Mensagem dos Católicos

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Maçã
Protege o seu coração
Evita constipação
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Damasco
Previne o câncer
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Alcachofra
Ajuda na digestão
Baixa o colesterol
Protege o seu coração
Estabiliza o açúcar no sangue
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Abacate
Combate as diabetes
Baixa o colesterol
Previne as tromboses AVC
Controla pressão arterial
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Banana
Protege o seu coração
Atenua a tosse
Fortalece os ossos
Controla a pressão arterial
Bloqueia a diarreia

Feijão
Evita constipações
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Baixa o colesterol
Previne o câncer
Estabiliza o açúcar no sangue

Beterraba
Controla a pressão arterial
Previne o câncer
Fortalece os ossos
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Ajuda a perder peso



Mirtilo
Previne o câncer
Protege o seu coração
Estabiliza o açucar no sangue
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Evita a Constipação

Brócolis
Fortalece os Ossos
Protege a Visão
Previne o câncer
Protege o seu coração
Controla a pressão arterial

Couve
Previne o câncer
Evita a prisão ventre
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Protege o seu coração
Atenua a hemorroida

Melão
Protege a Visão
Controla a pressão arterial
Baixa o colesterol
Previne o câncer
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Cenoura
Protege a Visão
Protege o seu coração
Evita a prisão de ventre
Previne o câncer
Ajuda a perder peso

Couve-Flor
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Fortalece os ossos
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Previne a doença do coração

Cereja
Protege o seu Coração
Previne o câncer
Acaba com as insônias
Tarda o envelhecimento
Protege contra a doença de Alzheimer

Castanha
Ajuda a perder peso
Protege o seu coração
Baixa o colesterol
Previne o câncer
Controla a pressão arterial

Pimentão picante
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Suaviza as dores da garganta
Remove abcessos
Previne o câncer
Fortalece o sistema imunológico

Figo
Ajuda a perder peso
Previne as tromboses AVC
Baixa o colesterol
Previne o câncer
Controla a pressão arterial

Peixe
Protege o seu coração
Estimula a memória
Protege o seu coração
Previne o câncer
Fortalece o sistema imunológico

Linho
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Combate as diabetes
Protege o seu coração
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Fortalece o sistema imunológico

Alho
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Toranja
Protege contra ataques cardíacos
Promove a perda de peso
Previne as tromboses AVC
Previne o câncer da Próstata
Baixa o colesterol

Uva
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Previne pedra nos rins
Previne o câncer
Aumenta o fluxo de sangue
Protege o seu coração

Chá Verde
Previne o câncer
Protege o seu coração
Previne as tromboses AVC
Ajuda a perder peso
Mata bactérias

Mel
Cura Feridas
Ajuda a digestão
Previne contra Úlceras
Aumenta a energia
Combate alergias

Limão
Previne o câncer
Protege o seu coração
Controla a pressão arterial
Suaviza a pele
Elimina o escorbuto

Lima
Previne o câncer
Protege o seu coração
Controla a pressão arterial
Suaviza a pele
Elimina o escorbuto

Manga
Previne o câncer
Estimula a memória
Regula a tiroíde
Ajuda na digestão
Protege contra a doença de Alzheimer

Cogumelo
Controla a pressão arterial
Baixa o colesterol
Mata bactérias
Previne o câncer
Fortalece os ossos

Aveia
Baixa o colesterol
Previne o câncer
Combate a diabetes
Evita constipação
Suaviza a pele

Azeite doce
Protege o seu coração
Ajuda a perder peso
Previne o câncer
Combate a diabetes
Suaviza a pele

Cebola
Reduz risco de ataque cardíaco
Previne o câncer
Mata bactérias
Baixa o colesterol
Combate Fungos

Laranjas
Fortalece o sistema imunológico
Previne o câncer
Protege o seu coração
Favorece a respiração
Elimina o escorbuto

Peras
Evita a Constipação
Previne o câncer
Previne as tromboses AVC
Ajuda a digestão









Ananás
Fortalece os ossos
Alivia a febre
Ajuda a disgestão
Bloqueia a diarreia


Ameixas
Tarda o envelhecimento
Evita Constipação
Estimula a memória
Baixa o colesterol
Protege contra doença do coração

Arroz
Protege o seu coração
Combate a diabetes
Previne pedra nos rins
Previne o câncer
Previne as tromboses AVC

Morango
Previne o câncer
Protege o seu coração
Estimula a memória
Acalma o stress



Batata doce
Protege a sua Visão
Levanta a disposição
Combate o câncer
Fortalece os ossos



Tomate
Previne o câncer na próstata
Previne o câncer
Baixa o colesterol
Protege o seu Coração



Nozes
Baixa o colesterol
Previne o câncer
Estimula a memória
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Protege contra doenças do coração

Água
Ajuda a perder peso
Previne o câncer
Previne pedra nos rins
Suaviza a pele



Melancia
Previne o câncer na próstata
Promove a perda de peso
Baixa o colesterol

Bilhete do Wilson Ibiapaina



Macário, mais um ídolo do nosso tempo de menino se vai. Desta vez foi
Bob Nelson . Foi enterrado no cemitério São João Batista, Rio de
Janeiro, na manhã deste sábado (29). Nelson Roberto Perez, também
conhecido como Bob Nelson.estava com 91 anos,e sofreu uma parada
cardíaca.

Ídolo de Roberto e Erasmo Carlos – o Tremendão inclusive gravou uma
música em sua homenagem em 1974, “A lenda de Bob Nelson” – o cantor
começou sua carreira no rádio ainda nos anos 30. Foi pioneiro na fusão
entre a música caipira brasileira e o country norte-americano.

Depois de assumir o pseudônimo de cowboy na década de 1940, Bob Nelson
gravou uma versão em português de “Oh! Susanna”, música popular do
século XIX escrita por Stephen Foster. A música foi um dos maiores
sucessos da carreira do "vaqueiro alegre" Nelson, que também atuou no
cinema em filmes como "Segura esta mulher" e "Este mundo é um pandeiro

Bob Nelson se apresentou várias vezes nos programas de auditório da
Rádio Iracema e, provavelmente, da antiga Ceará Rádio Clube. Conversei
com ele algumas vezes. Quando, já fora de cartaz, visitava Fortaleza
como agenta , fiscal da Sociedade Arrecadadora de Direitos Autorais.
Uma figura. Naquele tempo todo muito queria imitá-lo, cantando Suzana
e fazendo aquele floriado na lingua, típico dos tiroleses..

Penso eu: Zé Wilson, a última vez que ví o Bob Nelson, faz coisa de 20 anos. Ele era representante comercial de uma indústria de sapatos de Franca. Visitava clientes em Fortaleza e eu buli com ele. Ainda ouvi uns trinbados do velho Bob...Oh! Suzanna não chores por mim...

GENTE EM FOCO


Matéria publicada em 26/07/2003

Na certidão de nascimento ele é Nelson Perez, filho do espanhol, José Perez, e de Floresmina Perez, nascido em 12 de outubro de 1918, natural de Campinas, Estado de São Paulo.
Mas para o Brasil todo ele é Bob Nelson, "O cowboy" que, até hoje, se apresenta em shows, aos 84 anos.
Com excelente humor, ele nos concedeu esta entrevista, na sua casa em Copacabana.

BOB NELSON - Vou fazer 85 anos!
LOU - Com essa voz maravilhosa, forte e este corpo de atleta.
BOB NELSON - Graças a Deus.

LOU - Me conta como foi a sua infância.
BOB NELSON - Fui muito levado. Apanhava todo dia do meu pai. Um dia cheguei a ele e disse:
- Meu pai, eu hoje ainda não apanhei. Então, apanhei porque falei que não tinha apanhado.

LOU - Quando foi que você veio pro Rio?
BOB NELSON - Em 1943 ou 1944, já com 36 anos.

LOU - Onde você começou sua vida artística?
BOB NELSON - Em São Paulo. Aliás, comecei a minha vida artística como amador, com sucesso. Lá em Campinas, nós tínhamos um conjunto vocal chamado "Grupo Cacique", que era composto por estudantes do Ginásio do Estado. Eu era o crooner do conjunto, assim do tipo dos "Anjos do Inferno", "Bando da Lua". Então nós cantávamos todo o repertório do "Bando da Lua", dos "Anjos do Inferno", inclusive o nosso, porque a gente também fazia música.

