Domingo de Claudio Humberto


Deputado que
denunciou João
Paulo teme ‘pizza’

Relator da cassação do mandato de João Paulo Cunha (PT-SP) na Câmara, em 2006, Cezar Schirmer (PMDB) – atual prefeito de Santa Maria – diz temer que o julgamento do mensalão vire um “espetáculo midiático, condenando uns e absolvendo outros”. Acha que seu parecer no conselho de ética contra o petista, condenado no Supremo Tribunal Federal, “minucioso e aprofundado”, pode ter ajudado no julgamento.

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02/09/2012 | 00:00

Carne-unha

Alinhado com o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR) Schirmer pediu a cassação de Cunha envolvido no mensalão.

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02/09/2012 | 00:00

Blindagem petista

O parecer contra o petista foi aprovado por quase unanimidade no Conselho de Ética em 2006, mas rejeitado no plenário da Câmara.

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02/09/2012 | 00:00

Deixa estar

Apesar da condenação no STF, os partidos de oposição decidiram não pedir a cassação do mandato de João Paulo Cunha.

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02/09/2012 | 00:00

Vanguarda do atraso

O espirituoso deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) acha que o PT é visto pela população como “Arena moderno”: “Fisiológico e coronelista”.

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02/09/2012 | 00:00

TAM cobra mais
para o Nordeste 
que para os EUA

A anarquia gerencial e a falta de critérios lógicos na fixação de tarifas, na aviação comercial brasileira, chegou a ponto de a TAM, a maior do setor, neste final de semana, cobrar R$ 3.300 por passagem Brasília-Maceió, ida e volta, enquanto cobra menos da metade, R$ 1.440, pelo bilhete Brasília-Miami-Brasília. Da capital para Nova York a passagem custa R$ 1.650. O trecho Rio-Frankfurt (Alemanha), apenas R$ 2.133.

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02/09/2012 | 00:00

Anac se omite

A Anac, boazinha com a TAM, informou que a bilhete Brasília-Maceió “pode refletir o custo de oportunidade”, e não adotará qualquer medida.

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02/09/2012 | 00:00

Liberdade de explorar

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) destaca a “liberdade tarifária” para explicar sua omissão no assalto aos passageiros.

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02/09/2012 | 00:00

Cara-de-pau

A explicação da TAM é um exercício de caradurismo: os preços abusivos das passagens para Maceió seriam culpa da “demanda”.

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02/09/2012 | 00:00

DF: greve divide o governo

O governo do DF está dividido quanto ao pretendido reajuste dos policiais civis em greve. A área econômica nem quer pensar o assunto, mas o governador Agnelo Queiroz deverá conceder o reajuste para que eles continuam ganhando o mesmo que os policiais federais.

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02/09/2012 | 00:00

Sinal vermelho

O PT cresce na capital paulista com Fernando Haddad, nas sofre em seus feudos na Grande São Paulo, enrolado nos labirintos dos escândalos. O mensaleiro João Paulo Cunha caiu fora da disputa em Osasco e o petista Edgar Nóbrega renunciou em São Caetano.

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02/09/2012 | 00:00

Flagra

O candidato do PT a prefeito de São Caetano, Edgar Nóbrega, desistiu após o vídeo em que ele aparece pedindo dinheiro ao grupo do prefeito José Auricchio (PTB), para “azeitar” as prévias internas.

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02/09/2012 | 00:00

Trapalhada

Em Mauá, também na Grande São Paulo, o petista Donisete Braga é acusado de pagar um panfleto do PSOL atacando Vanessa Damo (PMDB), líder nas pesquisas. Ele chegou a ser citado no caso do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel (PT), em 2002.

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02/09/2012 | 00:00

Licença em reais

O diplomata Arthur Virgílio pediu licença do Itamaraty para “assuntos particulares”, ou seja, a campanha a prefeito de Manaus pelo PSDB. Ganhava em dólares, em Lisboa, onde servia, e agora recebe em reais.

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02/09/2012 | 00:00

Adjunta em loja de cristais

Adjunta do Advogado-Geral da União, Rosângela Silveira quase impediu o acordo com os procuradores da AGU. Ela propôs a um grupo de trabalho, aceito pelos sindicalistas, mas depois disse que “grupo a gente cria e extingue na hora que quer”. Quase inviabilizou o acordo.

