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Bom dia


Peladona de Congonhas conta por que não vai participar do Carnaval

"Perdi muito dinheiro com o carnaval" revela Jéssica Lopes sobre estar fora da folia esse ano - Iwi Onodera/CO Assessoria
"Perdi muito dinheiro com o carnaval" revela Jéssica Lopes sobre estar fora da folia esse ano Imagem: Iwi Onodera/CO Assessoria
Do Uol

Jessica Lopes, conhecida como Peladona de Congonhas, não desfilará no carnaval deste ano e já vai para 4 anos longe da folia. "Perdi muito dinheiro com o carnaval", revelou.
Segundo ela, os gastos com fantasias, plumas, pedrarias e acessórios para conseguir desfilar no Grupo Especial eram muito altos. "O carnaval, com certeza, nos dá muita visibilidade, mas por outro lado, temos que nos dedicar 100% ao carnaval. Os gastos com roupas e outros acessórios podem chegar a quase 300 mil reais", desabafou.

Jessica já desfilou pela Grande Rio, em 2011. Em São Paulo, a modelo saiu por outras duas escolas de sambas paulistas em 2016, a Império de Casa Verde e Nenê de Vila Matilde. A loira só parou de desfilar quando precisou ser internada para tratamento contra um câncer de colo de útero no mesmo ano e nunca mais voltou.

Capa do jornal O EstadoCe


SInos da Prainha

Quando estudante no Seminário Maior da Prainha, em Fortaleza onde foi ordenado Padre, Osvaldo Chaves escreveu páginas de tão bonita me parecem simples Este poema é um dos que mais gosto, eu que sempre amei os seus escritos e sua fala mansa e seu braço erguido a nos inspirar ao texto, ao livro, ao lápis...Era 1946 e eu que nem nascido era já o amava e festejava e aplaudia...


Sonho Medieval


Véspera de São José. Em Fortaleza. No Ceará.
As duas torres magras da Prainha
Estiram os pescoços para cima:
Duas garrafas brancas cheias de luar!
São dois poetas hirtos, absortos no infinito,
Cismando à beira-mar!

E com os olhos perdidos na luz rala
Sonham o sonho medieval
Das grandes catedrais,
Essas catedrais monumentais
Que falando a linguagem
Das ogivas e dos vitrais
Só elas falavam;
Porque naquele tempo o homem
Só ouvia,
Só podia
Entender
o que falasse do grandioso,
Do que há de sublime
No ideal religioso.

E a Prainha está sonhando,
Tão satisfeita por julgar que abriga
O coração da Idade-Média orando!
E as sombras vão cada vez mais baixando...
E a igrejinha, tão linda,
Sonha ainda.

E no sonho levanta um dos seus dedos góticos
Cheios de escamas batidos pelo malho do luar:
Um dedo colegial, taful,
Borrado de tinta azul.
Um dedo sonâmbulo
Que ela põe na boca da noite de asas de jaçanã
Para ao mar reclamar
Um momento de pausa no seu rataplã!
E o mar se cala
Para ouvir a sua fala...

Então diante do silêncio sentinela,
Do silêncio vespertino,
Ele começa dando a palavra
Ao badalo solene dum grande sino,
O Centenário
Que entoa o hino
Milenário
Do universo cristão;
Assim
Para o coração
Da Idade-Média ouvir:
"Adágio, andante, allegro, largo, maestoso..."
E lentamente as badaladas pelo espaço lá se vão...
"Marziale" agora, "prestíssimo, scherzo, molt piano",
Vão também muito além do sentimento humano,
Lá para onde os sinos,
Mínúsculos,
Franzinos,
Da humana razão em vão badalarão!

Este além, porém, aonde elas vão
E a fé que tem o coração cristão
E a melodia que os ares corta, num frenesi,
São acordes sem nomes,
Alguma coisa de Carlos Gomes
No prelúdio do Guarani!

E o Centenário continua,
À luz da lua,
Dobrando, badalando, bimbalhando,
Desmanchando-se em hinos
Ao sonzinho infantil de mais três sinos
Argentinos,
Cristalinos,
Que pulam, pinotam, saracoteiam
Em tomo de si mesmos
De boca aberta, gritando,
Assombrados com o Centenário
Virando e revirando!

De fato
É tão grande o aparato
Daquele declamador de badaladas,
Que quando recita os seus poemas de bronze
Parece com uma boca escancarada
Que engoliu ferozmente o próprio corpo;
Uma boca enorme, colossal,
Cuja língua secou de tanto badalar
Contra os rígidos beiços de metal!

E a Prainha acordou do sonho medieval,
No dia seguinte,
Cheinha de fiéis do século vinte.

Fortaleza, março de 1946.

