Contato

Quem mandou?

Ibama sabia que o óleo no Nordeste não vinha do navio grego
 
Uma semana antes da PF apontar o navio grego Bouboulina como suspeito pelo derramamento de óleo, o Ibama já tinha descartado as imagens por entender que a mancha não era de óleo. André Borges conta no Estadão que o coordenador-geral do Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais do Ibama, Pedro Alberto Bignelli, deu esta declaração na CPI do Óleo da Câmara. 
Bignelli diz que as imagens foram oferecidas pela empresa Hex Tecnologias Geoespaciais. A Hex foi contratada por Salles para monitorar o desmatamento da Amazônia, supostamente por ter tecnologia superior à utilizada pelo INPE. 
Bignelli disse que as imagens mostravam uma mancha de coloração diferente da de uma mancha de óleo e não as aceitou. A Hex, então, levou as imagens à PF. Em sua fala, Bignelli afirmou que, após o anúncio da PF, o Ibama fez um laudo técnico sobre as imagens e concluiu que, na realidade, se tratava de clorofila.

Homem com homem na política do Pará

Em vídeo, prefeito acusa deputado da tatuagem de assédio sexual

Acusações estão no centro de disputa no Solidariedade do Pará

Por Mariana Muniz - 19 dez 2019, 20h07 Começou a circular nos celulares do universo político do Congresso um vídeo em que o prefeito afastado de Igarapé-Açu, um município do Pará, acusa o ex-deputado Wladimir Costa, do Solidariedade, famoso pela tatuagem de Michel Temer, de assédio sexual.
Ronaldo Lopes, também do Solidariedade, foi afastado da prefeitura pela Justiça paraense por 180 dias. No vídeo, ele afirma que o afastamento foi arquitetado por Wladimir e relata o episódio em que o suposto assédio teria ocorrido. Muito macho!!!
“Fui para uma reunião em seu apartamento, disse que era uma reunião política , e quando lá cheguei, você tentou me assediar, para manter uma relação sexual com você”, diz o prefeito, afastado por improbidade administrativa.

O que seu Jair disse pra Veja e que vai sair dia 25


Bolsonaro acusa Witzel de querer destruí-lo no caso Queiroz

Em entrevista exclusiva, presidente diz que um ex-assessor estaria envolvido no plano para assassiná-lo e projeta chapa com Moro

