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Claraboia

 

Seinfra inicia inclusão de equipamentos públicos no Mercado Livre de Energia e projeta economia de até 20%

No Ceará, a transição energética já começou a se tornar realidade. A partir deste mês, o Estado se torna o primeiro do Brasil a dar um passo efetivo na migração para o Mercado Livre de Energia, com a inclusão de grandes equipamentos públicos, de alto consumo, no novo sistema. Por meio de contrato assinado entre a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e a comercializadora de energia EDP, fica estabelecido que o Centro de Eventos do Ceará e a sede da Perícia Forense (Pefoce) passarão a operar com energia oriunda de fontes limpas e previsões de baixo custo, promovendo redução de gastos e um consumo mais sustentável.
A nova modalidade, que deverá chegar a outros equipamentos nos próximos meses, representará uma economia equivalente a cerca de 20% dos gastos atuais com energia. Além do impacto financeiro, os órgãos estaduais estarão protegidos das oscilações de bandeira tarifária, pois a tarifa contratada é fixa por período, assegurando previsibilidade orçamentária e independência das condições externas.
“Toda a energia fornecida nesse contrato virá de fontes renováveis, garantindo que mais de 100 GW/h de consumo anual sejam atendidos por essas fontes limpas”, destaca o secretário da Infraestrutura do Ceará, Hélio Winston Leitão. Dessa forma, segundo ele, o governo estadual antecipa em cinco anos a meta estabelecida pelo Decreto Estadual Nº 33.264, que prevê a autossuficiência dos órgãos estaduais em energias renováveis até o ano de 2029. Transição em outros equipamentos A transição será realizada de forma gradual, com prioridade para unidades de grande porte e elevado consumo energético, o que garante resultados rápidos na economia de recursos. “
São instalações que operam intensivamente e, portanto, proporcionam um impacto imediato na redução de custos”, lembra o secretário Hélio. Conforme o secretário executivo de Energia e Telecomunicações da Seinfra, Dickson Araújo, as unidades foram selecionadas estrategicamente para capturar os maiores ganhos financeiros logo nas fases iniciais. “O processo será acompanhado por uma análise contínua que identificará outras unidades com potencial para aderir ao modelo, visando expandir gradualmente a cobertura do Mercado Livre”, ressalta.
A estimativa, agora, é que a migração das demais unidades será realizada em etapas subsequentes, seguindo um cronograma estruturado para facilitar a adaptação dos órgãos. O calendário busca garantir que o Estado maximize os benefícios financeiros e ambientais da mudança, consolidando o Ceará como um exemplo de gestão sustentável e econômica no setor público.

Isso pode, Arnaldo?


 

A Justiça Eleitoral multou o deputado federal André Fernandes (PL) em R$ 1,250 milhão, por não ter veiculado, durante a campanha eleitoral, direito de resposta concedido a Evandro Leitão (PT) durante a disputa pela Prefeitura de Fortaleza. A decisão foi proferida nessa terça-feira (5), pelo juiz da 115ª Zona Eleitoral de Fortaleza, Victor Nunes Barroso.
Então adversários na disputa do segundo turno, André deveria ter inserido 25 direitos de respostas do petista durante o seu tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio. Como descumpriu a determinação liminar, o valor total da multa chegou ao montante de R$ 1.250.000,00 agora — já que é R$ 50 mil por cada inserção. O valor deve ser pago à União. Ainda cabe recurso ao velho Raspa.

Marróia

 


Eduardo Bolsonaro espera que governo Trump pressione o STF a salvar seu pai

“É a mesma história. Se o Trump voltou, então há chance de Bolsonaro voltar lá”, afirmou

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acredita que a recente vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos pode salvar seu pai da prisão e da inelegibilidade. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele afirmou que a volta de Trump ao poder pode incentivar uma nova correlação de forças favorável à direita no Brasil e impactar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista, o parlamentar, que acompanhou a apuração dos votos nos Estados Unidos ao lado de Trump e figuras como Elon Musk, afirmou que o controle republicano no Senado americano facilitará a aprovação de um projeto de lei que pode restringir a entrada nos EUA de autoridades que, na visão dos republicanos, tenham violado a liberdade de expressão. “Isso se aplica a ministros que praticaram abusos, como no caso recente envolvendo o X”, disse, em alusão à disputa entre o proprietário da rede, Elon Musk, e autoridades brasileiras.

