Contato

Evangelho

Quarta-feira, 18 de Abril de 2018.
Santo do dia: Beato José Moreau, presbítero e mártir
Cor litúrgica: branco
Evangelho do dia: São João 6, 35-40
Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 8, 1-8
Leitura dos Atos dos Apóstolos:

1Naquele dia começou uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém. E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judéia e da Samaria. 2Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão e observaram grande luto por causa dele. 3Saulo, porém, devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão. 4Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda a parte, pregando a Palavra. 5Filipe desceu a uma cidade da Samaria e anunciou-lhes o Cristo. 6As multidões seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam, pois viam os milagres que ele fazia. 7De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados. 8Era grande a alegria naquela cidade.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Capa do jornal OEstado Ce


Coluna do blog


Duvidar é preciso
O universo da política sempre foi criativo, generoso, principalmente quando é propaganda ou publicidade. Não sei se todos sabem a diferença entre propaganda e publicidade, assim como tambem não sei até que ponto anda hoje a credibilidade na generosidade da política e dos políticos. Meu amigo, jornalista, escritor, professor, produtor independente  Paulo José  Cunha, um querido e ilustre piauiense que faz brilhar Brasilia com suas opiniões,sempre verdadeiras, nos brinda com um texto sobre fake news, a que ele diz que é melhor que diabo de nada. E fala que o perigo do boato é que se espalha numa rapidez tão grande que fica dificil interrompe-lo e até impossivel acabar com a prática, "a não ser que desinventem a internet". Os boatos políticos sempre renderam. Renderam eleições. Lembra quando Collor disse que Lula tinha a Lurian e que era filha bastarda escondida?Aí a eleição de Lula foi pro brejo. Lembra do troco? O caso da Elba que tirou o Collor da presidencia? E poderia ficar aqui vendendo lembranças até amanhã de manhã, com boatos tão bem avaliados agora na mídia do mundo inteiro como fake news. Envolvem até eleições de verdadeira importancia no mundo como a dos EUA com "apoio" dos russos. E chegam aqui, à paróquia. Nos últimos dias interpretações encomendadas - eu sei como se faz a leitura de uma pesquisa e a interpretação em favor de cada interesse - envolveram possíveis candidaturas ao governo e ao senado no Ceará. O santo baixou tanto que criaram até uma dança de cadeiras na Assembleia do Estado e na bancada cearense na Câmara dos Deputados. Fuxico puro! Um monte de inverdades criadas pra confundir e pra separar. Cizânia provocada pra produzir ganhos. Mentiras deslavadas pra assegurar vantagens. É por isso que lhes digo de todo coração; duvidar é preciso.

A frase: “...é proibido ter nesta chapa,envolvido na Lava Jato”. Tasso Jereissati, sem citar a chapa, na filiação de novos aliados ao PSDB.



Puxa o fole sanfoneira (Nota da foto)
A cidade de Limoeiro do Norte (CE), na região do Vale do Jaguaribe, vai se tornar a Capital da Sanfona, nos dias 19, 20 e 21 de abril de 2018. Grandes artistas sobem ao palco, na praça da Igreja Matriz (Praça José Osterne), em programação inteiramente gratuita e aberta ao público. As mulheres sanfoneiras também são destaque, nas três noites de festival. Na foto Karolzinha do Acordeon.

Geraaalldo!!!
Geraldo Luciano saiu do PSDB onde recentemente foi filiado. Mas não ficou no limbo; filiou-se a um alternativo, de número 30. O Novo.

Inimigo
Em discurso crítico, Tasso Jereissati aliou PT e PMDB, desancando os dois. Chegou a chamar o PMDB de “o inimigo do bem”.

Cadê o $$$
O deputado federal Danilo Fortes, em pronunciamento num seminário sobre água no Ceará, fez uma pergunta inquietante: Cadê o troco?

Tipo assim...
Foram liberados tantos milhões de reais de verbas destinadas à transposição do Velho Chico. Na verdade foram empenhados tantos milhões.Mas liberados só um tiquim.

O seminário
O seminário, realizado na manhã de segunda feira no ambiente das Comissões da Assembleia do Estado, trouxe ao Ceará gente do governo federal e deputados.

Destaques
Carlos Matos e Sérgio Aguiar foram os cearenses que fizeram destaques no encontro sendo Matos, o presidente da Comissão de Recursos Hídricos do Legislativo.

Béisso?
Anunciam que a Latam vai ter vôos de diretos de Fortaleza para Londres, Joanesburgo e Madrid e que isso seria anunciado no dia 25 próximo.