Numa ocasião, fomos a São Paulo e nos apresentamos na Rádio Record, saindo uma nota no jornal, que o pessoal do "Bando da Lua" e dos "Anjos do Inferno" tomassem cuidado que "aqui na Terra" tinha um conjunto vocal pra fazer frente a eles, que era o "Grupo Cacique". Faziam parte do "Grupo" o pessoal do Ginásio do Estado e um menino que tocava violão. Ele era tenor. Era um meninozinho mesmo, que pra alcançar o microfone tinha que subir num banquinho. Hoje, esse menino é um nome nacional, grande compositor, que fez músicas de sucesso e você deve conhecê-lo pelo nome: Paulinho Nogueira.

LOU - Ora, claro!
BOB NELSON - Ele era do conjunto. Era o violão tenor do conjunto. Então, nesse conjunto tinha Celso Mendes Pupo Nogueira, que era irmão do Paulinho, que é dentista; tinha Armando Valindo do Couto, que era primo deles, médico; Aymoré dos Santos Lott, que era da FAB e era formado também; e Enéas, professor, e eu que era do Ginásio do Estado.

LOU - Com tanto sucesso, a sua vida mudou?
BOB NELSON - Não, pois não tínhamos um nome. Mas foi muito bom! Depois disso, voltamos a Campinas e entrei pra Escola de Comércio São Luís e ali me formei em Ciências Contábeis, indo trabalhar na Cia. Mogiana de Estrada de Ferro, assim que me formei. Porque o sonho do meu pai era que os filhos dele fossem ferroviários, porque ele foi ferroviário da Mogiana. Prestei exame, fui aprovado e fui ser escriturário da Mogiana. Naquela época, o salário era muito ruim e tínhamos que trabalhar engravatados... Você sabe como era o apelido do pessoal que trabalhava lá? "Os mendigos engravatados". Quando saí da Mogiana, meu pai ficou muito triste.

Fui trabalhar na Armour, Frigorífico Armour Of Brazil Corporation - que tinha sede em São Paulo. Meu pai tinha um hotel, o Hotel Dalva, nome da minha irmã, que até hoje existe em Campinas, na Avenida Andrade Neves, só que com outros donos. E ali se hospedavam muitos viajantes, e eu sempre ouvia falar que viajante ganhava muito dinheiro e tal e eu falei:- Vou ser viajante. E fui ser viajante.

LOU - Que coragem!
BOB NELSON - Trabalhando lá na Armour, em São Paulo, consegui uma representação de umas meias que nem existem mais, Meias Ethel, que fazia uma propaganda: "Meias Ethel, as tais que não têm costura e não machucam os pés."

E eu fui trabalhar na pior zona que pode existir pra um vendedor, que é o Vale do Paraíba, em Taubaté, Pindamonhangaba. Ali, pra vender, era horrível; aquelas cidades, do Vale do Paraíba ficavam todas abandonadas, pelo próprio pessoal de lá. Mas comecei a andar por lá, tentando vender as meias, que eram as mais caras que existiam. O pessoal, que tinha poder econômico, comprava em São Paulo ou no Rio. Mas, naquele miolo, ninguém comprava nada e eu não vendia nada.

LOU - E a sua música ficou de lado?
BOB NELSON - _ Em Taubaté, brincando com outros viajantes, fomos ao Cabaré. E eu me aventurei e fui cantar lá no palco. Puxa, que sucesso! Aí me levaram num serviço de alto-falante, que transmitia pra pracinha. O pessoal fazendo footing na pracinha, eu cantando lá em cima e o pessoal aplaudindo lá embaixo.

A ESCALADA DO SUCESSO

LOU -Você já fazia o "Oleirich"?
BOB NELSON - Já tinha feito a versão de "Oh! Suzana, pra cantar com o conjunto. Aí falaram pra mim: - "Puxa, rapaz, vai pra São Paulo, vai se inscrever num programa de calouros lá. E tinha um rapazinho em Taubaté, que tinha a voz muito bonita e que imitava o Orlando Silva, coqueluche daquela época. Fui com ele pra São Paulo e nos inscrevemos na Rádio Cultura, no programa da Peneira Rodini, que peneirava os calouros. Aí, pra surpresa minha, um grande amigo meu de ginásio, de grupo escolar, era o diretor do programa. Quando eu cheguei ele me perguntou:
- Você vai cantar?
- Vou.
- Vai mesmo?
- Vou.
- O que você vai cantar?
- "Oh! Suzana."

Você também conhece de nome esse personagem, Roberto Corte Real, que acabou sendo diretor da Sony Music, que antes era a Colúmbia.


LOU - Conheço.
BOB NELSON - Pra eu não chegar na minha casa desempregado e pra meu pai não brigar comigo, por ter deixado a Mogiana e as Meias Ethel, fui pra São Paulo, procurar minha irmã, a Dalva, casada com o Plínio, e disse pra eles que havia deixado a Mogiana e que tinha vindo pra São Paulo, pra tentar a vida por aqui mesmo. Então eu disse: "vim pedir pra vocês me acolherem porque não tenho pra onde ir." Aí meu cunhado respondeu - "Você pode ficar aqui, não há problema, mas dinheiro não tem. Vai comer, vai dormir, mas não tem dinheiro." Eu disse: - "Não tem problema, vou me virar."


A Peneira Rodini selecionava os calouros, nas quatro semanas do mês e no final da última semana fazia a peneira de ouro Rodini. Quando cheguei lá no programa, estavam os cantores e o Paulo. Quando ele cantou "Lábios Que Eu Beijei", que era a coqueluche da época, o auditório veio abaixo.

A gente tinha combinado de dividir o prêmio, que era 100 réis. Aí, eu disse: - "Meu Deus do céu, acho que tô com 50 réis no bolso, porque achei que ele ia ganhar. Aí..."Agora vocês vão receber um calouro que vai cantar uma novidade pra vocês. Ele fez uma adaptação, de uma música muito conhecida e vai cantar "Oh! Suzana", de Stephan Forter."

Larguei o "Oh! Suzana" e o auditório veio abaixo, mas veio abaixo mesmo: - "Canta outra! Canta outra!", gritavam.

Telefonemas pedindo pra eu cantar outra, e eu não tinha outra, só tinha "Oh!Suzana". Então eu cantei "Halisco":
(Clique na setinha e aguarde)

"Ai, Halisco, halisco, halisco, tu tienes um nombre que és Guadalajara, olerichhhhh!"

Ai, meu Deus! Ô que sucesso! Aí ganhei o prêmio de 100 réis. O Paulo ganhou 50, dividimos, deu 75 pra cada um.

LOU - Que festa!
BOB NELSON - Maravilha. E, naquela época, era dinheiro pra caramba. E então comprei um pacote do cigarro Elmo, que eu fumava e custava 25 réis; pra não andar a pé, comprei 50 réis de passe de bonde, daqueles bondes que nem existem mais em São Paulo, o Camarão, era uma beleza. Era uma condução maravilhosa. E eu descia sempre na cidade e me inscrevia em tudo que era programa de calouros. Era o rei dos calouros, porque eu ganhei em todos os programas que fui. No Blota Júnior, 1º lugar, no programa do Motta Neto, 1º lugar.

Bom, cantei 4 a 5 anos de calouro. E um dia, fui cantar no calouro do Chá Ribeira, na Rádio Tupi de São Paulo e quando acabei de cantar, o pessoal bateu o pé no chão e gritou mais um. Mais um! Queria mais. Era época da guerra e os linotipistas dos jornais "Diário da Noite" e "Diário de São Paulo", do Assis Chateaubriand, saíram correndo lá das oficinas pra dentro da Rádio Tupi pra ver o que era, pensando que estavam quebrando a Rádio. Aí chega o diretor geral da Rádio Tupi, que era o Dermeval Costa Lima, baiano bom pra caramba, pessoa maravilhosa, e perguntou:
- Que foi isso?
- É esse menino aí.
- O que você cantou?
- Cantei "Oh! Suzana".
- É mesmo rapaz? Pôxa vida!
Cantei pra ele e ele perguntou se eu tinha muita música daquele gênero. Eu falei que tinha umas 20, mas não tinha nada, só tinha "Oh! Suzana".
- Então, você vai cantar num programa que nós vamos armar aí. Ele me pegou de calouro e me juntou com "Caco Velho", que era um grande sambista do Rio Grande do Sul, compositor também formidável, a Neuza Maria, Humberto Simões, que era um ventríloco, Brinquinho e Brioso, que era irmão do Ratinho, do Jararaca e Ratinho.