Contexto internacional e comparação com a trajetória de Trump - Eduardo vê paralelos entre os desafios enfrentados por Trump e Bolsonaro, destacando que ambos foram alvo de processos judiciais e acusações. Ele acredita que o retorno de Trump após acusações e tentativas de prisão pode servir como exemplo para Bolsonaro. “É a mesma história. Se o Trump voltou, então há chance de Bolsonaro voltar lá”, afirmou, acrescentando que o retorno de Trump deixa o STF “menos confortável para fazer perseguições”.

Sobre as eleições de 2026, Eduardo enfatizou que Bolsonaro é “o plano A, B e C” da direita e reforçou que não há outro nome para substituí-lo. “Impossível foi tirar o Lula da cadeia e torná-lo elegível. Se fizeram isso, acredito que é possível reverter a situação de Bolsonaro”, disse o deputado.

Repercussão da vitória de Trump no Brasil - Para Eduardo, a ascensão de Trump representa um fortalecimento da direita global e traz impactos diretos para o Brasil. Ele destaca a influência do republicano sobre o Judiciário americano e sugere que isso também pode gerar pressão sobre as instituições brasileiras, especialmente o STF, ao lidar com investigações e condenações relacionadas a Bolsonaro e a aliados.

Debate sobre anistia - Eduardo afirmou que defende o PL da Anistia, projeto em tramitação no Congresso que quer anistiar os condenados pleos atos golpistas de 8 de janeiro. Embora reconheça “alguma responsabilidade” nos eventos, ele refuta a ideia de que se tratou de uma tentativa de golpe. “Não foi dado nenhum tiro e não foi apreendida nenhuma arma”, argumentou, classificando as condenações como exageradas.

Para Eduardo, o movimento de anistia visa combater o que ele chama de “prisões arbitrárias” que, segundo ele, têm o objetivo de intimidar apoiadores de Bolsonaro e da direita no país. Ele defende que os envolvidos nos ataques sejam julgados individualmente, mas critica o que considera uma “instrumentalização” do Judiciário para coibir manifestações de apoio ao ex-presidente.

Expectativas de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro - Com Jair Bolsonaro inelegível até 2030 após condenação por abuso de poder político e econômico pelo TSE, Eduardo vê possibilidades de reverter a decisão. Ele compara a situação de seu pai com a reabilitação política de Lula. “Se fizeram o impossível com Lula, também acredito na reversão para o Bolsonaro”, afirmou, reforçando que a volta de Trump pode fortalecer a campanha por essa mudança.

Mega foi dar em Cuiabá

 Uma aposta de Cuiabá (MT) acertou as seis dezenas sorteadas hoje no concurso 2795 da Mega-Sena e ganhou um prêmio de R$ 201.963.763,26

O que aconteceu

Os números sorteados foram 13-16-33-43-46-55.

Prêmio de R$ 201,9 milhões é o sexto maior da história de um concurso regular da Mega-Sena - ou seja, excetuando edições especiais, como a Mega da Virada.

Bom dia

 


O dia - Quando vem assim, as 04:40 da manhã com 26 graus , prepare aquele velho calção de banho e aquele antigo duas peças,engana mamãe, que vai ser sol brabo, praia fervendo, piscina cheia e cachoeira fria. É assim que vai ser assim, ou meu nome é Bond. James Bond. Amanheci com as língua afiada batendo no céu da boca. Vontade de falar...

Morreu o Tenente Gondim.


