Contato

Coluna do macário batista para o dia 03 de outubro de 2022




 



A linha reta da eleição
Tortuoso é o povo. O poeta cearense Jader de Carvalho,escreveu um dia...Na minha terra,/as estradas são tortuosas e tristes/como o destino de seu povo errante./Viajor, /se ardes em sede, /se acaso a noite te alcançou, /bate sem susto no primeiro pouso:/— terás água fresca para sua sede,/— rede cheirosa e branca para o teu sono. O poema do Jader é um grito à liberdade e um chamado à coragem de andar, sempre em busca de um amanhã melhor. Fomos ontem às urnas. As grandes expectativas eram de primeiro turno, isto é, eleitos na primeira rodada de votos, com interesses diretos no Ceará e pra presidente, no Brasil. Fomos aos votos e, uma vez contados, confirmaram que o novo senador do Ceará será o sr.Camilo Santana ex governador do Estado com uma maioria esmagadora sobre o segundo posto. Uma diferença enorme. Já para o governo, Elmano de Freitas, que na reta final chegou em grande estilo ao primeiro lugar nas pesquisas de opção de votos, acabou indo mesmo para o segundo turno com o sr.Wagner, um osso duro de roer. Aí, o candidato Roberto Claudio, aquela eleição proposta por Ciro Gomes para escolha do candidato do PDT, deu no que deu. O que as pessoas diziam que seria fácil, se Izolda Cela, a governadora fosse a candidata, virou pesadelo para o partido. Mas a contagem do 50% mais 1 para eleger o presidente no primeiro turno, ficou assim até a última hora. Não era candidato a candidato, a dúvida se teria ou não o turno extra, mas seria se os números eram brigas dos 50% mais 1, contra os 36% do primeiro adversário. Lula x Bolsonaro é diferente de Lula X 50%. E assim, o país foi pras ruas, pras urnas, pras novas decisões. Agora é lutar pela pacificação dessa polarização sem sentido. O país em regime de intensa grosseria não pode ser um exemplo pras gerações futuras nem pros que já estão na lida.E só.
A frase: "Padre de festa junina". Ficou engraçado o apelido dado ao chamdo de laranja.

Ceará deve menos que o Sudeste(Nota da foto)
O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, em agosto, das 5.540.767 micro e pequenos negócios com contas em atraso no Brasil, 16,3% eram do Nordeste, 3o. no ranking das regiões, atrás da Sudeste (53%) e Sul (16,4%), e seguida pela Centro-Oeste (9%) e Norte (5,3%). A Bahia tem 294,5 mil empresas no vermelho, oi Ceará 128,8 mil e Maranhão 81,1 mil.
Colégio eleitoral no mundo
Na última eleição presidencial, em 2018, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o número de eleitores no exterior cresceu 39%. Agora, há 697.078 pessoas aptas a votar em outros países.
Em Portugal
Lisboa se tornou a cidade com o maior colégio eleitoral fora do Brasil. 45.273 brasileiros estavam aptas a votar na capital portuguesa. O número é 113% maior do que em 2018. Foram 232 mesários no pleito.
Nada a declarar
Ivo Gomes, prefeito de Sobral, Cid Gomes, senador, ambos irmãos mais novos do candidato a presidente do Brasil, Ciro Gomes,não foram pro evento do irmão,na despedida de Sobral.Não se misturam,parece.
Público em Sobral
Uma reportagem com 3 páginas, levou a educação de Sobral à Europa. O jornal português Público, uma das publicações mais importantes daquele país,mandou seu editor de educação a Sobral e destacou o que se faz ali.

Bom dia

 

