Casa do Ceará


Firma-se o conceito da Casa do Ceará em Brasília. Movimenta bem as atividades no país. Presidente Fernando César Mesquita fez entrega do projeto nas mãos dos principais empresários do país. Ivens Dias Branco, industrial do Ceará recebeu o texto organizado em Brasília. Esta é a segunda edição do que havia sido projetado há tempos.
Antes, o governador do Ceará que é o presidente de honra a Casa do Ceará, Cid Gomes, recebeu por intermédio do Chefe de Gabinete Civil Arialdo Pinho, entusiasta do movimento. Da imprensa, dona Yolanda Queiroz recebeu do empresário Edson Queiroz Neto o projeto para a Biblioteca da Unifor. Fernando César fez visita a outras autoridades, conhecidos colaboradores da Casa do Ceará no DF.

Deu no Ary Cunha, do Correio Braziliense

Orçamento estadual será discutido em Barbalha

A Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação da Assembléia Legislativa do Ceará estará amanhã, segunda-feira, 29, em Barbalha, para discutir a Lei Orçamentária Anual (LOA) do Estado para o exercício financeiro de 2011, o qual terá de ser votado até dezembro.

Já ocorreram audiências em Maranguape, Sobral, Fortaleza, Morada Nova e a última será em Guaramiranga, no dia 3 de dezembro. O objetivo dessas audiências é debater sugestões, junto à população, para serem incorporadas, através de emendas, ao projeto de Lei Orçamentária.

Cade o Ciro


E o deputado continua comentarista da TV?

Linguagem de tuiteiro

É d+
Dia 10 Lula.
Dia 11 Roberto Carlos.
São tantas emoções.

No enredo do Rio, o protagonista é um sujeito oculto


Marcelo Jesus/UOL


Sempre que contrariado, o crime mostra a cara. A bandidagem migra dos subterrâneos para os refletores. Em São Paulo, o PCC. No Rio, o Comando Vermelho.

Atacam instalações policiais, promovem arrastões, incendeiam veículos, atiram a esmo, afrontam as forças do Estado.

Há uma semana, um desses surtos de visibilidade voluntária dos criminosos convulsiona a (a)normalidade carioca.

A novela se repete. Os criminosos deixam o núcleo de figurantes do mal, roubam a cena e viram estrelas no ‘Jornal Nacional’.

Conforme já realçado aqui em capítulos anteriores, sob o enredo de violência pulsa um personagem invisível, bem-nascido e narigudo.

O mercado da droga, base da criminalidade, se pauta pela lei da oferta e da procura, não pelas normas do Código Penal.

Nesse mercado, o principal produto levado pelos criminosos à gôndola é a cocaína. Coisa cara, acessível apenas aos melhores bolsos.

Pois bem. Se se vende cocaína no Brasil, é porque há quem a aspire. Se se vende muita cocaína, é porque há quem a sorva em grandes quantidades.

Neste sábado (27), começou a circular no Rio um adesivo mimoso: “I Love Rio” (o amor é representado por um coraçãozinho).

Os portadores da mensagem aplaudem a presença dos tanques das Forças Armadas na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.

Falam das quadrilhas de Elias Maluco e de Marcinho VP com ira inaudita. simultanemanete, erguem barricadas de silêncio em torno do sujeito oculto.

A elite carioca se une contra o tráfico do morro. Mas consome a cocaína que financia o armamento pesado da criminalidade.

O nariz invisível não está na favela. Ele empina suas narinas em ambientes mais sofisticados: coxias de shows, camarins de desfiles, redações de jornal...

Entre uma cafungada e outra, Armanis e Versaces, reunidos nas coberturas chiques da Zona Sul, se dizem chocados com a onda de violência.

A guerra ao narcotráfico rende imagens plásticas e boas manchetes. Mas será infrutífera enquanto os holofotes não iluminarem o sujeito oculto.

Visto como culpado inocente –ou inocente culpado—, o nariz que cheira nas grandes metrópoles é, em verdade, cúmplice da mão que segura a metralladora no morro.

Vencida a barreira da hipocrisia, pode-se encarar o problema a sério. A repressão é a parte mais óbvia da solução.

Um descalabro de décadas não se resolve do dia pra noite. Além de acionar os tanques, será preciso limpar a polícia e humanizar os presídios.

