Fervendo




Neste momento o Castanhão está fervendo. Fervilhando de pescadores. vai começar agora, em cinco minutos o Torneio de Pesca do Castanhão, uma idéia do deputado Francinbi Guedes, que já foi Prefeito de Jaguaribara, em cujas terras está o reservatório construido pelo DNOCS, já nos extertores de sualonga e saudavel vida. De lá pra cá só cai e desanda. O último DG do DNOCS foi Celso de Macedo Veiga, os outros são ou foram figurações em busca de mandatos e empregos.

Aprecie sem moderação



Alo Eliomar de Lima. Melhorou da gripe? Bota este colírio aí, sem moderação!

As manchetes deste domingo

- Globo: Afastado, pivô de escândalo mantém o poder no Senado



- Folha: Empresas são maior fonte de dinheiro de partidos políticos



- Estadão: Gabrielli diz que Petrobras está pronta para ‘vale-tudo’



- JB: A economia que esquenta no inverno



- Correio: Filhos de imigrantes são adotados pelo crime



- Veja: Michael Jackson - 1958 – 2009



- Época: Michael Jackson - 1958-2009



- IstoÉ: As várias vidas de Michael Jackson



- IstoÉ Dinheiro: Vendi minha empresa. E agora?



- CartaCapital: O Senado acoelhado



- Exame: Gestão para os novos tempos

Alo moçada da caserna

A anistia pode valer para esses assassinos?

Da mais recente edição da Veja em reportagem sobre a guerrilha do Araguaia - a luta entre militantes do PC do B e tropas do Exército no início dos anos 70, em plena ditadura militar:

"A ordem, lembra o militar, era extrair o máximo de informações dos presos e, quase sempre, por meio de torturas. Depois, assassiná-los. Tudo feito clandestinamente. O militar entrevistado foi um dos algozes do cearense Antônio Teodoro de Castro, estudante universitário de 28 anos conhecido como "Raul". Ele conta que presenciou o interrogatório do estudante: "Ele tinha fome, vestia farrapos e estava amarelo, parecia ter malária. Nem precisamos bater para que ele falasse e dissesse tudo o que sabia".

Mesmo desarmado, famélico e doente, mesmo depois de contar tudo o que os oficiais queriam, Raul não foi poupado. Logo chegou a ordem: eles deveriam levá-lo para fazer um "reconhecimento". Reconhecimento, no código elaborado pelo Exército, era a senha para matar. [Major] Curió e seus homens, entre eles o militar entrevistado por VEJA, embarcaram Raul e outro guerrilheiro, o estudante gaúcho Cilon da Cunha Brun, de 28 anos, conhecido como "Simão", num helicóptero da Força Aérea.

Curió ordenou aos pilotos, os quais não tinham conhecimento da operação, que os transportassem até as terras da fazenda de um colaborador em Marabá. Para não permitir testemunhas, relembra o militar, Curió determinou que outra equipe da Força Aérea os buscassem num ponto diferente da mata, horas mais tarde. Após uma longa caminhada, o grupo parou para descansar. Todos se sentaram. Instantes depois, Curió disse aos colegas: "É agora!".

Levantou-se num átimo, mirou seu fuzil Parafal na cabeça de Raul e disparou. O corpo do estudante caiu imediatamente sem vida. Os outros oficiais levantaram-se e descarregaram as armas nos dois. "Parecia pelotão de fuzilamento", lembra o militar. Eles tentaram cavar uma vala para enterrar os guerrilheiros, sem sucesso. Resolveram cobrir o local com galhos de árvore - e seguiram caminho. Alguns dias depois, o fazendeiro esteve com os militares e reclamou dos cadáveres. "Os corpos começaram a feder. Os animais já haviam comido quase tudo. Tive de enterrar os restos", contou. O fazendeiro tinha o apelido de "Zezão".

Aconteceram ainda outras atrocidades. O fotógrafo baiano José Lima Piauhy Dourado, o "Ivo", tinha 27 anos quando foi capturado pelos militares. Ele fora ferido na clavícula, depois de conseguir atingir um oficial. Não houve clemência. Transportado para a Casa Azul, Ivo passou por uma longa sessão de torturas. Apanhou e conheceu os horrores do pau de arara, método pelo qual se pendurava e amarrava o torturado de cabeça para baixo. Conta o militar: "O cara só gemia".

Gemia, mas, segundo a testemunha, não entregou ninguém. O depoimento do militar é perturbador: "Ele estava agonizando, pendurado no pau de arara. Alguém se aproximou e derramou um copo-d’água em sua boca. Ele morreu afogado, estrebuchando". O Exército também pagava pela cabeça dos guerrilheiros - e não era metaforicamente. "Tinha de trazer a cabeça mesmo, para provar que havia matado", lembra o militar. Cada cabeça rendia 5 000 cruzeiros ao matador. Em valores corrigidos, cerca de 11 000 reais. "Vi pelo menos umas três", conta.

