Movimento negro e Lei de Cotas são destaque em banca de doutorado na Faced


No momento em que o Brasil se prepara para implantar a Lei de Cotas, a Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Ceará apresenta a tese “A produção acadêmica sobre as ‘relações étnico-raciais’ no Brasil e no Ceará: a construção do afrodescendente”, de autoria da doutoranda em Educação da UFC Silviana Fernandes Mariz. A defesa do trabalho será amanhã (30), às 14h30min, na Faced.

Na banca examinadora, estará a antropóloga Yvonne Maggie, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), referência nacional no debate sobre cotas. Colunista do portal G1 e pesquisadora sobre o tema, Yvonne é crítica da lei que reserva 50% das vagas em universidades para estudantes oriundos da rede pública de ensino, com base em critérios de renda familiar e de raça. Também amanhã, a partir das 11h30min, ela participa de entrevista no Programa Rádio Debate, da Universitária FM (101,7). Ao lado dela, participam da banca examinadora os professores Jawdat Abu El Haj e Almir Leal, ambos da UFC, e o Prof. Geovani Jacó de Freitas, da Universidade Estadual do Ceará.

Na pesquisa a ser apresentada amanhã, a doutoranda Silviana Mariz reflete “sobre o processo de fortalecimento dos movimentos sociais, em particular o movimento negro, que a partir da década de 1980 saíram da esfera meramente política e tiveram suas demandas partidárias transformadas em demandas científicas, promovendo uma maior aproximação com as universidades; bem como sobre o processo de formação nacional do campo da afrodescendência, identificando quem foram seus primeiros construtores e ideólogos e quais eram as suas principais reivindicações”. O trabalho é orientado pela Profª Bernadete Beserra. A defesa da tese é aberta ao público.

Ministro da pesca virá amanhã ao Ceará

O deputado federal José Airton teve em audiência, nessa quarta-feira (28), com o Ministro da Pesca e Aquicultura Marcelo Crivella para tratar de interesses do Estado. Acompanharam o Deputado a prefeita eleita de Pentecoste Dra. Ivoneide Carneiro e o Prefeito eleito de Groaíras Adail Albuquerque.

O encontro também tratou sobre a visita do Ministro ao Ceará que acontecerá nessa sexta-feira (30), ele visitará o Centro de Pesquisa em Piscicultura do Dnocs que fica em Pentecoste, o evento foi marcado para às 14h. De acordo com o Deputado, também foi posto na pauta o apoio ao Festival do Peixe que acontece em Pentecoste sempre no mês de agosto. Ele informa que o Ministro irá participar do festival em 2013.

A pauta ainda discutiu investimentos do Ministério no setor de projetos de piscicultura, da restauração do açude em do Flamego em Groaíras e do funcionamento do Terminal Pesqueiro de Camocim. No encontro foi comunicado a licitação para a contratação do pessoal para operar o terminal e da possível parceria com o Governo do Estado.
 

Brasil Carinhoso é ampliado pelo governo federal e agora tira 8,1 milhões de crianças e adolescentes da miséria


Ação do Plano Brasil Sem Miséria, que já retirava da extrema pobreza 9,1 mi de pessoas, passa a alcançar mais 7,3 mi de brasileiros. Total de crianças e jovens de 0 a 15 anos atendidos aumentar de 5,1 mi para 8,1 mi. No Ceará, medida beneficiará mais 658.458 pessoas

Brasília, 29 – A presidenta Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (29) medida provisória que amplia a Ação Brasil Carinhoso. A partir de agora, famílias com crianças e adolescentes de 7 a 15 anos também vão receber a complementação financeira que garante que todos os seus membros superem o patamar de R$ 70 por mês, a exemplo do que ocorre desde junho desde ano com aquelas que têm filhos até 6 anos.

Com a expansão, 8,1 milhões de crianças de até 15 anos serão beneficiadas. No total, a complementação alcançará 16,4 milhões de brasileiros, fazendo com que superam a extrema pobreza. O benefício começa a ser pago em 10 de dezembro.

“O Brasil que todos queremos construir é um país de classe média e para isso colocamos como desafio a superação da extrema pobreza”, disse a presidenta. “O que estamos anunciando é um passo decisivo para a sociedade de classe média que queremos. Cada pessoa dessas famílias terá sua renda complementada para receber R$ 70 mensais, que é o limite para sair da extrema pobreza. Estamos dando um passo decisivo para construir agora o futuro de nossas crianças e jovens.”

