, tem direito a uma escolta pessoal. Como líder de um partido de porte, tem voluntários que o acompanham aonde quer que vá. São voluntários com espírito bélico, que se identificam como “exército do Stedile” (o líder do MST), falam em rejeitar decisões judiciais, ameaçam “reagir de armas na mão” a qualquer medida contra Lula. O próprio Lula diz que é da paz mas sabe brigar, ainda mais depois que Stedile “coloque seu exército na rua”. Stedile não hesitaria, por Lula, em usar suas armas brancas, a foice e o martelo, assim que conseguisse distinguir um do outro. E mesmo assim, com tantos adeptos, tão dispostos, tão voluntariosos, tão guerreiros, Lula foi barrado em Santa Maria, Palmeira das Missões, São Borja, Santana do Livramento, Passo Fundo, Bagé, todas no mesmo Rio Grande do Sul que já elegeu os petistas Tarso Genro e Olívio Dutra. Lula mantém o direito de ir e vir, mas não lá.


Os antipetistas levaram a sério a pregação bélica do PT. Além disso, já queriam, há tempos reagir contra a propaganda lulista que os apresenta como ricos, brancos, “da zelite”, tudo galeguinho di zoio azul. Eles venceram. Mas, se vencessem os outros, o perdedor seria o mesmo, o Brasil. A campanha deixou de transmitir as ideias de cada candidato (se as têm) e virou disputa de insultos.


Mais grave: cada lado quer impedir que o outro se mova pelo país. Ganhe quem ganhar, é fascismo na veia.


Crianças mimadas


Cada lado acusa o outro de ter iniciado a campanha divisionista (e antipatriótica) de demonizar o adversário. Podemos discutir esse tema anos a fio, mas isso é irrelevante: político que se preza não faz provocações desse tipo, político que se preza não aceita as provocações. É como briga de criança, mas sem crianças e com adultos feios e mal intencionados: a mãe nem quer saber quem começou, quer que a briga se encerre ali mesmo. Um lado quer Lula na cadeia, outro acha que Aécio precisa ser julgado com urgência? Pois recorram à Justiça e parem de encher o saco do eleitorado.


Nosso futuro


Josias de Souza (https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/), do UOL, fez uma apavorante lista de candidatos à Presidência da República: Lula, já  condenado em segunda instância, ficha-suja, portanto inelegível, mas que ainda tenta quebrar o galho; Geraldo Alckmin e Rodrigo Maia, submetidos ambos a inquéritos; Michel Temer, com duas denúncias e dois inquéritos por corrupção; Henrique Meirelles, sem acusações, mas filiando-se agora ao PMDB, partido em que o que não falta é inquérito; Bolsonaro, que tem casa em Brasília e recebe auxílio-moradia assim mesmo. Fora isso, há os de sempre, como o do aerotrem.


Se voto não fosse obrigatório, quem votaria?


Lula lá


Este colunista acha que prisão não é a melhor punição para criminosos de colarinho branco: o ideal seria retomar o que foi roubado, acrescido de multa, com a proibição de trabalhar na área de atividade que desonrou. Como disseram Carlos Lyra e Vinícius de Moraes em Maria Moita, é por pra trabalhar gente que nunca trabalhou. Ficar sem dinheiro e obrigados a trabalhar? Haveria gente rezando para ficar na cadeia, ala dos estupradores.


Portanto, o colunista não está entre os que torcem pela prisão de Lula, “para responder às aspirações populares”. Aspirações de quem, cara-pálida? Mas é a favor de que se cumpra a lei: se Lula, condenado a 145 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção, em duas instâncias, com habeas corpus já negado por nove juízes, e a pena para isso é prisão, que seja cumprida, e que a lei, no futuro, seja modificada. Mudá-la para agradar a Lula é coisa esquisita. Pode haver alguém que diga “é górpi”.


A imagem do juiz


Roda Viva, com a entrevista de Sergio Moro, bateu o recorde de público da Rede Cultura. Foram quatro pontos de audiência; no Twitter foi um dos temas mais comentados do mundo. Moro se mostrou como é: funcionário público qualificado, sem aspirações de salvar o país, mas pronto a fazer sua parte, na forma da lei. Admite que erra, mas lembra que errar faz parte da profissão, e por isso há instâncias superiores que têm poder de corrigi-lo.