Um poema de Osvaldo Chaves

Antes do Padre Vieira, Padre Osvaldo tratou de poetar sobre os jumentos. Espie aí:

Há poemas que não apresentam versos livres, mas que basicamente versejam sobre temas que envolvem a vida cearense, a vida episcopal e alguns poemas possuem caráter autobiográfico. Batista de Lima (2017) cita que há versos bucólicos, satíricos e telúricos. A sátira no poema Que sucesso (CHAVES 2016 p. 152) demonstra a influência com a poesia satírica de estro barroco-gregoriana:
 
Que sucesso brilhante vêm causando
Nos últimos decênios os jumentos,
Dês que o bravo orelhudo a zurros lentos
Vem nos homens os postos ocupando!
Por onde quer que eu vá, vou encontrando
Os teimosos filósofos cinzentos:
Em Clubes aos milhares, já aos centos
Em Universidades se formando.
Enchem com garbo praças e avenidas,
E entre os de classes mais evoluídas
Muitos são membros já de Academia.
Há jumentos doutores, bacharéis
Que se andarem um dia a quatro pés
Merecerão Nobel de Estrebaria.

Sobral, agosto de 1941.

Morreu o Padre Osvaldo



Morreu ontem em Sobral, um dos mais festejados mestres do Ceará. Fez sua ultima páscoa o professor ,poeta,escritor, orador, Monsenhor Osvaldo Chaves. Deu aulas por toda a vida no SeminárioDIocesano, Colégio Sobralense, COlégio DomJosé e dedicou sua vida ao atendimentos aos enfermos da SAnta Casa de Misericórdia de Sobral. Deixa livros e poemas que muto relutou em publicar. Alguns de seus ex alunos guardam com carinho sermões de Osvaldo, como peças literárias e outros, têm de memória alguns de seus poemas que os tinha como filhos e "namoradas," enciumado que era. Padre Osvaldo está sendo velado na capela do Abrigo do Sagrado COração de Jesus em Sobral e seu corpo, a seu pedido, será enterrado na terra natal, Granja.

A estupidez tem troco

Heitor Férrer lamenta fala preconceituosa de Ministro 

“Sempre que uma autoridade discriminar o brasileiro pela cor, sexo, raça, origem social, eu virei à tribuna fazer o meu protesto”. A declaração é do deputado estadual Heitor Férrer (SD), em reação a fala do Ministro Paulo Guedes sobre a alta do dólar, na qual afirmou que quando a moeda estava em baixa “todo mundo estava indo pra Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia. Uma festa danada”. 

O parlamentar usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (13), para lamentar a fala do Ministro. Para Heitor Férrer, Guedes manifestou um posicionamento de preconceito social e classificou as empregadas domésticas como uma “raça inferior”. “É desumano, não é natural”, criticou.

Pauta

Governo do Ceará e Prefeitura de Fortaleza entregam novo Centro de Educação Infantil nesta sexta-feira (14)


Os moradores do bairro Jangurussu, em Fortaleza, recebem nesta sexta-feira (14), às 9 horas, o Centro de Educação Infantil (CEI) Manoel Pinheiro dos Santos. A solenidade contará com a presença do governador Camilo Santana, da primeira-dama Onélia Santana, e do prefeito Roberto Cláudio. Para construir, mobiliar e equipar o novo espaço foram investidos R$ 2 milhões, provenientes do Governo do Ceará e contrapartida do município, como parte do programa Juntos por Fortaleza.

Cada CEI tem capacidade para atender até 208 crianças, numa estrutura composta por quatro salas de aula, laboratório de informática, refeitório, cozinha, berçário, fraldário, dormitório, copa, recepção e playground. O Ceará contará com 167 CEIs. Com o CEI de Fortaleza, 49 Centros já foram entregues à população cearense.

Serviço
Inauguração do CEI Manoel Pinheiro dos Santos, em Fortaleza
Data: 14 de fevereiro (Sexta-feira)
Horário: 9 horas
Endereço: Rua Major Ladislau Lourenço, s/n - Parque Betânia - Jangurussu - Fortaleza-CE

Morreu o jornalista Chico Alves Maia

Ontem, nosso querido Chico ALves virou saudade. DEixa seus amigos cheios de lembranças memoráveis e a imprensa cearense cada vez mais pobre.

Quem não faz, toma

O Fortaleza chegou a perder gol debaixo da trave e sem goleiro. Não queria ganhar. Aí o Independiente queria e fez um a zero.
Esperara o jogo da volta dia 27, em Fortaleza. Vai precisar fazer dois pra seguir seguindo ou um pra disputar nos penaltis um lugar na Sulamericana.
Fortaleza perde para Independiente (ARG), em primeiro jogo internacional ... - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/lancepress/2020/02/13/fortaleza-encara-independiente-na-argentina-mas-acaba-derrotado.htm?cmpid=copiaecola
Fortaleza perde para Independiente (ARG), em primeiro jogo internacional Lance da partida entre Independiente e Fortaleza pela Copa Sul-Americana - JUAN MABROMATA / AFP Lance da partida entre Independiente e Fortaleza pela Copa Sul-Americana Imagem: JUAN MABROMATA / AFP 13/02/2020 23h25 Em seu primeiro jogo oficial internacional, o Fortaleza acabou perdendo em eficiência. Nesta quinta (13), o time dirigido por Rogério Ceni foi derrotado pelo Independiente (ARG), em Avellaneda. O Tricolor do Pici agora precisa buscar a reversão no compromisso de volta agendado para o próximo dia 27 de fevereiro às 21h30 (horário de Brasília) na Arena Castelão. Relacionadas... - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/lancepress/2020/02/13/fortaleza-encara-independiente-na-argentina-mas-acaba-derrotado.htm?cmpid=copiaecola

