Resumão


02 de janeiro de 2012
O Globo

Manchete: Réveillon carioca: recorde em sujeira
Lixo supera em quase 4 vezes 2 dias de blocos do último carnaval

O réveillon "verde" em Copacabana, em homenagem à Conferência Ambiental Rio+20, terminou com um recorde nada sustentável: foram recolhidas das areias 370 toneladas de lixo, 25% a mais em relação à festa do ano passado e quase quatro vezes a quantidade de detritos deixada para trás pelos blocos que desfilaram na Zona Sul, durante dois dias, no carnaval passado. Com o aumento de lixo, o número de atendimentos realizados nos sete postos médicos da festa quase dobrou, chegando a 1.705 - em sua maioria, cortes nos pés provocados por cacos de vidros. A Comlurb entrou em ação às 5h e demorou mais tempo que nos anos anteriores para concluir a limpeza. (Págs. 1 e 10)

A população para culpar

Surpresos com o mar de lixo na areia, os secretários Antonio Pedro Figueira de Mello (Turismo) e Carlos Roberto Osorio (Conservação) disseram que a população precisa colaborar.

Dinheiro não dá fim aos lixões

Auditoria do TCU constatou que mais de 65% de projetos de destinação do lixo em pequenas cidades não geram resultado. O problema ameaça paraísos como Porto de Galinhas. (Págs. 1 e 3)
Aumenta entrada de haitianos no Brasil
Nos últimos três dias de 2011, 500 haitianos entraram ilegalmente no Brasil, pelo Acre. Eles estão acampados na praça central de Brasileia, município na fronteira com a Bolívia. Ao longo do ano passado, 2.300 haitianos chegaram ao Acre. São profissionais qualificados, como engenheiros, professores e carpinteiros, em busca de trabalho. O Acre é a porta de entrada dos imigrantes, que depois se dirigem para Rondônia e São Paulo. (Págs. 1 e 5)
Desafiador, Irã testa míssil e vareta nuclear
O Irã respondeu as sanções extras impostas pelos EUA com nova provocação, anunciando testes, com sucesso, de um novo míssil de médio alcance que dribla radares, perto do Estreito de Ormuz, e também de varetas de combustível nuclear produzidas pela primeira vez no país. O governo ameaça testar mísseis de longo alcance e iniciar táticas para bloquear o tráfego de navios pelo estreito. (Págs. 1 e 23)
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Folha de S. Paulo

Manchete: PF apurou desvios R$ 3,2 bilhões em 2011
Valor é mais que o dobro de 2010; número de servidores públicos presos também cresceu

Operações da Polícia Federal flagraram o desvio de R$ 3,2 bilhões de recursos públicos no ano passado, informa Fernando Mello. O valor é mais do que o dobro de 2010 (R$ 1,5 bilhão) e 15 vezes mais que o verificado em 2009 (R$ 219 milhões).

De acordo com a PF, o valor desviado alimentou, por exemplo, pagamentos de propina a servidores, empresários e políticos. (Págs. 1 e Poder A4)

Melchiades Filho

Investigações contra o PT têm esvaziada sua força política. (Págs. 1 e Opinião A2)
Líderes dos países europeus preveem 2012 mais difícil
Nas mensagens de final de ano, os líderes da Europa apontaram para um 2012 ainda mais difícil que 201l.

Angela Merkel, chanceler da Alemanha, pediu cooperação para salvar o euro. De acordo com ela, "sem dúvida, 2012 será pior". (Págs. 1 e Mundo A5)
Vinicius Mota: O potencial transformador da classe C é só mais um clichê
Eis uma inovação no gênero dos clichês: o potencial transformador da classe C, que, depois de ganhar maturidade e adquirir bens de conforto, passaria a cobrar a melhora da infraestrutura urbana e dos serviços públicos de educação e saúde.

Retêm a ideia de uma classe portadora de razão a guiar a historia. Não deixa de ser curioso. (Págs. 1 e Opinião A2)
Entrevista da 2ª: Joich Ito
Funcionário precisa de tempo livre para pensar

O empreendedor japonês Joich Ito, 45, defende que as empresas ofereçam tempo livre aos funcionários para surgirem as grandes ideias.

Ito dirige o Media Lab, instituição do MIT (Massachusetts Institute of Technology) que está na vanguarda mundial de inovação. (Págs. 1 e Poder A10)

Ronaldo Lemos
Brasil carece de ações concretas de inovação (Págs. 1 e Folhateen E4)
Suspeito de dirigir embriagado mata grávida e seu bebê (Págs. 1 e Cotidiano C4)

Confronto deixa pelo menos 50 mortos no sul da Nigéria (Págs. 1 e Mundo A9)

Editoriais
Leia "A crise continua", sobre perspectivas da economia mundial em 2012, e "À luz do sol", acerca de irregularidades em praias no litoral paulista. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Indústria do País perderá mais espaço, prevê CNI
Entidade projeta que setor crescerá menos do que o PIB em 2012, ante ganho de participação dos serviços

Pressionada pela crise, pelo câmbio desfavorável e pela concorrência dos importados, a indústria brasileira crescerá menos do que o Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, prevê a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com isso, deverá ser repetido o desempenho de 2011, quando o setor manufatureiro também teve expansão mais fraca do que a média da economia, relata repórter Lu Aiko Otta. A perda de espaço da indústria na composição do PIB coincide com desempenho mais robusto do setor de serviços, o que mostra uma mudança no perfil da economia. A estimativa da CNI para o fechamento dos dados de 2011 é de crescimento de 1,8% para a indústria é de 3% para os serviços, ante aumento do PIB de 2,8%. Para este ano, a previsão é de que o setor industrial tenha expansão de 2,3%, o PIB, de 3%, serviços, de 3,3%. O governo estuda medidas de estímulo à indústria. (Págs. 1 e Economia B1)

