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Hospital Martiniano terá atendimento dividido entre SUS e ‘específico’ para policiais, dizem secretários

 
O secretário-chefe da Casa Civil do Ceará, Chagas Vieira, negou nessa quinta-feira (10) que o Governo do Estado possa fechar ou reduzir as atividades do Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar, conhecido como Hospital da Polícia Militar do Ceará. Em vídeo gravado com a secretária estadual de Saúde, Tânia Mara, Chagas afirma que o Estado “não vai reduzir um serviço sequer” da unidade.

Chagas lembrou que o hospital passou 72 anos sob a gestão da PMCE, até 2011, passando a integrar a rede estadual de saúde do Ceará. No entanto, o Governo do Estado passou a avaliar devolver a gestão do hospital para a Polícia Militar.

“O governador Elmano, reconhecendo o trabalho das nossas forças de segurança, a singularidade dessa profissão, desses guerreiros que arriscam a vida para proteger a população cearense, justamente para que eles pudessem ter um tratamento ou um atendimento específico, no Hospital Martiniano, que a gestão voltaria para os profissionais de saúde da Polícia, mas parte do atendimento do Hospital continuará sendo SUS, uma boa parte desse atendimento”, diz Chagas.

A titular da Sesa-CE complementou afirmando que o Hospital vai retornar à gestão da PM, mas ressaltou que “não vamos fechar as portas para a população. Dos 80 leitos do Hospital Martiniano, nenhum será reduzido e teremos atendimento para a população através do SUS e atendimento específico para os policiais”.

No vídeo,  Chagas fez referência ao protesto que contou com a participação do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), e de deputados de oposição contra o suposto “fechamento” do Hospital Geral César Cals (HGCC). A cobrança pela manutenção de hospitais em funcionamento virou uma pauta da oposição no estado em meio à abertura de novos hospitais estaduais, como o Hospital Universitário do Ceará.

Chagas disse ser “fake news” o suposto fechamento de hospitais. “Outro dia estavam lá na porta do César Cals alguns políticos que fazem da mentira e do ódio a sua prática diária, dizendo que seria fechado o César Cals. Mentira! Nós provamos que era mentira e, agora, como eles não convenceram, eles estão com outra mentira. É dizer que o Governo do Estado vai fechar as portas para a população do Hospital Martiniano. Não é verdade!”.


Bolsonaro chega de ambulância ao hospital Rio Grande, em Natal (RN)


Bolsonaro não tem previsão de alta e segue internado no RN, diz médico

Luccas Lucena e Alisson Almeida

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em Natal

 ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado sem previsão de alta e não deverá ser transferido para São Paulo, segundo a equipe médica do hospital Rio Grande, de Natal (RN), em entrevista coletiva realizada hoje.

O que aconteceu

Não há previsão de alta do ex-presidente, que permanece em observação, segundo o doutor Élio Barreto, cirurgião geral e  oncológico. "Permanece estável, com melhoras no humor e na distensão abdominal", disse.

Bolsonaro não será transferido para São Paulo por opção da família, disse o médico. "O paciente apresenta condições de transferência, mas, por opção da família e da equipe que o assiste, foi optado pela permanência dele no hospital. Não há previsão de alta.".

A tomografia apontou sinais de suboclusão intestinal —uma obstrução parcial do intestino que dificulta, mas não impede completamente, a passagem de gases e fezes. A equipe médica afirmou que Bolsonaro chegou ao hospital com "forte desconforto abdominal". "Não apresenta sinais de maiores gravidades no momento. Ele precisa ficar internado e continuar o tratamento. As avaliações periódicas é que definirão melhor.". 

Dor que levou o ex-presidente ao hospital é "difusa", sem localização específica. O diretor-geral do hospital Rio Grande, Dr. Luiz Roberto Fonseca, afirmou mais cedo que dores "sem um ponto focal" em pacientes que já foram submetidos a múltiplas cirurgias, como é o caso de Bolsonaro, geram preocupação com a possível formação de hérnias internas, quando rotações prendem o intestino e aumentar a dor. Ele destacou, porém, que, por ora, não há evidências de que isso tenha acontecido com o ex-presidente.

Bolsonaro sentiu fortes dores na região do abdômen e buscou atendimento médico. O problema seria em decorrência do atentado do qual foi vítima, quando levou uma facada em 2018. Segundo pessoas próximas a Bolsonaro, ele não dormiu bem durante a noite e começou a sentir o mal-estar por volta das 5h. O desconforto começou durante um tour pelo Nordeste, na cidade de Santa Cruz (RN).