É oficial

Formalizando o resultado
Governador
Ceará
100,00% Urnas apuradas no estado
Última atualização 01H13
82,54%
votantes
17,46%
ausentes
Elmano de Freitas
PT
54,02%
2.808.300
Capitão Wagner
UNIÃO
31,72%
1.649.213
Roberto Cláudio
PDT
14,14%
734.976
Chico Malta
PCB
0,06%
3.015
Serley Leal
UP
0,04%
1.881
Zé Batista
PSTU
0,03%
1.507
3,12%
175.459
brancos
4,43%
249.099
nulos
92,45%
5.198.892
válidos
----------------------------------
Apuração por cidade
Ceará
100,00% Urnas apuradas no estado
Última atualização 00H57
82,54%
votantes
17,46%
ausentes
Senadores
Eleito
Reeleito
Camilo
PT
69,76%
3.389.513
Kamila Cardoso
AVAN
26,20%
1.273.272
Erika Amorim
PSD
3,98%
193.243
Carlos Silva
PSTU
0,06%
2.919
5,57%
313.270
brancos
8,02%
451.233
nulos
86,41%
4.858.947
válidos
-----------------------
Deputados Federais
Eleito
Reeleito
André Fernandes
PL
4,48%
229.509
Júnior Mano
PL
4,23%
216.531
Célio Studart
PSD
4,00%
205.106
Eunício
MDB
3,68%
188.289
Idilvan
PDT
3,66%
187.433
Guimarães do PT
PT
3,63%
186.136
Luizianne Lins
PT
3,56%
182.232
Domingos Neto
PSD
3,42%
175.074
Aj Albuquerque
PP
3,04%
155.456
Robério Monteiro
PDT
2,95%
151.030
Matheus Noronha
PL
2,94%
150.823
Mauro Filho
PDT
2,64%
135.038
Fernanda Pessoa
UNIÃO
2,37%
121.469
Denis Bezerra
PSB
2,32%
118.822
Moses Rodrigues
UNIÃO
2,21%
113.294
André Figueiredo
PDT
2,18%
111.886
Ronaldo Martins
REPU
2,04%
104.502
Eduardo Bismarck
PDT
2,00%
102.287
Luiz Gastão
PSD
1,88%
96.537
Yury do Paredão
PL
1,77%
90.425
Danilo Forte
UNIÃO
1,73%
88.470
Jose Airton
PT
1,61%
82.274
Dr Jaziel
PL
1,55%
79.358
Leônidas Cristino
PDT
1,46%
74.866
Priscila Costa
PL
1,46%
74.773
Dra. Mayra Pinheiro
PL
1,39%
71.214
Eliane Braz
PSD
1,29%
65.958
Dayany do Capitão
UNIÃO
1,06%
54.526
Vanderlan Alves
UNIÃO
1,04%
53.031
Enfermeira Ana Paula
PDT
0,96%
49.411
Heitor Freire
UNIÃO
0,95%
48.888
Inácio Arruda
PC do B
0,93%
47.672
Soldado Noelio
UNIÃO
0,83%
42.693
Tadeu Oliveira
PL
0,80%
41.093
Vaidon Oliveira
UNIÃO
0,77%
39.203
Nelinho
MDB
0,76%
38.820
Julierme Sena
UNIÃO
0,75%
38.619
Gabriel Biologia
PSOL
0,75%
38.277
Arnon Bezerra
PDT
0,72%
37.057
Gorete Pereira
PL
0,71%
36.507
Carlos Matos
UNIÃO
0,68%
34.584
Naumi Amorim
PSD
0,67%
34.214
Bispa Vanessa Lima
REPU
0,57%
29.390
Damião Tenorio
UNIÃO
0,52%
26.815
Adail Jr
PDT
0,52%
26.456
Delegado Cavalcante
PL
0,48%
24.379
Coronel Aginaldo
PL
0,45%
23.292
Christianne Coelho
PT
0,42%
21.325
Adelita Monteiro
PSOL
0,41%
20.806
João Alfredo
PSOL
0,37%
18.843
Dr Nilson Diniz
PDT
0,36%