Quem não viu e quer ver: Assista aqui a entrevista na íntegra. Vale a pena. E, no link https://goo.gl/Rdg11Z, a análise deste colunista.


Moro saiu do programa maior do que quando entrou.


Passando nos cobres


A família Rocha Loures (à qual pertence o cavalheiro da pizzaria e da mala de dinheiro) colocou à venda sua empresa, a Nutrimental, fabricante de barrinhas de cereal e fornecedora de merenda escolar. A corridinha de Sua Excelência com uma mala de dinheiro prejudica até hoje a reputação da empresa. A Nutrimental, segundo a família, vale R$ 1 bilhão, mas ao que se saiba até agora nenhuma negociação chegou perto desse valor.

Evangelho

Quarta-feira, 28 de Março de 2018.
Semana Santa
Santo do dia: São José Sebastião Pelczar, Bispo
Cor litúrgica: roxo
Evangelho do dia: São Mateus 26, 14-25
Primeira leitura: Isaías 50, 4-9
Leitura do livro do Profeta Isaías:

4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9Sim, o Senhor Deus é meu auxiliador; quem é que me vai condenar?
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Capa do jornal OEstado CE


Coluna do blog

Estadão começa a queimação
"Pré-candidato de esquerda em melhor posição nas pesquisas de intenção de votos na ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da disputa presidencial, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), ainda não convenceu a maior parte dos partidos do bloco a compor uma aliança em torno do seu nome já no primeiro turno. As maiores resistências estão no PT, PSB e PSOL, que alegam a necessidade de eleger governadores e uma bancada federal forte. O maior entrave no PSB está na famí­lia do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto n a campanha presidencial de 2014. Um ano antes, Ciro fez duras crí­ticas quando Campos começou a se descolar do governo de Dilma Rousseff. O ex-ministro e seu irmão Cid Gomes deixaram a legenda e o episódio ainda não foi superado por uma ala do partido. “Ninguém tem resistência ao Ciro, o que precisamos é examinar com clareza se teremos candidatura própria”, disse o presidente da legenda, Carlos Siqueira. Ciro é visto com desconfiança no PSOL por ter passado por vários partidos e por ter, na avaliação de membros da legenda, “uma trajetória errática de oligarquias nordestinas”. Lideranças do partido ponderam, entretanto, que ele conseguiu se manter distante da Operação Lava Jato e se preserva como opção do campo progressista. “Ciro tem chances de fazer pontes com os partidos de oposição”, afirmou o lí­der da bancada, deputado Ivan Valente (SP). O partido já formalizou a candidatura de Guilherme Boulos, lí­der dos sem-teto, e destaca que não há discussão de palanque com Ciro no primeiro turno. Só parte do PCdoB admite abrir mão da candidatura de Manuela Dávila na primeira etapa das eleições, desde seja para garantir um nome da esquerda no segundo turno. “Ciro é sim uma grande possibilidade, tanto no primeiro quanto no segundo turno”, disse o governador do Maranhão, Flávio Dino. Uma ala, entretanto, avalia que a candidatura de Manuela é “um dos grandes acertos” do partido por reforçar que não existe mais o alinhamento automático com o PT." O texto é do Estadão. O Nordeste é  um perigo pra paulistada..

A frase: "Perderam a vergonha e a compostura". O povo  no espalhar da crítica.
 

Esperando o professor (nota da foto)
Diz a cúpula do PT no Ceará,pelo presidente Diassis Diniz, que está aguardando uma reunião com o Governador Camilo Santana, eleito sob a sigla do PT, para que seja tratada a fórmula das candidaturas de outubro próximo. Diz que o PT queer candidatos a deputados estaduais e federal, senador e...se ficar, Camilo a Governador.

Da Europa pros EUA
Ciro Gomes completa amanhã a série de debates e palestras na Europa. Barcelona, Londres e Paris, aí na Sorbone, Ciro palestrou e discutiu os destinos do Brasil. Aproveitou, claro, pra mostrar porque quer ser candidato a Presidente.

Agora os States
O filho do Zé Euclides estará, na primeira semana de abril, nos Estados Unidos, devendo participar de um debate com professores e alunos da Universidade de Colúmbia, a mesma onde Veveu Arruda está ensinando e aprendendo.