Por Policarpo Junior, Marcela Mattos - Atualizado em 20 dez 2019, 07h13 - Publicado em 20 dez 2019, 06h00
No sábado 14, Jair Bolsonaro acordou por volta das 2 da manhã. Ainda na cama, trocou mensagens pelo celular com o almirante Antonio Barra, o atual diretor da Anvisa. O assunto era irrelevante. Depois, o presidente, que sofre de insônia, dormiu novamente. Às 4 horas, despertou em definitivo, pegou outra vez o telefone e repassou a vários ministros uma análise sobre a situação da Argentina. Até amanhecer, Bolsonaro navegou por redes sociais, divertiu-se vendo memes que circularam sobre ele e a família, falou com a primeira-dama, que estava em viagem ao exterior, e recebeu de assessores um panorama sobre os últimos acontecimentos. O diagnóstico era que não havia nada de anormal, nenhuma turbulência à vista, coisa rara desde o início do governo. O presidente tinha agendado para logo cedo um encontro com VEJA no Palácio da Alvorada. Mas antes ele teve a visita de seu advogado pessoal, Frederick Wassef, e descobriu que a tranquilidade era apenas aparente. Um novo e barulhento escândalo envolvendo a família Bolsonaro estaria prestes a explodir. Acertou em cheio. Na quarta 18, o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro realizou uma megaoperação para desvendar o caso da “rachadinha” que implica seu filho Flávio e o ex-assessor Fabrício Queiroz (veja a reportagem). “Tenho convicção de que no final vão concluir que o Flávio não tem nada a ver com o problema dos outros. Há uma obsessão do governador do Rio (Wilson Witzel) em ser presidente a qualquer custo”, acusa Bolsonaro, insinuando que tudo não passa de uma armação do agora rival político.
Essa instabilidade tem sido a tônica do primeiro ano do governo Bolsonaro. De um lado, avanços importantes na economia, que dá alguns sinais (tímidos, mas sólidos) de retomada. Do outro, uma confusão política sem precedentes — ora movida pelos próprios arroubos do presidente e seus apaniguados, ora pelo fantasma de uma investigação que pode atingi-lo. No centro disso tudo está um político atormentado pela expectativa de um novo atentado, meio solitário, que tenta imprimir uma marca própria, quase sempre indo de encontro à liturgia do seu cargo. Na Presidência ou na vida pessoal, Bolsonaro não mede as palavras e dá de ombros à maioria dos protocolos, a ponto de não esconder que continua a cultivar no Palácio do Planalto o antigo hábito de tirar um cochilo diário após o almoço, no mínimo de quinze minutos, no sofá do gabinete presidencial. Ao receber a equipe de VEJA, ele chegou à imponente biblioteca do Alvorada de chinelos, bermuda e camisa do Paracatu, time do interior de Minas Gerais. Iniciou a conversa com uma piada (sem graça) e ressaltou que o governo terminou o ano melhor do que começou. Imediatamente, mostrou-se irritado ao ser instado a comentar notícias publicadas a respeito de uma possível reforma ministerial. E, como de costume, criticou a imprensa: “Eu vejo a capa dos jornais e das revistas e paro por aí. Não vou me envenenar logo cedo”. Ao longo das páginas desta reportagem, estão destacadas as opiniões de Bolsonaro sobre reeleição, economia, a traição de Donald Trump, Lula e outros assuntos nos quais o presidente se mantém fiel ao seu estilo “sem papas na língua”.
VENENO – Na cozinha e no almoço: um funcionário sempre experimenta a comida do presidente antes dele Cristiano Mariz/VEJA
Bolsonaro mudou-se para o Alvorada quando assumiu o governo, em janeiro deste ano. O palácio estava vazio desde 2017. O último inquilino, Michel Temer, havia morado lá por apenas uma semana. Nesse curto período, disse que ouvia ruídos estranhos, não conseguia dormir à noite e desconfiava que fantasmas rondavam o lugar. Bolsonaro gosta do Alvorada, mas também tem seus fantasmas — e eles o assombram permanentemente. O presidente vive cercado por seguranças, as instalações do palácio são vigiadas por militares do Exército e, ainda assim, ele não se sente totalmente seguro. Teme ser alvo de um novo atentado. “A gente contraria o interesse de muita gente”, justifica. Bolsonaro revela que, por precaução, dorme com uma pistola carregada ao alcance da mão. “E ainda tem outras arminhas que ficam guardadas por aí”, diz. Tamanha preocupação, segundo o presidente, não é fruto de paranoia. Até hoje ele não engole a versão de que o atentado a faca que sofreu durante a campanha foi obra exclusiva de um desequilibrado mental. “Houve uma conspiração”, afirma. Provas, ele não tem, mas sua teoria agora conta com mais um ingrediente intrigante (e provavelmente falso). Bolsonaro acredita que, além do ex-garçom Adélio Bispo dos Santos de Oliveira, autor da facada, uma figura do seu staff de campanha estaria envolvida de alguma forma no plano para matá-lo. O presidente não revela a quem se refere, mas, ao longo da entrevista, vai fornecendo detalhes que apontam para um ex-ministro. O motivo da traição seria uma vingança por ele não ter escolhido o ex-assessor como candidato a vice.