Aí então...
A Latam vem e nega. Não só nega como  diz que divulgará as informações em evento no Palácio da Abolição, em Fortaleza, para o anúncio das operações.

Hoje as seis da tarde
Coordenador Geral da AJE Fortaleza, Yuri Torquato, será um dos debatedores do Ciclo de Debate, deste mês de abril, promovido pelo Academia Cearense de Direito.

Boca de cena
Ta cada dia mais engraçada a cena política. Numa rádio de Fortaleza cidadão metido a comentarista do meio declarou que o PT só tinha duas opções de candidatos a presidente, se não for Lula; o Hadad e o Eduardo Suplicy.



Bom dia

TRE mantém cassação dos diplomas da prefeita e do vice-prefeito de Santana do Cariri



O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, presidido pela desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira, na sessão desta terça-feira, 17/4, manteve, por unanimidade, a cassação dos diplomas da prefeita e do vice-prefeito de Santana do Cariri, Danieli de Abreu Machado e Juracildo Fernandes da Silva, na  Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 348-23, por abuso de poder político/econômico nas eleições de 2016.
O relator do Recurso Eleitoral, o juiz Francisco Eduardo Torquato Scorsafava, havia proferido o seu voto, na sessão do dia 10/4, mas o juiz Cássio Felipe Goes Pacheco pediu vista e, na sessão desta terça-feira, 17/4, apresentou o voto, acompanhando o relator, negando provimento ao recurso.
Após a publicação do acórdão, o TRE comunicará a decisão ao juízo da 53ª Zona Eleitoral, com sede em Nova Olinda, a qual Santana do Cariri pertence, e providenciará as instruções para a realização de eleição suplementar para escolha de prefeito e vice-prefeito.
Eleições Suplementares
No último dia 9/4, o TRE aprovou as resoluções para a realização de eleições suplementares em Tianguá e Umari. Os eleitores dos dois municípios voltarão às urnas no próximo dia 3 de junho, para escolher o prefeito e o vice.

Será deboche?

MICHEL TEMER CANDIDATO
Há, inclusive, quem defenda que a frase que marcou o mais grave escândalo da gestão Temer seja usada a favor do emedebista. Um conselheiro do presidente disse que é preciso apontar dados objetivos da economia e dizer textualmente: “Tem que manter isso”. Difícil será convencer partidos que apoiam ou apoiaram Temer a embarcar na tese. Ala expressiva do DEM, por exemplo, o vê como espantalho de votos.

Ta no painel da folha

Olhaí o que é que o Camilo vai fazer hoje

Agenda do governador Camilo Santana para esta terça-feira, 17 de abril de 2018:

7h: Entrevista para a Rádio Verdes Mares

13h: Bate-papo ao vivo com a população pelo Facebook

15h: Reuniões internas

Imigração em Portugal

Há mais 29 mil estrangeiros a viver em Portugal

Quando Maria Carolina Junqueira, 39 anos, chegou a Portugal - vive em Azeitão -, em 2016, tinha a vantagem de ter dupla cidadania, brasileira e italiana (o pai é de origem portuguesa, a mãe italiana), mas chegou como muitos outros sem saber ainda o que iria fazer. Em São Paulo era professora numa escola italiana e, dada a especificidade, nem pensou em manter-se no ensino. Tem uma agência de turismo "muito tradicional" e virada para o cliente português
Número de autorizações de residência em 2017 aumentou 19% comparativamente a 2016. Brasileiros e asiáticos em maior número
A imigração cresceu 19% no ano passado em comparação com 2016, a maior subida dos últimos cinco anos. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) concedeu 29 055 autorizações de residência (AR) a naturais de países terceiros à União Europeia (UE) em 2017, aproximando-se dos valores anteriores ao auge da crise. Estrangeiros que trabalham em Portugal, que se juntam a familiares que já cá estavam, que investem, estudam ou fazem investigação. Estas são as principais razões da entrada.
Nos últimos seis anos (ver gráfico), Portugal regularizou quase 150 mil imigrantes, permitindo-lhes a entrada no espaço Schengen ao abrigo da legislação da imigração (lei 23/2007, atualizada com a lei 102/2017). Os responsáveis do SEF sublinham que "são dados provisórios, em fase de consolidação". Não restam, no entanto, dúvidas de que o número destes cidadãos voltou a subir depois dos anos da crise. Em 2012 foram atribuídas 28 681 destas residências, baixando para 22 600 no ano seguinte, valores que se mantiveram até 2015. Seguiu-se uma subida de 9,3% em 2016, que foi mais significativa no ano passado (18,8 %).
Segundo o Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística, 2013 foi o período da crise em que o país teve menos pessoas empregadas: 4,3 milhões em janeiro desse ano.
A lei da imigração aplica-se aos "cidadãos estrangeiros e apátridas", com exceção dos nacionais "da UE, do Espaço Económico Europeu ou de um Estado terceiro com o qual a Comunidade Europeia tenha um acordo de livre circulação de pessoas", como a Suíça. Os que não estão incluídos nesta lista são os chamados "países terceiros".
Os dados são provisórios e só com a publicação do relatório do SEF, em junho, se poderá perceber as nacionalidades de quem mais contribuiu para o aumento de imigrantes, mas as associações que apoiam essas comunidades têm uma ideia: brasileiros e naturais da Ásia, também dos países de língua oficial portuguesa.
Temos mais mulheres imigrantes inscritas do que homens
"Temos mais mulheres imigrantes inscritas do que homens. Acompanhamos nacionais de diversas nacionalidades, como os oriundos de Brasil, Nepal, Paquistão, Índia, etc.", diz Patrícia Marques Brederode, do Gabinete de Inserção Profissional Casa do Brasil de Lisboa. Justifica a entrada de mais brasileiros com a "situação de instabilidade política e económica que atravessa o Brasil e que ocasiona o aumento do desemprego".
Também o presidente da Associação dos Nepaleses Residentes em Portugal, Kuber Karki, refere que a comunidade do seu país tem aumentado substancialmente, estimando que aqui vivam 20 mil, quatro vezes mais do que os indicados pelo SEF no relatório de 2016. "Muitos estão à espera da documentação e têm garantias de que a vão receber, mas também há nepaleses com dificuldades em obter a autorização de residência, trabalham, pagam os impostos e não se conseguem legalizar. Mas o que posso garantir é que querem viver em Portugal com a sua família. Gostamos muito do país, que é parecido com o Nepal, e as pessoas são muito simpáticas."
As associações que prestam apoio aos imigrantes criticam o SEF na análise dos processos. "Esse é o nosso maior problema para a sua integração: o atraso na regularização destas pessoas e que são superiores a um ano. Estes cidadãos têm todas as condições para se regularizarem e nem sequer obtêm resposta dos serviços", reclama André Costa Jorge, diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados.
Refere-se essencialmente aos estrangeiros de países terceiros que entram com visto na Europa, alguns já caducados, e que vão viajando até Portugal. Aqui trabalham e pagam Segurança Social, duas das condições para obter uma autorização de residência, ao abrigo do artigo 88.º. Exige-se também a entrada legal em território nacional, que muitos não têm mas houve alturas em que os serviços eram mais flexíveis quanto a esta matéria.
André Costa Jorge acusa os serviços públicos de nem sequer responderem aos pedidos de esclarecimento. "O SEF não olha para as instituições numa lógica de parceiros, quando tem de olhar numa lógica de colaboração, seja em programas de colocação no mercado de trabalho seja de integração." Acrescenta que não seriam necessárias alterações à lei ou regimes de exceção para regularizar a maioria dos indocumentados. Tem esperança de que as coisas mudem com a nova direção do SEF, em funções desde outubro. "Espero que possa retomar um caminho de parcerias e articulação que culminem em boas práticas de integração."
Os dirigentes do SEF reconhecem a existência de problemas, nomeadamente no atendimento na área da Grande Lisboa. "É onde existe maior pressão, com uma dilação superior no tempo para o agendamento." Acrescenta que a prioridade "tem sido otimizar os recursos humanos", promovendo "uma distribuição dos atendimentos por todo o território nacional e uma harmonização de procedimentos, diminuindo a pressão junto dos locais situados nos maiores aglomerados populacionais, aumentando assim a capacidade de resposta às necessidades dos cidadãos estrangeiros".
No ano passado, foram emitidas 3403 AR, mais 43% do que em 2016, ano em que se ficou pelos 2381, uma grande quebra comparativamente a 2015 (3878 ), que tinha subido 30% em relação a 2014 (2982). Em 2012 e 2013 ultrapassaram as quatro mil. Os cidadãos estrangeiros de países terceiros também se podem regularizar se trabalharem por conta própria (artigo 89.º), mas são poucas as situações. Registe-se no entanto a atribuição de 61 destas residências no ano passado, três vezes mais do que em 2016 (19).
Timóteo Macedo, presidente da Associação Solidariedade Imigrantes, sublinha que o número de trabalhadores imigrantes regularizados é irrisório face à realidade. "Os processos estão a demorar muito tempo, alguns mais de dois anos, as pessoas continuam a chegar para trabalhar e não lhe é dada uma resposta", critica o dirigente. Estima que existam 30 mil imigrantes em situação irregular.
Em comparação, é mais elevado o número de AR atribuídas a quem investe no país, seja através da criação de emprego (poucos casos) ou de aquisição de casa de valor superior a 500 mil euros. Em 2017, 1351 investidores ganharam a residência legal, especialmente chineses, a que se juntaram 2678 familiares.
"Com ou sem visto, existo!" é o slogan da associação para as manifestações do 25 de Abril e do 1.º de Maio. Timóteo Macedo promete: "No dia 14 de maio vamos fazer a maior concentração em frente ao Parlamento para exigir documentos para todos e direitos iguais!"