Sabino cai
O  Cabo Sabino caiu do galho. Tim Gomes foi chamado pelos velhos parceiros para reassumir o partido, o PHS. Tim, que é homem de palavra e tras no sangue a garra do saudoso pai,João Frederico,não se animou.

Deu a palavra
- Muito obrigado, mas quero, não. Pra não ser grosseiro vou pensar, mas já dei minha palavra ao PDT e deve ser por lá que voltarei a disputar um novo mandato na Assembleia do Ceará. Quem sai aos seus não desarreda.

Na veia errada
Maia Junior, dizem, é metido a valentão, apesar do que já levou no passado na reforma do Castelão. Hoje, Secretário de Planejamento do Ceará,sabe-se lá por conta de que, resolveu encrencar com deputados.

Ficou  barato
Num debate sobre previdencia estadual, resolveu usar a palavra "porra" diante de deputados. Ou não conhecia a dignidade de uns ou não conhecia a valentia de Lucívio Girão. Levou um esporro do deputado,o que quase o fez levar uma mão de peia.

O campo paga
Enquanto instituições grandes e particulares são quase 15% de inadimplentes junto a bancos, públicos e privados, o setor do campo tem apenas 1% do que chamam de caloteiros.E isso é raro,pois ocorre quando há frustração de safras e catástrofes climáticas.

Seminário
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), assina, nesta quarta-feira (28/03), às 9h, no gabinete da Presidência, acordo de cooperação com as universidades do Ceará, para a realização do 1º Seminário Internacional de Segurança Pública do Estado do Ceará. O evento ocorrerá dias 29 e 30 de maio próximos.




Bom dia


Seminário sobre a Educação de Sobral reúne educadores de cinco estados do Brasil


A Secretaria da Educação de Sobral realizou, nos dias 22 e 23 de março, o VIII Seminário Sobre a Educação de Sobral: “A trajetória da melhor Rede Pública de Ensino do País”. O evento que aconteceu no auditório da Prefeitura de Sobral, contou com a participação de gestores e educadores das cidades de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro; João Pessoa, Campina Grande, Queimadas e Itabaiana, na Paraíba; Ilhabela  e Taboão da Serra,  em São Paulo; Itaparica, na Bahia; Alcântaras, Bela Cruz, Camocim e Jijoca de Jericoacoara, no Ceará; além de uma comitiva de estudantes de Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba.

No primeiro dia do evento, o secretário da Educação de sobral, Herbert Lima, apresentou resultados, parceiros, programas e projetos adotados pela rede pública municipal ao longo dos últimos 20 anos. Em seguida, a coordenadora de ensino fundamental, Edna Carvalho, juntamente com a gerente da Coordenadoria da Gestão Escolar, Ticiane do Vale, e a gerente da Coordenadoria de Desenvolvimento da Aprendizagem e da Gestão Pedagógica, Rita Helena, tiraram as dúvidas dos participantes do seminário.

Na sexta-feira (23/03), os educadores visitantes conheceram as atividades desenvolvidas pela Escola de Formação Permanente do Magistério e Gestão Educacional (Esfapege), responsável pelas formações em serviço dos professores da rede municipal de ensino, com apresentação da diretora pedagógica da Esfapege, Tarjjara Almeida; e, encerrando o seminário, todos os participantes visitaram a Escola Emílio Sendim, que possui o maior Ideb do Brasil (9,8).

O seminário é gratuito e foi criado para atender a demanda de interessados em conhecer a política educacional de Sobral. O próximo seminário será realizado nos dias 24 e 25 de maio.