Salário médio tem queda

Apesar dos baixos índices de desemprego, o mercado de trabalho perde dinamismo. A indústria cortou vagas, o que vem contribuindo para uma queda no rendimento médio real do trabalhador brasileiro. (Págs. 1 e Economia B3)
Foto-legenda: O prédio que não caiu
Apenas dois dos seis andares do antigo Moinho Central, em SP, vieram abaixo após implosão, ontem, mas o prefeito Gilberto Kassab diz que tudo saiu como o previsto e que trens da CPTM voltam a circular amanhã. (Págs. 1 e Cidades C3)
Para analistas, Bolsa deve se recuperar
Analistas consultados pelo Estado recomendam mais cautela ao investidor neste ano, com atenção às crises internacionais. Segundo eles, a Bolsa, que somou perda de 18,11% em 2011, deve ensaiar melhora. Os investimentos da renda fixa terão ganhos menos expressivos, mas, dizem, não é recomendável abandonar as aplicações. (Págs. 1 e Economia B8 a B12)
Irã faz testes com mísseis em Ormuz
O regime de Teerã realizou ontem testes com mísseis de médio alcance próximo ao Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, um dia depois de os Estados Unidos aprovarem sanções contra o Banco Central iraniano. O governo também anunciou ter conseguido produzir e testar barras usadas como combustível em usinas nucleares. (Págs. 1 e Internacional A7)
Uma nova migração
Profissionais de grandes centros financeiros, como a City de Londres e Wall Street, estão vindo para o Brasil para trabalhar nos bancos e companhias do mercado nacional ou para montar suas próprias empresas. Não há estatísticas, mas não é difícil encontrá-los. (Págs. 1 e Negócios)
PSD e PSDB buscam espaço na área sindical
O PSD e o PSDB estão mobilizando forças para tentar conquistar espaço na área sindical, antigo reduto do PT. Os dois partidos devem lançar nas eleições deste ano cerca de 300 sindicalistas candidatos. (Págs. 1 e Nacional A4)
Everardo Maciel
De onde vem a corrupção

A impunidade associada à morosidade dos processos, que maltrata os inocentes e alivia os culpados, destaca-se entre as causas do mal. (Págs. 1 e Economia B2)
Lee Siegel
Presidente desconcertante

Se Obama fosse branco, não teria encontrado a resistência frenética que enfrenta praticamente desde a posse, em janeiro de 2009. (Págs. 1 e Caderno 2, D8)
Notas & Informações
A decepção com o Mercosul

A integração avançou pouco. E, quando conseguiu avançar, houve recuos e paralisações. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Mais de 60 mil vagas no serviço público em 2012
O ano começa com boas chances para quem tem planos de se tornar funcionário público. No país, hoje, há pelo menos 47 concursos em andamento para preencher 30.153 vagas. Entre eles, o do Senado, com 246 postos de níveis médio e superior e salários que variam de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil. Além disso, 42 seleções previstas para 2012 vão oferecer 31.731 vagas. E a tendência é de que esses números aumentem. Se o governo federal seguir à risca a lei orçamentária aprovada no Congresso, serão criadas nada menos que 111.729 vagas no Executivo, Legislativo e Judiciário. (Págs. 1, 8 e 9)
002 mortes: Primeiro dia, duas vítimas
O médico Vitor Hugo Morato, de 30 anos, ia para a segunda jornada de trabalho quando perdeu o controle do Corolla numa poça d’água na EPTG, desceu do carro e acabou atropelado. Na BR-251, Paulo Henrique Santos Medeiros, de 26, foi atingido depois de cair da moto que pilotava. (Págs. 1 e 17)
Saúde: Burocracia tira R$ 100 mi de hospitais
No último dia de 2011, o governo cancelou R$ 100,9 milhões em emendas que beneficiavam santas casas e institutos sem fins lucrativos. Isso ocorreu devido à demora na certificação dessas entidades pelo Ministério da Saúde. Só em 31 de dezembro, 30 instituições foram à Justiça para tentar garantir os recursos. (Págs. 1 e 2)
Irã lança míssil e testa combustível nuclear em mais um desafio ao Ocidente (Págs. 1 e 13)

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Valor Econômico

Manchete: Governo revê remuneração de concessões
O governo pretende negociar uma remuneração menor para os novos investimentos da CCR e Triunfo, que têm concessões de algumas das primeiras estradas federais licitadas há 15 anos. A intenção é que os desembolsos, que podem somar R$ 2,5 bilhões e visariam melhorar as rodovias, sejam feitos pelas concessionárias a uma remuneração menor do que a praticada nos contratos atuais - para não onerar ainda mais a tarifa do pedágio, considerada cara. Caso não concordem, as empresas podem até ter seus contratos rescindidos.

O contrato firmado com o governo em 1995 garante aos grupos que exploram rodovias importantes como a Dutra uma taxa interna de retorno sobre o investimento de até 20% - número alto se comparado ao das concessões dos anos 2000, em torno de 8%. Os contratos já tratavam de possíveis novos investimentos nos trechos, mas mantêm a remuneração acordada na época. (Págs. 1 e B1)
Foto-legenda: Euforia esportiva
Fabricantes e varejistas de produtos esportivos estão vendendo como nunca. A Centauro, com 149 lojas, prevê crescer 31% em 2012, informa Sebastião Bomfim Filho. (Págs. 1 e B6)
Orçamento tem despesas subestimadas de R$ 8 bi
Pelos cálculos do Ministério do Planejamento, as despesas com benefícios previdenciários, assistência social, seguro-desemprego e abono salarial, que constam do Orçamento da União para 2012, recém aprovado pelo Congresso, estão subestimadas em cerca de R$ 8 bilhões.

Se a previsão do governo se confirmar, a presidente Dilma Rousseff terá uma dificuldade adicional para cumprir a meta de superávit primário deste ano, equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), pois será obrigada a fazer um contingenciamento ainda maior das verbas orçamentárias. (Págs. 1 e A11)
Mais ações com liquidez milionária
A bolsa tem hoje 150 ações que movimentam mais de US$ 1 milhão ao dia, quantidade cinco vezes maior que em 2000, quando apenas 30 papéis ofereciam essa liquidez diária aos investidores. A baixa variedade de ativos com boa negociação era uma crítica recorrente. O cenário mudou muito desde então.

Metade das ações com movimentação milionária são de empresas que chegaram à BM&FBovespa após a criação do Novo Mercado, ou se
"reinventaram" e se capitalizaram nesse segmento diferenciado de governança. A chegada das novatas foi boa também para as veteranas, trazendo ao mercado mais investidores e mais recursos. (Págs. 1 e D1)
Foto-legenda: Primavera árabe em 2012
Manifestantes protestaram ontem contra a morte de um adolescente em Bahrein, dando mostra de que os movimentos de reivindicação por mais democracia devem seguir com força. (Págs. 1 e A13)
Tecnologias que têm jeito de sucesso
Conveniência é a palavra de ordem das dez tecnologias mais promissoras de 2012, segundo a lista elaborada pelo Valor. A relação inclui dos ultrabooks - uma nova categoria de computadores finos e leves - até as Smart TVs, nas quais os espectadores podem ver televisão, alugar filmes e navegar na internet sem sair do sofá. A tendência é deixar tudo ao alcance da mão e até dispensar a ajuda dela. É isso o que sugere o NUI (de Natural User Interface), que propõe comandos de voz (como o Siri, do novo iPhone, da Apple) ou de qualquer outra parte do corpo (a exemplo do console Xbox), para falar ao celular ou disputar jogos.