LOU - E você já era um rapazinho, um garoto.
BOB NELSON - Um garotão. Tinha 31 ou 32 anos. Aí, ele me contratou e cantei num programa chamado "Onda Alegre", que era daquela turma que fez uma onda danada.

Aí, o Assis Chateaubriand ouviu e chegou pro Demerval Costa Lima e perguntou:
- Quem foi que cantou essa música "Oh! Suzana"?
- Foi um calouro.
- Como ele se chama?
- Ele cantou com o nome de Nelson Perez.
- Então, depois, eu quero conhecer ele.
Foi quando ele me disse que eu ia cantar numa homenagem que eles iam fazer pro General Douglas MacArthur, que era o Comandante chefe das tropas do Atlântico Sul.
Então, Assis Chateaubriand pediu que eu cantasse pra ele, que ele era do Texas, me deu um cartão e disse: - Vá lá na Sloper, de São Paulo, e manda fazer uma roupinha de cowboy pra você cantar pro General MacArthur.

O General era um homem de uns dois metros de altura. Quando eu acabei de cantar, ele foi me abraçar no palco e eu abracei o joelho dele. (risos)

LOU - Foi assim que você se tornou um cowboy...
BOB NELSON - Aí, em todo programa lá tava eu, cantando "Oh! Suzana". Então, me disseram:
- Rapaz, canta outra.
- Eu vou cantar outra, pode deixar.

Pra fazer outra música, eu fui ao cinema em São Paulo que só passava filme de cowboy. Ali, embaixo do viaduto do Chá, tinha um filme com Jimmy Altry e eu passei de meio-dia à meia-noite, ouvindo aquelas músicas. E fui dormir com a melodia na cabeça e acordei com a letra pronta.

LOU - Você, então, é compositor também. Porque Suzana foi uma adaptação, composição sua.
BOB NELSON - É verdade. Como ela era de domínio público, tornou-se minha. Aí eu fiz a segunda música:
"Sou vaqueiro lá do Oeste ai, ai, ai.
Sou vaqueiro lá do Oeste, sim senhor.
Quando acabo o meu trabalho,
eu arreio o meu cavalo
e vou à cidade para ver o meu amor...

E, assim, fui indo, fazendo outras, outras e outras e foi aparecendo compositor me dando música pra cantar.


Entre esses compositores apareceu um grande amigo, até hoje é meu amigo, Vítor Simon. O Vítor Simon é um grande compositor e nós fizemos algumas músicas juntos e, entre essas, "Minha Linda Salomé". Mas, como quem me tinha dado a idéia de como fazer a música foi um outro grande compositor, campineiro como eu, Denis Brean, que é o autor da "Bahia com H", música também muito conhecida no Brasil inteiro:"Dá licença, dá licença meu Ioió, a Bahia agora eu vou cantar eu vou..." do Denis Brean. Como foi ele quem me deu a idéia de fazer, eu saí fora da parceria com o Vítor e botei o Denis Brean como autor. Ele não fez nada, mas eu dei a ele! E foi um sucesso danado.

(Clique na setinha e aguarde)
"Quando eu vou pro meu rancho na montanha,
Vou montado nesse meu cavalo amigo.
Ainda existe alguém mais que me acompanha
E por ela com todo mundo eu brigo.
Eu, por ela, desacato o mais temido bandoleiro.
E por ela também mato até meu melhor rancheiro.
Ela tem os olhos tristes como um lago,
Já venceu um concurso lá em Chicago.
Meus senhores, vou dizer quem ela é é é.
Ah!, ai, ai.
É a minha linda vaca Salomé."

Porque em Chicago é onde existe o maior abatedouro de carne, dos Estados Unidos. A música foi um sucessão danado. Depois consegui um sucesso atrás do outro.

SURGIU BOB NELSON

LOU - Você saiu de São Paulo pra outros lugares?
BOB NELSON - Quando assinei contrato com a Rádio Tupi, o Costa Lemos chegou pra mim e disse:
- Ô rapaz, você vai cantar música de cowboy com o nome de Nelson Perez , não dá certo, se fosse bolero vá lá, mas música de cowboy, Nelson Perez? Aí, quando fui assinar o contrato na sala da direção geral, estavam reunidos uns diretores e estava lá o diretor de rádio e teatro
da Rádio Tupi de São Paulo, Mário Gomes, que estava lendo a revista "A Cena Muda". E disse, "pôxa esse tal de Bob Taylor tá com um cartaz danado; a maior correspondência de Hollywood é dele."
Vira um e fala, "o quê você disse aí?
- O Bob Taylor... Bob Taylor...
E o outro :
- Bob Nelson! E assim nasceu meu nome.

LOU - Saiu de Nelson Perez para Bob Nelson e ficou famoso! É famoso até hoje!
BOB NELSON - Se fiquei famoso, não sei, mas tentei. Continuei cantando na Tupi. Aí, eu ganhava trezentos réis por mês...

LOU - E seu pai ficou sabendo desse seu sucesso?
BOB NELSON - Meu pai era assinante do Diário de São Paulo e saiu uma reportagem comigo no Diário de São Paulo, com fotografia e tudo. Na mesma hora, telefonou pra São Paulo pra falar comigo:
- Meu filho, eu estou muito doente, tô com angina pectoris.
Você não vem me ver meu filho?
- Vou
- Então, eu quero que você me traga uma fotografia dessas que você está dando pros outros e traz pra mim.
Eu tinha minha primeira fotografia de cowboy e levei pro meu pai. Essa fotografia que tenho até hoje, comigo e vou lhe mostrar daqui a pouco.

Na mesma hora larguei tudo, peguei um trem e fui direto a Campinas, fui ver meu pai. Cheguei lá, ele me abraçou e foi uma festa danada. E a minha mãe virou-se pra mim e disse:
- Nelson, você tá ganhando dinheiro?
Eu disse:
- Não minha mãe, eu tô dando duro; agora assinei um bom contrato.
- Então, meu filho, você não pode me dar um rádio? Porque quero ouvir você cantar e não deixam, porque seu pai é corintiano, seu irmão é corintiano, outro é são paulino, outro não sei que lá e só querem ouvir futebol e eu não consigo ouvir você.
- Deixa comigo, minha mãe.
Comprei um rádio importado, Philips holandês, e dei pra ela me ouvir. Esse rádio voltou pra minha mão, quando ela morreu. Depois e eu dei pra minha sogra, que também já morreu e, em seguida, foi pra minha mulher. Esse rádio já não tem mais.

LOU - Mas vale como uma relíquia.
BOB NELSON - É. Continuei cantando e tal.Veio uma pessoa me contratar pra eu cantar no Cassino Aú, de Curitiba. Ganhava 300 mil réis por mês, na Rádio Tupi. Fui ganhando 300 mil réis por noite em Curitiba.

LOU - Cassino paga bem.
BOB NELSON - Nenê Serrata era o dono do Cassino. Quando eu entrava pra cantar, era aquele sucesso bárbaro. Como eu estava fazendo sucesso, eles quiseram renovar meu contrato.

Mas, aí, toca o Dermeval Costa Lima pra Curitiba, para que eu voltasse, imediatamente, pra São Paulo, porque o Assis Chateaubriand queria que eu viesse para fazer parte da caravana da Rádio Tupi, de São Paulo, pra cantar no "Show da Vitória", que foi o nome que o Assis botou no espetáculo, pra ser apresentado em tudo quanto fosse quartel, para incentivar aqueles soldados que embarcavam pra Itália. Então, eu cantei, inclusive, na Ilha de Fernando de Noronha. Onde tinha quartel eu cantava. Pra quanta gente eu cantei, que foi lá pra Itália, quantos não voltaram, né?

