Do Radar On Line da Veja

A “Carta aos Brasileiros” do PSDB
O PSDB vai mexer no Bolsa Família se voltar ao poder? Não. Vai mexer em outros programas sociais de Lula? Não. Mas terá que convencer os pobres de que manterá tudo como está. A partir dessa constatação, Aécio Neves ouviu na segunda-feira, num jantar privado, uma sugestão inusitada, dita em tom de ironia:

- Agora, em 2010, será a vez de o PSDB lançar a sua versão da Carta aos Brasileiros, que o PT redigiu em 2002 para acalmar os mercados. Para vencer as eleições terá que garantir que não mexe em nada…

Aécio riu.

O preço das passagens vai decolar

A indecisão do governo em relação a implantação do plano de privatização dos aeroportos, relatado ontem pela Folha de S. Paulo, terá uma conseqüência óbvia a médio prazo: o preço das passagens vai subir. É a lei do mercado: quando a demanda cresce e a oferta estanca, o preço sobe.
Desculpa de jacu. O que é que privatização de aeroporto tem a ver com o preçoda passagem de avião? Quer dizer que, se privatizar cresce a demanda e estanca a oferta?
Béisso?!?!?!

Temer prestigia Jader

Michel Temer desembarcou ontem no Pará para um evento promovido por Jader Barbalho. Teoricamente, a ideia era prestigiar o deputado, considerado um dos mais influentes do PMDB, mas por trás disso, naturalmente, está a tentativa de trabalhar a boa vontade de um dos diretórios condiderados mais problemáticos para a alianço pró-Dilma em 2010.

Seleção Brasileira, Seleções


Sorteio dos grupos: está chegando a hora de torcer

Ainda faltam quase 200 dias para a abertura do Mundial, mas a seleção brasileira vai precisar de muita torcida já na sexta-feira que vem. Dentro de uma semana, a Fifa realiza o sorteio das chaves da Copa, numa cerimônia marcada para a Cidade do Cabo, a mais bela cidade sul-africana (na foto acima, o palco da festa, mostrado à imprensa nesta quinta-feira). O Brasil é um dos favoritos à conquista da taça, mas ainda assim tem motivos para se preocupar - o sorteio pode ser perigoso.

A primeira etapa do processo acontece na quarta-feira, quando serão conhecidos os cabeças-de-chave da competição. O Brasil e mais cinco seis campeões mundiais deverão estar na lista, junto com a anfitriã África do Sul. Completaria a lista a Espanha, atual campeã europeia e líder do ranking da Fifa. Isso garante que o Brasil e as outras superpotências - Itália, Argentina, Alemanha, França e Inglaterra - não se enfrentem logo na fase inicial.

No dia do sorteio, as cabeças-de-chave ocuparão o primeiro conjunto de seleções. O conjunto seguinte será formado pelas demais seleções europeias. O terceiro é composto por africanos e sul-americanos e o quarto, por asiáticos e norte-americanos. Cada grupo é formado por uma seleção de cada conjunto. Alguns critérios adicionais impedem, por exemplo, que uma seleção sul-americana enfrente outra da mesma região na primeira fase. Uruguai, Paraguai e Chile, portanto, estão fora do caminho do Brasil.

Simular as possíveis combinações de grupos pode assustar até o mais otimista dos torcedores. A seguir, dois exemplos de grupos perigosos, que poderiam até significar uma eliminação precoce na Copa:

Brasil, Holanda, Camarões, México: Os holandeses se classificaram com facilidade ao Mundial e têm uma geração talentosa; Camarões é o grande time africano; o México vem incomodando a seleção brasileira nos últimos anos.

Brasil, Portugal, Costa do Marfim, Estados Unidos: A seleção lusa tem simplesmente Cristiano Ronaldo; a marfinense, Drogba, Toure e Eboue; os americanos são os atuais vice-campeões da Copa das Confederações.

Essas possibilidades preocupam, mas tratam-se dos piores cenários possíveis. O Brasil poderia cair num grupo com Grécia, Argélia e Nova Zelândia, por exemplo. E aí reside uma outra preocupação, totalmente diferente: enfrentar uma chave fácil demais pode significar um início de Copa com ritmo de treino, sem grandes desafios que preparem o time para as etapas eliminatórias.

Banco do Brasil estreia ADR em 2 de dezembro

Por Aluísio Alves e Elzio Barreto

SÃO PAULO (Reuters) - Após ter se firmado como a maior instituição financeira do país, o Banco do Brasil agora prepara uma ofensiva internacional que passará pela entrada no varejo bancário em vários países da América Latina e nos Estados Unidos, segundo o presidente da instituição.

"Vamos fazer um movimento de internacionalização em alguns países com aquisições ou com o modelo orgânico", disse o presidente-executivo do BB, Aldemir Bendine, em entrevista à Reuters no início da noite de quinta-feira.

O BB aguarda a aprovação do Federal Reserve (o banco central norte-americano) para iniciar suas operações nos EUA. Dois caminhos para atingir esse objetivo estão sendo estudados.

O primeiro é a montagem de uma estrutura própria, com abertura de agências nas cidades mais povoadas por brasileiros --como Flórida, Nova Jersey e Massachussets.

O outro, o mais provável, seria a compra da unidade naquele país de algum banco europeu que esteja pensando em deixar os EUA, em função dos efeitos da crise.

"De repente, via aquisição você pode sair com uma estrutura pronta", afirmou. "Isso poderia até apressar a aprovação da nossa entrada pelo governo norte-americano."