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02/09/2012 | 00:00

Causa verde

Presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Adilson Barroso afirma que a sigla só decidiu apoiar Celso Russommanno (PRB) em São Paulo porque “ele garantiu trabalhar em prol da sustentabilidade”.

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02/09/2012 | 00:00

Monitoramento

Mesmo com uma hérnia de disco recém descoberta, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN) usa suas manhãs para acompanhar as campanhas eleitorais do partido em todo o País.

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02/09/2012 | 00:00

Pensando bem...

...com o mensalão comprovado, o Supremo Tribunal Federal vai condenando os mensaleiros a prestação, em sete vezes sem juros...

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Poder sem pudor

Sem documento

Foto
Presidente da Infraero, o brigadeiro Adyr Vasconcelos era figura importante na República, por isso seu aniversário foi muito concorrido naquele ano de 1994. Na entrada, atentas recepcionistas conferiam a lista de convidados. Com um presente nas mãos, ACM chegou e entrou.
- O sr. precisa se identificar – disse uma delas, alcançando-o já no salão.
- A senhora é que precisa ler a História! – respondeu ACM, dando-lhe as costas.

Bom dia

Melado que só espinhaço de pão doce.  Ditos populares que n ão podem ser esquecidos, jamais.

Tem ditadura da Justiça também em Campo Grande


“Agentes da Polícia Federal invadiram o jornal Correio do Estado, na noite da última quarta-feira (29/8), para impedir a distribuição da edição de quinta-feira (30) por determinação da juíza da 36ª Zona Eleitoral, Elisabeth Rosa Baisch. A ordem judicial buscava impedir a publicação de uma pesquisa de intenções de voto. Ao determinar a invasão, a juíza “extrapolou”, afirmou o advogado do jornal, Laércio Guilhem.
Com duas medidas liminares concedidas pela juíza, policiais coagiram o editor-executivo do jornal, Ico Victório, a assiná-las. As medidas proibiam a divulgação de pesquisa de intenções de voto para prefeito de Campo Grande. A invasão ao prédio do Correio do Estado se deu devido à ação movida por dois candidatos a prefeito de Campo Grande: Alcides Bernal e Reinaldo Azambuja. A pesquisa, diz o advogado do jornal, nem mesmo existia, uma vez que seria finalizada somente na tarde do dia 30. Sendo assim, argumenta, a ação descabida.
Caso a pesquisa existisse na data em que o mandado foi expedido e fosse publicada em desrespeito à determinação da Justiça, o jornal deveria pagar multa de mais de R$ 100 mil por desobediência. Como receberam a notificação e estavam cientes da determinação de não-publicação, a invasão também não teria cabimento. O advogado do jornal ingressou com agravo de instrumento no Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul para obter cassação da liminar, permitindo assim a divulgação da pesquisa.
“Isso é agressão à liberdade de imprensa e violação ao jornal”, afirmou o diretor do Correio do Estado, ex-senador Antonio João Hugo Rodrigues. Ele informou que o jornal ingressará com representação contra a juíza Elisabeth Rosa Baish, da 36ª Zona Eleitoral.”
(Correio do Estado – MTS)

Como o governo deixou estragar 55 mil bolsas de sangue


Tá na IStoÉ desta semana


Descaso, incompetência administrativa e suspeita de um novo esquema de corrupção fizeram com que o Ministério da Saúde não desse uso a 13,7 mil litros de plasma sanguíneo avaliados em US$ 1,6 milhão