O Palácio da Alvorada está localizado em um terreno de 225 000 metros quadrados à beira do Lago Paranoá. Dispõe, ao todo, de oito quartos, quatro deles suítes. Os salões são decorados com obras de arte e tapeçaria de artistas famosos, e há cerca de quarenta serviçais de plantão todos os dias. Mesmo assim, Bolsonaro se sente só e se considera um prisioneiro dentro de toda essa suntuosidade. Observado de perto por dois seguranças, ele recepciona a equipe de VEJA na imponente biblioteca (que utiliza para receber uns poucos visitantes) e a leva à sala de cinema (que usou uma única vez para assistir a um jogo de futebol), à cozinha (onde costuma almoçar na companhia dos funcionários), à piscina (que teve o aquecimento cortado) e ao jardim (onde às vezes faz uma rápida caminhada). Ele não vê TV, não promove festas, não bebe e raramente recebe visitas. A área reservada à família foi a única que preferiu não mostrar. O presidente mora com a primeira-dama, Michelle, a enteada Letícia e a filha Laura, de 9 anos. Bolsonaro também pediu que não fossem fotografados os funcionários do palácio, especialmente os taifeiros. Teme que possam ser reconhecidos por inimigos e, sob ameaça, coagidos a fazer alguma loucura. Há sempre alguém destacado para experimentar as refeições antes de elas serem levadas ao prato do presidente.
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CONSPIRATA – Segundo ele, um ex-assessor estaria envolvido no atentado a faca, que deixou cicatrizes Cristiano Mariz/VEJA
O passeio pelo jardim — belíssimo, diga-se — revela que Bolsonaro pouco transita por ali. Ao deparar com uma escultura, chamada Rito dos Ritmos, ele já se antecipa: “Não me perguntem o que é isso que eu não sei, tá? É um cara esquisito”. E, na presença do tal ser esquisito, levanta a camisa e mostra as cicatrizes remanescentes do atentado que sofreu. As famosas emas, que circulam livremente pela grama, diz o presidente, “lembram até aquele filme, o Jurassic Park, não é?”. Durante a caminhada, é ao lado dos funcionários que ele fica mais à vontade. “Fala, guerreiro. Não tem nenhum ‘viadinho’ por aí não?”, pergunta, rindo, a um jovem que capinava o terreno. Bolsonaro frequenta pouco a área externa do palácio porque acredita que pode estar sendo monitorado por drones. A Presidência comprou, recentemente, um sistema para abater aparelhos que sobrevoarem o perímetro do palácio.
Na reunião com o advogado Wassef antes da entrevista, Bolsonaro ficou sabendo que outro escândalo deve vir por aí. A próxima encrenca teria como origem interceptações de ligações telefônicas que supostamente mostrariam o envolvimento dele e dos seus filhos com o crime organizado no Rio de Janeiro — áudios que seriam divulgados por uma rede de televisão. “Pegaram dois milicianos, sei lá quem, conversando e a Polícia Civil gravando. Tem vários diálogos falando que no passado eu participava das milícias, pegava dinheiro das milícias, e agora, presidente, não participo mais — um papo de vagabundo.” Ele afirma que tudo não passa de mais uma tentativa de Witzel de desestabilizá-lo para ocupar seu lugar no futuro. “O governador botou na cabeça que vai ser presidente e tem de me destruir.” Até o fechamento desta edição, as tais gravações, se existem, ainda não haviam aparecido.
DESCONTRAÇÃO – Brincadeiras com a filha Laura e passeio de moto pelas pistas internas do Alvorada Cristiano Mariz/VEJA
Na juventude, Bolsonaro era conhecido como “cavalão”, por sua velocidade nas provas de atletismo. Depois de um acidente de motocicleta em que machucou o tornozelo, passou a “pangaré”. Na solidão do Alvorada, andar de moto é a única diversão do presidente. Nos fins de semana, percorre o circuito interno do palácio. Para quem observa, o tour parece ser um tanto monótono — a pista não tem mais do que 2 quilômetros, e a velocidade máxima permitida é de apenas 20 quilômetros por hora, embora o próprio presidente não respeite esse limite, para desespero dos seguranças que o acompanham de carro. Desde que comprou a moto, em novembro, Bolsonaro já conseguiu rodar 91 quilômetros. “Eu gostaria de andar na rua, mas a segurança não permite”, reclama. Apesar de tudo, da solidão, do isolamento, o presidente não esconde o desejo de passar mais sete anos submetido a esse regime de “prisão domiciliar”. Bolsonaro já anunciou que pretende disputar a reeleição — e confirma que pensa em ter Sergio Moro como futuro companheiro de chapa, embora ressalte nunca haver conversado com o ministro diretamente sobre o assunto. “É cedo demais para discutir, causa ciúme”, diz. Mas acrescenta: “Seria uma chapa imbatível”.
Daqui a alguns dias, o governo Bolsonaro completa seu primeiro ano. Para os adversários, parece uma eternidade, tantas foram as trapalhadas administrativas, as declarações inconsequentes, os sinais de um autoritarismo latente, as teorias de conspiração, os inimigos imaginários, os embates ideológicos que não levaram a lugar algum, as intermináveis crises envolvendo os filhos e os aliados políticos. Para o presidente, o balanço é alvissareiro: reformas importantes foram aprovadas, a economia voltou a crescer, o desemprego dá sinais de recuo, a inflação está sob controle, os juros são os mais baixos da história, casos de corrupção institucional e de fisiologismo explícito sumiram do noticiário e a criminalidade está em baixa. Esses dois cenários aparentemente antagônicos retratam de certo modo o que foi o governo em 2019 — um misto de boas e más notícias. A questão fundamental que se apresenta é saber o que vai prevalecer de agora em diante.
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ISOLAMENTO – Na entrada do palácio, sozinho: o presidente dorme com uma arma ao alcance da mão Cristiano Mariz/VEJA