Bolsonaro sentiu fortes dores na região do abdômen e buscou atendimento médico. O problema seria em decorrência do atentado do qual foi vítima, quando levou uma facada em 2018. Segundo pessoas próximas a Bolsonaro, ele não dormiu bem durante a noite e começou a sentir o mal-estar por volta das 5h. O desconforto começou durante um tour pelo Nordeste, na cidade de Santa Cruz (RN).

Ex-presidente chegou a ir à primeira agenda do tour, mas o mal-estar teria se intensificado. O ex-ministro Gilson Machado informou que, nas primeiras horas da manhã, ligou para o médico para obter mais informações, mas Bolsonaro teria insistido para ir a essa primeira agenda. Ele passou mal entre a primeira e a segunda agenda, segundo o ex-ministro que o acompanhava.

Pessoas próximas ao ex-presidente informaram que ele estava com a barriga inchada. Segundo aliados, Bolsonaro relatou que sentia muitas dores no momento em que deu entrada no hospital em Santa Cruz.

Durante a manhã, ex-presidente foi transferido para Natal com um helicóptero disponibilizado pela governadora do estado, Fátima Bezerra (PT). Segundo o médico que atendeu Bolsonaro no hospital municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, Evandro Carvalho, ele estava com muita dor abdominal quando chegou a unidade. "Prontamente, a gente já preparou a equipe do hospital, com todos os profissionais", disse Evandro.

Governo confirma Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações

O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) será o novo ministro das Comunicações, no lugar de Juscelino Filho, que deixou o cargo. O anúncio foi feito pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Gleisi Hoffmann, após a reunião entre Lula e Pedro Lucas, ocorrida, ontem à tarde, no Palácio da Alvorada, residência oficial.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além do próprio Juscelino Filho, participaram da conversa. Pedro Lucas é o atual líder da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados, e foi a indicação do partido para a pasta.
“O União Brasil apresentou o nome do Pedro Lucas para substituir o ministro Juscelino nas Comunicações. O presidente aceitou e fez um convite também ao líder para assumir [o cargo]”, informou Gleisi a jornalistas no Alvorada.
Segundo a ministra, a nomeação e posse devem ocorrer após o dia 21 de abril, depois dos feriados de Páscoa e Tiradentes, para que Pedro Lucas acerte detalhes da licença no mandato e a indicação de um novo líder da legenda. O União Brasil possui uma das maiores bancadas na Câmara, com 59 deputados.
O agora ex-ministro Juscelino Filho pediu desligamento da função no dia anterior, após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostos desvios em emendas parlamentares quando era deputado federal.

Papa Francisco faz aparição surpresa na Basílica São Pedro após crise de saúde


No mesmo dia, o Vaticano divulgou o telegrama em que o pontífice “oferece orações pelo eterno repouso dos falecidos” no trágico desabamento da discoteca Jet Set, em Santo Domingo, na República Dominicana, e expressou condolências às famílias das vítimas. A tragédia deixou pelo menos 218 mortes, segundo balanço das autoridades.

Francisco passou mais de cinco semanas internado por causa de uma bronquite que se transformou em pneumonia, condição especialmente grave para ele, que teve parte de um pulmão removido quando jovem. Por recomendação médica, ele deve cumprir dois meses de repouso, sem atividades públicas nem contato direto com os fiéis, para evitar recaídas.

Mesmo assim, tem surpreendido com breves aparições. A primeira ocorreu no último domingo (6), quando saudou a multidão na praça São Pedro. Ontem, um vídeo verificado pela agência de notícias Reuters mostra o papa acenando para os visitantes da basílica enquanto os assistentes empurram sua cadeira de rodas. O pontífice apareceu com uma pequena mangueira nasal em que recebe oxigênio suplementar.
“Estávamos visitando a Basílica São Pedro e vimos alguns guardas passando e abrindo caminho. Então, fomos ver o que era, e era o papa. Poucas pessoas notaram, foi muito rápido, mas ele parou para conversar com uma família com um bebê”, disse Luiz Gil, que gravou o vídeo.
A reaparição ocorre em meio ao período mais intenso do calendário católico. Com a contagem regressiva para a Páscoa, a Igreja celebra a Semana Santa, que relembra a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Não tendo briga, não é PT



Filiados ao PT do Ceará lançam novo coletivo partidário, Campo Popular
Grupo reúne parlamentares, representantes de movimentos sociais e sindicais, além de militantes de diversas correntes internas do PT

Um grupo de filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) no Ceará preparam para este sábado (12) um ato para o lançamento do Campo Popular, novo coletivo partidário que reúne parlamentares, representantes de movimentos sociais e sindicais, além de militantes de diversas correntes internas do PT.