Capa dojornal OEstado CE


Opinião

“Fake news”: qualquer coisa é melhor do que diabo de nada

"O boato é milhares de vezes mais rápido do que o desmentido. Vai demorar até se descobrir um antídoto eficaz contra essa peçonha. 'Fake news' são um mal duradouro, que só seria realmente neutralizado se se desinventasse a internet" Qualquer marqueteiro responde na ponta da língua qual é o maior adversário numa campanha. Não dirá que é o concorrente, como seria óbvio, mas o tempo.
Administrar o tempo, ter boa noção de “timing”, dosar na propaganda eleitoral as mensagens propositivas, de ataque ou de defesa, conforme o humor do eleitorado, são as principais responsabilidades do bom profissional de marketing. Ele desenvolve um faro, um feeling, um instinto, a partir da experiência e da atenção que dá a TODOS os movimentos, internos ou externos, durante uma campanha.
Esse faro tem outros ingredientes, como a compreensão exata do momento político em que a campanha ocorre, e dos acontecimentos locais, estaduais, nacionais e até internacionais que mais se destacam no noticiário. Tudo influencia os rumos de uma campanha, e precisa ser considerado na definição da estratégia. O bom profissional de marketing sabe que a campanha precisa estar sintonizada com seu entorno e com seu momento, sob pena de jogar pérolas aos porcos. E pilotar bem o tempo, para não chegar na reta final pedindo água.
Estrago feito, efeito na urna
Pois é justamente na desorganização do tempo do adversário que as “fake news” apostam. São capazes de destroçar uma campanha vitoriosa, que vinha empinada mas de repente pode enfiar a cara no chão. Se uma “fake” for disparada na reta final, faltará tempo para ser desmentida e neutralizada. Estrago feito, efeito na urna.
Até agora, todos os projetos em andamento para enfrentar as “fake news” atuam topicamente. Nenhum tem poder de conter a devastação, seja neutralizando os mísseis de mentiras, seja corrigindo os estragos, seja indiciando e punindo os responsáveis. Lá no futuro, quando for feito um levantamento do fato mais relevante do Século 21, o fenômeno das “fake news” estará no topo das citações. E provavelmente, lá no futuro, elas ainda estarão fazendo estragos à democracia e às reputações.
Mas, mesmo no deserto de ideias para tentar emparedar as “fakes”, começam a pingar iniciativas que merecem destaque. A primeira é o surgimento de institutos de confirmação como a Lupa, que funciona num site permanentemente alimentado com a verificação dos teores de verdade e de mentira contidos em discursos parlamentares, artigos, declarações e manifestações de líderes políticos e econômicos de todos os matizes.
Claro que não tem nem pretende ter a amplitude de cobertura capaz de abarcar o oceano de versões, contraversões, assertivas e desmentidos em circulação, a fim de aferir sua veracidade. Ainda assim, iniciativas como a da Lupa merecem saudação especial pela relevância do trabalho que vem realizando em favor da verdade e da democracia, os quais precisam ser massificados cada vez mais para que seus efeitos sejam amplificados. Órgãos de imprensa, acordem e se associem a uma lupa dessas. A credibilidade agradece.
Instituições, saiam da zona de conforto!