A era dos fios parece encerrada. Tecnologias de comunicação móveis já conhecidas, como 3G e Wi-Fi, prometem ganhar força e estimular a disseminação de formatos mais sofisticados de pagamento móvel, pelos quais basta apontar o celular para fazer uma transação. (Págs. 1 e B2)
Bancos acirram disputa por funcionário público
A partir de hoje, os cerca de 13 milhões de servidores públicos vão poder escolher livremente o banco no qual querem receber seus salários. É o início de uma disputa que já dá pistas de que pode chegar ao bolso dos correntistas.

Para enfrentar o assédio dos concorrentes sobre sua clientela, os bancos montaram pacotes de serviços com redução de tarifa. O Santander lança campanha com promoções, que incluem tarifa zero e cartão de crédito sem mensalidade para os assalariados. No Rio, o Itaú faz contrapropostas para os 460 mil servidores estaduais que passaram hoje a ter conta no Bradesco. O Banrisul, que tem uma base de 500 mil funcionários públicos, também monta novas tarifas. E a Caixa Econômica Federal vai isentar os servidores de tarifas na cesta básica de serviços por um ano. (Págs. 1 e C1)
Governo incentivará complexo industrial da saúde, diz Padilha (Págs. 1 e A2)

O déficit orçamentário da Espanha foi de cerca de 8% do PIB em 2011, acima da meta (Págs. 1 e Al3)

A ThyssenKrupp quer indenização da Citic por obra brasileira (Págs. 1 e B7)

A força dos serviços
Impulsionado pelo consumo doméstico, o setor de serviços liderou em 2011 os investimentos externos diretos, os empréstimos concedidos pelo BNDES e as consultas feitas ao banco. (Págs. 1 e A3)
Liderança chinesa
A China se firmou em 2011 como o maior parceiro comercial do Brasil. Minérios e soja foram os campeões na pauta de exportação para os chineses. As vendas de açúcar e algodão deram um salto. (Págs. 1 e A4)
Diplomacia econômica
A política externa da presidente Dilma Rousseff reforçou seu componente econômico e, em 2012, deverá aprofundar as apostas no potencial dos mercados da América do Sul e da África. (Págs. 1 e A6)
Mercado aquecido
O transporte aéreo de passageiros no país encerrou 2011 com crescimento próximo a 20% pelo terceiro ano consecutivo. “O mercado doméstico continua forte, com a nova classe média que está substituindo o ônibus pelo avião", diz o presidente da TAM, Líbano Barroso. (Págs. 1 e B6)
Área de defesa na Embraer
A compra do avião militar Super Tucano pela Força Aérea dos EUA vai ajudar a Embraer a aumentar o faturamento com os negócios na área de defesa para algo em torno de 25% do total até 2020, diz Luiz Carlos Aguiar. (Págs. 1 e B7)
Bom, mas nem tanto
Após atingir resultados recordes em 2011, o agronegócio brasileiro encontrará pela frente um ano menos positivo. A crise no início desenvolvido deve provocar alguma desaceleração no ritmo de crescimento. (Págs. 1 e B10)
Ideias
Sérgio Leo

País deve reforçar mecanismos contra competição desleal, mas também remover entraves a investimentos e produção. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Gustavo Loyola

Não há motivos para pessimismo com a economia brasileira em 2012, mas não se deve esperar um desempenho espetacular. (Págs. 1 e Al5)
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Estado de Minas

Manchete: Pé na estrada e mão no bolso
Quem planeja viajar de carro nas férias não vai gastar apenas com combustível

O custo de uma viagem ao volante vai além do gasto com gasolina ou álcool e do desgaste do veículo. Quem vai de Belo Horizonte a São Paulo pela Fernão Dias deixa R$ 11,20 nas oito praças de pedágio. No trecho entre Juiz de Fora e o Rio de Janeiro, o motorista desembolsa R$ 24 nos três postos da empresa que tem a concessão da BR-040. Se houver parada para alimentação, uma família de quatro pessoas vai deixar no mínimo R$ 20 em umas das lanchonetes mais bem equipadas ao longo das rodovias. (Págs. 1 e 10)
Dilma é o espelho das poderosas
Cristina Kirchner, presidente da Argentina, Laura Chinchilla, presidente da Costa Rica, e Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e diretora-executiva da ONU Mulheres, se rendem à forma clássica de atuação e à altivez de Dilma Rousseff. Não apenas isso. Pela força econômica do Brasil, pelo simbolismo da eleição da ex-guerrilheira e pela influência da cultura brasileira em outros países, a administração da presidente petista passou a ser referência para as três líderes políticas latinas. (Págs. 1, 3 e 4)
Burocracia: União tira R$ 100,9 mi de hospitais
A culpa é do atraso na análise de pedidos de certificação de entidades beneficentes junto ao Ministério da Saúde. A anulação, pelo governo, dos empenhos direcionados a unidades sem fins lucrativos conveniadas com o SUS, como santas casas de misericórdia, irritou parlamentares que tiveram emendas canceladas. (Págs. 1 e 5)
Foto-legenda: Ameaça no ar
Mal o presidente Barak Obama assinou a lei que reforça sanções impostas pelos EUA ao Irã por causa de seu programa nuclear, o regime islâmico anunciou testes positivos com um míssil terra-ar de alcance médio no Estreito de Ormuz, pelo qual passam mais de 20% do petróleo do mundo. (Págs. 1 e 15)
UFMG: Vale até promessa pela vaga
A segunda etapa do vestibular começa amanhã, com as provas de português e literatura, e houve quem aproveitou a virada do ano para oferecer penitência em troca da aprovação, como ir a pé de casa, no Bairro Caiçara, à Igreja de São José, no Centro. São 18.624 candidatos no estado e a maratona vai até o dia 10. (Págs. 1 e 21)
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Jornal do Commercio

Manchete: Tragédia em casamento
Caminhão desgovernado atropelou cerca de 30 pessoas na saída de igreja, em Tacaratu. Menina de 13 anos morreu. (Págs. 1 e 11)
Planos de saúde ampliam cobertura
Desde ontem, operadoras são obrigadas a oferecer mais 69 procedimentos médicos, por determinação da Agência Nacional de Saúde. (Págs. 1 e 9)
Matas estão desaparecendo do Estado
Na série sobre as reservas ecológicas, veja as matas que praticamente sumiram em Abreu e Lima e Jaboatão. (Págs. 1 e 13)
Prefeito acusado de tráfico é preso no Amazonas (Págs. 1 e 6)

Greve da polícia coloca exército nas ruas do Ceará (Págs. 1 e 6)