Já na América Latina, o foco são as maiores economias da região além do Brasil, notadamente Argentina e Chile, mas pode se estender também para Peru e Colômbia. O banco também faz planos de entrar em Portugal, Moçambique e Angola.

"Nesses mercados, independentemente de ter brasileiros lá nos interessa ter operações de varejo. Temos condições de entrar com diferenciais tecnológicos", disse.

Enquanto não obtém aval para entrar no varejo de outros países, o BB vem trabalhando em outras frentes. Numa, finaliza a reestruturação de suas atuais atividades no exterior, incluindo a unificação das operações europeias numa holding com sede em Viena, o que deve acontecer até abril.

Em outro flanco, começa a distribuir produtos de investimento a clientes ao redor do mundo. Uma das investidas prestes a ser concluída é o levantamento de um fundo de agronegócio de quase 1 bilhão de reais, que tem como principais compradores grandes investidores árabes. Outros fundos com perfil parecido devem ser lançados em breve para venda também a investidores chineses.

"Vai ter uma explosão enorme desse mercado que é especialmente atrativo lá fora", disse Bendine, projetando que as atividades internacionais respondam por cerca de 10 por cento da receita do banco "num futuro próximo".

ADR EM 2 DE DEZEMBRO

Visando justamente a ganhar maior visibilidade internacional, o BB passará a negociar American Depositary Receipts (ADRs) de nível 1 no mercado acionário norte-americano a partir de 2 de dezembro, contou Bendine.

No plano doméstico, o principal desafio do banco para o curto prazo é elevar os níveis de capitalização, que foram apertados nos últimos meses com a compra do controle da Nossa Caixa e de metade do Banco Votorantim, e precisam ser reforçados para suportar o ritmo de expansão do crédito (acima de 30 por cento ao ano).

"O nível de capital do banco hoje está inadequado. As conversas com o sócio controlador já se iniciaram", afirmou Bendine.

O índice de Basileia do BB hoje está em 13,9 por cento, pouco acima do piso de 11 por cento exigido pelo BC. O banco deseja elevar esse indicador para patamares próximos aos dos grandes bancos privados, acima de 15 por cento.

O plano deve incluir a oferta primária de ações e a emissão de novas tranches de dívida subordinada. Uma emissão de ADRs de nível 2 não está no radar agora, disse.

Operacionalmente, a meta é elevar a rentabilização dos ativos. Em outra palavras: cobrar das agências a venda de mais produtos financeiros aos clientes, como seguros e cartões de crédito.

Enquanto costura os detalhes finais para concluir a reorganização do BB no ramo de seguros, o banco já começa a fazer planos de aquisições em outros segmentos no Brasil.

"Temos espaço para avançar em corretoras (de valores) e em asset management", afirmou. "Temos também grande oportunidade no segmento de seguro odontológico."

Governo anuncia ampliação de Cinturão Digital em audiência na AL


A Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa realizou audiência pública para discutir a implantação do projeto Cinturão Digital no Ceará. O debate, uma solicitação do deputado Roberto Cláudio (PSB), aconteceu no Complexo de Comissões Técnicas da Casa e contou com a presença do vice-governador e secretário de obras do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza e do presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Estado do Ceará (Etice), Fernando Carvalho.

O presidente Etice informou que o governador Cid Gomes autorizou o acréscimo de mais 25 cidades digitais, que vão totalizar 50 no Ceará. O objetivo, segundo ele, é fazer com que todos tenham acesso à Internet, de forma que todas as necessidades do Governo e da população sejam atendidas. “O Cinturão Digital possibilitará a educação à distância, TV Digital, videoconferência, telemedicina, segurança, entre outros serviços”, informou Fernando.

O projeto Cinturão Digital consiste na implantação de um anel de 3.000 Km de fibras ópticas que ligará as cidades de Fortaleza, Milagres, Tauá e Sobral, tendo estes dois últimos municípios já iniciado o projeto com eficiência. A partir dessa estrutura, 25 pontos serão ligados por meio de ramificações de fibras. A distribuição do acesso se dará através de tecnologia Wimax.

Segundo o deputado Roberto Cláudio, o projeto será de grande relevância, principalmente para a rede pública de educação e saúde, pois permitirá o acesso à rede mundial de computadores em municípios do Interior que não captam sinal.

Domingos Filho profere palestra em reunião no STF


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Filho (PMDB), participou, na manhã desta sexta-feira (27/11), de reunião com os membros do Judiciário, realizada no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Durante o encontro, o parlamentar proferiu palestra com o tema: Controle de Constitucionalidade de Leis Estaduais.

À tarde, o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, presidirá painel sobre "Orçamento e Criação de Cargos no Poder Judiciário". Entre as questões a serem tratadas, destaca-se a criação de critérios objetivos para análise técnica sobre a necessidade ou não de aumento de pessoal e recursos. A idéia é ampliar o debate e balizar as discussões sobre os projetos de lei encaminhados pelo judiciário ao legislativo estadual, a exemplo do que já ocorre no âmbito federal, em que o CNJ, por força de lei, emite parecer.

O sistema carcerário, a reinserção social e a segurança pública estadual também estarão em debate no último painel, presidido pelo Conselheiro Milton Nobre, presidente da Comissão de Relacionamento Institucional e Comunicação do CNJ. O objetivo é discutir a reinserção social dos egressos do sistema carcerário como medida de fortalecimento da cidadania, garantia de direitos e combate à violência.

Também participaram do encontro, o presidente da União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), deputado Clóvis Ferraz (BA); o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (MG); o ministro presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar Mendes.