Claudio Dantas Sequeira
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TRÊS MINISTROS ESCONDERAM O DESPERDÍCIO
Humberto Costa, José Gomes Temporão e Alexandre Padilha 
(da esq. para a dir.): sangue jogado fora
A cada ano, o Ministério da Saúde gasta milhões em campanhas de incentivo à doação de sangue. Boa parte dessas doações é industrializada fora do País e retorna como hemoderivados, medicamentos essenciais no tratamento de hemofílicos. A matéria-prima desse processo é o plasma sanguíneo, um insumo tão cobiçado que um litro chega a custar US$ 120 no mercado internacional – tanto quanto um barril de petróleo. O Ministério da Saúde esconde em um depósito no Distrito Federal um carregamento de 55 mil bolsas de plasma humano, avaliado em US$ 1,6 milhão, mas cuja validade está vencida há pelo menos cinco anos. O segredo, que pode causar estragos às pretensões políticas dos ex-ministros da Saúde Humberto Costa e José Gomes Temporão, além do atual ministro, Alexandre Padilha, está trancado a 50 graus negativos numa câmara frigorífica vigiada por seguranças armados.
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Essa espécie de “túmulo do sangue”, como funcionários do ministério chamam o local, é apenas o fio de um novelo que está sendo deslindado em diferentes investigações pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União. Os processos, obtidos com exclusividade por ISTOÉ, atestam desvios recorrentes na produção e estocagem do plasma coletado e lançam suspeitas sobre a existência de uma nova modalidade de máfia dos vampiros, com conexões até na França. Os lotes vencidos foram coletados em 41 hemocentros e bancos de sangue de diversos Estados em 2003 e 2004, justamente o ano em que estourou o escândalo do comércio ilegal de hemoderivados, desbaratado pela Polícia Federal na Operação Vampiro. Então ministro, Costa chegou a ser indiciado por suspeita de participação no esquema. Em março de 2010, foi absolvido pela Justiça e conseguiu ser eleito senador. Agora, apenas dois anos depois, está dedicado a virar prefeito do Recife, numa estratégia para chegar ao governo de Pernambuco em 2014.
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DESCASO
O depósito que guarda as bolsas estragadas fica na cidade-satélite 
de Águas Claras. Na foto maior, o estoque inadequado do produto
O ex-ministro terá de explicar aos promotores por que abandonou as 55 mil bolsas de sangue no depósito do ministério. Naquele momento, havia duas empresas responsáveis pelo beneficiamento do plasma: a suíça Octapharma e a francesa LFB (Laboratoire Français Du Fractionnement et des Biotechnologies S/A). Citadas no inquérito da Operação Vampiro, nenhuma delas se encarregou dos lotes. À ISTOÉ, Costa admitiu que sabia do carregamento estocado e impetrou recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região “a fim de dar aproveitamento ao produto.” O recurso, segundo ele, foi negado sob o argumento de que sua liberação poderia implicar grave prejuízo ao erário. O hoje senador diz que não acompanhou os desdobramentos do caso.
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Antes de deixar o cargo em 2005, Costa criou a Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) e mandou fazer nova licitação, engavetada nas gestões-tampão dos peemedebistas Saraiva Felipe e Agenor Álvares e retomada apenas no final de 2007, por José Gomes Temporão. A licitação lançada por Temporão foi vencida pela francesa LFB e o contrato previa o fornecimento de hemoderivados e a transferência da tecnologia de fracionamento do plasma para a Hemobrás, estatal criada por Costa em 2004 e que até hoje não saiu do papel. “Contratamos a empresa numa licitação transparente”, afirma Temporão, que diz desconhecer o carregamento de plasma vencido.
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Em ofício encaminhado ao MP sobre o caso, o coordenador-geral de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, alega que, quando a LFB foi contratada, o plasma estocado em Brasília “já se encontrava vencido, não sendo viável a sua utilização e recolhimento no escopo do objeto do contrato”. Genovez se referia ao uso na produção dos chamados fatores 8 e 9 para o tratamento de hemofílicos. Como são mais sensíveis, esses produtos devem ser aproveitados com o plasma mais fresco. Entretanto, mesmo vencido esse prazo, ainda seria possível processá-lo para a obtenção de imunoglobulina e albumina, de uso cirúrgico. 