Sacanagem na Amazonia


SENADO PODE DAR HOJE TIRO NO PÉ DO ETANOL BRASILEIRO
 
O Senado quase votou na semana passada o projeto de lei do ruralista Flexa Ribeiro (PSDB-PA) que libera o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia Legal. A priori, a votação ficou para hoje. O PL reverte uma proibição que já tem mais de 10 anos, e que tem uma função estratégica, além de ambiental: impedir que o biocombustível seja visto como destruidor da floresta no mercado internacional. Em termos ambientais, teme-se que a produção de etanol na Amazônia empurre a pecuária para novas áreas para dar lugar à lavoura de cana-de-açúcar, estimulando a devastação.
O projeto é visto com maus olhos pela Unica, a maior associação empresarial do setor, e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelos efeitos nocivos que pode causar ao açúcar a ao álcool brasileiros no mercado internacional. O projeto também foi duramente criticado pelos ex-ministros do meio ambiente Izabella Teixeira, Carlos Minc, Marina Silva, José Carlos Carvalho e Rubens Ricupero, e por organizações ambientalistas como o Observatório do Clima, a Fundação SOS Mata Atlântica, o Greenpeace Brasil e o WWF, entre muitas outras.
Os protestos destas organizações chamaram a atenção internacional e o The Guardian relatou o assunto. E a Science Letters publicou ontem uma carta assinada por Lucas Ferrante e Philip M. Fearnside, na qual os pesquisadores se posicionando fortemente contra a liberação do plantio de cana na Amazônia.

Opinião

Chuva de paus, pedras e ovos: o que mudou no Brasil entre as duas caravanas de Lula

Chuva de paus, pedras e ovos: o que mudou no Brasil entre as duas caravanas de Lula

Em tempo (atualizado às 17h40): nada justifica a agressão de seguranças do ex-presidente Lula contra o repórter Sergio Roxo, de O Globo, que estava trabalhando na cobertura da caravana em Francisco Beltrão, no Paraná. Isso só serve para piorar piorar as coisas e incentivar mais violência. 
***
Foto por: Ricardo Stuckert
O que foi uma festa de bandeiras e cantorias em 1994 virou uma guerra de paus, pedras e ovos em 2018.
Essa é a principal diferença entre as duas caravanas de Lula pelo Sul do país separadas por quase um quarto de século.
Mas não é a unica. Tudo mudou neste período para o bem e para o mal. O Brasil é hoje um outro país.
Eu estava lá em 1994 como assessor de imprensa de Lula e acompanho agora, de longe, com muita tristeza e preocupação, as notícias que chegam dos confrontos, relatando a ofensiva fascista contra a caravana deste ano.
Para começar, não havia extrema-direita na campanha daquele ano, que correu tranquila, sem incidentes. Vejam algumas diferenças:
  • Em 1994, o principal adversário de Lula era Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, aliado ao PFL. Hoje, é o ex-capitão e deputado Jair Bolsonaro, do PSL, da “bancada da metralhadora”, sem aliados até agora. Lula estava aliado aos partidos tradicionais da esquerda.
  • Em 1994, o presidente era Itamar Franco, que deixou o país em ordem e limpo, sem nenhuma denúncia contra ele. Hoje, é Michel Temer, duas vezes denunciado por corrupção pelo MPF, acusado de liderar uma quadrilha instalada no Palácio do Planalto.
  • Em 1994, o principal problema dos brasileiros era a inflação, combatida pelo Plano Real, que acabaria dando a vitória a FHC no primeiro turno. Hoje, é o desemprego de mais de 12 milhões de trabalhadores, sem que nenhum pré-candidato tenha até agora apesentado qualquer plano para combatê-lo.
  • Em 1994, as campanhas eram movidas pela esperança num país melhor. Os debates eram civilizados. Hoje, o clima é de medo, desesperança e desalento com o futuro, sem perspectivas.
  • Em 1994, ninguém sabia quem eram os ministros do Supremo Tribunal Federal, o Judiciário não se metia na política. Hoje, a Justiça tem papel de protagonista da campanha eleitoral e seus supremos ministros aparecem mais na TV do que os candidatos.
A lista é grande, e eu poderia passar o resto do dia aqui enumerando as diferenças, todas elas para pior, depois de o país ter avançado bastante em todas as áreas nos 16 anos dos governos de Lula e FHC, com o Brasil sendo admirado e respeitado no cenário internacional.
Ainda em 2014, na reeleição da petista Dilma Rousseff, não nos esqueçamos, o país alcançava quase o pleno emprego, com índices de países nórdicos.
Começamos ali a descer ladeira abaixo, com a crise política e econômica que se seguiu, e a gestação da “Ponte para o Futuro” do vice Michel Temer, em aliança com o PSDB, o Judiciário e a mídia, que acabou derrubando a presidente.
E voltamos rapidamente ao passado pré-1994, com a destruição das conquistas sociais, uma a uma, dando lugar novamente à concentração de renda e de riqueza e à volta do Brasil ao Mapa da Fome.
Em quatro anos de Operação Lava Jato e dois anos de governo ultraneoliberal de Temer, a indústria nacional foi quase dizimada ou vendida, o mercado de trabalho precarizado e sem direitos, nossos recursos naturais e as maiores estatais colocadas em leilão, e não sobrou pedra sobre pedra do projeto de um país independente e orgulhoso de si.
Só sobraram algumas pedras para jogar nos palanques de Lula, alvo da ira dos que nunca aceitaram a ascensão política dos trabalhadores, juntando a elite rentista que ainda teme o “perigo do comunismo”, com os “bolsominions”, os “guerrilheiros virtuais” do MBL e os agroboys herdeiros de terras, nos ataques ao presidente que deixou o governo em 2010 com mais de 80% de aprovação popular.
Se a Justiça demora a prender e impedir Lula de ser candidato, querem agora eliminá-lo fisicamente para manter o poder por mais 500 anos.
A caravana de Lula chega hoje ao Paraná e só termina na quarta-feira, dia 28, justamente em Curitiba, onde fica o QG da Lava Jato de Sergio Moro, hoje o maior desafeto de Lula, o juiz que não vê a hora de mandá-lo para a cadeia.
Temo pelo que pode acontecer até lá. A disputa política saiu dos tribunais para o confronto nas ruas, sob os olhares cúmplices dos agentes de segurança encarregados de zelar pela integridade física dos caravaneiros do ex-presidente.
No meio desse far-west tropical no Sul em pleno século 21, com o Rio ocupado pelas tropas do Exército, Michel Temer, rejeitado pela quase totalidade do eleitorado, teve a coragem de lançar sua candidatura à reeleição, acredite se quiser.
Sem Lula no páreo, não se esqueçam, Bolsonaro é hoje o franco favorito nas eleições de outubro.
Sempre pode piorar, não corremos o risco de melhorar.
Que saudades de 1994, quando a disputa se dava entre FHC e Lula…
Vida que segue.