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Sem a necessidade de se aprofundar na história, mas conscientes de que todos fazemos parte dela — especialmente quando o tema é Segurança Pública, cujas estatísticas no
no Ceará e no Brasil inteiro são trágicas — somos imediatamente levados a críticas e excessos.
Há quem diga nas ruas: “Na época dos coronéis Assis e Francisco 'Gondim', as coisas eram diferentes. Policial era respeitado em sua plenitude; o malfeitor ia para a cadeia ou 'virava suco'. Sumia."
Outros, no entanto, lembram que a realidade era dura, com relatos de torturas e violência das mais perversas. Nesse contexto, os saudosistas parecem esquecer que naquela época não havia o problema das drogas distribuídas por toda parte — na zona rural, urbana, vilas, sítios e lugarejos. Facções? Nem se ouvia falar disso.
Não podemos, portanto, comparar o antes e o depois, embora seja fato que, até o momento, o Estado perde essa guerra; que o digam as estatísticas, que falam por si.
Este preâmbulo é apenas para anunciar que o famoso e temido "Coronel Gondim" partiu para sua última morada neste sábado, 9. Talvez ele se reencontre com o Coronel Assis, revivendo os fatos que marcaram a história do Ceará ao lado de colegas da Gloriosa Polícia Militar e, quem sabe, de muitos dos que prendeu, apertou o cerco — ou dos que, como dizem, "viraram suco" naquele período.

Eu disse: Tem gato na tuba

 


Clã que se diz ‘dono de Jericoacoara’ foi condenado por fraude milionária em banco

Bancesa foi liquidado por desviar R$ 134 milhões da União nos anos 90; valor corresponde hoje a R$ 1,45 bilhão.

No mês passado, o Conselho Comunitário de Jericoacoara realizou uma série de protestos contra um acordo que vinha sendo costurado entre a Procuradoria Geral do Estado do Ceará (PGE-CE) e a empresária Iracema Correia São Tiago. As negociações buscavam indenizar Iracema e seus herdeiros para que abrissem mão de parte de um imóvel rural cuja matrícula se sobrepõe a 83% da Vila de Jericoacoara, um dos destinos turísticos mais procurados do país. Em troca, ela receberia 19 lotes desocupados na vila, localizada a 16 km da sede do município de Jijoca de Jericoacoara.

Revelado pelo jornalista Carlos Madeiro, do UOL, o caso ganhou projeção nacional, sendo destaque na edição de 26 de outubro do Fantástico, da TV Globo. Com a repercussão, o procurador-chefe da Procuradoria do Patrimônio e Meio Ambiente (Propama), Marcus Claudius Saboia Rattacaso, suspendeu o acordo.

Segundo a decisão, de 29 de outubro, foram identificadas inconsistências na matrícula da Fazenda Junco I. Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), houve um aumento de 483,45 hectares no tamanho da propriedade, lavrado em cartório em dezembro de 2007 — cinco anos depois da criação do Parque Nacional de Jericoacoara, de proteção integral.

Mas quem é a empresária que se diz dona de Jeri? Em vídeo publicado ontem (7) no YouTube, De Olho nos Ruralistas aborda o histórico da família do ex-marido de Iracema, José Maria de Morais Machado, diretor do Bancesa, banco liquidado pelo Banco Central em 1995 após uma série de fraudes contra a União. Adquirido pelo banqueiro em 1983, o imóvel foi transferido para o nome de Iracema na mesma semana em que a Justiça confirmou a falência do Bancesa, em agosto de 2003. O congelamento dos bens dos diretores havia sido decretado seis meses antes, em fevereiro.

A reportagem também teve acesso a processos judiciais em que pequenos agricultores alegam terem sido vítimas de intimidações promovidas pela família, que derrubou cercas a fim de expulsar posseiros e consolidar o domínio territorial na costa cearense.

O caso de Jericoacoara marca a estreia de uma nova editoria audiovisual deste observatório: De Olho no Litoral explora a fome de empresários — do agronegócio, da energia, do setor imobiliário — pelas praias brasileiras. Quem são esses senhores? Como eles dobram o Estado sob o peso do capital? Do outro lado, a resistência de pescadores, marisqueiras, indígenas e quilombolas para defender seus territórios e proteger nossos ecossistemas marítimos.

