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Brasil reage às tarifas dos EUA e mira a Índia como nova parceira comercial

 


Líderes políticos e empresariais defendem pragmatismo nas negociações e apontam oportunidades na Ásia para reduzir a dependência dos Estados Unidos.
Em meio às recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, lideranças do setor público e empresarial apontaram, durante o LIDE Brazil-India Forum em Mumbai, a necessidade de diversificação de mercados e de uma postura mais pragmática por parte do Brasil. O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, defendeu uma atuação diplomática direta: “O Brasil tem que negociar. Tem que ligar, tem que negociar, seja pela diplomacia, seja pelo próprio presidente. A discussão não pode ser levada nesse tom político, tem que ser objetiva”.
Riedel destacou ainda o potencial da Índia como destino para produtos sul-mato-grossenses, como carne, peixe, celulose e etanol. Segundo ele, as restrições impostas pelos EUA funcionaram como um “alerta” para buscar alternativas na Ásia. “Estamos conversando com os empresários de maneira muito direta para buscar novos mercados. Japão e Singapura estão na nossa rota, e a Índia já mostrou interesse em celulose solúvel para a indústria têxtil”, afirmou.
Na mesma linha, o presidente da FIEMS e vice-presidente da CNI, Sérgio Longen, considerou que a reação americana sacudiu o setor industrial e mostrou a necessidade de abertura. “As tarifas americanas tiraram muitas empresas da zona de conforto. Temos que estar atentos a outros países e não depender de um só parceiro. Já demos o primeiro passo aqui na Índia”, disse. Para ele, é preciso retomar o diálogo direto entre empresários brasileiros e americanos: “Quando a política sair de cima da mesa, vamos poder discutir as tarifas com mais clareza”.
Longen também defendeu que o empresariado americano pode exercer pressão interna para reverter as tarifas, principalmente no setor de alimentos. “O governo americano também precisa da carne brasileira. O povo americano precisa. E é aí que o empresário faz a diferença”, concluiu. Com foco em novas parcerias na Ásia e apelos por pragmatismo diplomático, o LIDE Forum deixou clara a intenção do Brasil em reposicionar sua presença internacional com menos dependência e mais estratégia.

A Justiça compreendida

 


Capa do jornal OEstadoCe

 


Brasil reage às tarifas dos EUA e mira a Índia como nova parceira comercial

 

Líderes políticos e empresariais defendem pragmatismo nas negociações e apontam oportunidades na Ásia para reduzir a dependência dos Estados Unidos.
Em meio às recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, lideranças do setor público e empresarial apontaram, durante o LIDE Brazil-India Forum em Mumbai, a necessidade de diversificação de mercados e de uma postura mais pragmática por parte do Brasil. O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, defendeu uma atuação diplomática direta: “O Brasil tem que negociar. Tem que ligar, tem que negociar, seja pela diplomacia, seja pelo próprio presidente. A discussão não pode ser levada nesse tom político, tem que ser objetiva”.
Riedel destacou ainda o potencial da Índia como destino para produtos sul-mato-grossenses, como carne, peixe, celulose e etanol. Segundo ele, as restrições impostas pelos EUA funcionaram como um “alerta” para buscar alternativas na Ásia. “Estamos conversando com os empresários de maneira muito direta para buscar novos mercados. Japão e Singapura estão na nossa rota, e a Índia já mostrou interesse em celulose solúvel para a indústria têxtil”, afirmou.
Na mesma linha, o presidente da FIEMS e vice-presidente da CNI, Sérgio Longen, considerou que a reação americana sacudiu o setor industrial e mostrou a necessidade de abertura. “As tarifas americanas tiraram muitas empresas da zona de conforto. Temos que estar atentos a outros países e não depender de um só parceiro. Já demos o primeiro passo aqui na Índia”, disse. Para ele, é preciso retomar o diálogo direto entre empresários brasileiros e americanos: “Quando a política sair de cima da mesa, vamos poder discutir as tarifas com mais clareza”.
Longen também defendeu que o empresariado americano pode exercer pressão interna para reverter as tarifas, principalmente no setor de alimentos. “O governo americano também precisa da carne brasileira. O povo americano precisa. E é aí que o empresário faz a diferença”, concluiu. Com foco em novas parcerias na Ásia e apelos por pragmatismo diplomático, o LIDE Forum deixou clara a intenção do Brasil em reposicionar sua presença internacional com menos dependência e mais estratégia.


Professor deputado federal Mauro Filho

 


O Poder da Mensagem






Capa do jornal OEstadoCe

 


MPF recomenda suspensão imediata das obras no Parque Nacional de Jericoacoara por falta de estudo ambiental


