A arte de viver, um dia teve incluída a prática de esportes e a assistência ao exercício de alguns esportes, como o futebol. Por razões que deixo aos estudos dos sociólogos estão tentando matar essas práticas, como a proibição de ida a ginásios e estádios. Seria interessante estudar o jogo do bicho que virou com as tais das bets? Seriam as paixões descontroladas ou só o desleixo com a segurança? Corri o mundo com o futebol. Narrando jogos pro rádio ou reportando feitos vi crescer a violência e nascerem os bandidos que entregam resultados por dinheiro... agora, matam ou se matam e destroem o prazer de ir pra festa que nem sempre festa é. Será?
Isolacionismo de Trump deve ter como resposta a retomada da integração latino-americana
Como líder incontestável da Celac, Lula será também protagonista da cúpula China-Celac
O tom adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira 9, durante a abertura da 9ª reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Tegucigalpa, foi preciso e necessário diante do novo cenário de incertezas globais. Com clareza e firmeza, Lula alertou que “guerras comerciais não têm vencedores” e convocou os países da região a resistirem à ingerência externa. Sua fala foi uma resposta direta ao novo ciclo de instabilidade internacional deflagrado pelo retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Desde que reassumiu o cargo, em janeiro, Trump deu início a uma nova guerra comercial em escala global. Com um tarifaço agressivo, mirou inicialmente a China, mas também atingiu parceiros importantes como o Brasil. O protecionismo exacerbado, a retórica nacionalista e a ruptura com acordos multilaterais voltam a marcar a política externa dos Estados Unidos. Trata-se de uma guinada isolacionista que ameaça as economias do Sul global e impõe à América Latina a urgente necessidade de reagir com coesão.
Lula, ao defender o fortalecimento da Celac, sinalizou o caminho: a retomada da integração regional como antídoto contra a fragmentação. “É preciso fazer da Celac um espaço cada vez mais efetivo de concertação política, de promoção da integração e de cooperação”, afirmou. A mensagem é clara: diante de um mundo em disputa, é hora de os países latino-americanos falarem com uma só voz, reforçando seus laços econômicos, políticos e sociais.
Nesse sentido, a aproximação entre Brasil e México, oficializada no encontro entre Lula e a presidente Claudia Sheinbaum, ganha ainda mais relevância. A decisão de estreitar os laços comerciais entre as duas maiores economias da América Latina aponta para um reposicionamento estratégico da região no tabuleiro internacional. Ao fortalecer a cooperação Sul-Sul, os países latino-americanos constroem um caminho próprio, soberano e mais resiliente às turbulências externas.
Outro movimento decisivo no horizonte será a cúpula China-Celac, marcada para maio, em território chinês. Trata-se de uma oportunidade histórica para que a região reaja de forma coordenada ao tarifaço de Trump, fortalecendo parcerias comerciais com a potência asiática e redesenhando rotas de desenvolvimento compartilhado. Mais do que isso, é também uma chance para que o Brasil se posicione como peça central na reorganização das cadeias produtivas globais, atraindo investimentos industriais, consolidando sua base tecnológica e promovendo a reindustrialização com sustentabilidade.
Como líder incontestável da Celac, Lula será também protagonista dessa cúpula, levando à China a voz unificada da América Latina e reforçando o papel estratégico do Brasil no atual rearranjo geoeconômico internacional. A nova guerra comercial iniciada por Trump não pode ser enfrentada de forma individualizada por cada país da região. A resposta precisa ser coletiva, articulada e voltada para o fortalecimento de mecanismos de integração como a Celac.
O momento exige mais do que discursos — exige ação. E a liderança exercida por Lula aponta na direção certa: a da união latino-americana como resposta ao isolacionismo.
MENTIRA FRESCA
Bolsonaro repete mentira de que Lula defendeu que ladrões possam ‘tomar uma cervejinha’
Em discurso durante ato pela anistia dos presos do 8 de Janeiro neste domingo, 6, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu a alegação falsa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dito que ladrões de celular só querem “tomar uma cervejinha”. O petista nunca afirmou isso. O boato já foi amplamente desmentido por diferentes agências de checagem, incluindo o Estadão Verifica (aqui e aqui).
O ex-presidente disse a apoiadores reunidos na Avenida Paulista, em São Paulo: “Eu não pude mostrar durante a propaganda eleitoral de 2022 o Lula falando que era legal roubar celular porque esses vagabundos queriam apenas tomar uma cervejinha”.
De fato, Bolsonaro foi impedido de veicular uma propaganda com este teor, justamente por ela conter a mentira da “cervejinha”. Em 13 de outubro de 2022, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Claudia Bucchianeri determinou a suspensão da transmissão da propaganda eleitoral com essa alegação.
Conforme a juíza, a fala atribuída a Lula por Bolsonaro “jamais existiu nesses termos, tratando-se, isso sim, de montagem, mediante a reunião de frases que foram ditas em momentos distintos e em contextos distintos”.