O Ministério da Saúde garante que negociou com a LFB um aditivo contratual, que só seria assinado em 2009. Mas, com a demora, o que restava do material também perdeu a validade. Estranhamente, a LFB disse à ISTOÉ que “desconhece o assunto”. No documento enviado ao MP, Guilherme Genovez informa que o descarte do material sofreu impedimentos sanitários nos anos seguintes e voltou a ser debatido em 2011, já na gestão do ministro Alexandre Padilha. Mas acrescenta que não há ainda cronograma nem método para o descarte. Ao ser questionado pela reportagem, Padilha informou por meio da assessoria de imprensa que já está com edital pronto para escolher em 30 dias a empresa que fará o descarte do material.
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O problema com os hemoderivados não se restringe ao caso do depósito em Brasília. ISTOÉ obteve com exclusividade cópia de um relatório de auditoria feita por técnicos do Ministério da Saúde nas instalações da LFB, em Lille e Lês Ulis, Paris. Os técnicos ouviram dos dirigentes da empresa explicações controversas e relataram uma série de irregularidades. O documento está na mesa de Padilha desde maio.Uma das mais graves denúncias diz respeito a uma carga de mais de meia tonelada de produtos intermediários de hemoderivados que foi estocada, sem uso. O procedimento nem sequer foi notificado ao governo brasileiro. São 673 quilos de produtos semiacabados com prazo de validade expirado cujo destino não foi informado ao Ministério da Saúde, como prevê o contrato entre o governo e a LFB. Outro lote ainda maior, com quase 1,2 tonelada de princípio ativo para a produção de hemoderivados, também se encontrava estocado, em regime de quarentena e prazo de validade próximo de expirar. Uma terceira carga de 1,5 tonelada foi totalmente perdida por desvios de qualidade durante o processo produtivo.
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Surpreendeu os técnicos o fato de a LFB usar na produção do fator 9 (aquele para o tratamento de hemofílicos) lotes de 2,8 mil litros num equipamento com capacidade máxima de 2,2 mil litros, “implicando com isso a perda de aproximadamente um lote de produto acabado para cada quatro descongelamentos de plasma”. Os técnicos do ministério calcularam o descarte de plasma em aproximadamente 30%, quase o dobro do limite de 15%. Além dos descartes irregulares, a auditoria atestou divergências entre o rendimento do plasma declarado pela LFB e o apurado pelos técnicos, em alguns casos de até 50% a menos. O ministério diz que solicitou à empresa indenização dos produtos e ameaçou com multas e sanções.

Para o procurador do TCU Marinus Marsico, as informações colhidas pela auditoria do Ministério da Saúde são “extremamente graves”. Na sexta-feira 31, ele entrou com pedido de investigação complementar na corte, no qual também alerta sobre a assinatura pelo governo de aditivos suspeitos aos contratos com a LFB. Segundo o procurador, pode ter havido burla à lei de licitações e até a “execução concomitante de dois contratos com objetos iguais”, a fim de ocultar alguma irregularidade ou pagamento em duplicidade. A “irregularidade” a que Marinus se refere, embora não expressamente, teria a ver com suspeitas de existência de um mercado negro de plasma, que se aproveita da falta de controle governamental. Por ora, não há provas desse comércio ilegal. Indícios claros aparecem em trecho do relatório da auditoria, no qual técnicos questionam o desaparecimento de princípios ativos de hemoderivados. Na reunião que discutiu a auditoria, a desconfiança era tanta que o diretor de qualidade da LFB, Robert Vedeguer, precisou defender a honra de seus funcionários. “Eu gostaria de convencer o Ministério da Saúde da honestidade dos técnicos da LFB”, disse. Por meio da assessoria de imprensa, a LFB garantiu que “não há possibilidade de uso irregular ou desvio de destinação do plasma enviado à França”.
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As suspeitas de desvio de plasma para o mercado negro estão sendo investigadas pelo promotor de Justiça do Distrito Federal, Moacyr Rey Filho. As pistas foram dadas pelo médico Crescêncio Antunes da Silveira Neto, ex-secretário de Gestão Participativa do Ministério da Saúde e ex-conselheiro da Hemobrás, na gestão Temporão. Em depoimento, Antunes disse que “suspeita que os desvios ocorram em vários Estados e em número maior no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia”. Para sustentar sua tese, ele apresentou planilha com registros de descarte exagerado do Hemocentro de Brasília. Seja como for, só uma apuração aprofundada poderá determinar se todo esse desperdício de sangue é o sintoma mais evidente da existência de uma nova máfia no setor ou apenas resultado do descaso e da incompetência.