Queiroz e a milícia

Bolsonaro tem Wilson Witzel como seu principal inimigo. Segundo o presidente, o governador do Rio usa a Polícia Civil para tentar envolver ele e seus filhos no crime organizado. “O governador botou na cabeça que vai ser presidente e tem de me destruir. Depois da história do porteiro e das buscas na casa da minha ex-mulher, ele está preparando uma nova armação. Já sei que eles pegaram dois milicianos, sei lá quem, conversando e a Polícia Civil gravando. Tem vários diálogos falando que no passado eu participava das milícias, pegava dinheiro, e agora, presidente, não participo mais — papo de vagabundo. Recebo qualquer um dos governadores na hora que eles quiserem. O Witzel não. Se ele quiser falar comigo, vai ter de protocolar o pedido de audiência e dizer antes qual é o assunto”


Bolsomoro 2022

Apesar de dizer que se sente como um prisioneiro sem tornozeleira eletrônica desde que assumiu o governo, Bolsonaro já anunciou que pretende disputar a reeleição. Ele confirma a possibilidade de formar uma chapa com o ministro Sergio Moro. “Nós somos Zero Um e Zero Dois. Tem de ver se ele quer. Nunca entrei em detalhes com ele sobre esse assunto, até porque é cedo demais para discutir, causa ciúme. Você daria um sinal de que não está satisfeito com o Mourão, e da minha parte está tudo tranquilo com o Mourão. O Moro não tinha uma vivência política. A cabeça dele enquanto juiz pensava assim: ‘Se eu fosse presidente, faria isso’. Agora ele conhece a realidade. Mas seria uma chapa imbatível”
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Suspeita de traição

Para o presidente, o atentado sofrido durante a campanha era parte de uma conspiração que envolveu um de seus mais próximos assessores. Bolsonaro não tem provas do que diz, tampouco revela o nome de quem teria orquestrado isso. “O meu sentimento é que esse atentado teve a mão de 70% da esquerda, 20% de quem estava do meu lado e 10% de outros interesses. Tinha uma pessoa do meu lado que queria ser vice. O cara detonava todas as pessoas com quem eu conversava. Liguei para convidar o Mourão às 5 da manhã do dia em que terminava o prazo de inscrição. Se ele não tivesse atendido, o vice seria essa pessoa. Depois disso, eu passei a valer alguns milhões deitado”


Impeachment

Entre abril e maio, o governo viveu o momento mais delicado. A reforma da Previdência não avançava, principalmente por causa da falta de entendimento no Congresso. “Nessa época, alguns setores chegaram a apostar que o governo não terminaria, sequer passaria do primeiro ano, principalmente quando se anunciou que a Previdência não iria pra frente, estava travada. Aí você perde o apoio do empresariado. Ainda tem gente que pensa assim. Disse ao Paulo Guedes que mais alguma reforma precisa ser feita, na hora certa e com a devida dose. A tendência agora é crescer, rodar a máquina da economia”
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Lula e os bernes