Coluna do blog



Um presente incômodo para o Theatro José de Alencar
   
O  Theatro José de Alencar comemora neste ano 110 anos de inauguração. Fala-se cada vez mais em patrimônio. O conceito se ampliou com a entrada em cena do “imaterial” ou “intangível”, complementando a preservação do patrimônio edificado (em “pedra e cal”), que foi prioritário durante muito tempo.Temos um Iphan atento, com uma equipe técnica competente e ética; uma Secult com seu setor de Patrimônio em funcionamento, e a Secultfor que promove, anualmente, um seminário sobre o tema que se tornou referência. O quadro parece relativamente tranquilo. Parece.A placa que anuncia a reforma da Praça José de Alencar traz uma informação que nos deixa preocupados e atônitos: a instalação de um terminal de ônibus na praça que homenageia o escritor de Messejana, onde fica situado nosso teatro histórico, um dos mais charmosos e importantes do País (sem ufanismos).O que isso significa? Burburinho, comércio ambulante, freadas bruscas, troca de marchas nas saídas dos ônibus, trepidação, bico injetor mal ajustado, fumaça de diesel.Falo como jornalista (espécie em extinção) que sou, no exercício de uma cidadania da qual não pretendo abrir mão.O ideal seria que Iphan, Secult e Secultfor realizassem uma reunião com técnicos para avaliar melhor esta “ideia”.A Praça José de Alencar já teve um terminal de ônibus, nos anos 1970. Ficava à frente na Igreja do Patrocínio. Fortaleza era bem menor e os problemas menos graves. Deve ter sido retirado com boas desculpas para a cidade, que perdia mais que um terminal, uma central de poluição.(Com Maristela Crispim)

A frase:"Diz que o Rio Salgado passou por Aurora esses dias e saiu da calha. Alagou partes da cidade e desceu ladeira abaixo no rumo do Castanhão. Ingazeira ficou debaixo dágua". Bilhete do leitor, amante do Salgado.



Aniversário (Nota da foto)
O Theatro José de Alencar comemora neste ano 110 anos de inauguração. Mereceria uma festa e não ganhar um presente incômodo, que vai atrapalhar a vida da praça, que, aliás, está sendo reformada.

Importância
O Theatro é das mais importantes e imponentes edificações de Fortaleza. É uma das nossas referências de patrimônio e arquitetura. Da estrutura de ferro importada da Escócia, às pinturas que envolveram artistas da cidade, como o boêmio, poeta, compositor e desenhista Ramos Cotôco (1871 / 1916), tudo é valioso.

Masoquismo
Num exercício de puro masoquismo, podemos pensar no que significarão os arranques, o peso dos ônibus em contraponto à delicadeza dos encaixes de madeira, ao jardim assinado pelo Burle Marx, com descargas permanentes de dióxido de carbono sobre as pinturas e canteiros. Os danos poderão ser bem maiores do que pensamos, talvez, irreversíveis.

"Disagradave"
Decididamente, não podíamos ganhar “presente” mais “disagradave”, como disse Patativa do Assaré, em um dos seus poemas, referindo-se a um televisor que um filho que se mudara para São Paulo mandara para a família que ficou aqui.

Se avexe
Uma discussão como esta tem de acontecer logo, enquanto dá tempo se pensar em uma alternativa. Precisamos ouvir engenheiros, arquitetos, ambientalistas, historiadores, urbanistas, botânicos, memorialistas, especialistas em restauro de obras de arte, sociólogos, filósofos, antropólogos. Quanto mais gente, melhor.

Goela abaixo
Estranho que no último ano de gestão, a Prefeitura esteja querendo nos impor algo tão polêmico, sem uma discussão aberta e bem embasada.

Pra pensar a muitas mãos
Por mais que o transporte público seja primordial, quando se pretende mostrar que o transporte individual é egoísta, não resolve os problemas de mobilidade de uma cidade de três milhões de habitantes, precisamos pensar um pouco mais.

Adotar e abraçar
Precisamos também de competência, de sensibilidade e de respeito aos monumentos da cidade. Uma decisão política deve decorrer dos resultados destas reuniões, que não poderão prescindir de todos os que amam, “adotam” e “abraçam” o Theatro José de Alencar.

Referência nacional
Ele é uma das referências de nossa maioridade como cidade. É uma casa que nos orgulha, ainda que tenha sido edificada em um dos períodos mais violentos da história política cearense: a oligarquia Acióli, com mais de vinte anos de arbítrio, defenestrada pela aliança das camadas médias com os militares, em 1912.

A praça é nossa
Está na hora de nos sentarmos em volta de uma grande mesa e discutirmos o que será melhor para nosso Theatro José de Alencar, para a praça e para nossa cidade.Gilmar de Carvalho-Jornalista-Professor aposentado da UFC-gilmarcarvalho15@gmail.com.