Cassação imediata de João Paulo,do PT, defende ministro


 O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal defende “a cassação imediata” do mandato do deputado João Paulo Cunha. Para Marco Aurélio, se a maioria dos ministros acompanharem o voto do colega Cezar Peluso, que votou pela perda do mandato do parlamentar, não cabe abertura de processo de cassação na Câmara. A medida pode valer para os outros dois parlamentares que são réus no processo, caso se confirmem as condenações. Há também  a possibilidade dos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli não participarem da decisão sobre a dosiometria da pena de João Paulo Cunha, uma vez que ambos votaram pela absolvição.

Caso Nicanor: MP recorre de decisão que absolveu ex-prefeita de Limoeiro


O Ministério Público do Ceará apresentou recurso de apelação contra a decisão do juiz João Dantas, que absolveu a ex-prefeita de Limoeiro do Norte, Arivan Lucena, de ser a mandante do crime que vitimou o radialista Nicanor Linhares, ocorrido naquela cidade em 2003.
Para os promotores de Justiça Felipe Diogo e Manoel Epaminondas, que assinam o recurso, a decisão de absolvição sumária violou a Constituição Federal e o Código de Processo Penal, ao por fim ao processo mesmo antes da conclusão da instrução criminal. Eles argumentam que ainda havia diligências pendentes e até mesmo testemunhas da acusação para serem ouvidas.
A justificativa do juiz para não enviar a ex-prefeita e atual candidata Arivan Lucena a Júri Popular foi a absolvição do sargento do Exército Francisco Edésio, apontado pelo MP como intermediador entre a acusada e os pistoleiros que assassinaram a vítima.
 
Já para os promotores, a absolvição do sargento Edésio não poderia ser estendida, automaticamente, à ex-prefeita. “A sociedade de Limoeiro e do Ceará tem o justo direito de julgar todos os envolvidos no crime, sendo certo que a decisão de absolvição sumária violou o devido processo legal e a soberania dos veredictos das decisões do Júri, previstos na CF/88”, arremataram.

Pegar o Zé Dirceu diz o cearense Gurgel





O Supremo está no caminho certo para condenar o Zé Dirceu, interpretou o procurador geral da República Roberto Gurgel, deixando a petralhada toda arrepiada ontem, na posse do novo presidente do Superior Tribunal de Justiça, Feliz Fisher. Até a Dilma estava lá.

Para Gurgel, bastante festejado pela denúncia que fez dos mensaleiros e que vem bem aceita pela corte, as condenações até agora mostram uma guinada, possibilitando que provas mais tênues condenem por crimes de corrupção e peculato. "A corte reconhece que não podemos buscar o mesmo tipo de provas obtidas em crimes comuns, como roubo, assassinato", para condenar os de colarinho branco".
< br />E então questionaram o ministro se estava se referindo a condenar o Zé Dirceu: "exatamente", respondeu. Quanto mais alto na hierarquia do bando, e Zé Dirceu é o chefe, menos as provas têm que ser robustas, menos atos de ofício são necessários, mais valem os indícios e o dominio do fato, para a condenação.

Vamos nos irritar juntos que é pra comprar remédio pra baixar a pressão


CARLOS BRICKMANN
João Paulo Cunha foi condenado, na forma da lei. Até aí, nada a reclamar. Mas há um ponto que, estando embora na lei, deveria ser discutido: por que a punição deve ser a cadeia? Gente desse tipo não oferece risco de violência; ele não irá colocar ninguém na mira de uma arma. Ele pode ser deixado em liberdade (ao contrário daquele trombadinha, coitadinho, que roubou muito menos e foi preso - mas que, solto, ameaçaria a vida de outras pessoas). Deve ser punido, claro; mas é bobagem colocá-lo na cadeia, onde ocupará uma vaga necessária para conter criminosos violentos e nos forçará a gastar dinheiro público - escasso - para vigiá-lo, alimentá-lo, protegê-lo de outros prisioneiros indignados com o comportamento que o levou a ser seu novo colega. E, na cadeia, ele também poderá ensinar aos presos mais coisas ruins que eventualmente ainda não saibam.
Pessoas como João Paulo Cunha sentem muito mais dois outros tipos de pena: primeiro, o afastamento da vida pública, do poder, da vida nos palácios, dos puxa-sacos que correm para abrir-lhe as portas e os chamam de Vossa Excelência; segundo, a devolução do dinheiro desviado, acrescido de multas pesadas e efetivamente cobradas. Há gente para quem dinheiro é mais importante que tudo, inclusive a liberdade. Que o condenado seja punido exemplarmente, então, da maneira que lhe é mais dolorosa, permitindo que o país seja ressarcido dos prejuízos que teve não apenas com os desvios, mas também com o custo das investigações e processos.
É melhor do que gastar ainda mais verba pública com ele.