Outra iniciativa, ainda tímida, é a de instituições sérias, públicas e privadas, usarem sua própria confiabilidade para desmentir mentiras em circulação. No caso das instituições públicas, essa confiabilidade decorre de sua condição de fonte primária. Até agora poucas instituições parlamentares, do executivo e do mundo jurídico já disponibilizam espaços próprios e fixos em seus sites e portais para a publicação periódica de desmentidos sobre “fakes” que lhes digam respeito. Se começassem a fazer isso em escala maior estariam estabelecendo importante contraponto ao tsunami de mentiras fabricadas e destinadas, sem exceção, ao ataque a pessoas e instituições.
Imagine-se a relevância do serviço que tais organizações poderiam prestar disponibilizando tais informações. Uma instituição como o Senado, por exemplo, poderia disponibilizar em espaço próprio de seu portal um “A Verdade do Senado”, para desmentir mentiras que correm na velocidade da luz pelos canais da internet distorcendo fatos, demolindo reputações, semeando ódio, preconceito e intolerância. E dá pra fazer isso de forma simples. Pode publicar a cada boato que lhe diga respeito um informe que reponha a verdade em seu lugar. Se o boato fala de um projeto aprovado na calada da noite, pode simplesmente dizer que não existem sessões secretas, e sim votações secretas. Logo não existem votações na calada da noite e, portanto, a informação é mentirosa.
Que tal desinventar a internet?
Tais iniciativas resolverão o problema? De forma alguma. O boato é milhares de vezes mais rápido do que o desmentido. Vai demorar até se descobrir um antídoto eficaz contra essa peçonha. “Fake news” são um mal duradouro, que só seria realmente neutralizado se se desinventasse a internet. Tal possibilidade não cabe na mais delirante criação de um Júlio Verne de nosso tempo. O jeito é ir tentando tudo o que for possível pra reduzir os estragos. Como se diz no meu Nordeste, contra a praga planetária das “fake news” qualquer coisa que se faça já é melhor do que diabo de nada.

Paulo José Cunha é jornalista, produtor independente, escritor, professor e meu amigo.

Li no Noblat

‘Moro é um cisco, não é nada, um instrumento’, ataca Zé Dirceu, prestes a voltar para a cadeia da Lava Jato

Durante evento em sindicato em Brasília, ex-ministro de Lula hostiliza publicamente juiz federal que o condenou

Renan Truffi / BRASÍLIA
16 Abril 2018 | 23h49
O ex-ministro José Dirceu, ao lado do líder do MST, João Pedro Stedile, no auditório de sindicato. FOTO DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
Em liberdade enquanto aguarda o julgamento de seu último recurso no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), marcado para quinta-feira, 19, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu disse nesta segunda-feira, 16, que o juiz federal Sérgio Moro é um “cisco” e funciona como um “instrumento” de perseguição política contra o PT.
+++Bens de R$ 11 mi de Dirceu vão a leilão em abril
Diante da possibilidade de ser preso mais uma vez, o petista, condenado a 30 anos e 9 meses de prisão, pediu que os membros partido não se preocupem com ele, mas com a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato.
+++Preso na Lava Jato, Lula ainda enfrenta mais seis processos
“Meus companheiros de cela muitas vezes, pela inocência, se desesperaram, e eu falei: ‘Está vendo esse cisco?’ É o Moro’. Ele não é nada, é um instrumento. O aparato policial judicial é um aparato de perseguição política. Não é só de criminalizar o PT, há setores que estão percebendo isso”, afirmou.
 +++PF prende irmão de Dirceu após ordem de Moro
FOTOS: A casa de José Dirceu em Vinhedo (SP)
“Todo lugar é uma trincheira. Onde eu estiver, vou estar numa trincheira, mas sou como um de vocês: eu estou preocupado com Lula, não comigo. Vocês podem ver que eu me cuidei. Eu sou um soldado, temos que libertar o Lula. Temos que enfrentá-los e não baixar a cabeça. Eles têm que ter certeza de que vamos ressurgir das cinzas. Temos que ser implacáveis com eles. Eles não deixaram a gente governar, por que vamos deixar eles governar?”, declarou o ex-ministro.
+++Em primeira manifestação do cárcere, Lula diz que continua desafiando a Lava Jato
O TRF-4 aumentou a pena de Dirceu de 20 anos e 10 meses para 30 anos e 9 meses pelos crimes de corrupção passiva, pertinência a organização criminosa e lavagem de dinheiro.
+++Vida de preso por quem está preso, escreve José Dirceu da cadeia
O discurso foi feito durante reunião com a militância petista, nesta segunda, em Brasília, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal.
Diante de uma plateia de aproximadamente 100 pessoas, Dirceu pediu que os partidários se sentissem representando “todos os petistas”. Em tom de despedida, fez questão de lembrar do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e do ex-deputado André Vargas, também presos, e alertou os militantes que o principal inimigo da sigla é o sistema financeiro.
+++Tribunal da Lava Jato nega recurso a Zé Dirceu
“Nosso principal inimigo é o sistema financeiro bancário, o rentismo e a Rede Globo. Vocês sabem que eu gosto de uma aliança, mas vamos precisar rever a forma petista de governar. A questão é como governar sem aderir à receita neoliberal. Os desafios são muitos, mas eu sou otimista. Nós precisamos tirar lições do que aconteceu no País”, afirmou.