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Coluna do Macário Batista para 25 de abril de 2025

 


“Outra Mão de Deus”
Vaticano (Itália) 10 graus -(Era o dia 13 de março de 2013) Depois de todo grande evento vem a rebordosa. É inevitable. Os comentários, os sins, os prós e os contras. As diferenças afloram, as decepções também. Por que haveria de ser diferente com a escolha de um Papa novo, em circunstancias novíssimas para os últimos quase 400 anos? No Vaticano, em Roma, na Itália inteira, há disse-me-disse quanto a Francisco I. No mundo midiático de hoje impossivel não dar de cara com esse tipo de comportamento que reune milhões de católicos por todos os lados e de todas as correntes. O título aí acima, não é uma referencia aos jornais argentinos, mas a um jornal alemão que usou, premeditadamente, o gol de Maradona naquela copa do mundo de futebol, com a mão e eles chamaram “A mão de Deus”. No alemão, não; “Outra Mão de Deus” é manchetes que remete à velha postura jornalística de botar o dedo da descrença ou um dedo de mais uma colocação insinuosa, pra não ser apenas insinuante. Nos encaminha a um pensamento político, quando na verdade não teria havido propriamente política regionalista ou discriminatória. É, ou foi, dizem os vaticanistas, uma guinada para o endurecimento das posiçoes assumidas de endurecimento de posições contra o aborto, a camisinha, o casamento gay e uma abertura no rumo da Igreja nova, da juventude, da fé, da humildade e ao mesmo tempo para o pensamento de um teólogo que brigou contra o FMI, enquanto vigário de Deus na Argentina. Ha, claro, um universo de outras vertentes que teriam levado os cardeais eleitores a escolherem, por maioria, o homem que quebrou tabus até então impensáveis; primeiro Papa latino-americano. Primeiro Papa franciscano, primeiro Papa a querer ser chamado de Francisco e não tão “menino” como se previa, eis que chega ao Papado do alto de seus 76 anos. Uma transição? Mais uma transição, perguntam os especialistas em Papa. Formado em química, mas doutor em Filosofia e Teologia. Pelo sim, pelo não, um Papa devotado aos pobres e à juventude que por sinal já mandou dizer que estará no Rio de Janeiro no meio do ano para participar do Encontro Mundial da Juventude. Benza Deus Francisco I, e não nos desampare jamais.

A frase: “ Não! Argentino, não!” Reação de um casal carioca que está aqui em férias mas ficou a noite inteira esperando um Papa brasileiro.

Estávamos lá (Nota da foto)
Naquele 13 de março de 2013, o jornal OEstadoCe estava em Roma. Chegamos para a escolha do Papa e acabamos escrevendo, naquela noite, que por um instante o Vaticano pareceu praça do Ferreira. É que na última fumaça preta antes da decisão do Coclave, as milhares de pessoas com frio, sob chuva fina na Praça de São Pedro, vaiaram a chaminé. E, por instantes ficaram ressabiadas com o anúncio do nome do cardeal Bergólio, o argentino que disse que o foram buscar ...no fim do mundo.
Escrevi ainda...
O bispo do Porto, Manuel Clemente, considerou hoje que a eleição do novo papa, o cardeal-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, "é um sinal bonito, importante e coincidente" da transferência da Igreja Católica para o hemisfério sul. Manuel Clemente considerou que "esta saída do papado da Europa para a América Latina (...) acerta o ritmo da Igreja com o ritmo do mundo".O prelado destaca que o fato de o novo papa ser oriundo da Argentina revela o que se tem vindo a acentuar "e que é óbvio, a deseuropeização da Igreja", expressando a convicção de que "esta transferência para a América Latina" será também "em benefício da Europa".Manuel Clemente salientou o trabalho de Jorge Mário Bergoglio "na província eclesiástica a que presidia até agora em Buenos Aires", considerando-a "inovadora na pastoral, com a religiosidade popular e com este ambiente de novos movimentos religiosos". O bispo do Porto é da opinião de que o cardeal-arcebispo de Buenos Aires "tem sido muito perspicaz" no seu ministério e destacou a surpresa na escolha do nome de Francisco.A verdade é que "precisamos muito dele –Francisco- agora, quer na Igreja, quer neste mundo".
O fim
Amanhã, 26 de abril de 2025, 12 anos depois daquele 13 de março, faço minhas honras e orações a Francisco, por Francisco, o papa do fim do mundo que mudou a igreja de Jesus para sempre. Amém.