O ex-presidente Lula aparece nas pesquisas como o mais bem posicionado adversário de Bolsonaro — apesar de inelegível e condenado a mais de 25 anos de prisão por corrupção. Desde que deixou a cadeia, o petista faz críticas ao presidente, que as ignora: “Não vou ficar batendo boca com o Lula. Eu aprendi a engolir, a ruminar. Esse pessoal da esquerda é parecido a um berne, um carrapato na vaca. Você fala: ‘Sai daí, você vai ser vegetariano agora’. Ele não sai. Morre com a vaca. As vacas desse pessoal são as estatais, os bancos oficiais, os ministérios. Vivem disso. É gente que não tem competência para fazer mais nada, grande parte nunca trabalhou na vida”


O eixo do mal

A eleição do peronista Alberto Fernández para a Presidência da Argentina é motivo de muita preocupação para Bolsonaro. O presidente vislumbra que o país vizinho pode se tornar um centro de irradiação de ações para desestabilizar politicamente governos como o da Bolívia e do próprio Brasil. “Fiz uma análise da questão da Argentina. O Evo Morales está na Argentina, que faz divisa com a Bolívia. É um indício. Ele vai ficar ali, tentando desestabilizar. Ontem chegou a informação de que o presidente da Argentina quer rever a legislação, impedir que a Justiça prenda ou persiga alguém politicamente. Lá, o Lula, que diz, entre aspas, que é perseguido político, não iria preso. Esse cenário nos preocupa muito”
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Meio ambiente

No primeiro ano de governo, Bolsonaro atraiu a atenção do mundo ao levantar suspeitas sobre ONGs, questionar estatísticas e entrar em embates com cientistas e líderes mundiais, como o presidente francês Emmanuel Macron. “Na questão da Amazônia, a média de incêndios estava bem menor do que em anos anteriores. Mas ninguém dá bola para isso. Por ser eu, descem o cacete. Estive com o Macron, é uma pessoa que se comporta como um ser superior. A política ambiental dele é aumentar a demarcação de reservas indígenas. Mas isso não será implementado. Se você demarcar isso tudo que os caras querem, você mata o agronegócio. É puro interesse econômico. Os caras não estão preocupados com índio”


A pancada de Trump

No início do mês, os Estados Unidos anunciaram que iriam tarifar as importações de aço oriundo do Brasil. Bolsonaro, que se jactava de manter excelentes relações com o presidente Donald Trump, foi muito criticado. “No ano passado a imprensa bateu muito em mim, dizendo que eu ia fechar o comércio com a China. O pessoal também desceu a lenha em mim agora: ‘Entregou a base de Alcântara, foi traído pelo Trump’. Eu te pergunto: o aço foi taxado? Não. Então pronto. Aí você vai querer perguntar: conversou com o Trump? Não vou te responder. Acho que o Trump acordou de mau humor naquele dia e decidiu dar uma pancada na gente”
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Publicado em VEJA de 25 de dezembro de 2019, edição nº 2666

O dia


Da janela do meu tugúrio

Rodovias monitoradas

PRF: ação visa redução de violência no CE

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia nesta sexta-feira (20) a Operação Integrada Rodovida 2019/2020, e as principais ações serão enfrentamento às mortes e violência no trânsito brasileiro. A ação se estenderá até 1º de março de 2020, no qual estão inseridos os eventos férias escolares, festas de Natal, Ano Novo e Carnaval. Nesse período, além da preocupação em garantir aos usuários das rodovias federais a segurança, o conforto e a fluidez do trânsito, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está engajada também no Programa da Organização das Nações Unidas (ONU), Década Mundial de Segurança Viária 2011/2020, cuja meta prioritária é reduzir em 50% o número de mortos e de feridos em decorrência de acidentes de trânsito, recepcionado pelo governo brasileiro em maio de 2011, por intermédio do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito (Pacto pela Vida).
O Programa consiste em esforços dos Governos Federal, Estadual e Municipal para reduzir a violência do trânsito, enfrentando acidentes, principalmente os relacionados a embriaguez ao volante, ultrapassagens proibidas, não uso do cinto de segurança, envolvendo motocicletas ou ciclomotores e uso do celular ao volante, historicamente com índices elevados de letalidade. São priorizadas ações integradas e simultâneas, envolvendo diversas agências de fiscalização, com atuação coordenada e sistêmica, dentro dos respectivos eixos de competência, com o intuito de somar forças no enfrentamento à violência no trânsito e na redução dos custos sociais decorrentes.
Fiscalização
Durante o período da operação, a PRF intensificará as ações de fiscalização, focadas principalmente para coibir as condutas de ultrapassagens irregulares, consumo de álcool, atropelamento de pedestres e trânsito irregular de motocicletas. Em paralelo às ações de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal e instituições de segurança pública os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Infraestrutura, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da Educação e da Saúde promoverão campanhas publicitárias de conscientização em todo o Brasil. A operação abrangerá o período das férias escolares, festas de Natal, Ano Novo e Carnaval, feriados marcados pelo aumento no fluxo de veículos e de passageiros.