18.331
Moroni
CIDA
0,34%
17.582
Julio Brizzi
PDT
0,34%
17.320
Erlan Bastos
REPU
0,34%
17.177
Tarso Magno
PP
0,33%
17.153
Claudia Gomes
PSDB
0,31%
16.110
Ailton Lopes
PSOL
0,31%
16.052
Rafael Branco
PP
0,27%
13.716
Dr. Agripino Magalhães
UNIÃO
0,23%
12.033
Caetano Neto
UNIÃO
0,21%
10.786
Anna Karina Vozes Feministas
PSOL
0,19%
9.512
Dra Mazé Maia
PSD
0,18%
9.184
Alanderson Mangueira
PSB
0,18%
9.043
Denísio Pinheiro
PSDB
0,16%
8.085
Luiz Carlos Jr
UNIÃO
0,15%
7.480
Lídia do Bora de Ruma
PSOL
0,14%
7.072
Thiago Esmeraldo
PP
0,14%
6.984
Emanuel Mota
PSD
0,13%
6.908
Chico Antônio
AVAN
0,13%
6.571
Pr Rodrigo Matos
REPU
0,12%
6.028
Daniel de Normando
PSD
0,11%
5.603
Sérgio Dantas
PP
0,11%
5.599
Lourdinha Felix
PT
0,10%
5.358
Graça Costa
PT
0,10%
5.264
Dr Carlos Macedo
PSB
0,10%
5.039
Rosânia Ramalho
PDT
0,10%
4.964
Renato Rodrigues
PSB
0,10%
4.916
Heitor Holanda
PSB
0,09%
4.711
Moaceny Félix
MDB
0,09%
4.709
Marilia do Posto
PSB
0,09%
4.434
Gomes Farias
PP
0,09%
4.414
Luhanna Urya
PP
0,08%
4.267
Érico Jovino
MDB
0,08%
4.258
Samuel Lima
NOVO
0,08%
4.148
Maya Eliz
PSOL
0,08%
4.111
Sonia Guerra
PSB
0,08%
4.034
Pastor Abraão
REPU
0,08%
3.974
Andrea Landim
PSB
0,08%
3.934
Kim Lopes
PT
0,07%
3.835
Nelho Bezerra
UNIÃO
0,07%
3.795
Francisco Fabiano
MDB
0,07%
3.613
Adrielly Teixeira
PDT
0,07%
3.604
Pastor Pedro Ribeiro
UNIÃO
0,07%
3.545
Ianna Brandão
PDT
0,07%
3.494
Leda Vasconcelos
PT
0,07%
3.359
Alipio Rodrigues
PSB
0,06%
3.306
Marcos Lima
PSD
0,06%
3.272
Natália Rios
PDT
0,06%
3.251
Poeta Geraldo Amancio
PSD
0,06%
3.248
Dr. Wilson Melo
AVAN
0,06%
3.227
5,26%
295.582
brancos
3,66%
205.809
nulos
91,08%
5.122.059
válidos
----------------------------
Deputados Estaduais
Eleito
Reeleito
Carmelo Neto
PL
2,33%
118.603
Evandro Leitão
PDT
2,23%
113.808
Marta Gonçalves
PL
2,21%
112.787
Fernando Santana
PT
2,19%
111.639
Sergio Aguiar
PDT
1,91%
97.522
Romeu Aldigueri
PDT
1,77%
90.399
Zezinho Albuquerque
PP
1,67%
85.138
Dra Silvana
PL
1,64%
83.423
Gabriella Aguiar
PSD
1,63%
83.128
Renato Roseno
PSOL
1,63%
83.062
Cláudio Pinho
PDT
1,61%
82.267
Osmar Baquit
PDT
1,56%
79.769
Pr.Alcides Fernandes
PL
1,55%
79.207
David Durand
REPU
1,54%
78.419
Guilherme Landim
PDT
1,51%
76.726
João Jaime
PP
1,49%
76.053
Marcos Sobreira
PDT
1,42%
72.183
Jeová Mota
PDT
1,35%
68.881
Agenor Neto
MDB
1,34%
68.289
Antonio Henrique
PDT
1,32%
67.148
Lia Gomes
PDT
1,31%
67.000
Queiroz Filho
PDT
1,26%
64.374
Danniel Oliveira
MDB
1,24%
63.463
De Assis Diniz
PT
1,24%
63.253
Moises Braz
PT
1,24%
63.149