Confira o primeiro episódio:

Compra das terras em Jericoacoara

Na época da compra das terras em Jericoacoara, José Maria de Morais Machado atuava como diretor do Bancesa, antigo Banco de Crédito Popular de Sobral. A instituição foi fundado por seu pai, Manoel Machado de Araújo.

Falência do Bancesa gerou dívida de R$ 1,45 bi para família Machado. (Foto: Acervo/Diário do Nordeste)

Falência do Bancesa gerou dívida de R$ 1,45 bi para família Machado. (Foto: Acervo/Diário do Nordeste)

Na matrícula da Fazenda Junco I, o ex-marido de Iracema aparecia como dono até agosto de 2003. A averbação do divórcio e a transmissão da propriedade ocorreu na mesma semana em que o Bancesa teve sua falência confirmada, no dia 20 daquele mês, por decisão do juiz João Luís Nogueira Matias. A sentença pedia a indisponibilidade de bens dos administradores. Em 26 de agosto, Iracema São Tiago foi oficializada como nova proprietária da fazenda, após a partilha dos bens do casal.

O banco da família Machado foi liquidado pelo Banco Central em 1995, após uma investigação constatar que seus executivos burlaram o repasse de tributos federais e contribuições previdenciárias ao Tesouro Nacional. Os diretores foram denunciados por apropriação indébita, e José Maria foi condenado em 2004 pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5)  a oito anos de prisão em regime semi-aberto. Ele faleceu quatro anos depois, em 2008.

Os recursos desviados pelo banco entre 1994 e 1995 somavam R$ 134 milhões. Corrigido para os dias atuais, o valor equivale a R$ 1,45 bilhão, conforme dados do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Apesar dos pagamentos realizados pela massa falida do banco, o Bancesa ainda aparece na lista dos mil maiores devedores da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), na categoria de pessoa jurídica. Segundo a última atualização, os débitos inscritos na Dívida Ativa da União somam R$ 429 milhões. Em 2017, eram de R$ 1,4 bilhão.

O processo corre até hoje na Justiça Federal no Ceará. Em 2023, após uma tentativa de saque de R$ 20 milhões da conta bancária da massa falida, o juiz George Marmelstein Lima determinou um novo bloqueio, de R$ 286 milhões.

Mapa dos 19 lotes de potencial turístico oferecidos em troca de terras da família Machado. (Imagem: Reprodução/UOL)

Mapa dos 19 lotes de potencial turístico oferecidos em troca de terras da família Machado. (Imagem: Reprodução/UOL)

Parque Nacional de Jericoacoara

A reportagem procurou os representantes da família, que responderam por meio de sua assessoria de imprensa. A nota afirma não haver relação entre Iracema São Tiago e a situação do Bancesa na época em que a Fazenda Junco I foi transferida. “A sra. Iracema e José Maria foram casados por 25 anos e se separaram de fato desde 1989”, diz o texto. “Em 1995, o divórcio foi homologado na justiça e a partilha de bens foi oficializada”.

A família afirma ainda que, quando o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Bancesa, em 1995, “a meação da esposa (isto é, os bens que cabia à esposa em razão da separação e por conta do regime de casamento) não respondia pelas dívidas do marido”.

Sobre as matrículas em negociação junto à PGE-CE, a nota afirma que as ações não tratam de reintegração de posse e são processos diferentes relativos às fazendas Junco I, Junco II e Caiçara. “Pelo acordo firmado com o Governo do Estado do Ceará, a sra. Iracema Correia São Tiago receberia apenas as terras remanescentes, cerca de 4% do total a que teria direito, que não estejam ocupadas”, informa a família. “Ou seja, moradores, comerciantes e empresários não serão afetados. Além disso, ela renuncia de forma expressa qualquer pedido indenizatório contra o Governo do Estado do Ceará”.