Denunciamos aqui e...

MPF entra com ação na Justiça para garantir continuidade de perícias do INSS em cidades do interior

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na Justiça Federal para garantir a manutenção de atendimento pericial da previdência social em cidades do interior. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de acordo com o que apurou o MPF, vem adotando medidas para centralizar o atendimento a cidadãos, o que poderá obrigar a população carente e residente em locais distantes a fazer deslocamentos ainda maiores do que faz hoje para a realização de perícias.

A ação resulta de investigação realizada pelo MPF no Ceará que apurou denúncia do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência (Sinprece) de que o INSS estaria reduzindo a rede de atendimento para concentrar serviços de perícias médicas em algumas poucas cidades. O modelo centralizado viria em favor de ajustes fiscais promovidos pelo Governo Federal e para o atendimento de pleitos antigos da categoria dos peritos médicos federais, insatisfeitos com lotações em cidades pequenas e consideras por eles como insalubres.

O MPF pediu à Justiça que determine à União que mantenha o atual modelo interiorizado de atendimento e que, nas grandes cidades, as perícias sejam realizadas em mais de uma agência. “É manifesta a ilegalidade das medidas ora questionadas, posto que estas, em suma, relegam o interesse finalístico da assistência previdenciária a caráter secundário, seja diante de interesses privados de determinada categoria profissional, seja diante dos interesses patrimoniais secundários do ente estatal”, afirma o procurador da República Oscar Costa Filho, autor da ação.

O procurador apresentou ainda pedido para que seja declarada a inconstitucionalidade da Lei nº 13.846, de 18 de junho de 2019, que trata da instituição do Bônus de Desempenho Institucional por Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade do Monitoramento Operacional de Benefícios (BMOB) e do Bônus de Desempenho Institucional por Perícia Médica em Benefícios por Incapacidade (BPMBI). Para Costa Filho, o estabelecimento desses benefícios viola os princípios da moralidade administrativa, da razoabilidade e da proporcionalidade dos atos estatais, a exemplo do que ocorre com a chamada “indústria das multas”.

Ao mesmo tempo em que INSS empenha esforço para serem instituídas bonificações com a finalidade de acelerar as análises de benefícios com indícios de irregularidade, existe uma infinidade de requerimentos de benefícios pendentes de análise, sem que seja adotada qualquer medida voltada à regularização da situação. Considerando tal cenário, na ação, o MPF pede também que o instituto seja obrigado a elaborar cronograma para a apreciação dos requerimentos de benefícios que se encontram pendentes de análise, a adotar providências para a otimização dos quadros de servidores responsáveis pelas análises de requerimentos de benefícios e a fornecer mensalmente relatórios acerca das ações empreendidas para a otimização dos processamentos de benefícios, assim como relações das análises de requerimentos efetuadas.

Número do processo para consulta na Justiça Federal:
0824660-32.2019.4.05.8100
Íntegra da ação

A Previdencia da PEFOCE

AUDIC MOTA ANUNCIA ACORDO QUE GARANTE ESTABILIDADE FUNCIONAL E PREVIDENCIÁRIA PARA INTEGRANTES DA PEFOCE

O deputado Audic Mota (PSB) anunciou, nesta quinta-feira, 19, acordo com o governador Camilo Santana para o envio de mensagem governamental à Assembleia Legislativa, garantindo a estabilidade funcional dos integrantes da Perícia Forense do Estado (Pefoce), com a equiparação de benefícios previdenciários especiais aos da carreira de policial civil.