O Brasil Carinhoso faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A previsão de investimento anual no Brasil Carinhoso era de R$ 2,2 bilhões em sua primeira fase (crianças até 6 anos), lançada em maio deste ano. Agora, passará para R$ 3,94 bilhões.

“Com o Brasil Carinhoso, enfrentamos uma das faces mais cruéis da miséria, aquele que atinge a infância”, acrescentou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. “O Censo 2010 mostrava que 42% dos extremamente pobres tinham menos de 15 anos. Não temos como tirar as crianças da miséria, sem retirar toda a família. Os resultados obtidos nos levaram a ampliar o Brasil Carinhoso.”

No Ceará, a ação do Brasil Sem Miséria atualmente beneficia 817.824 pessoas. Com a ampliação, o Brasil Carinhoso incluirá mais 658.458, chegando a 1.476.282 pessoas que receberão a complementação.

Troca troca na Mesa da Assembleia-Anuncio será em instantes

A futura Mesa Diretora da Assembleia Legislativa será anunciada oficialmente, a partir das 11 horas desta quinta-feira, durante sessão na Assembleia Legislativa. O ato contará com a presença de todos os integrantes da chapa, que sofreu uma alteração nas últimas horas: Manuel Duca (PMDB), que era indicado para terceiro secretário, foi promovido para segundo secretário e João Jaime (PSDB), que estava nessa posição, vai ocupar a terceira secretaria da Casa.
A nova chapa está assim constituída:
Presidente – Zezinho Albuquerque (PSB)
Primeiro Vice-Presidente – Tim Gomes (PHS)
Segundo Vice-Presidente – Lucílvio Girão (PMDB)
Primeiro Secretário – Sérgio Aguiar (PSB)
Segundo Secretário – Manuel Duca da Silveira (PMDB)
Terceiro Secretário – João Jaime (PSDB)
Quarto Secretário – Dedé Teixeira (PT)
- Primeiro vogal – Ely Aguiar (PSDC)
- Segundo vocal – Ferreira Aragão (PDT)
- Terceiro vogal – Sineval Roque (PSB)
A eleição da nova mesa diretora ocorrerá na próxima terça-feira, a partir das 9 horas.

Morre o homem que desmistificou a notícia de economia

Morre aos 75 anos o jornalista Joelmir Beting

O Globo
O jornalista Joelmir Beting, de 75 anos, morreu à 0h55m desta quinta-feira. Ele estava em coma irreversível. No domingo, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul da capital paulista, onde estava internado desde o dia 22 de outubro, devido a uma doença autoimune que tinha nos rins.
De boia fria aos sete anos no interior de São Paulo a um dos principais jornalistas de economia do país. Nascido em 21 de dezembro de 1936 em Tambaú, Joelmir Beting se formou em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), mas foi o jornalismo a profissão que escolheu.
Antes mesmo de concluir o curso em 1962, ele já começara na carreira em 1957, quando trabalhou em jornais como O Esporte e Diário Popular, ambos em São Paulo, fazendo matérias sobre futebol. Trabalhou também na rádio Panamericana (atual Jovem Pan), Gazeta, Bandeirantes e CBN.