O Poder da Mensagem

 



Bom dia

 

O dia - sou triste o resto do dia se não leio ou escuto um verso. Poesia pura , verdadeira, sangrando ou sirrindo, feliz ou desinfeliz. Tem que ser verso onde não tenha raiva, nem ódio, muito menos uma torneira quebrada pingando maldição, cheirando a enxofre, soltando bílis pelos gurgumins. É que quando vejo ou escuto coisas tais passo o dia triste ,estragando Ave Marias pela conversão desses incréus. Hoje, Deus é bom e eu fiz por merecer, agradecendo pelo que não sou, acordei com saudades. Saudades de tanta coisa. Coisa miúda, como um beijo de chegada e grande como um beijo de saída. Ou seria o contrário? Bem, um mundaréu de saudade, um fasta pra cá, um susto ,um valha-me Deus...Quase! Foi por pouco. Pois bem que li assim...
Saudade é uma dor que dá
Mas não é dor de doer
É vontade de lembrar com
Vontade de esquecer
É dor de dente e machuca
Mas onde dói ninguém vê
E a gente pega e cutuca
Pra não deixar de doer.
Foi duma saudade dessas
Foi duma saudade assim
Que o bichim amor fez festa
Doendo dentro de mim.

Governo do Ceará entrega cartões Ceará Sem Fome para mais de 550 famílias em Icó





Os novos beneficiários, que estão recebendo o cartão neste mês de abril, estão sendo contemplados com créditos referentes a março e abril
 
Reforçando a maior política pública de combate à fome do Estado, o Governo do Ceará entregou, nesta quinta-feira (24), o cartão Ceará Sem Fome para mais 551 famílias de Icó. A cerimônia de entrega contou com a presença da governadora em exercício e secretária da Proteção Social, Jade Romero; a senadora da República, Augusta Brito; a prefeita de Icó, Aurineide Amaro e outras autoridades.
Entre as famílias beneficiadas está a da Francisca Rejane, de 52 anos. Moradora da zona rural de Icó, e agricultora familiar, Francisca comemorou ser uma das novas beneficiárias do cartão Ceará Sem Fome. “Isso vai ajudar muito a gente lá em casa, hoje em dia tá tudo caro, então saber que vou ter esse dinheiro extra para comprar comida é tranquilizador”, comentou.

Acompanhada pelo netinho Micael, de 5 anos, a agricultora contou que são quatro pessoas na família para alimentar. “Esse cartão me faz ter certeza que vou alimentar os quatro lá de casa, mas principalmente meu neto, que tá na fase mais importante do crescimento”, pontuou.

As famílias beneficiadas recebem, mensalmente, o valor de R$ 300 para a aquisição de alimentos. Em todo o Estado, nesta remessa de beneficiários, são 47.845 cartões sendo distribuídos, sendo um investimento de R$ 176,2 milhões por ano.

Os novos beneficiários, que estão recebendo o cartão neste mês de abril, ainda foram contemplados com créditos referentes a março e abril, ou seja, R$ 600. A governadora em exercício e secretária da Proteção Social, Jade Romero, ressaltou a prioridade que o programa Ceará Sem Fome tem na gestão..
“O programa foi pensado em um momento muito delicado do nosso país, quando tinham 33 milhões de pessoas passando fome no nosso país. Foi aí, vendo essa situação, que o Ceará Sem Fome foi pensado como prioridade do Governo do Ceará”, relembrou. “Porque não há nenhuma política pública tão prioritária quanto colocar comida na mesa de quem mais precisa”, completou. São 3.020 famílias contempladas na Região.
A senadora da República, Augusta Brito, presente na cerimônia, elogiou a ação que leva “dignidade” a população mais vulnerável. “Este programa é um dos mais inclusivos do nosso país, eu acredito que em todo o território não existe um programa assim com tanto respeito com pessoas em situação de vulnerabilidade”, afirmou. “Esse cartão dá dignidade para essa mãe e esse pai saber que o seu filho vai ter o que comer, porque ninguém aprende e se desenvolve com fome. O lema é tirar todos das situação de fome. É isso que desejamos”, ressaltou a senadora.
 
Prefeita de Icó, Aurineide Amaro, aproveitou o momento para agradecer a parceria com o Governo do Ceará. “Esse é um momento de muita alegria e muita gratidão. É uma honra viver esse momento nessa cidade que é tão amada. Aqui mostra que o Estado está sempre a serviço do município através dessa parceria. A nossa população abraça essa parceria, pois estamos unindo forças e fazendo da nossa cidade um lugar cada vez melhor”, concluiu.