Ana Arraes avalia no TCU reajustes da transposição (Págs. 1 e 4)

Salário mínimo de R$ 622 já está em vigor (Págs. 1 e 9)

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Zero Hora

Manchete: Imprudência nas estradas - Blitze aplicam 5,4 mil multas em 60 horas
Em levantamento parcial das polícias rodoviárias, das 12h de quinta-feira até as 24h de sábado, chama a atenção a falta de uso do cinto de segurança. (Págs. 1 e 21)
Foto-legenda: Tragédia após a festa
Alaíde no Réveillon

Bailarina e taxista morreram atingidos por carro dirigido por jovem com sinais de embriaguez e sem carteira. (Págs. 1 e 20)
Estiagem: Chuva atenua drama em 19 cidades do RS (Págs. 1 e 15)

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Brasil Econômico

Manchete: Governo encara desafio de retomar crescimento
1 Voltar a ter taxas próximas de 5% ao ano num cenário de recessão mundial e com inflação sob controle é a tarefa.

2 Obras para a Copa do Mundo de 2014, como as do Maracanã, entram na fase decisiva. Projetos ainda estão no papel.

3 Outro teste para Dilma acontece no Congresso, onde temas polêmicos serão votados em pleno ano eleitoral. (Pág. 1)
Concentração de farmácias vai continuar com novas fusões
Tendência nos últimos dois anos, a consolidação de grandes grupos no varejo farmacêutico deve seguir forte. Segundo a Abrafarma, as 28 redes filiadas à associação devem faturar R$ 20 bilhões em 2011. (Págs. 1 e 26)
Destino da Vale vai depender da crise europeia
A instabilidade global pode afetar o ritmo de crescimento da gigante brasileira, presidida por Murilo Ferreira, que depende muito das encomendas de minério feitas pelas siderúrgicas chinesas. Se a recessão vier, todos os mercados vão sentir. (Págs. 1 e 22)
Telefonia avança para oferecer celular, fixo, web e TV juntos (Págs. 1 e 24)

Mercado aéreo do Brasil cresce três vezes o da China
País vira porto seguro para companhias internacionais, que aumentam destinos e frequências atrás do lucro perdido. (Págs. 1 e 20)
Economia criativa
Nos últimos anos a indústria da moda passou por uma revolução e hoje o design brasileiro corre o mundo. (Págs. 1 e 16)
Com apoio oficial
Fim das medidas macroprudenciais ajuda crédito a não desacelerar, mas para 2012 previsão é de queda. (Págs. 1 e 30)

Coluna do blog



Ano novo, polícia nova
Sabe aquele ex-Prefeito de Senador Pompeu, o petista Antônio Teixeira? Passou o ano novo na cadeia. Não se poderia esperar diferentemente, mas Teixeira começa o ano de polícia nova na sua cacunda. Os processos abertos contra ele na esfera estadual estão caminhando como deveriam caminhar, dentro da normalidade jurídica e etc. e tal. O diabo é que agora começa uma nova etapa na vida de erros e acusações de desonestidades do ex-Prefeito. O buraco agora é federal. A polícia agora é a Federal. A Justiça agora é a federal. Tudo corre, neste começo de ano, na área de desvios de recursos de verbas federais que passam por Funasa e outros órgãos públicos federais, de onde Teixeira teria desviado recursos que teriam chegado à Prefeitura de Senador Pompeu mas foram parar na casa do carvalho, desencaminhados pelo dito cujo. Teixeira é um exemplo de como polícias e Justiças, em diversas esferas de competência, agem quando querem botar o dedo nas feridas públicas e nos malfeitos contra o povo. No Ceará, dizem, há mais de 50 prefeitos e ex-Prefeitos envolvidos em escândalos de desvios de verbas públicas, dinheiro de municípios, do Estado e da União. Fala-se igualmente que pelo menos mais 20 estão na alça de mira dos delegados e promotores que tratam de crimes contra os dinheiros do povo e poderão já já, parar na cadeia, que no duro no duro é o lugar ideal para quem tráia aqueles que confiaram seus votos na esperança de ver as coisas melhorarem para todos, não só para os indigitados freqüentadores da lista de acusados de bandidagem. Sigam-se à cadeia todos os criminosos do colarinho branco, azul, verde, engravatado ou não e que amarelem para sempre sob os grilhões que punem os desonestos. O ano é novo pra Teixeira. Cabe que a polícia também seja nova.

A frase: “Nixon era gay, maltratava a mulher e bebia muito”. Diz livro recém lançado no mercado americano sobre baitolagem na Casa Branca.

 

A viadagem de Nixon

Para escrever o livro,  Don Fulsom, veterano correspondente da Casa Branca, recorreu a relatórios oficiais e entrevistou antigos funcionários da Casa Branca e ex-congressistas.

 

Dedos entrelaçados

Em depoimento ao autor, um ex-repórter da "Time" contou que durante um jantar em Washington, viu Nixon segurando a mão do banqueiro sob a mesa. A mão! Segurando a mão!

 

Governo novo

O ano começa com o Ceará de governador novo. Calma! Apenas Cid Gomes viaja quinta feira pros Estados Unidos e Domingos Filho assume o posto. Até Cid voltar de curtas férias.

 

A paulista J.Macedo tem novo presidente (Nota da foto)

O cearense Amarílio Macedo deixou a presidência da J.Macedo, uma das maiores empresas de alimentos do Brasil e líder no setor de farinha de trigo. Será substituído pelo argentino Enrique Ussher, ex-presidente da Motorola.

 

Avião novo, mala nova

A TAM acaba de receber duas novas aeronaves Airbus do modelo A320, que serão usadas em voos domésticos a partir de 2012. Perderemos nossas malas e seremos roubados de aviões zerim.

 

Problema do PMDB

Luiziane Lins não é boba. A jovem senhora prefeita é esperta o bastante pra saltar de banda quando o bonde corre o risco de fazer sobrar pra ela.

 

Direta ao assunto

Sabedora das azedas críticas da cidade inteira contra a AMC, a Prefeita de Fortaleza, em todas as entrevistas de fim de ano, explicitou que a gestão da AMC foi indicada pelo PMDB. Caveira!!!

 

Simples em 5 anos

A partir de hoje as empresas optantes do Simples poderão parcelar seus débitos junto à Receita Federal em até cinco anos. Adesão somente através do site www.receita.fazenda.gov.br.

 

Não sabe o que quer
O PMDB não são tantos quantos o são o PT. Mas são bem mais que um. Há os que querem candidato próprio a Prefeito de Fortaleza e os que apenas querem continuar atrelados ao poder.