O evento está marcado para ocorrer no Ginásio Poliesportivo da Parangaba, em Fortaleza, a partir das 8h30. Integram esse grupo nomes como a senadora Augusta Brito, o deputado federal José Airton, os deputados estaduais Guilherme Sampaio, Missias do MST e Acrísio Sena e os vereadores Aglaylson e Dr. Vicente.

Formado por nomes próximos ao prefeito Evandro Leitão, ao governador Elmano de Freitas e ao ministro Camilo Santana, integrantes do novo coletivo defendem a unidade no partido, o fortalecimento da militância e do diálogo com as bases populares, a defesa de democracia, o combate à extrema-direita e o apoio às gestões do PT em Fortaleza, no Ceará e no Brasil.

Segundo Guilherme Sampaio, atual presidente do PT Fortaleza e líder do governo Elmano no Legislativo estadual, o Campo nasce na aliança entre a atuação partidária com os militantes de base e os movimentos sociais.

“O Campo Popular reúne correntes, movimentos e lideranças partidárias com uma grande motivação: dialogar e construir unidade com as demais forças que organizam nossa vida partidária. Cada vez mais próximos das nossas bases, queremos um PT forte, que atue nos governos e nos parlamentos, mas também nos movimentos e nas ruas. Um partido preparado para dialogar com o povo e sustentar o projeto popular que orienta nossas gestões em Fortaleza, no Ceará e no Brasil.”

Augusta Brito também destaca o fortalecimento das bases do PT por meio do Campo. “O PT é, hoje, o partido com maior presença territorial e o mais comprometido com as lutas da classe trabalhadora. O Campo Popular vem para fortalecer essa presença, com protagonismo da base, das mulheres, da juventude, das lideranças negras e periféricas. Queremos ampliar a formação política e a participação ativa de novos quadros que seguem transformando a política com coragem, consciência e compromisso com a democracia no Ceará e em todo o país.”

A formação do Campo Popular resulta de um processo iniciado em 15 de março, em um seminário que contou com a participação de diversos militantes do PT, incluindo parlamentares. No ato de sábado, será lançado manifesto do grupo, além de uma agenda para a atuação partidária.

Deputados do PDT dizem xô ao PT

Deputados estaduais do PDT reclamam de aproximação da sigla com PT



Bancada estadual, sob liderança de Roberto Cláudio e Ciro Gomes, faz oposição ao governo estadual. Divergências põem em cheque permanência do grupo no partido

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No entanto, lideranças e parlamentares da sigla trabalhista vão em outra direção e querem estar em uma chapa da oposição, se possível na cabeça de chapa para a candidatura ao Governo do Estado ou em candidatura para o Senado. São citados como possíveis nomes para isso o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

“A gente tem visto o presidente (André Figueiredo) conversando, tanto a nível municipal, com o prefeito eleito (Evandro Leitão), como a nível estadual, com o governador Elmano. Mas assim, a gente continua na oposição ao governo e não acreditamos nesse projeto que está aí. Então, se a gente não acredita nele agora, nós também não iríamos acreditar em uma continuidade. Então, a ideia é ter candidato para disputar”, disse Antônio Henrique ao O Estado.

A grande questão é se o PDT vai dar as condições para lançar uma chapa majoritária no Ceará, o que pode ser decisivo se o grupo liderado por Roberto Cláudio e Ciro Gomes permanece ou não no partido. RC, Ciro e os deputados estaduais já receberam convites para se filiar a outros partidos, de olho nas articulações para 2026. Os principais destinos poderiam ser União Brasil ou PP; as duas siglas devem formar uma federação.

“O PDT hoje tem nomes para disputar o Governo de Estado. (…) Se a gente não disputa no PDT, se o PDT, que tem nomes, não vai enfrentar, acho que tanto esses nomes poderão ir para outro partido, caso achem conveniente, como a gente pode apoiar candidatos de outros partidos que nos atendam, com relação à questão do projeto para o Estado”, afirmou Henrique.

Quem também tornou público o incômodo com uma possível negativa do PDT em viabilizar uma chapa na eleição estadual foi o deputado Cláudio Pinho (PDT). “Se for verdade (aliança PDT-PT na eleição de 2026), eu acredito que os convites (para filiação a outros partidos) feitos a Roberto Cláudio e Ciro Gomes serão concretizados, porque se o partido abre mão de quadros como esses eu não estou entendendo mais nada de política”, disse Pinho, da tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) na quarta-feira (9).