Para tanto, o parlamentar retirou recurso de plenário sobre Emenda Aditiva de sua autoria, que contemplava os servidores ocupantes dos cargos de perito criminal, estendendo o referido enquadramento funcional para a categoria.

Audic Mota fez o anúncio do acordo no Complexo das Comissões Técnicas da Assembleia, ao lado de servidores da Pefoce e representantes de entidades sindicais. Na ocasião, o deputado fez questão de lembrar e agradecer a intercessão do senador Cid Gomes nas tratativas em torno do assunto.

Política

‘Não tenho nada a ver com isso’, diz Bolsonaro sobre suspeitas contra filho Flávio

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou nesta quinta-feira (19) a operação realizada um dia antes pelo Ministério Público do Rio de Janeiro com foco em seu filho mais velho, o senador Flávio (sem partido-RJ). E disse não ter nada a ver com as suspeitas contra o filho e seus ex-assessores.
A Promotoria aponta suspeitas sobre um policial militar, uma loja de chocolate e imóveis de Flávio Bolsonaro como meios para lavagem de dinheiro da suposta “rachadinha” no gabinete dele na Assembleia Legislativa de 2007 a 2018. A prática da “rachadinha” consiste em coagir servidores a devolver parte do salário para os deputados.
 Wilson Dias/Agência Brasil
Nesta quinta-feira, na entrada do Palácio do Alvorada, onde parou para cumprimentar simpatizantes, o presidente inicialmente se negou a comentar a investigação. Depois, disse não ter nada a ver com o caso.
“O Brasil é muito maior do que pequenos problemas. Eu falo por mim. Problemas meus podem perguntar que eu respondo. Dos outros, não tenho nada a ver com isso”, disse, ao recomendar que a imprensa procure o advogado do filho.
O pivô da investigação é Fabrício Queiroz, policial militar aposentado que era assessor de Flávio. A origem da relação de Queiroz com a família Bolsonaro é o presidente da República. Os dois se conhecem desde 1984 e pescavam juntos em Angra dos Reis.
Queiroz depositou R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro em 2016. O presidente afirma se tratar de parte da quitação de um empréstimo de R$ 40 mil.
Nesta quinta, o presidente citou investigações e apurações contra ele que, na opinião dele, foram injustas. Ele lembrou, por exemplo, quando foi acusado de racismo, inquérito que acabou arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Bolsonaro também ressaltou depoimento citando seu nome como parte do inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). O porteiro do condomínio do presidente, que havia feito referência a seu nome, depois corrigiu o depoimento.
O presidente foi, então, questionado se insinuava que o Ministério Público estava perseguindo Flávio. Como resposta, citou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, seu adversário político.
Segundo ele, uma gravação, identificada pela inteligência do governo, tentou relacioná-lo a atividades de milícias. Bolsonaro não explicou, no entanto, sobre que áudio fazia referência. “Vocês sabem o caso Witzel, que foi amplamente divulgado. A inteligência levantou. Já foram gravadas conversas de dois marginais usando meu nome para dizer que sou miliciano”, disse.
Um dia antes, agentes do Ministério Público cumpriram 24 mandados de busca e apreensão ligados à apuração sobre a prática de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio. Estão sendo investigados crimes de peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.
A operação ocorreu após quase dois anos do início das investigações contra Fabrício Queiroz, policial militar aposentado que foi assessor de Flávio de 2007 a 2018 e cujas movimentações financeiras atípicas estenderam as suspeitas ao filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.
Em 2019, após pedido de Flávio, as apurações do caso chegaram a ser suspensas a partir de julho por liminar (decisão provisória) do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli. Após decisão do plenário da corte, foram retomadas neste mês.
A apuração sobre Flávio começou em janeiro de 2018. O antigo Coaf, órgão federal hoje rebatizado de UIF (Unidade de Inteligência Financeira) e ligado ao Banco Central, enviou na época espontaneamente um relatório indicando movimentação financeira atípica de Queiroz de R$ 1,2 milhão de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Além do volume movimentado, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em datas próximas do pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Rio.
Queiroz afirmou que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem conhecimento do então deputado estadual. A sua defesa, contudo, nunca apontou os beneficiários finais dos valores.
​Queiroz também passou a ser uma dor de cabeça para a família presidencial para além da questão financeira. Foi o PM aposentado quem indicou duas parentes do ex-capitão Adriano da Nóbrega para ocupar cargos no gabinete de Flávio na Assembleia. O ex-PM é acusado de comandar uma das milícias mais violentas da cidade e é considerado foragido há quase um ano.
ALVOS:Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro
Márcia Oliveira de Aguiar, mulher do ex-assessor
Evelyn Queiroz, filha do ex-assessor
José Procópio Valle, ex-sogro de Bolsonaro
Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Bolsonaro
Francisco Diniz, primo de Ana Cristina Valle (ex-mulher de Jair Bolsonaro)
Daniela Gomes, prima de Ana Cristina Valle
Juliana Vargas, prima de Ana Cristina Valle
Maria José de Siqueira e Silva, tia de Ana Cristina Valle
Marina Siqueira Diniz, tia de Ana Cristina Valle
Guilherme dos Santos Hudson, tio de Ana Cristina Valle
Ana Maria Siqueira Hudson, tia de Ana Cristina Valle