Finalmente, descemos no Rio de Janeiro, pra cantar na Rádio Tupi pelo término da excursão do "Show da Vitória". Todo mundo daquela época queria conhecer o Cassino da Urca. Então, combinamos de nos encontrar no Café Nice, que era em frente ao Cine Astor Trianon. E marcamos às 10 horas da noite pra ir todo mundo junto pro Cassino da Urca. Pra fazer hora, porque no Cine Trianon tem um relógio grande, assistia o filme e ficava de olho na hora. Aí, quando foi se aproximando das 10 horas, caí fora pra encontrar o pessoal. Saí na porta do Cine Trianon. Eu não conhecia nada no Rio de Janeiro e peguei um táxi. O chofer me pegou na porta do Cine e eu disse:
- Quer me levar no Café Nice?
- Pois não. O homem andou, andou, andou comigo e voltou no Café Nice, só depois eu fui ver que o Café Nice era bem em frente ao Cine Trianon. E o camarada andou comigo pra caramba.

LOU - Naquele tempo, já havia dessas malandragens.
BOB NELSON - Mas eu paguei a corrida e tal e lá fomos nós pro Cassino da Urca. Estavam lá o Roney e o Ranchinho, e o Pedro Vargas. Era um show maravilhoso. A Urca era uma coisa sensacional. Fiquei na casa do meu irmão, que morava aqui no Rio de Janeiro. No dia seguinte, fizemos um show na Tupi e regressamos pra São Paulo. Em São Paulo, na Rádio Tupi, eu era a maior novidade, porque lancei uma coisa nova, que ninguém conhecia.

Eu tinha colegas muito bons, o ambiente era muito bom. Foi lá que conheci alguns colegas meus: Osni Silva, que foi o maior cartaz de São Paulo, naquela época. Ele cantava "Alza Monolita.", um sucesso bárbaro; conheci a Hebe Camargo, que tinha um conjunto vocal; era um trio, chamado as Irmãs Camargo; o pai dela era o Phebo Camargo, que tocava violino na orquestra, e todos eram de Taubaté.

Eu fiquei muito amigo de todo mundo lá e, quando estava cantando na Rádio Tupi, me aparece um cidadão e:
- Você não quer cantar no Rio de Janeiro?
- Eu quero!
- Vai cantar no Cassino Atlântico.
- O quê?
- Cassino Atlântico.
- Ah, eu quero sim.
- Quanto quer ganhar pra cantar lá isso que está cantando aí?
- Eu não sei.
Ele fez a proposta: 500 mil réis, por noite pra cantar, no Cassino Atlântico, aqui no Rio de Janeiro. Eu cheguei pro Dermeval Costa Lima e disse: olha, Sr. Costa Lima, querem me contratar assim, assim. Ele disse: - Você pode ir! Mas tem que cantar na Tupi, do Rio de Janeiro, pra completar o seu contrato porque você está contratado aqui na Tupi.

LOU - Quem foi que lhe convidou pro Cassino Atlântico?
BOB NELSON - Essa pessoa era o diretor geral do Cassino Atlântico, muito conhecido no Rio de Janeiro; hoje é até nome de um teatro, o Ziembinski.
Ali, no Cassino Atlântico, eu tive como minha colega, uma grande artista, Libertad Lamarque e tomavam parte desse show do Cassino Atlântico, eu, a Libertad Lamarque e o Gregório Barros, que cantava música espanhola e, ainda, nem cantava bolero, e "Os Namorados da Lua", com Lúcio Alves.

Arrumei um conjunto pra me acompanhar e tinha um cenário muito bonito com um cavalo, uma vaca e o sanfoneiro; era o Mário Zan, que ainda é famoso. Foi o homem que fez São Paulo, quatrocentão. O Mário Zan, caipirão, me acompanhando lá e o conjunto regional da Rádio Nacional, com meus queridos e saudosos amigos; já morreram todos.

LOU - Conta, aí, uns causos dos bastidores do Cassino.
BOB NELSON - O dono do Cassino Atlântico era um fã incondicional da Libertad Lamarque, o Bianchi; ele sempre mandava pra ela um cestinho com uma orquídea e ela colocava sempre a orquídea na roupa, presa com um alfinete todo de brilhantes, uma coisa rica mesmo. Uma noite acontece o maior bafafá no Cassino Atlântico: Cadê a orquídea? Sumiu a orquídea...

LOU - Com alfinete e tudo?
BOB NELSON - Não. Pegaram só a orquídea. Tava lá na portinhola, que ela abria a janela e pegava no camarim. E procura daqui, procura dali, procura de lá, aí, o Mário Zan peguntou:
- Bob Nelson, o que está acontecendo, que a Libertad Lamarque está tão zangada?
- O que aconteceu? Pegaram a orquídea dela e ela não quer entrar no palco sem a orquídea, porque o Bianchi está assistindo o show e ela não quer aparecer sem a orquídea.
- Orquídea? O que é isso?
- Uma flor.
- Uma flor? Rapaz!... será que foi aquela que eu peguei?
O Mário Zan pegou a orquídea e enfiou no bolso, uma flor delicada daquela. Ele ia levar pra mulher dele conhecer, porque ela nunca tinha visto aquela flor.
Então, eu fui ao camarim da Libertad Lamarque e falei pra ela que o rapaz pegou, que ele não conhecia a flor e estragou tudo.
- Não há importância, non voy questionar. Falou.
Eu agradeci e aproveitei pra pedir um favor:
- Onde a senhora comprou esse alfinete tão bonito? Porque tenho uma irmã que vai se formar e eu gostaria de lhe dar um alfinete igual, de presente.
- Oh, que Bueno! Ustede és un bueno hermano. Esta jóia és un regalo del presidente de Francia!

Menina, pensei que os brilhantes eram macarsita! Quase caí pra trás. É claro que nem dei pra minha irmã.

O LEILÃO E O BAFAFÁ

LOU - Você era ingênuo.
BOB NELSON - A Rádio Tupi, como tudo que era do Assis Chateaubriand, naquela época, atrasava sempre e eu já estava com três meses de salário atrasado na Rádio Tupi. Um dia, cheguei lá, passei a mão naqueles vales todos que eu tinha de salário, e saí pelos corredores da Rádio Tupi fazendo leilão: "Quem quer comprar três vales assim, assim, assim?"
Menina, foi um bafafá dentro da Rádio Tupi e quem ia comprar os três vales da minha mão era o Manézinho Araújo, mas, na hora "h", chegou o diretor geral da Rádio Tupi, Ovídio Grotera, e:
- Você está fazendo leilão de vales aqui?
- Você não me paga, eu to fazendo leilão; quero receber os três meses atrasados. Porque eu chego lá na boca do cofre pra receber, vejo a Linda Batista descontar um vale por conta do que ela ganhava! Pode dar vale pra ela e não pode me pagar? Ele disse:
- Me dá aqui esses vales, meteu a mão no bolso, pegou o dinheiro, me deu na minha mão e disse: - Você está expulso da Rádio Tupi. Me expulsou da Rádio Tupi. Eu falei:
- Ai, meu Deus! E saí expulso da Rádio Tupi. Peguei minhas roupas todas que estavam lá, botei na malinha, peguei o elevador e desci pra ir embora.

Quando cheguei embaixo, no saguão da Rádio Tupi, que é aquele prédio que hoje é a LBV, que parece um ferro de engomar, na esquina com Av. Venezuela, quem é que estava na portaria? Assis Chateaubriand. Então, ele me chamava dessa maneira:
- Ô cowboy, sem cavalo, como é que vai?
Eu respondi:
- Ô doutor, não tá muito bom não.
- Não tá bom, por quê?
- Fui expulso da Rádio Tupi.
- Expulso?
- Fui sim, senhor.
- Por quê?
- Porque eu fiz leilão dos vales que estavam atrasados comigo há 3 meses, e o Dr. Ovídio Grotera me pôs pra fora da Rádio Tupi.
- O que, o senhor expulso? Três meses atrasados? Fez muito bem. Não pagou, faz leilão dessa porcaria.
E ele era o dono.

LOU - Ele era um gênio, mas uma figura excêntrica...
BOB NELSON - Era uma pessoa maravilhosa.

LOU - E Assis Chateaubriand deixou você ser expulso?
BOB NELSON - Deixou, o que ele ia fazer? Desautorizar o diretor-geral?