Barbosa retoma julgamento na segunda com condenações



Barbosa retoma julgamento na segunda com condenaçõesFoto: STF/Divulgação

AGÊNCIA REUTERS ANTECIPA VOTO DO RELATOR DA AÇÃO PENAL 470 SOBRE EX-DIRIGENTES DO BANCO RURAL; NESTA SEXTA-FEIRA, AO SER ABORDADO POR DUAS MULHERES QUE O CHAMARAM DE "HERÓI", JOAQUIM BARBOSA OPTOU PELA MODÉSTIA: “QUE É ISSO, GENTE, SOU SÓ O BARNABÉ DO PROCESSO”

31 de Agosto de 2012 às 19:05
BRASÍLIA, 31 Ago (Reuters)- O relator da ação penal do chamado mensalão, Joaquim Barbosa, irá votar pela condenação de todos os quatro réus ligados ao Banco Rural, responsável por empréstimos ao PT e agências de Marcos Valério, informou à Reuters uma fonte do Supremo Tribunal Federal (STF) que teve acesso ao voto, que deve ser concluído na segunda-feira.
Barbosa iniciou a leitura do voto na quinta-feira, quando já havia dado indicações de que iria responsabilizar os ex-dirigentes Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane pelo que chamou de empréstimos fictícios para beneficiar o PT.
"O Banco Rural somente decidiu cobrar os valores objetos dos empréstimos após a divulgação do escândalo pela imprensa. E assim agiu porque os empréstimos, na verdade, não deviam ser pagos, pois materialmente não existiam", disse Barbosa na quinta-feira.
Segundo a fonte, que falou à Reuters sob condição de anonimato, Joaquim irá responsabilizar os réus deste quinto capítulo da denúncia por prática de gestão fraudulenta, crime do qual foram denunciados pelo Ministério Público Federal.
Na quinta, o relator já havia dito que o banco fez classificações de risco dos empréstimos que não correspondiam à realidade financeira dos beneficiários.
O Banco Rural concedeu empréstimos de três milhões de reais ao PT e de 29 milhões a agências de Marcos Valério.
Os advogados dos réus afirmam que eles não foram responsáveis pelos empréstimos, mas apenas por renovações. A defesa prefere que, em caso de condenação, os ministros do STF optem pelo crime de gestão temerária --e não fraudulenta, como pede o MPF--, por ter pena menor.
O relator deve concluir a leitura na segunda-feira, passando em seguida a palavra aos demais ministros.
No ponto anterior, sobre irregularidades nos contratos das agências de publicidade de Marcos Valério, principal operador do suposto esquema de desvio de recursos para compra de apoio político, e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz com a Câmara dos Deputados e Banco do Brasil, apenas um dos seis réus foi absolvido --o ex-ministro Luiz Gushiken-- como pedia o MPF.
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara, Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, além de Valério, Paz e Hollerbach, foram considerados culpados pela maioria dos ministros, que também, em sua maioria, acreditaram que houve desvio de recursos públicos para o suposto esquema.
Depois deste capítulo em análise, ainda faltam outros cinco a serem examinados pelos ministros --que a partir de agora serão apenas 10 a julgar, já que Cezar Peluso participou de sua última sessão na quinta-feira. Ele se aposenta compulsoriamente por completar 70 anos na segunda-feira.
O chamado mensalão, que veio à tona em 2005 como um suposto esquema de desvio de recursos para comprar apoio ao governo no Congresso, foi o maior escândalo político da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Prefeito de Icó assina contrato de casas populares.



A prefeitura municipal de Icó, através do prefeito Marcos Nunes (PMDB), assinou hoje a tarde, em Fortaleza, contrato de obras com o Banco do Brasil, na ordem de 35 milhões de reais.

O contrato de parceria entre o município, Banco do Brasil, e empresas, tem por objeto, dentro do Projeto Minha Casa Minha Vida, a construção, com início para setembro próximo, de "648 casas populares para os mais carentes em Icó".