Imagem de arquivo mostra José Maria e Iracema em Jericoacoara. (Foto: Reprodução)

Imagem de arquivo mostra José Maria e Iracema em Jericoacoara. (Foto: Reprodução)

Em relação à sobreposição de 1.883 hectares ao Parque Nacional de Jericoacoara — 21% da área total delimitada em 2002 –, a família diz que “existem pedidos de pagamento de indenização para os imóveis, que deveriam ter sido desapropriados pelo Governo Federal por conta da criação da mencionada Unidade de Conservação”. Conforme revelado em reportagem do UOL, uma perícia judicial avaliou as três fazendas pela quantia astronômica de R$ 624,7 milhões. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do parque, o valor indenizável é de 4,24 milhões, segundo tabela de preços de 2019.

A íntegra da nota está disponível aqui. Os pontos específicos relativos ao aumento de 483,45 hectares na matrícula da Fazenda Junco serão abordados em reportagem específica.

Intimidações, despejo e cães abandonados

A negociação em torno das terras de Jericoacoara não é a primeira ofensiva fundiária do clã Machado. Relatos de agricultores dão conta de intimidações realizadas por José Maria e seu filho, Estevan São Tiago Machado, fruto do casamento com Iracema. Os dados foram obtidos a partir de documentos em processos judiciais em curso no Tribunal de Justiça do Ceará.

Despejo de escolinha de futebol, em área reivindicada pela família Machado. (Foto: TJCE)

Despejo de escolinha de futebol, em área reivindicada pela família Machado. (Foto: TJCE)

Em um dos casos, uma agricultora afirma que ela e sua família sofreram pressões para vender lotes a José Maria Machado desde os anos 1980. Segundo seu relato, o banqueiro costumava derrubar cercas e impor acordos para que pequenos proprietários deixassem a região.

Trinta anos depois, em 2012, Estevan foi acusado por dois posseiros do município vizinho de Cruz, onde está localizada parte da Fazenda Caiçara, uma das propriedades sobrepostas ao Parque Nacional de Jericoacoara. Eles movem ações de reintegração de posse contra Estevan, que teria derrubado cercas e intimado famílias instaladas na região da Lagoa de Jijoca, acompanhado de força policial.

Em Fortaleza, capital do estado, a ofensiva da família Machado para preservar o patrimônio incluiu um episódio em que a Santa Elisa Ltda, empresa imobiliária administrada por Iracema, demoliu a moradia de Manoel Messias Monteiro dos Santos em 2020. Manoel afirma que, ao retornar para sua casa, encontrou parte do imóvel destruído e seus animais de estimação soltos na rua. No espaço, ele mantinha uma escolinha de futebol para a comunidade local.

A mesma empresa é alvo de uma ação judicial movida em 2016 pela Associação Brasileira dos Defensores dos Direitos e Bem-Estar dos Animais. A ONG alega que a Santa Elisa estaria retirando cachorros de abrigos para utilizá-los como “guardas”. A peça diz que os cães são deixados sem água ou comida, em estado de abandono.

A Eco Jeri Participações, outra empresa de Iracema, é alvo do Ministério Público pelo abandono de um prédio, sob risco de desabamento, no bairro Andreota, zona nobre da capital.

Prédio abandonado na rua Fonseca Lobo, área nobre de Fortaleza. (Foto: MPCE)

Prédio abandonado na rua Fonseca Lobo, área nobre de Fortaleza. (Foto: MPCE)

‘Não há abandono de patrimônio’, diz família

Questionada sobre os processos judiciais envolvendo a família São Tiago-Machado, a assessoria informou que as acusações são “totalmente infundadas” e que não há nenhum abandono da família quanto a seu patrimônio:

— José Maria Machado era um empresário muito bem sucedido do setor de couro e de cera de carnaúba do município de Sobral, de uma família muito tradicional. Ele começou a adquirir as áreas no então município de Cruz na década de 80, acostando diversos contratos de compra e venda bem como recibos que comprovam as compras, sendo estas legítimas e válidas. Nunca houve denúncias em relação à sua conduta nesse setor.