LOU - Você ainda morava com sua irmã, ou morava sozinho?
BOB NELSON - Morava sozinho, numa república de estudantes. Não conhecia ninguém aqui e, nessa república de estudantes, eu era o único que não era estudante e fui acolhido por eles. Quando cantava, no Cassino Atlântico, levava-os comigo e todo mundo entrava pra assistir o show.

A RÁDIO NACIONAL ERA O LIMITE

Um belo dia, cantando no Cassino Atlântico, chega pra mim um cidadão, que depois ficou famosíssimo, Haroldo Barbosa, grande compositor, grande jornalista, discotecário na Rádio Nacional, e falou:
- Rapaz, você não quer cantar na Rádio Nacional?
- Eu quero. (Quem não queria cantar na Rádio Nacional?)
Ele me apresentou ao Vítor Costa, que não conhecia nada do meu gênero de música, e me botou pra cantar numa hora de calouros, na "Hora do Pato", onde o Jorge Cury era o animador. Mas quem me apresentou ao público foi Reynaldo Costa, que foi o maior locutor comercial que o Brasil já teve. Aí ele anunciou:
- A Rádio Nacional tem a honra de apresentar para vocês, dentro do programa da "Hora do Pato", um cantor que está fazendo um grande sucesso no Cassino Atlântico, Bob Nelson!

Entrei, todo vestido de cowboy, no auditório da Rádio Nacional, cantei e foi um bafafá lá dentro. Quando acabei de cantar, fui chamado pra falar com o Vítor Costa.
- O senhor queria falar comigo?
- Quanto você quer ganhar por mês?
- O senhor faz uma proposta, se eu aceitar, venho cantar aqui.
Então, ele me ofereceu 2.500 cruzeiros por mês.

LOU - Uma nova porta se abriu pra você.
BOB NELSON - E assim eu fiquei 29 anos, na Rádio Nacional.

ABRINDO A PORTA PRA UM SANFONEIRO

E tive a honra, a glória e a graça de Deus de um dia levar pra ser contratado pela Rádio Nacional, um grande sanfoneiro. Porque o Vítor Costa perguntou o que eu queria pra me acompanhar. Eu falei que queria uma sanfona, violino...
- Sanfona, aqui não tem, se você tiver um bom sanfoneiro, traga aqui pra contratar.
- Sim senhor.
No Cabaré Novo México, na Lapa, no intervalo de descanso da orquestra, entrava um sanfoneiro com zabumba, triângulo, com tudo e, quando acabava de tocar, pedia gorjeta de mesa em mesa, com a bacia de alumínio. Quando ele chegou na minha mesa, segurei a bacia. Ele arregalou os olhos.
- Rapaz, não vou tirar o dinheiro de você não.
Aí, botei um dinheiro na bacia e disse-lhe: - você quer trabalhar comigo na Rádio Nacional? Naquele tempo, quando falava Rádio Nacional, a pessoa tremia porque era maior que a Tv. Globo de hoje. Aí, marquei com ele às duas horas da tarde do dia seguinte e pedi que levasse a sanfona. No dia seguinte, o homem lá estava com a sanfona me esperando.

LOU - E como era o nome dele?
BOB NELSON - Aí, quando cheguei lá, pedi pra falar com o Vítor Costa.
- O que há cowboy?
- É o seguinte, o senhor me deu autorização para que eu trouxesse um bom sanfoneiro aqui, pro senhor contratar e eu consegui.
- Então, traga ele aqui pra eu falar com ele.
- Ele já está aí! Abri a porta e disse:
- Entra e toca pro Sr. Vítor Costa ouvir.
Aí ele tocou.
- É, o homem é bom. Ele disse.
- Ele não é bom, é ótimo, toca qualquer gênero de música, porque ele toca num Cabaré e tem que saber tocar de tudo.
- Quanto é que você quer ganhar?
- Seu Vítor, (interrompi) o senhor vai me desculpar, mas eu vou tratar com o senhor, porque ele não entende nada. Ele toca a troco de gorjeta.
- Quanto é que vou pagar pra ele?
Pedi ao sanfoneiro que saísse da sala, por um instante e depois respondi.
- Mil cruzeiros por mês. (Eu ganhava 2.500)
- O quê? Mil cruzeiros? Você é maluco, eu sempre falei que esse Bob Nelson é maluco. Mil cruzeiros! Nenhum músico da Rádio Nacional ganha mil cruzeiros.
- Ué, o senhor faz uma coisa: chama todos os músicos, se algum tocar a sanfona, não precisa contratar ele. Peraí, seu Vítor, ele vai ser muito aproveitado, porque ele toca qualquer coisa. Ele vai me acompanhar e a qualquer artista junto com o Santoro; vai tocar na "Alma do Sertão", com Renato Múcio, "Nada Além de Dois Minutos", com Paulo Roberto; vai ser muito aproveitado.
- Vou fazer uma proposta: 700 mil réis por mês, durante três meses.
- Tá feito! E vou lhe garantir que ele não ficará só três meses, aqui na Rádio Nacional.
Abri a porta e falei:
- Luiz, você vai assinar um contrato com a Rádio Nacional.
- Vou?
- Vai. (Ele estava em pé, com a sanfona no peito) Você vai ganhar 700 mil réis por mês... Ele desabou com sanfona e tudo sentado no sofá. Aí chorou, chorou,...
- Rapaz, não precisa chorar! É só assinar o contrato....
- Ai meu pai, minha mãe, meus irmãos, como vou poder ajudar eles! Ele era muito bom filho. O homem era Luiz Gonzaga. Fui eu quem levou o Luiz Gonzaga pra Rádio Nacional!

LOU - Estou emocionada! Você abriu as portas do sucesso pro grande Luiz Gonzaga!
BOB NELSON - Pra tocar na Rádio Nacional! E aqueles três meses viraram vinte e tantos anos.

Ficamos muito amigos, porque sempre aceitei o ensinamento do meu pai: "meu filho, quando você for fazer um novo amigo, procure certificar-se primeiro se esse seu futuro amigo é bom filho, porque se ele for bom filho, será, por certo, um bom amigo. Será bom em tudo."

O Luiz Gonzaga só falava no pai, na mãe, nos irmãos, e eu me apeguei muito ao Luiz e ele a mim. Onde eu ia, lá ia o Luiz Gonzaga comigo.

LOU - Vocês formaram uma dupla?
BOB NELSON - Vieram me chamar, na Rádio Nacional, pra fazer show no interior pelo Brasil: - Sr. Bob Nelson, você quer ir cantar em Rio Bonito?
- Quero.
- Lá, vai ter uma exposição de gado e pediram pra levar você. Quanto é que você quer pra cantar em Rio Bonito.
- Eu quero 2.000 cruzeiros.
- O quê? Você tá louco? A Emilinha Borba cobra mil, fulano cobra mil, você quer cobrar 2.000?
- É, mas eu tenho que pagar meu sanfoneiro.
- Que sanfoneiro rapaz? Lá tem gente que toca sanfona.
- Não! Eu quero meu sanfoneiro.
E, assim, lá fui eu e o Luiz Gonzaga, de trem, pra Rio Bonito. Aí, quando estávamos sentados, quietinhos, assim, o trem parou, antes de chegar em Rio Bonito e entrou uma porção de homens vestidos de cowboy, de tropeiro.
- Onde está o Bob Nelson, cadê o Bob Nelson?
Eu pensei, "ai, meu Deus, o que esses caras querem comigo? Eu lá encolhido. O Luiz Gonzaga disse:
- O Bob Nelson é esse aqui.
- O senhor é o Bob Nelson?
- Sou sim senhor.
- Cadê sua roupa?
- Tá aqui na mala.
- Veste a roupa pra você chegar em Rio Bonito vestido de cowboy.
Eu entrei no banheiro do trem pra trocar de roupa, aqueles banheiros, apertadinhos, mal cheirosos, e me vesti de cowboy. O Luiz Gonzaga botou aquele chapéu de coco de nordestino e chegamos, ele de cangaceiro e eu de cowboy.

Quando descemos do trem, em Rio Bonito, lá na praça, em frente à estação de Rio Bonito, tinha uma bruta de uma faixa enorme: "Viva Bob Nelson, o rei dos cowboys!"Meu Deus! Então, estou fazendo sucesso mesmo. O povo gritando "viva Bob Nelson" e a banda de música tocando pra me receber. Eu era importante e não sabia.