Surda
Há sim, uma disputa interna, meio surda, meia artista, um tanto quanto previsível pra ver quem tira mais proveito da situação de ambigüidade. Grande PMDB!!!

Ouvi
De um político famoso e com votos no Cariri: “O Raimundão Gente Fina tem votos hoje pra se eleger prefeito sem tomar conhecimento dos adversários. O estilo dele o leva a isso.”

Primeirão
O G1, portal da Globo, está chamando Jeriquaquara como um dos dois lugares melhores para se velejar, no mundo. O Primeiro é o Haiti. E mais: em matéria de paz, é o campeão.

Deitando e rolando
Agora é que a AMC vai lavar e escovar a burra. Não precisa mais dizer que logo ali, à frente, tem um radar pronto para tomar seu pobre dinheirinho de motorista apressado.È norma do Contran.

 

 

 

 




Bom dia


Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...

Líderes europeus preveem que 2012 será pior do que o ano passado

Os líderes europeus deram boas vindas ao novo ano citando previsões pessimistas e adotando o discurso de que novas medidas de austeridade econômica serão necessárias para conter a crise no continente e, em especial, na zona do euro. As informações são dos jornais GuardianLe Monde eCorriere Della Sera.

A chanceler alemã Angela Merkel, que comandou a União Europeia na condução da crise no ano passado, disse não ter dúvidas de que 2012 será ainda mais difícil do que o ano anterior, e que o continente enfrentará seu teste mais difícil em décadas. Segundo ela, no entanto, depois que tudo passar, o bloco deverá sair “mais fortalecido”.

Merkel pediu maior cooperação entre os países para salvar a moeda comum e que a economia do seu país teve, apesar de tudo, uma boa performance.

O discurso de Merkel, proferido no último sábado (31/12), deu o tom para os demais líderes do continente, especialmente nos países que foram mais afetados pelo estouro da dívida pública e acabaram obrigados a aplicar medidas de austeridade mais duras, para assim obterem resgates financeiros do BCE (Banco Central Europeu) e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

O primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, afirmou que não haverá recuo na aplicação das medidas de austeridade, que no país foram traduzidas pelo aumento dos impostos e nos cortes nos gastos e postos públicos. “Nós temos de continuar nossos esforços com determinação para que os sacrifícios que realizamos até agora não sejam em vão”, disse ele, em uma mensagem televisiva ao país.

O economista, que foi levado ao comando do governo para comandar uma coalizão até o primeiro semestre desse ano, insistiu que as medidas são essenciais para que o país continue a receber os aportes financeiros. Ele não apresentou qualquer outra alternativa ao país, nem em realizar uma auditoria independente para calcular o real valor da dívida pública.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, líder de outro país afetado pela crise, afirmou que os sacrifícios do país realizados até agora foram necessários. “A alternativa é uma só: a recessão, com todas as conseqüências que derivam dela. E quem não estiver convencido disso deveria pensar em assegurar um futuro aos jovens”, afirmou.

"Ninguém, nenhum grupo social poderá hoje evitar nosso compromisso de limpar nossas finanças públicas e de prevenir o colapso financeiro da Itália”, disse Napolitano.

Crise e eleição

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, que terá de enfrentar as urnas nesse ano para tentar obter sua reeleição, em abril e maio (em caso de segundo turno), também insistiu no discurso dos sacrifícios e pediu a povo para ser corajoso.

”Essa é uma crise sem precedentes, certamente a pior já enfrentada desde a Segunda Guerra Mundial, e que não está acabada”, disse o líder conservador em seu discurso de fim de ano na TV.

O chefe de Estado disse no entanto que há razões para otimismo e que novos cortes não serão mais realizados. Ele também anunciou que a taxa sobre transações financeiras deverá ser colocada em prática “em breve”.

”Em cinco meses, teremos uma eleição presidencial. Será um momento importante, o momento de vocês fazerem sua escolha. Porém, até lá, eu preciso continuar a agir, porque a história das próximas décadas se escreve agora”, afirmou.

O discurso de Sarkozy foi duramente criticado em editorial do principal jornal do país, o Le Monde. Com o título “Última cartada do presidente”, o artigo diz que a única possibilidade de Sarkozy se manter no poder será através da dramatização, classificando como inimigos da nação todos aqueles que se opuserem a mais um pacote de reformas, que deverão ser formuladas a partir no próximo dia 18 após um encontro com sindicatos e outros grupos sociais.

Banco do Brasil põe Banco Postal debaixo do braço


A partir de segunda-feira (2), o Banco do Brasil assume a parceria com os Correios no Banco Postal para a prestação de serviços financeiros. O posto era ocupado pelo Bradesco desde 2002.
O banco estatal venceu o leilão do negócio em maio último, num lance de R$ 2,3 bilhões, e poderá operar nas mais de 6.000 agências próprias dos Correios, que oferecem os serviços do Banco Postal em 5.273 cidades. O Banco Postal cobre 95% do território brasileiro e tem faturamento anual que beira R$ 1 bilhão.
Em 2010, o Bradesco teve uma receita de R$ 820 milhões com operações nas agências dos Correios.
Essas unidades oferecem serviços bancários básicos, como abertura de contas, saques, depósitos, pagamentos, consulta de saldos e extratos e recebimento de benefícios do INSS. Em alguns municípios pequenos, elas costumavam ser a única opção bancária disponível.
O Bradesco informou que, nos últimos seis meses, abriu 1.003 novas agências e 460 postos de atendimento em 1.460 municípios brasileiros. Segundo o banco, sua rede abrange agora todos os municípios do país, inclusive as cidades que não tinham outra agência bancária além dos Correios. Os correntistas que abriram conta pelo Banco Postal continuarão a ser clientes do Bradesco. Os aposentados e pensionistas do INSS que recebiam o benefício no Banco Postal continuarão sendo atendidos nas agências e demais postos de atendimento, informou o Bradesco.
Os Correios afirmaram que os interessados em utilizar a estrutura da empresa para operações bancárias agora deverão se tornar correntistas do Banco do Brasil.
A aliança das duas empresas públicas –Correios e Banco do Brasil– servirá ao governo para a promoção da inclusão bancária e da interiorização dos serviços financeiros no país, defendem os Correios. O governo também aposta na parceria para alavancar projetos sociais.
Os Correios informam, ainda, que vão modernizar seus serviços, com especial atenção aos serviços de microcrédito e aos cartões pré-pagos.
(Folha)

Cearense ganha na mega-sena da virada


Cinco ganhadores vão dividir o prêmio de R$ 177,6 milhões da Mega da Virada. Eles são dos Estados do Ceará, São Paulo, Pará, Minas Gerais e do Distrito Federal. Cada um ganhará R$ 35.523.497,52.
Os números sorteados no concurso 1.350 foram: 04 - 36 - 29 - 55 - 45 - 03
As apostas, que começaram no dia 28 de novembro, foram encerradas às 14h de hoje. O prêmio ficou acima do valor esperado pela Caixa --de R$ 170 milhões.
No total, foram arrecadados R$ 549,3 milhões com os 88 milhões de bilhetes vendidos. O valor do prêmio deste ano é um dos maiores da América Latina, de acordo com a Caixa.
A Mega da Virada de 2010 bateu recorde e pagou um prêmio de R$ 194 milhões, dividido por quatro apostas --cada um levou pra casa mais de R$ 48,5 milhões.