Além de Henrique e Pinho, também são deputados estaduais pelo PDT Queiroz Filho e Lucinildo Frota. Todos eles fazem oposição ao governo Elmano, no Ceará. Já em Fortaleza, após a eleição de 2024, com articulação de André Figueiredo, o PDT passou a ser quase que completamente aliado do governo do prefeito Evandro Leitão (PT). Dos oito vereadores pedetistas, apenas PPCell é oposição. Já a nível nacional, o PDT é aliado do governo do presidente Lula (PDT).

Reforçando a articulação da direção do partido por uma reaproximação entre PDT e PT, o governador Elmano falou em fevereiro deste ano em “bons diálogos” com a sigla em relação à eleição de 2026, sugerindo uma possível aliança.

“No PDT, com o deputado André Figueiredo, também temos tido bons diálogos. Parece-me que vamos ter de fato um encaminhamento prático de que o PT, o PSB, o PDT, o MDB, o Republicanos, o PP…Nós deveremos estar juntos na disputa estadual. Mas isso é algo para a gente conversar em 2026”, disse Elmano na época.

Na última quarta (9), os deputados estaduais do PDT se encontraram com Figueiredo, em Brasília. Segundo Henrique, o assunto não teria sido discutido. “Ninguém sentou pra divergir, pra debater. A gente tem conhecimento dessa aproximação da legenda com o governo e a gente acha que isso não é bom”. 


 

Coluna do Macário Batista para 11 de abril de 2025

Nordeste: desigualdade na renda entre brancos e negros aumenta em uma década, aponta estudo do CEDRA com recortes regionais
Relatório com mais de 50 dados produzido pelo CEDRA aponta que em famílias de maior renda a presença de negros retrocedeu entre 2012 e 2023. Um relatório inédito do CEDRA (Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais), com mais de 50 indicadores, aponta que a presença de pessoas negras nas faixas de maior renda diminuiu entre 2012 e 2023. O estudo foi realizado com base na PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e traz recortes raciais, de gênero e por todos os estados brasileiros. A pesquisa evidencia o aprofundamento das desigualdades raciais no Brasil ao longo de uma década. Os dados analisam aspectos como demografia, condições de moradia, rendimento, mobilidade social, concentração de renda e oportunidades de trabalho – sempre com o foco nas diferenças entre brancos e negros. O levantamento permite uma análise regionalizada, oferecendo dados comparativos entre as diferentes unidades da federação, ampliando a compreensão sobre a desigualdade racial no país.
A frase: "Qualquer que seja a liberdade pela qual lutemos, deve ser uma liberdade baseada na igualdade". Judith Butler
Sugismundo ou Polidinho?
A soldado Mayara Kelly Gomes foi punida em sindicância da PM-CE (Polícia Militar do Ceará) com dois dias de prisão administrativa por ter publicado dois vídeos em sua conta do Instagram, em abril e junho de 2023. Nas postagens, ela aparece lavando uma viatura e ensinando a fazer um torniquete. A condenação foi assinada em 26 de março pelo subcomandante da PM-CE, coronel Vandicles Sérgio de Oliveira Júnior. Ele considerou que a soldado cometeu ilegalidade pela "utilização do fardamento oficial, bem como a exposição de viaturas e demais elementos característicos da atividade policial militar sem a devida autorização". Para Oliveira Júnior, ela praticou "atos contrários aos valores militares" e deve ser punida por "violação dos deveres militares". A defesa recorreu e conseguiu suspender a decisão ontem. Agora, aguarda uma reavaliação do comandante, coronel Sinval da Silveira Sampaio.
Trato na viatura
Mayara entrou na PM-CE em outubro de 2017. Em sua ficha, teve apenas uma repreensão em 2024. A própria corporação cita na sindicância que "não há registros de infrações disciplinares relevantes que possam prejudicar sua conduta profissional".
Ficha limpa
A condenação, se confirmada, também vai para ficha funcional da militar, e pode a atrapalhar em eventuais promoções —já que é exigida uma "ficha limpa" pelo período mínimo de 12 meses.
Todos iguais
No primeiro vídeo, publicado em 22 de abril de 2023, Mayara aparece lavando uma viatura e dizendo que hoje, na corporação, as mulheres exercem funções que antes eram feitas apenas por homens.
Pegando no pesado
"As pessoas acham que a mulher na polícia só trabalha no administrativo, mas mal sabem eles que exercemos inúmeras funções que até anos atrás poderiam ser consideradas apenas coisas para homem.
Faz tudo
"Eu, por exemplo, já trabalhei interno. Hoje estou na rua, sou patrulheira e às vezes motorista, e sempre que se é motorista temos uma função ao final do serviço que é lavar a viatura", diz… -
Tá doido ou só piorou?
Donald Trump cometeu um erro ao impor o 'tarifaço' e corre o risco de promover o isolamento dos Estados Unidos no mercado global caso não volte atrás, diz economista Samuel Pessôa. Segura meia hora de chinês?