Chegam os cavaleiros com dois cavalos: um alazão grande e bonito e um pangaré pequeno:
- Monta, Bob Nelson. Eu virei pro Luiz e disse:
- Monta no grandão, que eu vou montar no pequenininho.
- Não rapaz, você que é o rei dos cowboys.
- Mas você foi soldado de cavalaria. Eu vou montar no pequenininho, que eu não vou me arriscar de montar no grandão.

Tinham trazido aquele cavalo pequeno pra fazer graça porque o cavalo era fogo, pulava feito um danado. O Luiz foi no pequenininho e eu no grandão. Aí o cavalinho jogou o Luiz Gonzaga no chão e todo mundo correu pra levantá-lo.
- Tá vendo o que você fez comigo?
- Eu não, nem estava sabendo que esse cavalo era desse jeito.
E assim, quando cheguei no palco, correu a notícia de que eu tinha caído do cavalo. Aí, me anunciaram na festa, na exposição de gado assim: "E agora, com vocês, Bob Nelson, o cowboy que caiu do cavalo!

LOU - Mas não foi você quem caiu, foi o Luiz Gonzaga.
BOB NELSON - Mas eu caí também. Eu tinha uns coquinhos que imitava cavalo, ploc, ploc, ploc, eu mostrei pro povo e disse: "daquele cavalo eu caí, mas desse aqui eu não caio. Aí: toc, toc, toc, eu cantei e foi um sucesso danado, muito grande mesmo!

E assim, fiquei com o Luiz Gonzaga todos esses anos me acompanhando, até que um dia, apareceu um grande compositor pra me mostrar uma música pra eu gravar e a música era muito boa, mas eu achei que não devia gravar porque não era o gênero que eu tinha criado. Mas como o Luiz Gonzaga, quando me acompanhava, cantava atrás de mim, eu decidi dar pro Luiz cantar:
- Luiz, você vai cantar essa música e eu vou falar pro Vitório Lattari, da RCA, pra você gravar e vai ser um sucesso. Eu só não gravo porque não é o meu gênero.
- Mas não sou cantor, rapaz. Mas você vai cantar.
E foi a primeira música que o Luiz Gonzaga gravou cantando. Foi um sucesso de Norte a Sul do país, ele gravou de um lado cantando e do outro tocando sanfona de oito baixos.
A música era "Pão-duro":
(clique na setinha e aguarde)
"Sou pão-duro, vivo bem, não dou esmola,
não faço favor, não ajudo a ninguém.
Sou pão-duro, vivo bem
E quem quiser que faça assim como eu também."
Aquele cara era um pão duro desgraçado...

E foi um sucesso; todo mundo queria comprar um disco do Luiz Gonzaga cantando e ele só tinha gravado essa. Aí, chegou o presidente da RCA, Vítor, e exigiu que eu arranjasse música pro Luiz Gonzaga gravar.

Saí eu, por aí, pelos pontos dos compositores, Café Nice, Praça Tiradentes, Praça Mauá e escolhi algumas músicas. Entre essas músicas que eu dei pro Luiz gravar, quando ele ainda não era famoso, estão: "Eu lhe dei 20 mil réis, pra pagar três e trezentos, você tem que me voltar, dezessete e setecentos"; "Sou alfaiate do primeiro ano, pego na tesoura e vou cortando o pano; "Chofer de Praça" etc.

LOU - Adoro esta: "Quando olhei a terra ardendo, qual fogueira de São João..."
BOB NELSON - Essa veio depois, muito depois. Luiz Gonzaga era de Pernambuco, de Exu, e baião não é de Pernambuco. Baião é do Ceará. Pernambuco é calango, frevo, xote.

LOU- Então, só muito mais tarde foi que ele cantou baião?
BOB NELSON - Porque o conjunto famoso, no Brasil inteiro, que cantava baião, na Rádio Tupi, aqui, era "Os Quatro Ases e Um Curinga". Foi quem primeiro lançou o baião: "Eu vou mostrar pra vocês, como se dança o baião, quem quiser aprender é favor prestar atenção."

O criador do verdadeiro baião, criador do ritmo baião, foi o cearense Lauro Mayer. Até hoje tem lá a Praça Lauro Mayer. Quando ele morreu, deixou um baú cheio de baião. Aí, pegaram essas músicas e deram pro Luiz Gonzaga que gravou muita coisa. Pode-se dizer que assim nasceu o baião.

E O COWBOY SE "AMARROU"

LOU - Você então chegou ao auge do sucesso nessa época. E a sua vida sentimental?
BOB NELSON - Muito sucesso! Eu era o primeiro em correspondência da Rádio Nacional, em segundo Emilinha Borba, em terceiro Francisco Alves.

Bem, eu fui muito namorador. Mas um dia, fazendo uma temporada em Pernambuco, na Rádio Jornal do Commercio, hospedado no mesmo hotel que eu, tinha um casal de amigos que se tornaram até meus padrinhos de casamento. O cabeça-do-casal, Olavo de Virgilis, era meu amigo de infância de Campinas.
- Ô Perez, o que você está fazendo aqui?
- Eu tô cantando na Rádio Jornal do Commercio.
- Cantando?
- É. Eu sou o Bob Nelson.
- Bob Nelson? Eu sou seu fã, rapaz.
Aí, me convidou pra eu ir jantar com eles, porque tinha uma moça, hospedada com eles, que era colega do SESI e que estava fazendo aniversário. E, assim, sentei à mesa com eles. Comprei um corte de linho azul pra dar de presente de aniversário. E essa moça se chama D. Antonieta Leal Perez, que se tornou minha esposa; que é casada comigo, há 53 anos; que me deu dois filhos maravilhosos, Nelson Roberto e Eduardo José, e deles dois, vieram dois netos: Luciana Antonela e Victor Eduardo.

LOU - Você disse que esse quadro ganhou uma música?
BOB NELSON - Esse quadro é de autoria de Xerém e a música, chamada "O Burro Teimoso" foi sucesso no carnaval.
Autoria de Antônio Almeida.


(clique na setinha e aguarde)
"A paca não emburra, mas o burro empaca. Esse burro é mais burro que uma vaca.
Eu bem que falo, bem que grito,
bem que empurro,
O tal do burro não há meio de andar.
Já dei água, dei comida, e ele não sai do lugar. Anda, Mimoso.
Que burro teimoso! Que burro teimoso!
Anda, Mimoso.
Que burro teimoso! Que burro teimoso!"

LOU - Ah, legal mesmo!

NOTÍCIA EM PRIMEIRA MÃO

BOB NELSON - Vou contar pra você, em primeira mão: tenho aqui duas letras que vou enviar pro Toquinho colocar as músicas. Vê se você gosta do título da primeira: " Mundo menino":

(Clique na setinha e aguarde)

"Aquele garotinho, que brincava na calçada,
Me fez voltar ao tempo em que eu jogava uma pelada
E empinava pipas coloridas de papel,
Com mensagens de crianças para o seu Papai Noel.
Bons tempos de menino, quando tudo era ilusão,
De lindas figurinhas eu fazia coleção.
Patins, bola de gude, bicicleta e o pião
Que parecia o mundo a rodar na minha mão.
Berlinda, amarelinha, patinete, cabra-cega,
Balão, barra-manteiga, cirandinha, pega-pega.
Assim eram meus dias. E às noites, a sorrir,
Vovó contava histórias para me fazer dormir.
Aquele garotinho que brincava na calçada,
Me trouxe até lembranças da primeira namorada.
Se não é pedir muito, eu pediria, quase nada.
Queria ser de novo o garotinho da calçada."

LOU - Adorei! Que lindo poema! Fiquei toda arrepiada. Quando foi que você compôs essa letra? Estava no seu baú?
BOB NELSON - Já faz tempo, estava guardadinha pra ele. Porque eu só queria o Toquinho. Foi feita só pra ele. Ele sempre vem ao Rio, mas só faz show, lá longe, no ATL Hall. Quando ele veio fazer a temporada, aqui, no Canecão, eu fui lá, mostrei as letras, ele me deu um grande abraço e me disse pra mandar pra casa dele, em São Paulo. Hoje, mais tarde, vou colocar no correio.