Os critérios para receber o cartão Ceará Sem Fome são:

– Famílias beneficiárias do programa Bolsa Família, com rendimento domiciliar por indivíduo até R$ 218;
– CadÚnico atualizado nos últimos 24 meses;
– Tenham como responsável familiar, preferencialmente, uma mulher e uma pessoa com baixa escolaridade;
– Sejam composta de, pelo menos, uma criança ou adolescente até 14 anos;
– Não estejam com benefício do Bolsa Família suspenso.

Guerra comercial: China desmente Trump e diz que não negociou tarifas

Trump disse que Pequim e Washington estariam negociando uma solução para a guerra comercial iniciada por ele próprio.
- O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou nesta quinta-feira (24) que China e Estados Unidos não realizaram nenhuma negociação ou consulta sobre o tema das tarifas. Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os países estariam negociando para uma redução das tarifas.
“Tudo isso é informação falsa. Pelo que sei, China e Estados Unidos não realizaram conversas ou consultas sobre a questão das tarifas, muito menos chegaram a algum acordo”, disse Guo a repórteres, ao ser questionado sobre alegações dos EUA de que Pequim e Washington estariam negociando uma solução para a guerra comercial, com possibilidade até de um acordo.
Em 2 de abril, o então presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que implementava tarifas recíprocas sobre importações de diversos países. A tarifa base foi fixada em 10%, com taxas mais altas aplicadas a 57 países, de acordo com o déficit comercial dos EUA com cada nação.
No dia 9 de abril, Trump anunciou que uma tarifa básica de 10% seria aplicada por 90 dias a mais de 75 países que não haviam retaliado e haviam solicitado negociações — com exceção da China. Com o avanço da guerra comercial, as tarifas dos EUA sobre produtos chineses chegaram a 145%, enquanto as tarifas da China sobre importações americanas atingiram 125%.
(Com informações da Sputnik)

Leia com calma - 10% a mais, pode; 14,9% é mais



Este país é um poço de criatividades

CGU detecta sobrepreço de R$ 144,7 mi em licitação do DNOCS para máquinas contra a seca. Equipamentos como caminhões‑pipa e retroescavadeiras estavam, em média, 14,9 % acima dos valores praticados pelo governo; processo foi suspenso para correção.

A Controladoria‑Geral da União (CGU) identificou um sobrepreço de R$ 144,7 milhões na maior licitação aberta pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) nos últimos anos. O pregão, estimado em R$ 966,2 milhões, previa a compra de caminhões, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras, retroescavadeiras, tratores e implementos agrícolas destinados ao combate à seca no semiárido nordestino e no norte de Minas Gerais

Segundo relatório de auditoria concluído em 4 de dezembro de 2024, sete dos 22 itens licitados apresentaram valores acima de 10 % da média de contratações similares do governo federal — critério usado pela CGU para classificar sobrepreço. Juntos, esses itens somavam R$ 606,1 milhões.

A CGU não detalhou quanto do sobrepreço incide em cada item; o total agregado é de R$ 144,7 milhões.

Por que a CGU interveio?

Explosão de recursos — O DNOCS passou a receber volume recorde de verbas, inclusive emendas parlamentares, para compra de máquinas.

Erro metodológico — A pesquisa de preços adotada pela autarquia ignorou contratos recentes de referência e praticou valores cerca de 15 % superiores aos de mercado.

Risco fiscal — Sobrepreço de quase R$ 145 mi implicaria pagamento indevido em plena situação de aperto orçamentário

Consequências imediatas

Suspensão do pregão — O DNOCS interrompeu o processo para recalcular valores, conforme recomendação da Controladoria.

Redução prevista de 15 % — Técnicos estimam que o valor global caia para perto de R$ 820 milhões após ajustes.

Fiscalização permanente — A CGU acompanhará a republicação do edital e poderá encaminhar eventuais irregularidades graves ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal.

Contexto político

O DNOCS é presidido por Fernando Marcondes Leão, indicado pelo Centrão no governo Bolsonaro e mantido pela gestão Lula.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (União Brasil), responde diretamente pela autarquia.

A descoberta ocorre em meio ao debate sobre uso de emendas de bancada para compras de máquinas — prática historicamente associada a redutos eleitorais.

Próximos passos

O DNOCS tem prazo de 30 dias úteis para apresentar nova planilha de custos ao Ministério da Integração. Caso persista divergência superior a 10 %, o processo poderá ser anulado e reiniciado. A CGU também recomendou criar um manual interno de pesquisa de preços para evitar reincidências.

Enquanto isso, obras de barragens, poços e sistemas de abastecimento de água que dependiam das máquinas seguirão sem previsão de início — uma pausa que pode agravar os efeitos da estiagem no semiárido se o impasse se prolongar.