Oriel Filho
PDT
1,19%
60.642
Firmo Camurça
UNIÃO
1,13%
57.836
Salmito
PDT
1,11%
56.624
Leonardo Pinheiro
PP
1,10%
56.059
Alysson Aguiar
PC do B
1,09%
55.449
Davi de Raimundão
MDB
1,08%
55.112
Audic Mota
MDB
1,08%
54.886
Dr. Oscar Rodrigues
UNIÃO
1,06%
54.066
Dr. Lucílvio Girão
PSD
1,03%
52.368
Bruno Pedrosa
PDT
1,01%
51.620
Luana Ribeiro
CIDA
1,01%
51.548
Antonio Granja
PDT
0,97%
49.581
Jô Farias
PT
0,94%
47.816
Leonardo Araújo
MDB
0,92%
46.777
Julinho
PT
0,90%
46.082
Juliana Lucena
PT
0,89%
45.474
Missias do MST
PT
0,88%
44.853
Sargento Reginauro
UNIÃO
0,82%
41.635
Larissa Gaspar
PT
0,74%
37.887
Guilherme Bismarck
PDT
0,74%
37.673
Nizo
PT
0,73%
37.110
Felipe Mota
UNIÃO
0,72%
36.949
Dep Fernando Hugo - Dr Hugo
PSD
0,72%
36.880
Guilherme Sampaio
PT
0,71%
36.063
Almir Bié
PP
0,70%
35.510
Simão Pedro
PSD
0,69%
35.414
Apóstolo Luiz Henrique
REPU
0,69%
35.149
Tin Gomes
PDT
0,69%
35.075
Heitor Férrer
UNIÃO
0,67%
33.915
Emilia Pessoa
PSDB
0,65%
33.275
Tony Brito
UNIÃO
0,64%
32.486
Acrisio Sena
PT
0,60%
30.653
Gordim Araujo
PSDB
0,60%
30.357
Duquinha
REPU
0,59%
30.238
Apollo Vicz
PSD
0,59%
30.119
Keivia Dias
PSD
0,59%
29.844
Magnolia Rocha
UNIÃO
0,57%
28.817
Walter Cavalcante
PV
0,56%
28.658
Martinha - a Saúde Resiste
CIDA
0,55%
28.174
Diego Barreto
PSDB
0,51%
25.749
Jacqueline Gouveia
MDB
0,46%
23.484
Jorge Pinheiro
PSDB
0,45%
23.071
Léo Suricate
PSOL
0,44%
22.466
Lucinildo Frota
PMN
0,43%
21.751
Gabriel Saboia
PMN
0,42%
21.282
Professor Anízio
PC do B
0,40%
20.324
Thiago Ciriaco
PMN
0,40%
20.161
Zuleide Queiroz
PSOL
0,39%
20.112
Evaldo Costa
REPU
0,39%
20.046
Moésio Loiola
PP
0,37%
18.716
Doutor Leitão
CIDA
0,36%
18.305
Dr. Aloísio
UNIÃO
0,35%
17.860
Stuart Castro
AVAN
0,34%
17.243
Pedro Lobo
PT
0,32%
16.519
Lucas Brasil
PC do B
0,31%
15.833
Cônsul do Povo
PSDB
0,31%
15.739
Felipe Aguiar
MDB
0,31%
15.710
Danilo Lopes
AVAN
0,31%
15.573
Mari Lacerda
PT
0,30%
15.453
Tam de Oliveira
AVAN
0,30%
15.139
Adriana Geronimo
PSOL
0,29%
14.577
Tomaz Holanda
AVAN
0,28%
14.461
Dra. Denise
PT
0,28%
14.417
Isabelle Munguba
UNIÃO
0,28%
14.185
Daniel Borges
AVAN
0,24%
11.982
Pedro Matos
PL
0,23%
11.963
Dr João Batista
PMN
0,20%
10.404
David Proarmas
PL
0,19%
9.649
Ferreira Aragão
PSDB
0,18%
9.162
Mario Helio
PMN
0,18%
9.055
Vinicius Duarte
PSD
0,17%
8.796
Edilardo Eufrasio
MDB
0,17%
8.690
Sávio Pontes
PSD
0,16%
8.127
Marcelo da Granja
UNIÃO
0,16%
8.064
Professor Cardoso Neto
UNIÃO
0,16%
7.947
5,62%
316.083
brancos
3,73%
209.694
nulos
90,65%
5.097.673
válidos