LOU - Então fala " O meu ranchinho", essa outra letra que você vai mandar pra ele colocar a música.
BOB NELSON - Meu Ranchinho:

(Clique na setinha e aguarde)
"O meu ranchinho fica à beira do caminho,
aberto sempre a quem vem.
Tem uma cocheira ao lado,
Um jardinzinho cuidado,
Um roçado mais além.
A inveja não me invade
Dos palácios da cidade,
No meu rancho, sou feliz.
Dos homens, nada espero.
Meu cavalo é o mais sincero
Amigo que já me quis.
De manhã, o sol me bate e de noite o candeeiro, dele não preciso não!
Que o rancho todo ilumina essa lâmpada divina,
Que é a lua do sertão."

LOU - Você é um poeta! Fala agora a poesia que você fez pra sua neta.
BOB NELSON -"De que nuvem você veio?"
Poema para Luciana, minha neta, Luciana Antonella.
(clique na setinha e aguarde)

Meu anjo, de que nuvem você veio?
Para enfeitar o dia meu,
Com a moldura de um sorriso seu.
Meu anjo, foi de Vênus, foi de Marte,
Ou de outra qualquer parte,
Mas de onde você veio?
Receio que você seja miragem,
Que encontrei pela viagem,
No universo dos meus sonhos.
Meu anjo, responda meu anseio,
Luciana, que me faz sonhar,
De que nuvem você veio?

LOU: Na hora que ela nasceu, você teve essa inspiração e...
BOB - Saiu.

BOB NELSON - A Luciana, hoje, está na Faculdade Bennet, fazendo fisioterapia; está no segundo ano e vai se formar em fisioterapia pra cuidar do velhinho aqui. E o meu neto está no colégio e ambos fazem curso de inglês. Então, eu sou um homem feliz da vida, realizado em tudo e por tudo.


LOU - Você é uma pessoa positiva, cheia de alegria, que chega a essa idade com essa atividade toda e, ainda, fazendo shows e muito sucesso por aí.



BOB NELSON - Eu tento, né?

LOU - Tem feito sim! Tenho prova disso, porque você foi ovacionado na nossa festa de aniversário do nosso Site. E, depois disso, tem sido convidado pra se apresentar em muitos lugares e tem feito muito sucesso. E me diz uma coisa, um recado pros "VelhosAmigos", uma palavra de incentivo, às pessoas que estão envelhecendo, e pensam que não podem produzir mais nada.
BOB NELSON - Podem produzir muita coisa.

LOU - Então dá um recado pra eles.
BOB NELSON - Aos "VelhosAmigos" eu só posso dizer isso: "Sou um homem muito abençoado por Deus, creio em Deus e creio no Espírito Santo.


Que o Espírito Santo e a presença de Deus estejam sempre com vocês! Não se entreguem! A velhice é isso! É se entregar! Não se entreguem não! A vida é sempre nova pra nós. Eu estou só com 85 anos e sei que vou até 120 e que vou morrer de uma facada, dada por um marido ciumento.
Até loooooogoooooo!
(clique na setinha e aguarde)


Maria de Lourdes Micaldas
Revisão: Anna Eliza Fürich

Colaboração do blog à memória nacional

Acervo histórico político.

Para você relembrar, se viveu, ou para conhecer um pouco da história recente da CORRUPÇÃO NO Brasil. Clic na frase e terá a informação.


(GUARDAR PARA LEMBRAR NAS URNAS) UM VERDADEIRO ACERVO HISTÓRICO.


Progressão do aprendizado delitivo no eterno 'País do Futuro'.

Governo Ernesto Geisel ( 1974- 1979)
Caso Wladimir Herzog
Caso Manuel File Filho
Caso Lutfala
Caso Atalla
Ângelo Calmon de Sá (ministro acusado de passar um gigantesco cheque Sem fundos)
Lei Falcão (1976)
Pacote de Abril (1977)
Grandes Mordomias dos Ministros
Governo João Figueiredo (1979- 1985)
Caso Capemi
Caso do Grupo Delfim
Escândalo da Mandioca
Escândalo da Brasilinvest
Escândalo das Polonetas
Escândalo do Instituto Nacional de Assistência Médica do INAMPS
Caso Morel
Crime da Mala
Caso Coroa-Brastel
Escândalo das Jóias
Governo Sarney ( 1985- 1990)
CPI DA Corrupção
Escândalo do Ministério das Comunicações (Grande número de concessões de rádios e TVs para políticos aliados ou não Ao Sarney. A concessão é em troca de cargos, votos ou apoio Ao presidente)
Caso Chiarelli (Dossiê do Antônio Carlos Magalhães contra o senador Carlos Chiarelli ou 'Dossiê Chiarelli')
Caso Imbraim Abi-Ackel
Escândalo da Administração de Orestes Quécia
Escândalo do Contrabando das Pedras Preciosas
Governo Fernando Collor (1990- 1992)
Escândalo da Aprovação da Lei da Privatização das Estatais
Programa Nacional de Desestatização
Escândalo do INSS (ou Escândalo da Previdência Social)
Escândalo do BCCI (ou caso Sérgio Corrêa da Costa)
Escândalo da Ceme (Central de Medicamentos)
Escândalo da LBA
Esquema PP
Esquema PC (Caso Collor)
Escândalo da Eletronorte
Escândalo do FGTS
Escândalo da Ação Social
Escândalo do BC
Escândalo da Merenda
Escândalo das Estatais
Escândalo das Comunicações
Escândalo da Vasp
Escândalo do Fundo de Participação
Escândalo do BB
Governo Itamar Franco ( 1992- 1995)
Centro Federal de Inteligência (Criação da CFI para combater corrupção em todas as esferas do governo)
Caso Edmundo Pinto
Escândalo do DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) (ou caso Inocêncio Oliveira )
Escândalo da IBF ( Indústria Brasileira de Formulários)
Escândalo do INAMPS ( Instituto Nacional de Assistência Previdência Social)
Irregularidades no Programa Nacional de Desestatização
Caso Nilo Coelho
Caso Eliseu Resende
Caso Queiroz Galvão (em Pernambuco)
Escândalo da Telemig (Minas Gerais)
Jogo do Bicho (ou Caso Castor de Andrade) (no Rio de Janeiro)
Caso Ney Maranhão
Escândalo do Paubrasil (Paubrasil Engenharia e Montagens)
Escândalo da Administração de Roberto Requião
Escândalo da Cruz Vermelha Brasileira
Caso José Carlos da Rocha Lima
Escândalo da Colac (no Rio Grande do Sul)
Escândalo da Fundação Padre Francisco de Assis Castro Monteiro (em Ibicuitinga, Ceará)
Escândalo da Administração de Antônio Carlos Magalhães (Bahia)
Escândalo da Administração de Jaime Campos (Mato Grosso)
Escândalo da Administração de Roberto Requião (Paraná)
Escândalo da Administração de Ottomar Pinto (em Roraima)
Escândalo da Sudene de Pernambuco
Escândalo da Prefeitura de Natal (no Rio Grande do Norte)
CPI do Detran (em Santa Catarina)
Caso Restaurante Gulliver (tentativa do governador Ronaldo Cunha Lima matar o governador antecessor Tarcísio Burity, por causa das denúncias de Irregularidades naSudene de Paraíba)
CPI do Pó (em Paraíba)
Escândalo da Estacom (em Tocantins)
Escândalo do Orçamento da União (ou Escândalo dos Anões do Orçamento ou CPI do Orçamento)
Compra e Venda dos Mandatos dos Deputados do PSD
Caso Ricupero (também conhecido como 'Escândalo das Parabólicas').
Governo Fernando Henrique (1995- 2003)
Escândalo do Sivam
Escândalo da Pasta Rosa
Escândalo da CONAN
Escândalo da Administração de Paulo Maluf
Escândalo do BNDES (verbas para socorrerem ex-estatais privatizadas)
Escândalo da Telebrás
Caso PC Farias
Escândalo da Compra de Votos Para Emenda DA Reeleição
Escândalo da Venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)
Escândalo da Previdência
Escândalo da Administração do PT (primeira denúncia contra o Partido dos Trabalhadores desde a fundação em 1980, feito pelo militante do partido Paulo de Tarso Venceslau)
Escândalo dos Precatórios
Escândalo do Banestado
Escândalo da Encol
Escândalo da Mesbla
Escândalo do Banespa
Escândalo da Desvalorização do Real
Escândalo dos Fiscais de São Paulo (ou Máfia dos Fiscais)
Escândalo do Mappin
Dossiê Cayman (ou Escândalo do Dossiê Cayman ou Escândalo do Dossiê Caribe)
Escândalo dos Grampos Contra FHC e Aliados
Escândalo do Judiciário
Escândalo dos Bancos
CPI do Narcotráfico
CPI do Crime Organizado
Escândalo de Corrupção dos Ministros no Governo FHC
Escândalo da Banda Podre
Escândalo dos Medicamentos
Quebra do Monopólio do Petróleo (criação DA ANP)
Escândalo da Transbrasil
Escândalo da Pane DDD do Sistema Telefônico Privatizado (o 'Caladão')
Escândalo dos Desvios de Verbas do TRT-SP (Caso Nicolau dos Santos Neto , o 'Lalau')
Escândalo da Administração da Roseana Sarney (Maranhão)
Corrupção na Prefeitura de São Paulo (ou Caso Celso Pitta)
Escândalo da Sudam
Escândalo da Sudene
Escândalo do Banpará
Escândalo da Quebra do Sigilo do Painel do Senado
Escândalos no Senado em 2001
Escândalo da Administração de Mão Santa (Piauí)
Caso Lunus (ou Caso Roseana Sarney )
Acidentes Ambientais da Petrobrás
Abuso de Medidas Provisórias (5.491)
Escândalo do Abafamento das CPIs no Governo do FHC