A decisão da magistrada, inclusive, cita a checagem do Estadão Verifica que desmentiu o boato da cervejinha, publicada em dezembro de 2021.
A assessoria de Bolsonaro foi procurada para comentar a checagem, mas não respondeu.
A alegação falsa começou a circular em 2020, quando uma entrevista antiga de Lula foi editada para parecer que o petista teria defendido o roubo de celulares “para tomar uma cervejinha”.
A entrevista verdadeira de Lula foi transmitida ao vivo, em 25 de agosto de 2017, na página do petista no Facebook, quando ele conversava com uma rádio universitária de Pernambuco.
Os trechos que foram utilizados aparecem em dois momentos distintos, a partir dos 13 minutos. Primeiro, Lula atribui a incidência de homicídios no Estado ao nível de pobreza: “É uma coisa que está intimamente ligada. Ou seja, o cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego, e de repente o cara perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que ele rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho. Eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela desesperança.”
No segundo trecho, quando o raciocínio é outro, Lula comenta sobre o ódio na sociedade, usando como exemplo clubes de futebol: “É preciso distensionar para a sociedade perceber que a torcida do Santa Cruz e do Sport não são inimigas. São adversárias durante o jogo, depois vão para o bar tomar cerveja juntos”.
Veja outras ocasiões em que Bolsonaro repetiu a afirmação falsa:
- 29 de setembro de 2022 - durante o debate presidencial da TV Globo, Bolsonaro disse: “Lula defendia que se roubasse celular para tomar uma cervejinha”.
- 25 de novembro de 2024 - em entrevista coletiva após ser indiciado pela Polícia Federal sobre tentativa de golpe de Estado, afirmou: “(não podia mostrar as imagens do Lula) defendendo roubo celular para tomar uma cervejinha”.
- 10 de dezembro de 2024 - em transmissão ao vivo do canal AuriVerde Brasil, o ex-presidente alegou: “(eu não podia botar no ar uma imagem) do Lula defendendo roubar celular para tomar cervejinha”
- 26 de março de 2025 - após se tornar réu por golpe de Estado, Bolsonaro fez um pronunciamento à imprensa. Ao criticar o TSE, repetiu: “eu não pude mostrar imagens do Lula falando que o pobre coitado rouba um celular para tomar a cervejinha”.
Lula lidera no Celac
América Latina e Caribe precisam de voz ativa para reagir à nova ordem global, diz Lula
Declarações surgem em meio à guerra comercial de Donald Trump
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou nesta quarta-feira (9) a necessidade de harmonia entre os países da America Latina e do Caribe, durante a abertura da 9ª Reunião da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A cerimônia, que ocorreu em Tegucigalpa, capital de Honduras, tratou de temas prioritários para a região com o objetivo de reforçar a integração regional.
Nesse sentido, Lula defendeu a necessidade de fortalecer a união dos países da América Latina e Caribe diante do risco de retornar à condição de zona de influência, com a liberdade e a autodeterminação sendo os primeiros elementos a serem atingidos. Lula citou o preparo de outras regiões em resposta às transformações em curso, como a Ásia, com a ASEAN, e a União Europeia, com a reorganização da Otan.
"É imperativo que a América Latina e o Caribe redefinam o seu lugar na nova ordem global que se discute. Nossa inserção internacional não deve se orientar apenas por interesses defensivos. Precisamos de um programa de ação estruturado em torno de três temas que demandam ação coletiva”, afirmou, citando a defesa da democracia, o combate à desinformação e o combate à fome.
A declaração surge em meio a tensões elevadas por conta da guerra comercial desencadeada pelas tarifas unilaterais aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O dia
Precisava contar umas histórias. Ocorre que aprendi que nem tudo deve ser dito. Pra quê botar nas ruas conversas de mentirosos? Minha saudosa Mãe Vovó Petronilha A Racista , ensinava que "quem tem vergonha não fala das vergonhas alheias". É como cultuar o dito do povão onde...barata esperta não atravessa galinheiro. Licencinha que vou na feira comprar minha paçoca, afinal, farinha pouca meu pirão primeiro.
É só um registro
O regresso à lei do mais forte
Trump não quer tropas norte-americanas e não quer a bandeira da NATO na garantia de segurança à Ucrânia. Ora, com tropas europeias a assumir esse papel, sem qualquer respaldo dos EUA, isso é o fim da NATO. Putin agradece e só terá de esperar uns anos para alargar a sua agressão. As cartas estão lançadas.
Três dias antes da invasão russa da Ucrânia, perante a iminência da agressão de Putin sobre um país europeu com fronteiras soberanas, o filósofo e historiador israelita Yuval Harari avisava, em artigo na The Economist: "Se voltar a ser normal e aceitável que as grandes potências possam amedrontar e ameaçar os seus vizinhos mais fracos, isso afetará a percepção de segurança e o modo como as pessoas, em todo o mundo, se comportam umas com as outras"