Opinião

 


China manteve discurso coerente e provou ser a última linha de defesa da civilização, diz empreendedor
Arnaud Bertrand aponta como a postura firme de Pequim desmoralizou a agressão trumpista.
Por Arnaud Bertrand, em seu X – Provavelmente as pessoas não percebem o que está em jogo aqui e o quanto deveriam ser gratas pela posição inflexível da China desde o "dia da libertação". O futuro da ordem global literalmente depende disso.
Basicamente, a China tem repetido quase palavra por palavra a mesma coisa há três semanas:
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"Guerras tarifárias e comerciais não têm vencedores... A China não procura uma guerra, mas também não a teme... Se os EUA quiserem dialogar, devem parar com ameaças e chantagens [contra nós] e buscar um diálogo baseado na igualdade, respeito e benefício mútuo. Continuar pedindo um acordo enquanto exerce pressão extrema não é a forma correta de lidar com a China e simplesmente não vai funcionar."
Tradução: removam as tarifas, nos tratem como iguais, ou não haverá acordo. Ponto final.
Há um bom argumento a ser feito de que é justamente essa consistência na postura da China que:
a) está encorajando outras nações a resistirem à pressão americana — nenhum país cedeu às exigências dos EUA desde que a China firmou sua posição; b) está forçando o governo Trump a negociar contra si mesmo, expondo a fraqueza fundamental da intimidação como estratégia diplomática.
Esse momento ecoa pontos de inflexão históricos cruciais em que o comportamento das grandes potências estabeleceu precedentes por décadas — como Suez em 1956 ou a Crise dos Mísseis em Cuba — só que com consequências potencialmente ainda mais amplas.
Assim como nesses eventos decisivos, a resistência da China agora estabelece um precedente que provavelmente moldará as relações internacionais nos próximos anos.
Se a China cedesse, não tenha dúvidas do que viria a seguir:
O cenário geopolítico se transformaria da noite para o dia — nações menores e até mesmo blocos regionais como a União Europeia leriam nas entrelinhas e se alinhariam, sabendo que resistir seria inútil contra uma América vitoriosa, caso até a China tivesse que se curvar.
Veríamos a arrogância americana elevada à enésima potência, com Trump e futuros governos se sentindo validados em sua crença de que a intimidação unilateral é uma política externa eficaz: isso se tornaria sua estratégia padrão, de forma ainda pior do que já é hoje.
O mais preocupante seria o fim efetivo da multipolaridade — pois o que é um "polo" se pode ser simplesmente intimidado a obedecer? Na verdade, isso minaria o próprio conceito de soberania.
Embora a China certamente esteja defendendo seus próprios interesses, sua postura firme a torna, objetivamente, o principal baluarte contra um mundo regido apenas pela força bruta.
E, assim, o que está em jogo aqui vai muito além de saber se a China ou os EUA "vencerão" este impasse específico; o verdadeiro ponto é se conceitos como soberania e multilateralismo conseguirão sobreviver.
Paradoxalmente, estamos em uma situação em que, se existe algo como uma "ordem internacional baseada em regras", a China é hoje sua última defensora significativa — o principal contraponto a uma derrocada distópica rumo ao unilateralismo predatório, em que a soberania se tornaria apenas cerimonial — uma ficção educada mantida sob o agrado de Washington.
Futuros historiadores talvez marquem este momento como aquele em que o sistema internacional reafirmou seu compromisso com a igualdade soberana — ou se rendeu à lei da selva — com a China, de forma algo inesperada, atuando como a última linha de defesa da civilização.

O dia

 


- A generosidade de Deus, os rumos e caminhos da natureza, a benção dos santos, os cuidados dos anjos, as mãos da humanidade são, todo dia, o apoio e o grito de alerta pela vida. Vamos ser os pés que farão nosso destino. Entre a saída e a chegada sempre haverá o meio da jornada. Aproveite as pedras, as areias e a paisagem.

Estamos devendo menos ou pagando as contas?

 


Número de negativados volta a cair no Ceará em março de 2025, revela nova pesquisa do Radar do Varejo Cearense

Os dados constam na última edição do levantamento, relacionado ao mês de março/2025.

Após dois meses consecutivos de alta, o número de consumidores negativados no Ceará voltou a cair em março de 2025. Dados do Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, divulgados pelo SPC Brasil e pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), revelam um recuo de 0,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

A informação faz parte da edição de abril do Radar do Varejo Cearense e indica uma possível estabilização do quadro de inadimplência no Estado. O quadro chama a atenção diante do cenário de juros elevados que ainda impactam o consumo e o crédito no país.