De resto, deve-se prover trabalho à mão de obra que serve ao tráfico e potencializar a estratégia que injeta Estado em comunidades dominadas pelo crime.
Do Josias de Souza

Manchetes deste domingo

- Globo: Prefeitura tem megaprojeto de reconstrução da Vila Cruzeiro

- Folha: Tráfico tenta negociar antes de invasão policial

- Estadão: Polícia amplia ação no Rio e prende família de traficantes

- JB: O Rio em guerra: Hora da invasão

- Correio Braziliense: Cidade sob fogo cruzado

- Estado de Minas: Anastasia só vai aceitar secretário ficha-limpa

- Jornal do Commercio: Guerra no Rio: O ultimato

- Zero Hora: O ultimato ao tráfico

- Veja: Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2010

- Época: Vamos vencer o tráfico

- IstoÉ: O Rio é maior que o crime

- IstoÉ Dinheiro: O xerife da caixa-forte

- CartaCapital: Finalmente

- Exame: Uma história de cinema

A RESPONSABILIDADE DOS USUÁRIOS DE DROGAS

Por Carlos Chagas
Quando eclodem as guerras, os países envolvidos dedicam-se a analisar suas causas, justificando-se pelo envolvimento nos confrontos. Ainda em 1939 as democracias européias acusavam a Alemanha de invadir outras nações, ao tempo em que Adolf Hitler alegava o esbulho do Tratado de Versailles contra o povo germânico.

Sucedem-se as explicações sobre a conflagração no Rio, com a polícia e as autoridades denunciando a extensão do crime organizado no controle das favelas e os narcotraficantes sustentando que a miséria e o desemprego não lhes deixaram outra opção de sobrevivência.

Só que ambos os lados em choque, com raras exceções, omitem o fator principal de responsabilidade pela conflagração: os usuários de droga. Não tivessem os viciados se multiplicado em progressão geométrica e não estaríamos assistindo essa novela de horror.

Os números não deixam mentir: só da Vila Cruzeiro escaparam perto de 600 narcotraficantes, refugiando-se no Complexo do Alemão. Multiplique-se pelas outras mil favelas fluminenses o número de bandidos empenhados em adquirir, vender e distribuir cocaína, maconha e outras drogas, e se terá o número aproximado de dezenas de milhares de criminosos assolando a antiga capital e adjacências.

Isso significa número muito maior de viciados, daqueles que recebem a droga a domicílio ou freqüentam as bocas de fumo. Duzentos mil, quinhentos mil, no Rio? São eles os responsáveis pela guerra. Carregam a culpa pela intranqüilidade da população inteira, mais os assassinatos, os roubos e as depredações. No entanto, são tratados como vítimas, coitadinhos, pobres doentes contaminados pela angustia...

Aqui para nós, é preciso criminalizá-los. Identificá-los. Expô-los à sociedade. Torná-los responsáveis perante a Justiça, aplicando-lhes penas que, mesmo não sendo de prisão, precisam ser conhecidas dos vizinhos, parentes, patrões e empregados. Em especial os melhor favorecidos, os ricos e os integrantes das elites. Vale repetir, são eles os culpados pelo que vai acontecendo, porque se não existissem, não existiria o narcotráfico. Nem a guerra.

Carlos Chagas é professor de ética na Escola de Jornalismo do UNB, em Brasilia e um dos moços mais lúcidos que conheço no meu meio.

Fotografia é história - Algo em comum


Na primeira foto, a mulher lava a calçada de sua casa, no centro da cidade de Senador Pompeu, interior do Ceará. Na segunda, padres franciscanos almoçam num restaurante na beira da estrada que liga Roma a Assis, na Itália.

Como foi – À primeira vista, não há nada em comum entre essas duas cenas. Mas há. Explico: em julho de 1997, passei doze dias em três estados do Nordeste fazendo reportagem sobre educação básica. Por onde andei encontrei essas cadeiras que aparecem na foto. Em frente às casas, nos bares, nas festas de família etc. Aliás, você também já deve tê-las percebido por onde tenha ido. Era tão maciça sua presença que me soou uma novidade que eu não podia deixar de registrar. Por ser um utensílio corriqueiro, imaginei ser um produto lançado somente no Brasil. Que nada. Duas semanas após, eu estava bem longe do Ceará. Na Úmbria, Leste da Itália, para outra matéria. Desci do automóvel para um lanche. Não é que lá estavam cadeiras do mesmíssimo modelo? Um grupo de padres sentava-se nelas para comemorar na cantina a visita a Assis, cidade onde nasceu São Francisco. Se naquela época eu pensava que a globalização abrangia somente o comportamento da sociedade, tive a certeza de que alcançava até mesmo os objetos mais simples.
Orlando Brito.

Penso eu - Comunico ao querido amigo Orlando Brito que a globalização sobre o assunto foi a tal ponto que em Várzea Alegre, coisa de 370 quilometros de Fortaleza, já no Cariri cearense, bem pra lá de Senador Pompeu e que tem como Padroeiro São Bernardo, tem uma indústria dessas cadeiras. E vende feito água.

Coluna do domingo

E fique na ótima companhia do Claudio Humberto, do Jornal O Estado.