Assinante da revista leia mais em Memórias do extermínio

Deu n'O Globo de hoje

Bolsa Ditadura vira indústria e já custa R$ 2,5 bilhões
A iniciativa destinada a reparar danos impostos, durante os 21 anos de ditadura militar, a cidadãos brasileiros transformou-se numa catedral de voracidade, privilégios e malandragens, segundo informa o colunista Elio Gaspari, na edição deste domingo do jornal O GLOBO.
De acordo com o colunista, o chamado Bolsa Ditadura - pagamento de indenizações e pensões a perseguidos políticos ou aos seus parentes - já custou R$ 2,5 bilhões e fez 160 milionários no Brasil. A previsão é de essa conta chegue a R$ 4 bilhões no ano que vem.

Do blog do Zé Dirceu

Fruta podre


Com o titulo “Jabuticaba”, o jornal da família Marinho, O Globo, faz editorial hoje criticando a proposta de regulação da profissão de jornalista que pode vir a ser tratada por proposta apresentada no Congresso Nacional.

O jornal dos Marinhos pede menos regulação na atual Constituição. Mas, ora, o país necessita exatamente de uma regulação nessa área, e de medidas concretas para democratizar os meios de comunicação - a exemplo de todo o mundo - além de por fim ao escandaloso império das oligarquias eletrônicas, que violam a lei e são um abuso do poder de informação a serviço de mandatos e eleições.

Essa posição das Organizações Globo é advocacia em causa própria. Dona há décadas do monopólio da informação no país - no Rio, então, nem se fala, são detentoras absolutas da comunicação e da informação! - fazem esse editorial como parte da campanha que sustentam contra toda e qualquer ato que lhes pareça ameaçar esse monopólio.

O que realmente querem e tem vergonha de confessar

Por isso são contra as medidas que estabelecem a convergência da midia via telefonia e que defendem a nossa cultura e a produção independente, com cotas e um fundo de financiamento. O pretexto que invocam é que três das telefônicas são de capital estrangeiro. Mas as medidas visam exatamente proteger a cultura nacional democratizando o acesso e a produção da informação.

Esse medo da concorrência e da perda de força política que o controle da informação no pais dá aos grupos econômicos, políticos e familiares que dominam nossa imprensa os tem levado a impedir o Congresso Nacional de legislar sobre a regulação da midia como um todo, a própria imprensa, e agora a profissão de jornalista.

A eles não importa os riscos a que o país ficou exposto pelo vazio jurídico produzido pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir, em boa hora, a Lei de Imprensa da ditadura, mas que deixou a cidadania sem seus direitos básicos constitucionais como o direito de resposta e o de defesa da imagem e da honra.

A pergunta que se faz é: até quando o Parlamento e os próprios jornalistas beneficiados pelo poder que detém na formação da opinião pública e - uma parcela - pelos altos salários que recebe, aceitarão essa herança e entulho da ditadura?

Tá no blog do Zé Dirceu

Por que a crise do Senado não acaba?
Boa pergunta. Será porque os senadores...

Boa pergunta. Será porque os senadores são os principais responsáveis por ela, começando pela Mesa diretora? Além do que, estão quase todos envolvidos. Basta ver a lista dos 37 senadores beneficiados pelos atos secretos, parlamentares de todos os partidos.

Veja-se, como exemplo, o caso Efraim Morais - o todo poderoso ex-1º secretário da Mesa e que sempre integrou este colegiado nos últimos anos. O senador do DEM da Paraíba nomeou quem quis e distribuiu, literalmente, licitações como bem entendeu. Aumentou seu patrimônio e nada! Na enxurrada de denúncias sobre atos secretos e nomeações de familiares e apadrinhados, tudo isso desapareceu, restou só uma figura-alvo, o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP).

Simon Catão

E ato final: o pedido de renúncia de Sarney da presidência do Senado feito pelo senador Pedro Simon (PMDB/RS), que vem agindo com dois pesos e duas medidas. Prega a moralidade na Casa, mas se omite em seu Estado, o Rio Grande do Sul.

Mais do que calar sobre o governo que ajuda a sustentar politicamente no Rio Grande do Sul, o de Yeda Crusius, o apoia e o defende. Simon assim se mantém, mesmo após todas as denúncias de suposta corrupção e desvio de dinheiro público atingindo a própria governadora com episódios como o da compra da mansão em que mora.

Por que esses episódios todos são varridos para baixo do tapete e, na crise, nas denúncias, no escândalo, só resta uma figura, José Sarney? Porque ele é a "cabeça-coroada" da vez, a que a mídia quer porque quer degolar, porque ele apóia o governo do presidente Lula e do PT.