Os meteo tão dizendo que se chover no Ceará hoje, será coisa besta; não daria pra despachar um bode com sede. Vai dar praia anunciam. Vou acreditar mas vou deixar de lado só as galochas. Melhor escapar fedendo que morrer cheiroso.
Os meteo tão dizendo que se chover no Ceará hoje, será coisa besta; não daria pra despachar um bode com sede. Vai dar praia anunciam. Vou acreditar mas vou deixar de lado só as galochas. Melhor escapar fedendo que morrer cheiroso.
Poucas horas após o início da demolição do muro de mais de 500 metros erguido na praia do Pontal de Maracaípe, no município de Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco, o deputado federal bolsonarista Coronel Meira (PL) anunciou em seu perfil nas redes sociais que a estrutura estava sendo reconstruída. Ao lado do dono do terreno, o empresário João Vita Fragoso de Medeiros, Meira classificou a derrubada da estrutura como "ilegal" e criticou a Secretaria de Meio Ambiente do Estado. O Governo de Pernambuco, por meio da CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente), autorizou a derrubada do muro na terça-feira (15). A operação começou à tarde e continuaria nesta quarta-feira (15), segundo a agência. Em nota, a CPRH informou ontem que não havia nenhuma justificativa que amparasse a permanência da estrutura. Cerca de 100 metros da barreira de contenção haviam sido retirados por agentes do governo pernambucano e pela Polícia Militar. |

Cadê o "P" que estava aqui? O sumiço do "Partido" na política brasileira
Como os partidos brasileiros estão repaginando seus nomes para fugir do estigma da burocracia e se conectar com o eleitorado.
Por Elias Tavares
Nos últimos anos, uma tendência tem se destacado no cenário político brasileiro: o desaparecimento da palavra “partido” dos nomes das legendas. Podemos, Avante, Cidadania e Republicanos são exemplos emblemáticos dessa estratégia que reflete uma tentativa clara de reposicionamento. Sob o ponto de vista do marketing político, essa decisão não é meramente semântica; trata-se de uma mudança calculada para conectar-se com um eleitorado cada vez mais desiludido com as instituições tradicionais.
O termo “partido”, associado à burocracia e à rigidez institucional, carrega consigo o peso de crises políticas, escândalos e uma percepção generalizada de distanciamento das necessidades reais da população. Ao abandonar o “P”, muitas legendas tentam se apresentar como algo mais dinâmico, moderno e acessível. A mensagem implícita é clara: não somos mais “partidos”, mas sim movimentos, espaços de conexão e representação direta.
Alguns exemplos reforçam essa tendência. O Partido Trabalhista Nacional decidiu se tornar Podemos, adotando uma marca mais moderna e inspirada em movimentos internacionais. O Partido Trabalhista do Brasil passou a ser chamado Avante, buscando transmitir dinamismo e proximidade com o cidadão. Outro caso significativo foi o do Partido Popular Socialista, que agora atende por Cidadania, enfatizando valores mais amplos e menos associados à tradicional política de massas. Já o Partido Republicano Brasileiro adotou o nome Republicanos, reforçando um tom mais institucional e distante de conotações partidárias clássicas.
Além desses, o Partido Progressista optou por ser chamado Progressistas, enquanto o Partido Social Democrata Cristão (PSDC) adotou o nome Democracia Cristã. Essas mudanças reforçam a tentativa de adaptação das legendas à nova dinâmica do eleitorado, cada vez mais avesso às estruturas tradicionais.
No entanto, essa tendência não se limita aos partidos já consolidados. Entre os novos partidos que tentam obter registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maior parte também evita o uso do “P” em seus nomes. Apesar de ainda não haver dados conclusivos, a percepção inicial indica que a maioria das legendas em formação, como o Movimento Consciência Brasil, Ordem e Educa Brasil, busca transmitir valores específicos e ligados a causas diretas, contrastando com os nomes genéricos do passado.
Entretanto, é essencial não nos limitarmos à superfície dessa questão. Mais do que uma questão de nomes, essa mudança deve ser analisada à luz de um contexto político que exige cada vez mais transparência e compromisso efetivo com a democracia. O rebranding dos partidos é um reflexo de como a política busca se adaptar às demandas de um novo tempo. Mas ele também deve vir acompanhado de mudanças estruturais e programáticas que justifiquem essa nova identidade.
No fim das contas, o sumiço do “P” é um símbolo dos desafios enfrentados pelas instituições políticas em um cenário de mudanças. Resta saber se essa reforma é apenas estética ou se representa o começo de uma transformação mais profunda na relação entre as legendas e a sociedade. Como cientista político, fico com a provocação: mudar o nome é fácil, mas mudar a prática é o verdadeiro desafio.