Já ouviu falar de gente que sabe escrever? E de Otto Lara Rezende?


Otto Lara Resende - 

Vista Cansada

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença. 

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Otto de Oliveira Lara Resende (São João del-Rei MG 1922 - Rio de Janeiro RJ 1992).
Filho do professor Antônio de Lara Resende e de Maria Julieta de Oliveira, faz os estudos primários no Instituto Padre Machado, de propriedade de seu pai. Muda-se com a família para Belo Horizonte, onde inicia, em 1938, a carreira jornalística. Ingressa no curso de direito em 1941.
Formado, transfere-se para o Rio de Janeiro e trabalha em diversos órgãos de comunicação. Estréia com a coletânea de contos O Lado Humano, de 1952, e seu único romance, O Braço Direito, é lançado em 1964. Nomeado procurador do Estado da Guanabara, em 1967, sai do Jornal do Brasil e da TV Globo e muda-se para Portugal, permanecendo no país por dois anos, como adido cultural.
De volta ao Rio de Janeiro, assume a direção do Jornal do Brasil, exercida até o ano de 1974. Passa então a trabalhar como diretor das Organizações Globo, cargo que ocupa durante dez anos. Em 1979, é eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1991, passa a colaborar com a Folha de S. Paulo, jornal para o qual produz mais de 600 crônicas.
Cronista, contista e jornalista, Otto formou com Fernando Sabino, Helio Pellegrino e Paulo Mendes Campos o mais célebre quarteto literário que o Brasil já conheceu. Nas palavras de Otto, os "adolescentes definitivos". Amantes ardorosos da literatura, eram também portadores de feroz sentimento antifascista. Foram amigos fraternos durante toda a vida e se gabavam de estando só em três, falar mal do quarto, o ausente... (na foto acima: Sabino, Pellegrino, Otto e PMC - foto cortesia do Instituto Moreira Salles). 
("Vista Cansada" foi publicada no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992).

É o que dá milico na Política


Heleno, armado e perigoso

 

Felipe Patury, ÉPOCA
Ex-comandante militar da Amazônia e da força de paz no Haiti, o general Augusto Heleno entrou de cabeça na política depois que foi reformado, em maio. Armado com o Twitter, ele atira para todos os lados. Eis um de seus petardos: “Se o Brasil um dia for sério, o mensalão vira (sic) um ‘case’ para mostrar como o Judiciário era lento, inepto e ‘engavetador’”. A oposição também leva bomba: “Papai Noel está procurando até agora um líder sem rabo preso pedido pela oposição”. E o governo não é poupado: “Como se tecnologia bastasse. Marketing puro”, diz, sobre a distribuição de tablets a estudantes.
É a revanche de Heleno, que ascendeu ao posto mais alto da carreira, converteu-se na principal liderança militar da história recente e foi impedido de fazer um discurso defendendo o regime militar na cerimônia de sua aposentadoria.

E no Brasil quanto é?


Fábio Ulhoa Coelho, jurista, é professor da PUC-SP - O Estado de S.Paulo
A imprensa tem chamado a atenção para a diferença de preços do mesmo produto quando comercializado no Brasil e em outro país. Várias reportagens mostram automóveis idênticos (mesmos ano, marca e espécie), com iguais componentes e acessórios, sendo vendidos por preços significativamente mais altos no mercado brasileiro.
Sabemos todos que em outros produtos ou serviços a situação se repete. Quem compra equipamentos eletrônicos nos EUA paga menos do que se os adquirisse aqui. E o preço é menor mesmo com o pagamento do Imposto de Importação. A passagem aérea, considerando os mesmos voo e classe, é mais barata para quem consegue comprá-la no exterior. Dois passageiros sentados lado a lado pagam por serviço rigorosamente idêntico preços diferentes só porque um deles reside no Brasil.
Por que é assim? Por que o consumidor, no Brasil, paga mais caro pelos produtos ou serviços?
A resposta mais usual aponta como culpada a carga tributária. Trata-se de resposta que, em certo sentido, deixa todos confortáveis. É claro que no Brasil a tributação está entre as mais elevadas do mundo, mas isso não explica tudo. O Estadão.com publicou matéria em 21/9 que compara automóveis similares comercializados no Brasil e no exterior. Mesmo descontados os impostos, aqui e lá, os veículos continuam mais caros no mercado brasileiro.
Nessa discussão há quem aponte outra culpada: a indústria automobilística nacional, que cobraria preços elevados para gerar lucros exorbitantes para suas matrizes estrangeiras, ansiosas por atenuarem os efeitos da crise por que passam em seus países. Essa explicação, culpando o "lucro Brasil", não é satisfatória. Primeiro, porque os preços aqui estão altos desde antes da atual crise. Segundo, porque, se fosse essa a razão, a estratégia mais racional seria a oposta, ou seja, baratear o automóvel para vender mais e lucrar mais ainda, ganhando em escala.
Para entender a razão por que pagamos mais caro pelos bens e comodidades aqui consumidos é necessário, na verdade, investigar como os empresários fazem para precificar seus produtos ou serviços. Em geral, esse mecanismo é descrito assim: se há competição, o empresário parte do preço normalmente pago pelos consumidores aos concorrentes e verifica em que medida conseguiria vender o mesmo produto ou serviço - por aquele preço ou um pouco abaixo dele -, incorrendo nos menores custos possíveis, de modo a ampliar a margem de lucro; se não há competição, por se tratar de produto ou serviço novo, ele parte de quanto estima possa ser o preço que o consumidor concordaria em pagar e verifica se, descontados os custos, o lucro projetado lhe interessa.
Essa descrição, porém, não é completa. Além de custos e lucro, há mais um elemento, levado em conta pelos empresários, que interfere na fixação dos preços que nós, consumidores, vamos pagar. Refiro-me aos riscos, e, dentre eles, ao risco associado à imprevisibilidade de decisões judiciais. Quanto mais esse risco (por assim dizer, jurídico-institucional) for característico de certo mercado, mais elevados serão os preços dos produtos e serviços cobrados pelos empresários que atuam nesse mercado.
No Brasil, o risco jurídico-institucional é expressivo. Muitas vezes o empresário é surpreendido por interpretações diferentes da lei, feitas pelos tribunais, com fortíssimo impacto nos números que ele havia calculado, antes de definir os preços pelos quais já vendeu, aqui, seus produtos ou serviços.
Neste momento, por exemplo, todos os empresários brasileiros estão refazendo suas contas porque é muito provável que, proximamente, tenham de pagar aos empregados dispensados sem justa causa nos últimos cinco anos uma indenização maior, por causa da recente mudança legal no cálculo do aviso prévio. Diversos advogados trabalhistas têm entendido que, como a nova lei do aviso prévio apenas regulamentou um direito já existente na Constituição desde 1988, todos os trabalhadores dispensados sem justa causa poderão reclamar o acréscimo, se ainda não transcorreu o prazo da reclamação em juízo. É muito provável que a Justiça do Trabalho acolha esse entendimento.
Como o empresário pode lidar, de modo racional, com um risco desse quilate? Apenas pela prática de preços elevados nos produtos e serviços oferecidos no mercado brasileiro. Sem conseguir antever, com precisão, o exato alcance de suas obrigações legais, diante de reviravoltas como essa, o empresário precisa se precaver embutindo nos preços uma elevada taxa de risco. Nesse caso, a rigor, estará apenas aplicando uma receita milenar e mais que testada dos investidores: o retorno tem de ser proporcional ao risco.
E as passagens aéreas? Vários tribunais interpretam o Código de Defesa do Consumidor de modo a invalidar qualquer limitação contratual na indenização devida em caso de mau funcionamento do serviço (atraso, extravio de bagagem, etc.). Em outros países, os riscos do transporte aéreo são contratualmente repartidos entre usuários e empresários, de acordo com convenções internacionais. Como aqui, no Brasil, existe o alto risco de condenação ao pagamento de indenizações morais (que o Judiciário entende não poderem ser tarifadas), a elevação do preço das passagens é o único meio de organizar racionalmente o serviço de transporte aéreo.
O consumidor brasileiro só pagará preços mais próximos dos cobrados em outros países quando conseguirmos reduzir, substancialmente, o risco associado à imprevisibilidade das decisões judiciais. Já há iniciativas legislativas que apontam nessa direção, como o projeto de Código Comercial que tramita na Câmara dos Deputados. Ele possibilitará, no entanto, apenas reduzir a insegurança jurídica em torno das relações entre empresas, sem afetar os direitos trabalhistas e dos consumidores. Já é um passo significativo, especialmente por apontar o caminho.