"A nossa administração vai ficar guardada no coração do povo, por ter tirado as pessoas que mais precisam, dos aluguéis caros e desumanos", disse Marcos Nunes, no encerramento do evento.

Icó é o primeiro município do Ceará a assinar convênio com o Banco do Brasil para a construção de casas populares no programa Minha Casa Minha Vida. As obrsa gerarão centenas de postos de trabalho e, no futuro, melhoria inestimavel da qualidade de vida das pessoas carentes do município.
(Da Assessoria)


Manchetes deste sábado


Globo: Brasil teve semestre perdido na economia
Folha: Brasil tem o maior ciclo de PIB fraco desde o Plano Real
Estadão: Investimento tem 4ª queda seguida e PIB cresce só 0,4%
Correio Braziliense: Brasília para cinco vezes mais imposto que media nacional
Estado de Minas: O Brasil cresceu muito
- Jornal do Commercio: Economia a passos lentos
Zero Hora: PIB reage, mas baixo investimento inquieta

A vida como ela quase é


Ficha Limpa barra 350 candidaturas

Ao aplicar a Lei da Ficha Limpa, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará indeferiu 50 candidaturas a prefeito e cerca de 300 a vereador. A maioria dos candidatos a prefeito que tiveram o registro negado pela Justiça é de ex-prefeitos com contas desaprovadas pelo Tribunal de Contas dos municípios, como o ex-prefeito de General Sampaio Raimundo Acinésio Bezerra (PR), impedido de se candidatar por improbidade administrativa durante a sua gestão. 
Penso eu - Em compensação o que tem de ficha suja disputando a eleição!!!

Olhar 33



Estimado Eliomar de Lima, criador do Blog do Eliomar, de quando ele editava sozinho o dito cujo. Veja a menina aí rapaz. Segundo o José Maria Melo, não temum pingo de solda.

Olha só como trabalha a bandidagem


Prefeito de Macapá que foi preso pela PF faz coação contra TV afiliada à Globo

Agentes da receita do município de Macapá e da vigilância sanitária estiveram na última semana no prédio da TV Amapá, afiliada da Rede Globo, sob o pretexto de verificar documentação de funcionamento da emissora. A ação, a mando do prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT) que concorre a reeleição, tem como finalidade a coação moral aos órgãos de imprensa (TV, Rádio e jornais) que vem divulgando a má situação que se encontra a capital do Estado do Amapá. A iniciativa é semelhante à perseguição imposta pelo prefeito ao jornal Folha do Estado. Além da TV Amapá, as empresas de comunicação Rádio Equatorial e Rádio Difusora, também foram vistoriadas. O prefeito foi preso por corrupção pela Polícia Federal, em dezembro de 2010, no âmbito da Operação Mão Limpas.

AS viagens do Orlando Brito


Algo em comum

Foto
Na primeira foto, a mulher lava a calçada de sua casa, no centro da cidade de Senador Pompeu, interior do Ceará. Na segunda, padres franciscanos almoçam num restaurante na beira da estrada que liga Roma a Assis, na Itália.

Como foi – À primeira vista, não há nada em comum entre essas duas cenas. Mas há. Explico: em julho de 1997, passei doze dias em três estados do Nordeste fazendo reportagem sobre educação básica. Por onde andei encontrei essas cadeiras que aparecem na foto. Em frente às casas, nos bares, nas festas de família etc. Aliás, você também já deve tê-las percebido por onde tenha ido. Era tão maciça sua presença que me soou algo que eu não podia deixar de registrar. Por ser um utensílio corriqueiro, imaginei ser um produto lançado somente no Brasil. Que nada. Duas semanas após, eu estava bem longe do Ceará. Na Úmbria, Leste da Itália, para outra matéria. Desci do automóvel para um lanche. Não é que lá estavam cadeiras do mesmíssimo modelo? Um grupo de padres sentava-se nelas para comemorar na cantina a visita a Assis, cidade onde nasceu São Francisco. Se naquela época eu pensava que a globalização abrangia somente o comportamento da sociedade, tive a certeza de que alcançava até mesmo os objetos mais simples. Orlando Brito.
Orlando Brito é um dos maiores fotojornalistas do planeta e meu amigo.