Original da Equipe Focus
Foto: Ricardo Silva/Conselho Comunitário de Jericoacoara
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou, nesta semana, a suspensão imediata das obras em andamento no Parque Nacional de Jericoacoara, no litoral oeste do Ceará. A manifestação foi enviada ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) na última segunda-feira (4), dentro do processo movido pela Prefeitura de Jijoca de Jericoacoara contra a concessão da área à iniciativa privada.
Segundo o MPF, as intervenções realizadas no parque, incluindo estacionamento, lojas, bares, banheiros, terraplanagem, pavimentação e drenagem, configuram obras de “considerável porte” e não podem continuar sem a realização de estudos ambientais prévios que avaliem os impactos na unidade de conservação federal.
A Promotoria alerta que as construções podem comprometer o fluxo natural de ventos e a movimentação das dunas, além de colocar em risco espécies ameaçadas de extinção que habitam o local. O Parque Nacional de Jericoacoara é uma área protegida e reconhecida por sua importância ecológica, turística e cultural.
Concessão e polêmica
O parque foi concedido à iniciativa privada em 2024 e passou a ser administrado pelo consórcio Urbia + Cataratas Jericoacoara, com um contrato de 30 anos e previsão de investimentos de até R$ 1 bilhão. Desde então, a concessão vem sendo alvo de críticas por parte da população local e de entidades ambientais.
Em março, uma reportagem da Folha de S.Paulo revelou o clima de tensão na região, com protestos de moradores e denúncias de obras realizadas sem licenciamento ambiental. Em maio, o MPF e o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) já haviam feito recomendação semelhante, pedindo a paralisação das obras do contrato de concessão.
Reação local
A nova recomendação foi recebida com alívio pelos moradores da Vila de Jericoacoara. “É uma decisão que traz tranquilidade para a nossa comunidade, que mostra que o povo da Vila de Jericoacoara sempre esteve certo em cobrar todos os estudos de impacto ambiental para um empreendimento desse tamanho. É o bom senso prevalecendo, é a justiça sendo feita pelo bem de Jeri”, afirmou Lucimar Marques, presidente do Conselho Comunitário da Vila de Jericoacoara.
O consórcio Urbia + Cataratas foi procurado, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.
Agora, cabe ao TRF-5 analisar o parecer do MPF e decidir se as obras devem ser paralisadas até a realização dos estudos exigidos.

Estão falsicando quadros de Antônio Bandeira

 

Operação interestadual do Ministério Público do Ceará realiza busca e apreensão para apurar comercialização de obras de arte falsas

O Ministério Público do Ceará, por meio do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), deflagrou a segunda fase da Operação “Cena de Botequim”, que investiga a comercialização e exposição de obras de arte falsamente atribuídas ao renomado pintor cearense Antônio Bandeira. A ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, sendo dois em Fortaleza, um na capital do estado de São Paulo e dois na cidade paulista de Caraguatatuba.
Nesta segunda fase, a operação investiga quatro pessoas, um perito em obras de arte, um servidor público aposentado, uma contadora e um empresário aposentado. Foram apreendidas 13 obras de arte de procedência duvidosa, que estavam em posse dos investigados. As peças foram recolhidas e serão submetidas à perícia técnica especializada. Além das obras, também foram apreendidos aparelhos eletrônicos e documentos que podem conter informações relevantes para o aprofundamento das investigações. O Nuinc continua o trabalho para identificar outras possíveis pessoas envolvidas, coletar novas provas e responsabilizar criminalmente os autores dos crimes apurados.
As ordens judiciais para cumprimento dos mandados foram expedidas pela 14ª Vara Criminal de Fortaleza. A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de São Paulo e da Polícia Interestadual (Polinter) de São Paulo.
Primeira fase
Na primeira fase da Operação Cena de Botequim, deflagrada em 2022, o foco era a coleta de documentos que pudessem indicar a localização dos quadros suspeitos. Na época, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Fortaleza, na residência de um dos investigados e em duas antigas sedes do Instituto Antônio Bandeira. Com as informações do material obtido no cumprimento dos mandados, o MP do Ceará avançou para esta segunda fase a fim de apreender obras, documentos e equipamentos eletrônicos pertencentes aos investigados.
Informações – Ministério Público

Os juros nos céus e o Banco Central quer ensinara a gastar

 

Banco Central vai levar educação financeira a estudantes do ensino médio de todo o País
O Banco Central (BC) anunciou, nesta semana, a ampliação do Programa Aprender Valor para estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares de todo o país a partir de 2026. A extensão do projeto, que inicialmente oferecia educação financeira para as escolas públicas do ensino fundamental, contará com a parceria da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) , da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) . O anúncio foi feito durante a cerimônia de premiação de profissionais e instituições que se destacaram no ciclo de 2024 do Aprender Valor.
Luis Mansur, Chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC, destacou a importância de oferecer conhecimentos financeiros para os jovens do ensino médio: “Atualmente, os jovens de 15 a 17 anos já lidam, no dia a dia, com várias decisões sobre o uso do dinheiro. Por exemplo, o que fazer com o Pé-de-Meia que recebem do governo federal, como se preparar financeiramente para o ensino universitário, como não cair em golpes financeiros, como resistir à tentação das apostas on-line. Então, a importância de levar educação financeira para esse público tem crescido a cada dia”.
Mansur explicou que, ao longo do primeiro semestre de 2025, foi construída a Matriz de Competências de Letramento Financeiro para o Ensino Médio, com a relação de habilidades e conhecimentos de educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária que o aluno dessa etapa de ensino deve aprender: “Para construir essa matriz, contamos com o apoio do Ministério da Educação e de todas as demais instituições que compõem o Fórum Brasileiro de Educação Financeira. E ela será a matriz de referência também do programa Na Ponta do Lápis, do MEC”.
Ele afirmou que o próximo passo, já iniciado, é o desenvolvimento de um curso específico para professores do ensino médio para prepará-los para integrar a educação financeira às suas disciplinas: “Por fim, o último passo do nosso trabalho conjunto será a elaboração de doze projetos escolares com aulas prontas para o professor do ensino médio usar em sala, integrando a educação financeira aos conteúdos obrigatórios.”
O Aprender Valor começou a ser oferecido para as escolas públicas do ensino fundamental em 2020 e, desde o segundo semestre de 2024, o Programa abriu as portas para as escolas particulares para incentivar que a educação financeira chegue a todas as salas de aula, de todas as escolas do país, e, também, à população em geral. Atualmente, a iniciativa está presente em mais de 24 mil escolas de ensino fundamental, de mais de 3 mil municípios brasileiros (58% das cidades do país), abrangendo todas as unidades da federação.

Informações – Banco Central