QUESTÕES AINDA SEM RESPOSTA NO CASO QUEIROZ– Quem eram os assessores informais que Queiroz afirma ter remunerado com o salário de outros funcionários do gabinete de Flávio?
– Por que o único assessor que prestou depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro não confirmou esta versão de Queiroz?
– Como Flávio desconhecia as atividades de um dos seus principais assessores por dez anos?
– Por qual motivo Jair Bolsonaro emprestou dinheiro a alguém que costumava movimentar centenas de milhares de reais?
– De que forma foi feito esse empréstimo pelo presidente e onde está o comprovante da transação?
– Onde estão os comprovantes da venda e compra de carros alegadas por Queiroz?
– Por que há divergência entre as datas do sinal descrita na escritura de permuta de imóveis com o atleta Fábio Guerra e as de depósito em espécie fracionado na conta de Flávio?

INCONSISTÊNCIAS NO PEDIDO DO MP-RJPessoas não nomeadas por Flávio Bolsonaro
Há três casos de pessoas sem vínculo político com Flávio que foram alvo de quebra de sigilo. Elas estavam nomeadas no gabinete da liderança do PSL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando o senador assumiu o cargo e, em seguida, as demitiu

Remuneração de QueirozAo comparar gastos com vencimentos de Fabrício Queiroz, o Ministério Público considera apenas salário da Assembleia e ignora remuneração que ele recebe da Polícia Militar
SaquesHá erro na indicação do volume de saques feitos por Queiroz em dois dos três períodos apontados
Laranja potencialPromotoria atribui ao gabinete de Flávio servidora da TV Alerj que acumulava cargo com outro emprego externo
PatrimônioAo falar sobre um negócio que envolve 12 salas comerciais, os promotores do Ministério Público do Rio escreveram que Flávio adquiriu os imóveis por mais de R$ 2,6 milhões, quando, na verdade, ele deteve apenas os direitos sobre os imóveis, que ainda não estavam quitados e continuaram sendo pagos em prestações por outra empresa que assumiu a dívida
Fonte: Folha Press

Capa do jornal OEsadoCe


Mega deu em São Paulo

Aposta individual ganha prêmio de R$ 40 milhões na Mega-Sena

Jogo vencedor foi preenchido em Franca, interior de São Paulo


Um apostador de Franca (SP) acertou as seis dezenas sorteadas no concurso 2.218 da Mega-Sena nesta quarta-feira (4) em São Paulo e levou um prêmio de R$ 40 milhões. Os números sorteados foram 
06 - 16 - 22 - 38 - 48 - 52. No próximo concurso, cujo sorteio ocorre no sábado (21), a estimativa é que o prêmio seja de R$ 2,5 milhões.
A quina teve 42 apostas ganhadoras; cada uma receberá R$ 64.678,28. A quadra teve 3.345 bilhetes premiados; cada um ganhará R$ 1.160,14.