Punhos de seda

O Itamaraty terminou 2011 com 228 postos no exterior: são 140 embaixadas, 13 missões, 3 escritórios e 72 repartições consulares.

Resumão


01 de janeiro de 2012
O Globo

Manchete: A virada do Rio
Fogos na Rocinha se juntam aos de Copacabana e celebram o réveillon da cidade unida

Apesar da chuva, o Rio teve um réveillon à altura de cidade olímpica e pacificada. Na Rocinha, que teve pela primeira vez uma queima de fogos oficial, moradores e turistas se emocionaram, das lajes, com o espetáculo de cores. Lá, os cariocas do asfalto redescobriram ângulos das curvas sinuosas do Rio. A Via Ápia virou um bailão - o Baile da Pacificação. Na Praia de Copacabana, bombas vermelhas riscaram corações ao som de "All you need is love", dos Beatles. A sincronia dos fogos com a contagem regressiva e a trilha sonora dos quatro palcos - da música clássica ao funk - foi perfeita. No quarto réveillon com mau tempo, desta vez a chuva não deu trégua na hora da virada. Em vez dos trajes brancos, capas de chuva mudaram o figurino da multidão, estimada em dois milhões de pessoas. A Fundação Cacique Cobra Coral garante que não falhou: a missão da médium Adelaide Scritori, contratada pela prefeitura para garantir tempo bom, teria sido apenas controlar o vento. (Págs. 1 e 12 a 15)
A história de Mora
Os bastidores de um drama: a doença de Ulysses Guimarães e como ela foi usada pelos adversários. (Págs. 1 e 4)
Portos do país movimentarão carga recorde
Os portos brasileiros vão movimentar, pela primeira vez, um bilhão de toneladas em cargas este ano, um aumento de 12% em relação a 2011. O Estado do Rio de Janeiro, que investirá R$1,6 bilhão numa ferrovia para interligar os terminais fluminenses, deve se tornar o líder no ranking de maior movimentação de carga marítima do país. (Págs. 1 e 29)
Após um ano à frente do BC, Tombini passa no teste do mercado (Págs. 1 e 31)

Partidos já se armam para as eleições
Convictos de que as eleições deste ano serão decisivas para a corrida presidencial de 2014, os partidos políticos já traçam planos para a disputa pelas prefeituras. O PT é o mais pressionado a não criar obstáculos aos aliados. No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) fechou acordos e terá o apoio de 16 legendas na tentativa de reeleição. (Págs. 1 e 3)
O agressivo jogo dos republicanos nas primárias nos EUA (Págs. 1 e 33)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Economia brasileira terá retomada frágil em 2012
País deve crescer em torno de 3,5% no segundo ano do governo Dilma Rousseff

Após baixo crescimento em 2011, o Brasil terá em 2012 modesta recuperação. O país deve crescer cerca de 3,5% no segundo ano do governo Dilma, indica projeção da consultoria Economist Intelligence Unit.

O segundo mandato do presidente Lula (2007-2010) registrou média de 4,5%. (Págs. 1 e Poder A4)

Análise

Aumentar o crescimento requer cortar gastos, elevar o investimento do governo e melhorar a eficiência de serviços públicos, escreve Samuel Pessoa, sócio da consultoria Tendência. (Págs. 1 e Poder A5)

Carlos Heitor Cony
Que tempestades sejam repelidas no ano que se inicia. (Págs. 1 e Opinião A2)

Marcos Dávilla
É essencial entrar na água para garantir 'horizonte bonito'. (Págs. 1 e Ilustrada E4)

Clóvis Rossi
Dilma terá de causar 'espanto' na política externa. (Págs. 1 e Mundo A11)

Documento da Infraero omite loja em aeroporto
A pouco mais de um mês do leilão de concessão de três aeroportos brasileiros, a Infraero (estatal responsável pelos terminais) não tem controle sobre quem explora lojas de aeroportos. Em 2010, o aluguel desses espaços gerou R$ 1,03 bilhão à Infraero, o equivalente a 40% do faturamento total.