ONG ingressou com ação para apurar maus tratos a animais. (Foto: TJCE)

ONG ingressou com ação para apurar maus tratos a animais. (Foto: TJCE)

A família diz que o autor da ação de reintegração de posse, Valdir Ferreira, após ter vendido a área a José Maria — e após seu falecimento — resolveu se apossar indevidamente e reivindicar a área, “em uma manobra de má-fé”. A nota prossegue: “Convém mencionar que o autor (Valdir) já obteve título dominial fornecido pelo Idace [Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará] em outra área. Aguardamos a tramitação do processo e espera-se a total improcedência da ação”.

Sobre o imóvel abandonado em Aldeota, a assessoria informa que há uma ação judicial movida pela Prefeitura Municipal de Fortaleza que visa anular a matrícula do imóvel, de propriedade da Eco Jeri Participação Ltda, alegando a existência de um loteamento de 1949 que previa a instalação de uma praça.  “Há, assim, fundada dúvida quanto à propriedade do imóvel, em que pese o interesse das empresas em dar destino comercial ao bem, encontram-se impossibilitadas, dada a postura municipal”, diz a nota.

Em relação aos cachorros, a empresa Santa Elisa afirma que os cães estão em condições adequadas, inclusive com as vacinas obrigatórias em dia e boa saúde. E completa: “A Sra. Iracema foi administradora e não sócia da empresa Santa Elisa entre os anos de 2019/2023, período posterior ao ocorrido, não tendo nenhuma relação com os fatos”.


Música de verdade

 A Camerata de Cordas da UFC realiza neste mês de novembro um concerto especialmente dedicado à música brasileira, desde o erudito ao popular, de compositores de várias épocas e regiões do país, com atenção especial aos compositores cearenses. Músicas de Alberto Nepomuceno, Ednardo, Fausto Nilo, Fagner, Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Pixinguinha, Heitor Villa Lobos e outros compõem o repertório. O espetáculo marca os dois anos de apresentações da Camerata no MIS. A apresentação acontece no sábado (9), às 18h, na Praça do MIS.

A Camerata de Cordas da UFC – Fortaleza iniciou suas atividades em março de 2016, sob a direção da Prof.a Dra. Liu Man Ying (violino e viola) e da Prof.a Ms. Dora Utermohl de Queiroz (violoncelo e contrabaixo). O grupo desenvolve um repertório pedagogicamente selecionado de ampla abrangência, desde músicas eruditas dos períodos barroco, clássico, romântico, música popular brasileira até repertório de video games. A Camerata é formada atualmente por 25 alunos da graduação e extensão em Música da UFC e conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará e da Pró-reitoria de Cultura da UFC. Também conta com professores colaboradores voluntários como os professores Leandro Serafim (regência), Nadilson Gama (solo de violino); Ana Vitória Santos (violoncelo) e Inácio Saldanha (compositor residente).

Coema aprova projetos de energia solar que totalizam investimentos de R$ 1,3 bilhão no Ceará


Durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), realizada nesta quinta-feira (7), no auditório da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), foram aprovadas a viabilidade ambiental de dois projetos de energia solar no estado do Ceará.
O encontro, realizado de forma híbrida, foi presidido pela superintendente adjunta da Semace, Virginia Carvalho. O evento também contou com a presença do secretário executivo de Planejamento e Gestão Interna da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), Gustavo Vicentino, além dos demais conselheiros do colegiado.
Quixadá e Ibaretama
O primeiro projeto a receber aprovação, com 16 votos a favor e três abstenções, foi o Complexo Fotovoltaico Timbaúba. Localizado nos municípios de Quixadá e Ibaretama, o empreendimento abrangerá quatro usinas fotovoltaicas, com uma capacidade instalada total de 157,78 MW e uma área ocupada de 366,44 hectares.
O investimento necessário para a implementação do projeto é estimado em aproximadamente R$ 474 milhões. A companhia responsável pelo projeto de energia renovável é a Soma (Serviços, Organização e Meio Ambiente). Durante o pico das obras, espera-se que o complexo solar empregue cerca de 350 pessoas.
Tianguá e Ubajara
O segundo projeto aprovado foi o Complexo Fotovoltaico Tianguá, que será desenvolvido entre os municípios de Tianguá e Ubajara. O projeto recebeu 16 votos favoráveis e quatro abstenções. Idealizado pela empresa Casa dos Ventos, o complexo terá um investimento inicial em torno de R$ 890 milhões, ocupará cerca de 508 hectares, e contará com uma capacidade de geração de 250 MW.
Durante a reunião, os conselheiros assistiram às apresentações das consultorias ambientais responsáveis pelos projetos. Essas apresentações, realizadas antes da votação, detalharam as características dos projetos e a metodologia empregada nos Estudos de Impacto Ambiental e no Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima).
A aprovação desses projetos representa um importante passo para o avanço da energia renovável no Ceará, reforçando o compromisso do estado com a sustentabilidade e a inovação no setor energético.

Bom dia

 


Casa de Saberes Cego Aderaldo realiza mostra “Santos do Patu” na programação da 42ª Caminhada da Seca em Senador Pompeu
A ação é um resultado de curso de formação, realizada em Senador Pompeu
No dia 10 de novembro, às 4h30, na programação da 42ª Caminhada da Seca de Senador Pompeu, será realizada a Mostra “Santos do Patu”, que reúne sete esculturas sobre a Via Sacra do Patu, resultado do curso “Santos do Patu – Entalhe em Madeira e Pintura”, de 15 horas aulas, ministrado pelo Mestre Vamirez, tradição Santeiro de Senador Pompeu. Este curso ofereceu uma imersão completa nas técnicas de criação de imagens sacras, com fundamentos em desenho, entalhe em madeira e pintura. Os participantes exploraram diversas técnicas de pintura, utilizando bisnagas de cores variadas, aplicando truques e dicas para alcançar acabamentos vibrantes e detalhados. O objetivo foi proporcionar aos alunos o desenvolvimento de habilidades teóricas e práticas para criar peças sacras com alta qualidade e precisão.
A formação surgiu da necessidade de preservar e revitalizar a arte sacra, uma tradição cultural importante e em risco de extinção. Através do ensino técnico detalhado e da prática guiada, o curso buscou salvaguardar as técnicas ancestrais, e também proporcionar aos participantes a oportunidade de se tornarem mestres em um ofício que une arte, cultura e espiritualidade. A capacitação oferecida contribui para o fortalecimento da cultura local e a criação de novos profissionais no campo das artes sacras. O curso foi realizado de 17 a 20 de setembro de 2024, na Oficina Artes Sacras Padre Albino Donatti, em Senador Pompeu.
Mestre Vamirez Argemiro Gonçalves, nascido em 1967, iniciou sua jornada no artesanato ao ingressar na Oficina de Artes Padre Albino Donatti em 1981, onde aprendeu a esculpir em madeira. São mais de 41 anos dedicados ao artesanato e à produção de arte sacra. Hoje, ele continua seu trabalho na oficina de Artes Sacras em Senador Pompeu. Em 2022, foi titulado Mestre da Cultura do Ceará, Tesouro Vivo da Cultura, e sua importância para a preservação cultural foi ainda reconhecida pelo município com o título de Mestre da Cultura Popular, conforme a lei 1582/2020.
A Mostra “Santos do Patu” é uma realização da Casa de Saberes Cego Aderaldo, espaço da Secretaria da Cultura, que integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar, com o apoio da Prefeitura Municipal de Senador Pompeu, por meio do Departamento de Cultura.
Serviço:
Mostra “Santos do Patu”
Data: 10 de novembro (domingo)
Horário: 4h30
Local: Cemitério da Barragem – Senador Pompeu – CE
Gratuito – Classificação Livre