Ingrid Mayara e Maria Esther brincam com companheiro de pano doado pelo projeto
Na manhã desta quarta-feira (15), as crianças assistidas pelo Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), receberam uma visita especial das voluntárias do projeto sem fins lucrativos À Flor da Pele. Durante a ação, 155 “companheiros” de pano bordados à mão foram entregues aos pequenos internados na unidade.
“Estamos deixando companheiros para os filhos de vocês. Cada um deles carrega histórias de superação e solidariedade. Essa é a nossa maneira de oferecer conforto e carinho às crianças hospitalizadas”, afirmou Madalena Fontenelle, coordenadora do projeto À Flor da Pele, durante a interação com os cuidadores dos pacientes do Centro Pediátrico do Câncer do Hias.

Viviane Borges, 17 anos, é paciente do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) há quatro anos
Cada boneco vem acompanhado de uma certidão de nascimento e uma história bordada. A história é narrada para as crianças pelas voluntárias, que também são chamadas de “fadinhas”. Esta foi a terceira visita do projeto ao hospital, e contou com a participação de nove participantes.
“Em momentos bonitos como estes, a gente sente o acolhimento e uma atenção especial na rotina do hospital, e isso contribui para a nossa motivação no tratamento”, compartilha Viviane Borges, de 17 anos, que está em tratamento contra o câncer de neuroblastoma.

As “fadinhas” do projeto À Flor da Pele narram histórias de luta e esperança para as crianças internadas no Hospital Infantil Albert Sabin

Cada boneco de pano entregue no Hias carrega uma história de superação, proporcionando momentos de afeto e motivação para os pequenos pacientes
Idealizado pela artista plástica e professora Terezinha Bevilaqua, em São José dos Campos (SP), o projeto À Flor da Pele consiste na confecção de bonecas de pano bordadas à mão, com histórias autorais que abordam temas de luta, superação, solidariedade, aceitação, afetos e mudanças.
Feitas por bordadeiras voluntárias, as bonecas são doadas a crianças internadas em hospitais e idosos em asilos, visando despertar a imaginação e promover sentimentos positivos, auxiliando no bem-estar e na recuperação desses pacientes. O projeto está presente em diversas regiões do Brasil e também em países como Portugal, Estados Unidos, Chile, Canadá e México.
Gestor aponta necessidade de ajustes devido às dívidas do município. Medidas incluem redução dos salários do prefeito, da vice e de secretários
O prefeito Evandro Leitão (PT) anunciará nesta quarta-feira (15) os detalhes do plano de reestruturação que ele pretende implantar nas finanças da Prefeitura de Fortaleza. O anúncio ocorre logo mais às 9 horas, em uma entrevista coletiva no Paço Municipal. A iniciativa ocorre devido a necessidade de ajustar as contas do município após a constatação de dívidas que a Prefeitura tem acumuladas.
Chamada também de “pacote de medidas de contenção orçamentária”, essa iniciativa havia sido prometida pelo prefeito na semana passada. O prefeito afirmou que “Fortaleza tem um déficit enorme que a gestão anterior deixou para nós”.
Já se sabe que uma das medidas adotadas será a redução do salário dos integrantes do primeiro escalão da Prefeitura, incluindo o próprio prefeito, a vice-prefeira Gabriella Aguiar (PSD) e os secretários municipais. Essa informação da redução dos salários dos gestores foi divulgada pelo jornalista Inácio Aguiar, do Diário do Nordeste. Valores sobre de quanto será essa redução devem ser anunciados nesta quarta.
Conforme dados que constam atualmente no portal de transparência da Prefeitura de Fortaleza, o salário bruto do prefeito é de até R$ 28,6 mil; o da vice-prefeita chega a R$ 25,7 mil e os salários dos secretários do município podem atingir R$ 22,3 mil.
A decisão do prefeito de reduzir os salários dos gestores tem um caráter simbólico e prático, considerando os problemas financeiros da Prefeitura. No entanto, outras medidas devem completar esse plano, como a diminuição do número de terceirizados e a limitação de contratos para serviços não essenciais.
Dívidas da Prefeitura
Problemas financeiros na Prefeitura de Fortaleza são apontados pela equipe de Evandro desde o período da transição de governo. Além disso, o prefeito eleito reclamava de falta de transparência por parte da gestão do então prefeito José Sarto (PDT), pois os dados solicitados não estariam sendo repassados.
Até o final do mês, deverá ser apresentado o relatório final de transição da gestão municipal. O documento é um tipo de “diagnóstico” da situação da máquina da Prefeitura de Fortaleza em que foi entregue pela gestão anterior para a gestão atual.
Sobre as dívidas da Prefeitura, a última projeção dada por Evandro foi da ordem de R$ 2 bilhões. Esse seria o valor que a gestão municipal teria de pagar apenas em 2025 relativo a empréstimos e outros compromissos financeiros como os que envolvem pagamento de fornecedores e funcionários, por exemplo. Os números ainda seguem sendo levantados e atualizados pela atual gestão.