O dia -


A arte de viver, um dia teve incluída a prática de esportes e a assistência ao exercício de alguns esportes, como o futebol. Por razões que deixo aos estudos dos sociólogos estão tentando matar essas práticas, como a proibição de ida a ginásios e estádios. Seria interessante estudar o jogo do bicho que virou com as tais das bets? Seriam as paixões descontroladas ou só o desleixo com a segurança? Corri o mundo com o futebol. Narrando jogos pro rádio ou reportando feitos vi crescer a violência e nascerem os bandidos que entregam resultados por dinheiro... agora, matam ou se matam e destroem o prazer de ir pra festa que nem sempre festa é. Será?

Bom dia

 O Poder da Mensagem


Isolacionismo de Trump deve ter como resposta a retomada da integração latino-americana

 


Como líder incontestável da Celac, Lula será também protagonista da cúpula China-Celac

O tom adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira 9, durante a abertura da 9ª reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Tegucigalpa, foi preciso e necessário diante do novo cenário de incertezas globais. Com clareza e firmeza, Lula alertou que “guerras comerciais não têm vencedores” e convocou os países da região a resistirem à ingerência externa. Sua fala foi uma resposta direta ao novo ciclo de instabilidade internacional deflagrado pelo retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Desde que reassumiu o cargo, em janeiro, Trump deu início a uma nova guerra comercial em escala global. Com um tarifaço agressivo, mirou inicialmente a China, mas também atingiu parceiros importantes como o Brasil. O protecionismo exacerbado, a retórica nacionalista e a ruptura com acordos multilaterais voltam a marcar a política externa dos Estados Unidos. Trata-se de uma guinada isolacionista que ameaça as economias do Sul global e impõe à América Latina a urgente necessidade de reagir com coesão.

Lula, ao defender o fortalecimento da Celac, sinalizou o caminho: a retomada da integração regional como antídoto contra a fragmentação. “É preciso fazer da Celac um espaço cada vez mais efetivo de concertação política, de promoção da integração e de cooperação”, afirmou. A mensagem é clara: diante de um mundo em disputa, é hora de os países latino-americanos falarem com uma só voz, reforçando seus laços econômicos, políticos e sociais.

Nesse sentido, a aproximação entre Brasil e México, oficializada no encontro entre Lula e a presidente Claudia Sheinbaum, ganha ainda mais relevância. A decisão de estreitar os laços comerciais entre as duas maiores economias da América Latina aponta para um reposicionamento estratégico da região no tabuleiro internacional. Ao fortalecer a cooperação Sul-Sul, os países latino-americanos constroem um caminho próprio, soberano e mais resiliente às turbulências externas.

Outro movimento decisivo no horizonte será a cúpula China-Celac, marcada para maio, em território chinês. Trata-se de uma oportunidade histórica para que a região reaja de forma coordenada ao tarifaço de Trump, fortalecendo parcerias comerciais com a potência asiática e redesenhando rotas de desenvolvimento compartilhado. Mais do que isso, é também uma chance para que o Brasil se posicione como peça central na reorganização das cadeias produtivas globais, atraindo investimentos industriais, consolidando sua base tecnológica e promovendo a reindustrialização com sustentabilidade.

Como líder incontestável da Celac, Lula será também protagonista dessa cúpula, levando à China a voz unificada da América Latina e reforçando o papel estratégico do Brasil no atual rearranjo geoeconômico internacional. A nova guerra comercial iniciada por Trump não pode ser enfrentada de forma individualizada por cada país da região. A resposta precisa ser coletiva, articulada e voltada para o fortalecimento de mecanismos de integração como a Celac.

O momento exige mais do que discursos — exige ação. E a liderança exercida por Lula aponta na direção certa: a da união latino-americana como resposta ao isolacionismo.