Apesar da queda no número de negativados, o total de dívidas em atraso no Ceará apresentou alta de 2,0% na comparação com março de 2024. O avanço, no entanto, foi menor do que os registrados em janeiro e fevereiro. A combinação entre aumento das dívidas e redução dos devedores aponta para um crescimento no número médio de dívidas por consumidor inadimplente, estimado atualmente em 2,3.

Entre os setores credores, os bancos lideram com ampla margem, respondendo por 62,1% das dívidas em atraso. Em seguida, aparecem as concessionárias de serviços essenciais como água e energia elétrica, que concentram 15,0% dos atrasos.

A distribuição por valor das dívidas mostra que 30,9% dos negativados possuem débitos de até R$ 500, enquanto 15,8% acumulam dívidas superiores a R$ 7,5 mil. O valor médio devido por negativado no estado chegou a R$ 4.343 em março.

Outro dado relevante é o da reincidência: 90% dos consumidores negativados em março já estavam ou estiveram negativados ao longo dos últimos 12 meses, evidenciando a permanência da inadimplência em parte significativa da população. 

Carlos Alberto Mendes será novo conselheiro da Arce


Nome do gestor que chefiou Semace por sete anos foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Ceará, após indicação do governador Elmano de Freitas

O nome de Carlos Alberto Mendes Júnior, ex-titular da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) nessa quarta-feira (23) para o cargo de conselheiro do Conselho Diretor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce).

Os deputados concluíram a tramitação do decreto legislativo da Mesa Diretora sobre a indicação, com a votação da matéria no plenário. Foram 31 votos favoráveis à indicação, com unanimidade entre os parlamentares que votaram. A indicação para o Conselho Diretor da Arce é uma prerrogativa do governador do Estado e cabe ao Poder Legislativo estadual analisar e chancelar (ou não) a escolha do chefe do Executivo.

Primeiro servidor de carreira da Semace a se tornar superintendente do órgão, Carlos Alberto estava na instituição desde 2010. Ele esteve no comando da Superintendência de 2018 até o início de abril deste ano. O ex-chefe da Semace assume a vaga de conselheiro na Arce deixada por João Gabriel Laprovítera Rocha, ex-presidente da Agência, que agora sucede a Carlos Alberto como superintendente do órgão ambiental.

A troca coincidiu com uma polêmica envolvendo denúncia de avanço do desmatamento em Guaramiranga, em março. O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará, Deodato Ramalho, chegou a cobrar maior rigor na proteção do meio ambiente na região e apontou responsabilidade da Semace no caso.

Sobre a saída da Semace, Carlos Alberto relatou que ele mesmo pediu para deixar o comando do órgão já no início de 2025. “Eu já vinha conversando desde fevereiro com a Casa Civil. Já desejava isso. Eu sempre digo que as mudanças são importantes para oxigenar, para que venham novas ideias, novas formas de gerir. Eu estava, depois de sete anos, achava que já era tempo de outra pessoa assumir. Eu já vinha notando que já não estava com o mesmo gás. Não houve nenhuma indicação de que eu ia sair para algum canto. O que houve foi que eu pedi para sair”, afirmou em entrevista na Alece, após aprovação de sua indicação.

O novo conselheiro também falou em ajudar a difundir mais o trabalho da Arce e torná-la mais próxima da população. “Me surpreende que muita gente não conheça a Arce, apesar de utilizar serviços fiscalizados por ela. Então, acho que nosso papel é tentar difundir mais o trabalho da Arce, tentar nos aproximar da sociedade, com uma linguagem menos técnica, para que as pessoas entendam seu papel”, destacou.

A Arce é uma autarquia especial do Ceará, responsável pela regulação dos serviços públicos prestados por concessionárias e também atua na mediação dos possíveis conflitos existentes entre as prestadoras dos serviços e os usuários, visando o equilíbrio entre as partes. Seu órgão máximo é o Conselho Diretor, incumbido das competências executiva e fiscal, organizado em regime colegiado. Tem a função de analisar, discutir e deliberar sobre as matérias de competência da Arce.

O Conselho é formado por sete membros. Com a chegada de Carlos Alberto, o colegiado estará completo. Atualmente compõem o grupo os conselheiros Rafael Maia De Paula (presidente do Conselho Diretor); Matheus Teodoro Ramsey Santos; Francisco Rafael Duarte Sá; Kamile Moreira Castro; Rafael Mota Reis e Rachel Girão. O mandato de cada um tem duração de quatro anos, sendo permitida uma única recondução ao cargo.