Oscar, o defensor da população

Multa de trânsito: MPF quer garantir defesa

O Ministério Público Federal (MPF) quer que órgãos de trânsito divulguem informações e documentos sobre multas para garantir o direito de defesa a motoristas. Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prevê a divulgação na internet de nomes e códigos de agentes, mas, para o MPF, apenas isso não assegura a ampla defesa de quem é multado.
O procurador da República Oscar Costa Filho defende que, além dos nomes e códigos, sejam divulgados informações e documentos – autos de infração de trânsito (AIT) e controle de escala de serviço -, que comprovem que o agente que aplicou a multa estava no local e hora em que o motorista cometeu a infração. Os autos de infração de trânsito concentram todas as informações que subsidiam a aplicação da multa pelas autoridades de trânsito.
Costa Filho pediu a publicidade de documentos e informações, na quarta-feira, 21, na sede do MPF em Fortaleza, em reunião em que esteve em pauta a implementação da Resolução nº 709 do Contran. Em vigor desde outubro de 2017, a medida enfrenta resistência de órgãos de trânsito. No Ceará, apenas o Detran está cumprindo a determinação de divulgar pesquisa em listagem com nomes e códigos de agentes e autoridades de trânsito.
Outro lado
Representantes da Polícia Rodoviária Federal, Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de Fortaleza (AMC) e Detran defenderam que as informações que atualmente já constam nos autos de infração de trânsito permitem a defesa e solicitação de recurso por parte do cidadão autuado, e este pode solicitar informações adicionais se necessário e se devidamente fundamentado. Para eles, a publicidade generalizada exigida pela resolução não auxilia na defesa do cidadão e ainda compromete a fiscalização de trânsito e a segurança pessoal dos agentes.

Os órgãos de trânsito defendem a revogação da resolução, posição já comunicada ao Contran e ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). “Eu não posso falar em defesa se eu não dou os meios pra que ela se dê”, contesta o procurador da República. Para Costa Filho, os órgãos de trânsito não querem divulgar documentos que deveriam ser públicos.