Elmano eleito



O novo governador do Ceará é o deputado estadual do PT, Elmano de Freitas. Foi um dos mais bonitos trabalhos que já ví numa campanha política. Comitês estratégicos, abordagens diferenciadas ao eleitor e uma campanha com poucos ataques aos adversários fizeram de Elmano um eleito em primeiro turno ao lado do senador, ex Governador Camilo Santana, Camilo com O. Devo contar um detalhe: quando chegou a Sobral, para votar hoje à tarde, a governadora Izolda Cela, foi recebida pelo marido, o ex-Prefeito Veveu, o cunhado, Luciano Arruda e pelos candidatos Elmano e Camilo. Além de dois neto. No aeroporto Virgílio Tavora, foi feita essa foto, todos com ar de vitoriosos.

Izolda Cela manda dizer que acaba de votar em Sobral


Votei há pouco, em Sobral, acompanhada do querido governador e candidato ao Senado, Camilo Santana, e do candidato ao Governo, Elmano de Freitas. Momento de reafirmar a importância do voto para a construção de um Ceará ainda mais desenvolvido e de um país com esperança e paz.

Os portugueses vêm as eleições daqui

 Do jornal Diário de Notícias, de Lisboa.

De Arruda a Zema. A a Z da campanha no Brasil

Houve de tudo em 47 dias de combate entre Jair Bolsonaro, Lula da Silva e demais nove candidatos ao pleito deste domingo: alianças improváveis, vídeos virais, mortes de apoiantes, ataques religiosos, ameaças golpistas, polémicas raciais, atentados à moral e bons costumes, guerras em família e, como antes de um jogo de futebol, muita pressão sobre a arbitragem do Tribunal Eleitoral. Uma pressão que deve continuar mesmo após a eleição...

A de Arruda
De entre as centenas de episódios de violência em campanha, o mais chocante, por ter sido filmado por camâras de segurança, vitimou Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, assassinado a tiro durante a festa de aniversário de 50 anos, ao lado da família e amigos, por um invasor bolsonarista.

B de Bolsonarismo
O que é, afinal, o "bolsonarismo", corrente que reúne de órfãos do moderado PSDB a fãs da ditadura, passando por terraplanistas? O tempo dirá. Mas o último neologismo da política brasileira, mesmo em caso de derrota, "continuará existindo", prevê o insuspeito Lula. Politólogos anteveem, entretanto, um processo de canibalismo entre as suas principais correntes.

C de Cássio Cenali
Cada eleição no Brasil tem uma palavra tema: a de 2018 começava por um C, de Corrupção. A de 2022 também: o C, de Comida. O vídeo gravado por Cassio Cenali, o patrão bolsonarista com dois C como iniciais que negou uma marmita de arroz e feijão à faminta Ilza Rodrigues, apenas por ela ser lulista, resumiu, com requintes de sadismo, o tema de campanha.

D de Datapovo
O principal instituto de sondagens do Brasil, o Datafolha, assim como todas as outras empresas concorrentes credíveis, foi dando consistentemente Lula em primeiro lugar e Bolsonaro em segundo, para ira dos apoiantes deste último, que responderam aos números com os registos fotográficos das manifestações a favor do presidente, chamando-os de "Datapovo".

E de Ey, Ey, Eymael
"Lula Lá, Sem Medo de Ser Feliz", por ser o tema de campanha do líder das sondagens, andou na boca de muita gente. Mas o slogan mais famoso do Brasil é o recorrente "Ey, Ey, Eymael, um democrata cristão", do Constituinte Eymael, candidato à presidência pela sexta vez consecutiva. Em 2018, Eymael teve 0,04% mas então, como agora, disse "ver sinais" de que estaria a disputar a segunda volta.

F de Frente Ampla
Para encurralar Bolsonaro num extremo, Lula começou por convidar o ex-adversário Geraldo Alckmin [ver letra P] para vice. Depois juntaram-se a ambientalista Marina Silva e o banqueiro Henrique Meirelles, ambos candidatos em 2018. Mais tarde, até Joaquim Barbosa, o austero juiz do Mensalão do PT, e Reale Junior, um dos subscritores do impeachment de Dilma. Mesmo Faria Lima, também com F, espécie de Wall Street brasileira, se reuniu com o ex-sindicalista e saiu a sorrir. Por falar na letra F, Fernando Henrique Cardoso (FHC), himself, deu a entender, em nota, estar com o velho rival, apesar de o seu PSDB apoiar Simone Tebet.