Dilma deve substituir os comandantes militares
Na área militar está definida a substituição dos três comandantes militares. No Exército, um dos mais cotados é o general Antonio Gabriel Esper, atual comandante de Operações Terrestres. Para a Marinha, o mais citado é o almirante Marcos Martins Torres, que, como ministro do Superior Tribunal Militar, tentou impedir, na campanha presidencial, a divulgação do processo da prisão de Dilma Rousseff na ditadura.


A vez de Godinho
Para chefiar a Aeronáutica, o nome mais forte, até agora, é o tenente brigadeiro Jorge Godinho.

Retirada
As representações dos comandos militares vão deixar os prédios que ocupam, na Espanada dos Ministérios. Só ficará o da Defesa.


PMDB, não
Com apoio do PT, Lula quer a permanência do ministro Nelson Jobim (Defesa), mas o PMDB se recusa a adotá-lo como da cota do partido.


Clube da Luluzinha
Com a chegada de Dilma ao Planalto, haverá também mulheres ajudantes-de-ordem e não somente homens, como até agora.


Cardozo ministro é sinal de autonomia de Dilma
Preterido por Lula para assumir o Ministério da Justiça após a saída do ex-ministro Tarso Genro, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), apesar disso, será o que quiser no futuro governo. E ele quer ser ministro da Justiça. Desapontado, ele acabara de anunciar que abandonaria a vida pública quando a candidata Dilma, num sinal de autonomia, quase desafio a Lula, fez dele coordenador da campanha.


Nada a ver
Dilma tem feito ouvidos moucos à falácia de adversários de que Cardozo, como ministro da Justiça, não “controlaria” a Polícia Federal.

Admiração
Dilma aprecia o desprendimento e a lealdade de José Eduardo Cardozo, um dos “três porquinhos” da sua campanha.

Frota S. Bernardo
A firma faz as contas dos caminhões que sairão do Torto e do Alvorada com a mudança de Lula: pelo menos cinco levarão garrafas vazias...


Lula marca o coldre


Para quem afirmou que não indicaria ministros, e que nenhum dos atuais teria emprego garantido, Lula está se saindo bem. Já emplacou quatro e ainda quer outros dois. Se Dilma bobear, ele chegará a dez.

TAMal
Na sexta-feira (26), passageiros do vôo 3220 da TAM, de São Paulo (Congonhas) para Brasília, não puderam viajar porque... não havia tripulação. E ainda tiveram de ouvir a ironia no sistema de som: “Se algum dos senhores se habilita a pilotar, (o avião) está à disposição...”

Pão de queijo
Tia, mãe, netinho, filha e genro deverão ser só início de uma fieira de hóspedes do Alvorada, se a presidenta eleita Dilma mantiver a tradição mineira de abrigar a parentada e respectivos agregados. É de lei, sô.

Fila de emprego
O ex-diretor da Anac Marcelo Guaranis articula sua volta à agência e, com um padrinho como Guido Mantega, quer a presidência. Mas tem concorrente de peso e cintura: Solange Vieira, presidenta atual.

Serristas insaciáveis
Os tucanos fiéis a Geraldo Alckmin comparam o apetite dos serristas, por secretarias no futuro governo de São Paulo, ao conhecido estilo do PMDB de garantir espaço nos governos que apoia. São insaciáveis.

Duro na queda
O prefeito petista de São Bernardo (SP), Luiz Marinho, “cismou” com a cunhada do presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski: demitiu-a pela segunda vez. Ao tomar posse. Agora, no início do mês.

A volta da grilagem
A paralisia do governo Rogério Rosso, no DF, deu espaço à grilagem de áreas públicas, invadidas para a criação de “condomínios”. Mais um surgiu na altura da QI 27 do Lago Sul: “Estância Quintas da Alvorada”.


Fim da senha bancária
A deputada tucana Maria Lúcia Amary (SP) ironizou a confirmação de Antonio Palocci para a Casa Civil de Dilma: “Ele vai acabar com a burocracia, e o brasileiro não precisará mais de senha nos bancos”.

Pensando bem...
...os traficantes do Rio estão em ponto de bala para a prova de revezamento de morros nas Olimpíadas de 2016.


Poder sem pudor
Capacete autêntico

A visita ao Brasil do presidente do Vietnã, Tran Duc Luong, em 2004, teve um significado especial para o então ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, que visitou aquele país em 2003. De lá trouxe uma ótima recordação: certo dia, quis comprar uma réplica do capacete usado pelos vietnamitas na guerra que venceram contra os Estados Unidos. Mas o guia não deixou, emocionando Aldo com a oferta:
- O senhor merece um capacete autêntico. Lutei na guerra como oficial do exército e faço questão de oferecer-lhe o meu capacete.

Bom dia

Se há ladrão, há o que roubar.
O tráfico existe porque existem narizes viciados.