e agora...
Uma pequena AMOSTRA do Governo Lula
CALMA... Vai ter muito mais!!!
Caso Pinheiro Landim
Caso Celso Daniel
Caso Toninho do PT
Escândalo dos Grampos Contra Políticos da Bahia
Escândalo do Proprinoduto (também conhecido como Caso Rodrigo Silveirinha )
CPI do Banestado
Escândalo da Suposta Ligação do PT com o MST
Escândalo da Suposta Ligação do PT com a FARC
Privatização das Estatais no Primeiro Ano do Governo Lula
Escândalo dos Gastos Públicos dos Ministros
Irregularidades do Fome Zero
Escândalo do DNIT (envolvendo os ministros Anderson Adauto e Sérgio Pimentel)
Escândalo do Ministério do Trabalho
Licitação Para a Compra de Gêneros Básicos
Caso Agnelo Queiroz (O ministro recebeu diárias do COB para os Jogos Panamericanos)
Escândalo do Ministério dos Esportes (Uso da estrutura do ministério para organizar a festa de aniversário do ministro Agnelo Queizoz)
Operação Anaconda
Escândalo dos Gafanhotos (ou Máfia dos Gafanhotos)
Caso José Eduardo Dutra
Escândalo dos Frangos (em Roraima)
Várias Aberturas de Licitações da Presidência da República Para a Compra de Artigos de Luxo
Escândalo da Norospar (Associação Beneficente de Saúde do Noroeste do Paraná)
Expulsão dos Políticos do PT
Escândalo dos Bingos (Primeira grave crise política do governo Lula) (ou Caso Waldomiro Diniz)
Lei de Responsabilidade Fiscal (Recuos do governo federal da LRF)
Escândalo da ONG Ágora
Escândalo dos Corpos (Licitação do Governo Federal para a compra de 750 copos de cristal para vinho, champagne, licor e whisky)
Caso Henrique Meirelles
Caso Luiz Augusto Candiota (Diretor de Política Monetária do BC, é acusado de movimentar as contas no exterior e demitido por não explicar a movimentação)
Caso Cássio Caseb
Caso Kroll
Conselho Federal de Jornalismo
Escândalo dos Vampiros
Escândalo das Fotos de Herzog
Uso dos Ministros dos Assessores em Campanha Eleitoral de 2004
Escândalo do PTB (Oferecimento do PT para ter apoio do PTB em troca de cargos, material de campanha e R$ 150 mil reais a cada deputado)
Caso Antônio Celso Cipriani
Irregularidades na Bolsa-Escola
Caso Flamarion Portela
Irregularidades na Bolsa-Família
Escândalo de Cartões de Crédito Corporativos da Presidência
Irregularidades do Programa Restaurante Popular (Projeto de restaurantes populares beneficia prefeituras administradas pelo PT)
Abuso de Medidas Provisórias no Governo Lula entre 2003 e 2004 (mais de 300)
Escândalo dos Correios (Segunda grave crise política do governo Lula. Também conhecido como Caso Maurício Marinho)
Escândalo do IRB
Escândalo da Novadata
Escândalo da Usina de Itaipu
Escândalo das Furnas
Escândalo do Mensalão (Terceira grave crise política do governo. Também conhecido como Mensalão)
Escândalo do Leão & Leão (República de Ribeirão Preto ou Máfia do Lixo ou Caso Leão & Leão)
Escândalo da Secom
Esquema de Corrupção no Diretório Nacional do PT
Escândalo do Brasil Telecom (também conhecido como Escândalo do Portugal Telecom ou Escândalo da Itália Telecom)
Escândalo da CPEM
Escândalo da SEBRAE (ou Caso Paulo Okamotto)
Caso Marka/FonteCindam
Escândalo dos Dólares na Cueca
Escândalo do Banco Santos
Escândalo Daniel Dantas - Grupo Opportunity (ou Caso Daniel Dantas)
Escândalo da Interbrazil
Caso Toninho da Barcelona
Escândalo da Gamecorp-Telemar (ou Caso Lulinha)
Caso dos Dólares de Cuba
Doação de Roupas da Lu Alckmin
Doação de Terninhos de Marísa da Silva
Escândalo da Nossa Caixa
Escândalo da Quebra do Sigilo Bancário do Caseiro Francenildo (Quarta grave crise política do governo Lula. Também conhecido como Caso Francenildo Santos Costa)
Escândalo das Cartilhas do PT
Escândalo do Banco BMG (Empréstimos para aposentados)
Escândalo do Proer
Escândalo dos Fundos de Pensão
Escândalo dos Grampos na Abin
Escândalo do Foro de São Paulo
Esquema do Plano Safra Legal (Máfia dos Cupins)
Escândalo do Mensalinho
Escândalo das Vendas de Madeira da Amazônia (ou Escândalo Ministério do Meio Ambiente).
69 CPIs Abafadas pelo Geraldo Alckmin (em São Paulo)
Escândalo de Corrupção dos Ministros no Governo Lula
Crise da Varig
Escândalo das Sanguessugas (Quinta grave crise política do governo Lula. Inicialmente conhecida como Operação Sanguessuga e Escândalo das Ambulâncias)
Escândalo dos Gastos de Combustíveis dos Deputados
CPI da Imigração Ilegal
CPI do Tráfico de Armas
Escândalo da Suposta Ligação do PT com o PCC
Escândalo da Suposta Ligação do PT com o MLST
Operação Confraria
Operação Dominó
Operação Saúva
Escândalo do Vazamento de Informações da Operação Mão-de-Obra
Escândalo dos Funcionários Federais Empregados que não Trabalhavam
Mensalinho nas Prefeituras do Estado de São Paulo
Escândalo dos Grampos no TSE
Escândalo do Dossiê (Sexta grave crise política do governo Lula)
ONG Unitrabalho
Escândalo da Renascer em Cristo
CPI das ONGs
Operação Testamento
CPI do Apagão Aéreo ( Câmara dos Deputados)
99. Operação Hurricane (também conhecida Operação Furacão )
100. Operação Navalha
101. Operação Xeque-Mate
102. Escândalo da Venda da Varig

Abaixo lista de políticos com ficha criminal - DIVULGUEM


Essa é para guardar.. E distribuir ao máximo!

Boletim do Sindicato dos Jornalistas do Ceará


Gilmar Mendes foge de debate com jornalistas
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, não compareceu à audiência pública que discutiu a regulamentação de profissão de jornalista. Apesar de convidado para o debate, a agenda do ministro indica um encontro com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Penso eu: Afinal de contas o cara fugiu ou tinha agenda cheia?

Bom Dia

Quando for ler as outars notas deste blog, apenas pense que estamos aqui desejando a voce não só feliz leitura mas um domingo de muita luz e paz e uma semana rica e inocente. (Inocente nem tanto, mas rica de alegrias...sim).