G de Guerra Santa
Quando um dos candidatos tem como mote "Deus, Pátria, Família e Liberdade" e viaja sempre acompanhado de um pastor, a religião necessariamente entra na campanha, até porque o Brasil ésqx o país com mais católicos e o segundo país com mais protestantes do mundo. Grosso modo, muito grosso modo mesmo, os primeiros votam Lula, os segundos Bolsonaro.

H de Haddad
Nem só da corrida ao Planalto vivem as eleições brasileiras. Há 1607 vagas a preencher, executivas e legislativas, entre as quais a de governador de São Paulo, onde um terço do PIB do país se concentra. Lá, trava-se uma disputa em forma de tubo de ensaio para 2026 entre Fernando Haddad, o delfim de Lula, e Tarcísio Freitas, o delfim de Bolsonaro.

I de Imbroxável
Quis o destino que as comemorações dos 200 Anos da Independência do Brasil ocorressem durante uma campanha. Nelas, Bolsonaro, presidente e candidato (muito mais candidato do que presidente), chamou Lula de ladrão, comparou o físico das mulheres de ambos e puxou o coro "imbroxável" para constrangimento geral.

J de Jefferson
Três candidatos não chegaram à meta. Pablo Marçal, um coach cujo partido, PROS, decidiu apoiar Lula à última hora, André Janones, que chegou a 2% nas pesquisas, mas abdicou para se tornar um nervoso apoiante do antigo presidente, e Roberto Jefferson, inelegível por questões penais. Sem Jefferson, o Brasil pôde conhecer o seu excêntrico substituto, o padre Kelmon (que não é padre), auxiliar de Bolsonaro nos debates.

K de Kid Bengala
Por falar em K, de Kelmon, outro K chamou a atenção: o candidato a deputado Kid Bengala, um ex-ator pornográfico cujo slogan "vou meter o pau nessa bagunça" foi vetado por atentado aos bons costumes. Ainda no K, Lula indignou os bolsonaristas ao comparar as manifestações deles, no 7 de Setembro, com reuniões do infame Ku Klux Klan.

L de L
Se em 2018 se falou de corrupção e em 2022 se fala de comida, em 2018 o gesto da moda era a "arminha", pró-Bolsonaro, e em 2022 o "L", pró-Lula. Por coincidência, em ambos os gestos se estica o indicador e o polegar e se mantém os restantes dedos contraídos, a diferença está na direção que se dá.

M de Michelle
Para cativar as mulheres, Bolsonaro convocou a primeira-dama para a campanha. Ela fez-se notar pelo vestido levado ao enterro de Isabel II, por chamar a atriz lulista Bruna Marquezine de feia e vulgar, por pedir jejum por Jesus num país onde 33 milhões passam fome e por se ter envolvido em discussão com a ex do marido, Cristina, e o filho desta, Jair Renan, sobre quem merecia usar o apelido "Bolsonaro".

N de Nona
Desde a redemocratização, em 1985, houve oito presidenciais. Na primeira, Collor de Mello bateu Lula, na segunda e na terceira FHC venceu o ex-sindicalista, na quarta e na quinta, este superou José Serra, primeiro, e Geraldo Alckmin, depois, na sexta e na sétima, Dilma ganhou ao repetente Serra e a Aécio Neves. A oitava, há quatro anos, viu Bolsonaro superar Haddad.

O de Obrigatório
O voto no Brasil é obrigatório - quem não cumprir o dever, pode ter até empréstimos bancários negados. É também eletrónico - o eleitor digita o número correspondente a cada um dos candidatos (Lula é o 13, Bolsonaro o 22), além de escolher governador, senador e deputados federal e estadual. E será, pela primeira vez este ano, simultâneo - apesar dos três fusos no país, todas as urnas encerram às 17.00 horas de Brasília, 21.00 horas em Lisboa.

P de Picolé de Chuchu
Em 2006, o PT cunhou em Geraldo Alckmin, o então candidato do PSDB, a alcunha "Picolé de chuchu" pela suposta falta de carisma do rival de Lula. Passados 16 anos, Lula e Alckmin estão lado a lado, como candidatos a presidente e vice. "O prato do ano no Brasil é Lula com Chuchu", resumiu Alckmin. Bolsonaro, por sua vez, namorou Tereza Cristina, a ministra da Agricultura, para somar apoios femininos, Gilson Machado, ministro do Turismo e sanfoneiro nas horas vagas, para somar apoios no nordeste, mas acabou nos braços fardados de Braga Netto, outro general, depois de Hamilton Mourão, em 2018, como candidato a vice.