Registros da estatal omitem livrarias, locadoras de veículos, casas de câmbio e grandes redes de lojas. (Págs. 1 e Mercado B1)

Desânimo marca eleição nos EUA para presidente
Com a campanha iniciada prematuramente em 2011, a eleição presidencial de 2012 não empolga os eleitores nos EUA: 46% se dizem descontentes com todos os candidatos, em pesquisa feita pelo Gallup. Para analistas, a reeleição de Barack Obama dependerá dos rumos da economia. (Págs. 1 e Mundo A9)

Economia em alta estimula empresários de todas as faixas etárias (Págs. 1 e Negócios, 1)

Editoriais
Leia "Dilma, ano 1", avaliando o primeiro ano da governante. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma tenta mudar imagem ampliando programas sociais
Atrás de uma marca que vá além da faxina administrativa, presidente investirá no papel de 'mãe dos pobres'

Dilma Rousseff inicia o segundo ano na Presidência com a disposição de criar uma marca de governo que vá além da “faxina" administrativa, informa a repórter Vera Rosa. Depois de demitir sete auxiliares e ganhar apoio na luta contra a corrupção, mas tropeçar na gestão, Dilma pretende turbinar programas sociais, apostando na imagem de “mãe dos pobres". O cenário econômico, porém, é carregado, por causa do agravamento da crise internacional, que a presidente promete combater com um drástico corte de despesas. De qualquer forma, ela sabe que a lua de mel da população com a primeira mulher presidente acaba em 2012. "Dilma, em vez de administrar o Brasil, só administrou problemas com o PT e os aliados", critica o senador Aécio Neves (PSDB). (Págs. 1 e Nacional A4)

Arrocho para cortar R$ 60 bi

Por ordem de Dilma, Fazenda pode ampliar bloqueio dos gastos orçamentários, inicialmente calculado em R$ 50 bilhões. (Págs. 1 e Nacional A5)

Visões: Perspectivas para a economia em 2012
O Estado convidou economistas brasileiros e estrangeiros para analisar perspectivas para o ano, que começa marcado pela incerteza. A avaliação geral é de que a País pode fazer a travessia de 2012 crescendo mais de 3%, mas sem superar gargalos que limitam o crescimento. (Págs. 1 e Economia B1 a B8)

Eleição põe em xeque relação Taiwan-China
Em um limbo diplomático no qual não é considerado um país autônomo pela comunidade internacional, Taiwan elege novo presidente dia 14. A disputa opõe a defesa da paz e da estabilidade na relação com Pequim à proposta de adoção de medidas pela independência formal da China, relata Cláudia Trevisan, enviada especial a Taipé. (Págs. 1 e Internacional A8)

Bogotá devolverá terras tomadas pela guerrilha (Págs. 1 e Internacional A10)

Fernando Henrique Cardoso
Feliz ano-novo

Tenha coragem, senhora presidente, e trate de se livrar do entulho herdado, uma teia de corrupções, clientelismos e conivências. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)

Notas & Informações
Grandes metas para 2012

Agenda ambiciosa de Dilma Rousseff para este ano não pode descuidar do combate à inflação. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Desafios para um ano feliz
Num jogo de amarelinha, como neste simbolizado por Catarina Peixoto (foto), é preciso vencer obstáculos e contar com a sorte para chegar ao sucesso (o céu). Assim, também, é na vida. Para atingir as metas que deseja em 2012, Dilma terá de segurar a inflação, cortar despesas, fazer investimentos e torcer para que o trem da China não descarrilhe. E Brasília? A cidade vai conseguir desatar o nó do trânsito? Confira nove desafios que você, o Brasil e o mundo terão pela frente neste ano que se inicia. (Pág. 1)
O nó do trânsito
DF precisa melhorar o transporte público para desafogar o tráfego (Págs. 1, 19 e 20)
Educação: Vencer o analfabetismo é meta quase impossível em 32 cidades (Pág. 1 e 7)

Direitos humanos: Obama inicia campanha à reeleição devendo a promessa de fechar Guantánamo (Págs. 1 e 14)

Impunidade
O Supremo Tribunal Federal começa o ano com pelo menos duas missões difíceis. Uma é julgar os réus do mensalão, maior escândalo de corrupção da história do país. A outra, decidir se reduz os poderes que o Conselho Nacional de Justiça tem de investigar e punir juízes corruptos. (Pág. 1 e 4)
O Pibão de Dilma
Apesar da crise internacional, a presidente está otimista para 2012. Entre as metas do governo figuram aprovação da Lei Geral da Copa, criação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos, privatização dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas, manutenção da inflação em torno de 4,5% e, para coroar o ano, crescimento de 5% na economia. (Págs. 1 e 2)
A força da economia nas mãos dos idosos
Série do Correio mostra como o mercado se adapta para atender os 20,5 milhões de brasileiros com idade acima dos 60 anos. Cada vez mais ativos, eles têm R$ 360,5 bilhões por ano para gastar. (Pág. 1)
Todo poder às mulheres
Na política, nas artes e até nas revoluções. Em 2011, elas tomaram as rédeas e mudaram o mundo. (Págs. 1 e 22 a 29)
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Estado de Minas

Manchete: Aos 12 em 2012
Palavras carregadas de esperança e carinho. As crianças nas fotos acima fazem parte de um grupo de 76 meninas e meninos, que completaram ou estão perto de completar uma dúzia de anos, ouvidos pelo EM sobre os problemas que incomodam BH e que eles esperam ver solucionados em 2012. Pediram, principalmente, uma cidade segura, sem muros e cercas elétricas. Uma sociedade com oportunidades para trabalhar e sonhar. Respeito ao patrimônio público e educação no trânsito. Que assim seja. (Págs. 1, 21 e 23)
Aplicações: Tempo bom para ouro e renda fixa
Enquanto a economia do mundo balança, neste ano que começa o metal amarelo, a poupança e os fundos de investimento são as melhores opções para quem quer proteger seu dinheiro das instabilidades. (Págs. 1 e 12)
Justiça: Uma bomba-relógio nos cofres da União (Págs. 1 e 4)

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Jornal do Commercio

Manchete: Família inteira deve planejar gastos da casa
Início de ano é sempre repleto de contas, uma boa oportunidade para organizar finanças. Tema que filhos não podem ficar de fora. (Págs. 1 e Economia, 6)
Taxista pirata na mira
Pilotos não credenciados criam problema no aeroporto e Infraero apela a PCR. (Págs. 1 e Cidades, 3)

A rapa do taxo

A primeira do primeiro minuto

A primeira imagem

A imagem do meu tugúrio no primeiro sol de 2012.