Q de Quilombolas
Ainda que a população brasileira seja composta por 56% de pretos e pardos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Congresso apenas 17,8% dos parlamentares são negros. E não há nenhum quilombola - habitante de um dos seis mil quilombos, povoações de escravos fugidos da escravidão, ainda existentes no país. Por enquanto: este ano foram lançadas 17 candidaturas quilombolas a deputados em 13 estados.

R de Raça
Por falar em raça, os candidatos devem declarar a qual pertencem: branco, preto, pardo... Antônio Carlos Magalhães Neto [ACM Neto], candidato ao governo da Bahia, apesar de branco, declarou-se pardo. Os rivais chamaram-no "afroconveniente" e acusaram-no de fazer bronzeamento artificial durante a campanha. Ele respondeu que está queimado por causa das arruadas.

S de Sergio Moro
ACM Neto é um dos líderes do União Brasil, para o qual migrou o ex-ministro Sergio Moro já a meio da pré-campanha, convencido de que seria candidato presidencial. Acabou a lutar por vaga no Senado. Para o Planalto, o União começou por apresentar Luciano Bivar, mas decidiu-se pela bolsonarista arrependida Soraya Thronicke.

T de Terceira Via
Por meses, a imprensa especulou sobre o candidato da terceira via, a alternativa a Bolsonaro e Lula. Percorreu quase todo o abecedário, de apresentadores de TV, como Luciano Huck, a ex-ministros bolsonaristas, como Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta, passando por barões do PSDB, como João Doria ou Eduardo Leite, até chegar à letra T, de Tebet. A senadora, entretanto, segue em quarto nas sondagens empatada com Ciro Gomes.

U de Útil
Ciro Gomes começou por fazer de Bolsonaro o principal alvo, depois trocou-o por Lula e acabou a vociferar contra o "voto útil". Uma batalha perdida, tendo em conta que até os seus irmãos Cid e Ivo Gomes trocaram de lado no Ceará, estado natal da família.

V de Vera Magalhães
Os jornalistas não são notícia, mas Vera Magalhães, chamada num debate de "maior vergonha do jornalismo brasileiro" por Bolsonaro e pivô de uma briga entre um deputado, que a filmava e ameaçava, e um diretor de televisão, que a defendeu atirando o telemóvel para longe, acabou involuntária protagonista da campanha.

W de Windsor
Quando o Brasil ainda sacudia a poeira do discurso do "imbroxável" no 7 de Setembro, já Bolsonaro voava para o enterro de Isabel II, em Windsor, onde, da varanda do hotel, atacou a ideologia de género e as esquerdas sobre o caixão da rainha. A seguir foi à ONU ouvir Joe Biden exigir que o resultado das urnas brasileiras fosse respeitado, sem Capi- tólios tropicais.

X de Xandão
Apresentados os jogadores, eis o árbitro: Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Eleitoral (TSE). O juiz do Supremo, ministro da justiça no Governo Temer, tem defendido o voto eletrónico e combatido as notícias falsas, razão pela qual os bolsonaristas o detestam e os lulistas o aplaudem, ao ponto de o alcunharem, nas redes sociais, com o aumentativo Xandão. Se em 2018, as fake news se centravam na moral - Haddad, diziam, ia instituir a "mamadeira de piroca" [biberon de pirilau] para combater a homofobia - em 2022 foca em mal amanhadas aldrabices sobre os riscos das urnas eletrónicas.

Y de Youtube
Nem só Bolsonaro protesta, no entanto: a campanha de Lula queixou-se no TSE de que o algoritmo do YouTube privilegia a exposição de vídeos pró-Bolsonaro ao partilhar conteúdo da Jovem Pan, grupo de comunicação simpático ao governo chamado pelas esquerdas de "Jovem Klan".

Z de Zema
Diz-se no Brasil que os mineiros "comem pelas beiradas", isto é, chegam aos objetivos devagar e discretamente. É o caso de Romeu Zema (Novo), perto da reeleição no governo de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, e pronto para herdar nas presidenciais de 2026 os despojos da direita, em caso de derrota de Bolsonaro.

O sol

 


Cuidar das coisas às claras, com verdades e sem subterfúgios faz o dia ficar limpo, a vida fluir melhor, as almas viram mensageiras de paz e sempre evitam conflitos, nunca desejados por quem cultua o entendimento, os valores éticos e os postulados cristãos.
Quando um novo sol brilha, tudo pode se iluminar à sua claridade.

Sempre é sempre um bom tempo para a alegria e mãos que se apertam entre a curta vida que sempre resta a cada um.

O dia

 


De 1988 pra cá, quando a Constituição Cidadã cuidou dos dois turnos, só em seis ocasiões um candidato venceu a eleição pra governador do Ceará no primeiro turno.

  • Em 1990, com a eleição de Ciro Gomes (à época do PSDB, hoje no PDT) com 54,32%; 
  • Em 1994, com a vitória de Tasso Jereissati (PSDB) com 55,32%; 
  • Em 1998, com a reeleição de Tasso Jereissati, com 62,71% dos votos; 
  • Em 2006, com a primeira eleição de Cid Gomes (à época PSB e hoje PDT) ao governo com 62,38%; 
  • Em 2010 com a reeleição de Cid Gomes com 62,31% do eleitorado; 
  • Em 2018 com o êxito de Camilo Santana (PT), com 79,96% dos votos.

  • Este domingo, 02 de outubro de 2022, poderá, ou não, fazer um sétimo candidato eleito no primeiro turno. As diferenças, pelas pesquisas acenam com um segundo turno, mas, cabeça de eleitor
  • é nação que ninguém anda. E acredite, há uma ventania danada e chuva sobre Fortaleza.

Briga na madrugada

 

COMÉRCIO FECHADO: SINDICATO REVERTE DECISÃO DE JUIZA E CATEGORIA PODE EXERCER COM TRANQUILIDADE SEU DIREITO AO VOTO

Comércio em geral, inclusive shoppings, estarão fechados neste domingo (2) de eleição
A assessoria jurídica do Sindicato do Comerciários acaba de conseguir reverter a decisão da liminar concedida na juíza substituta Suyane Belchior Paraíba de Aragão da 14° Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT7) que havia liberado o funcionamento do comércio neste domingo (2), primeiro turno das eleições.
O sindicato esteve atuando desde que foi informado sobre a liminar requerida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) e representantes dos lojistas de shoppings para abertura. Com o mandado de segurança expedido, fica garantida a proteção jurídica da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, e o comércio, inclusive os shoppings estarão fechados, garantindo o exercício democrático e o direito ao voto.
O presidente do sindicato, Sebastião Costa, declarou ainda esta madrugada, que a entidade repudia a “atitude desrespeitosa do CDL” para com os trabalhadores.

Quase sempre a Justiça do Trabalho julga pró trabalhador

Antes do primeiro turno

 


Última pesquisa Ipec mostra Lula com 51% dos votos válidos e Bolsonaro com 37%
A pesquisa contou com 3008 entrevistas, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em 183 municípios
Uma das últimas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como favorito na disputa ao Palácio do Planalto. A pesquisa Ipec, divulgada no início da noite deste sábado (01), aponta que o petista está com 51% de votos válidos, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que conta com 37%.
Em terceiro lugar, estão empatados Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), ambos com 5%. No levantamento anterior do instituto, realizado no dia 27 de setembro, o petista decresceu 1%, enquanto Bolsonaro registrou uma oscilação de três pontos percentuais para cima. Neste cenário, Lula seria eleito em primeiro turno.
A avaliação não leva em consideração os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos, seguindo a mesma abordagem adotada pela Justiça Federal na divulgação dos resultados da eleição.
A pesquisa contou com 3008 entrevistas, entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, em 183 municípios. O documento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00999/2022.

O senador, segundo a pesquisa

 

Com A
Ipec Ceará Senado: nos votos válidos, Camilo Santana tem 76%; Kamila Cardoso, 20%; Erika Amorim, 4%.

Se der isso aí, fica provada a diferença tão citada: Com A é menor que com O. E parece ser grande a diferença. Se der,viu. Se der