Desafeto de Dilma disputa liderança do PMDB


Seis deputados disputam a cadeira de líder do PMDB na Câmara. Um deles se chama Eduardo Cunha (RJ). Integra o grupo político do vice-presidente Michel Temer. Mas Dilma Rousseff não o digere. A simples audição do nome de Cunha causa-lhe engulhos. A presença dele na lista de pretendentes ao comando da bancada de deputados do sócio majoritário do seu condomínio partidário perturba-lhe o sono.
Ex-presidente da Telerj no governo governo de Fernando Collor e da Companhia Estadual de Habitação do Rio na gestão de Anthony Garotinho, Cunha tornou-se, sob Lula, um poderoso padrinho de nomeações em Furnas. Eleita, Dilma enxergou na estatal elétrica anormalidades eletrizantes. Desalojou a turma de Cunha. E deu abrigo a um protegido de Fernando Sarney, o gestor dos negócios da família de José Sarney.
Nessa época, Eduardo Cunha atribuiu a má vontade de Dilma à artilharia do PT do Rio. Absorveu o golpe e esboçou o troco: “É impressionante o instinto suicida desses caras. Quem com ferro fere com ferro será ferido.” Desde então, o Planalto segue os passos de Cunha na Câmara. Faz isso na tentativa de antecipar-se às armadilhas. Nem sempre consegue.
Trafegando à sombra, Cunha espanta as almas mais experientes. Numa entrevista de dezembro de 2009, Ciro Gomes (PSB-CE), então deputado, evocou-o para justificar seu desalatendo com a atividade legislativa. “Eu aqui nunca tive nada. Sou ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro da Fazenda, ex-ministro da Integração Nacional, mas nunca tive nada aqui.”
Quem tem tudo, disse Ciro, é o arcebispo Eduardo Cunha. “Ele casa, descasa e faz batizado aqui. Qual a explicação para isso?” 
Numa intervenção feita no plenário da Câmara, Ciro dirigiu-se a Michel Temer, à época presidente da Casa, nos seguintes termos: “Feche a Câmara, presidente, e pergunte o que o Eduardo Cunha quer para o Brasil!”. Para Ciro, um desejo de Cunha corresponderá sempre a um desserviço à nação. Dilma parece concordar.
Os outros cinco pretendentes à liderança do PMDB são: Osmar Terra (RS), Marcelo Castro (PI), Sandro Mabel (GO), Danilo Forte (CE) e Manoel Júnior (PB). Excetuando-se o último, cujo histórico o Planalto ainda vasculha, há ressalvas da Presidência quanto a todos os demais.
Terra fez campanha contra Dilma em 2010. Votou no adversário tucano José Serra. Castro, acomodado numa lista de candidatos ao Ministério do Turismo na “faxina” de 2011, foi refugado pela presidente. Ela preferiu entregar o cargo a Gastão Vieira, deputado da banda de José Sarney. Mabel, cristão novo no PMDB, vem do PT, a legenda que Dilma varreu da pasta dos Transportes.
Quanto a Forte, o nome dele está gravado num relatório da Controladoria Geral da União. Na peça, a CGU apontou irregularidades na Funasa. Coisa de R$ 500 milhões. O órgão compõe a cota do PMDB no Ministério da Saúde. Foi gerido por Forte durante três anos. Nomeado em março de 2007, sob Lula, ele deixou a Funasa em abril de 2010, para disputar a cadeira que ocupa hoje na Câmara.
O relatório da CGU veio à luz em janeiro de 2011. Engloba um período que não se restringe à gestão de Forte. No pedaço que lhe diz respeito, o deputado negou os malfeitos. Porém, em 2008, o então ministro da Saúde José Gomes Temporão, do PMDB do governador fluminense Sérgio Cabral, pronunciara uma espécie de autodenúncia que seria corroborada no documento da CGU.
Com antecedência de quase três anos, Temporão dissera que havia “corrupção” e “baixa qualidade” nos serviços prestados pela Funasa. Queria demitir Danilo Forte. Por pouco não foi, ele próprio, apartado da cadeira de ministro. Na virada de Lula para Dilma, Cabral esboçou apoio à permanência de Temporão na Saúde. O PMDB deixou-o falando sozinho.
Os candidatos ao comando da bancada do PMDB foram à pista porque Henrique Eduardo Alves, líder atual, decidiu disputar a presidência da Câmara. A candidatura dele foi formalizada em reunião da bancada realizada nesta quarta-feira (28). Há coisa de dez dias, os pretendentes ao posto de líder levaram a Henrique uma proposta com cheiro de macumba.
Queriam antecipar a sucessão na liderança para 19 de dezembro. Alegava-se que, eleito presidente, Henrique imporia um líder da sua predileção. Henrique chiou. E o despacho foi desmontado. Marcou-se a eleição do novo mandachuva da bancada para 30 de janeiro de 2013, antevéspera da eleição do sucessor de Marco Maia (PT-RS).
A cúpula do PMDB espera que, até lá, restem apenas dois postulantes à liderança. Trabalha-se com a perspectiva de que, para evitar a escolha de um líder minoritário, os candidatos terminarão organizando-se sob dois guardachuvas. Da trinca Danilo Forte, Manoel Júnior e Osmar Terra emergiria um candidato. Da tróica Eduardo Cunha, Sandro Mabel e Marcelo Castro sairia o outro.
O Planalto torce para que o mexe e remexe não resulte na escolha de um líder tóxico. Entre todos, o mais temido é Eduardo Cunha. Em privado, os amigos dizem acreditar que o deputado acabará sendo convencido de que botar a cara na vitrine pode não ser, no seu caso, um bom negócio. Permanecendo na sombra, seu habitat natural, teria melhores condições de armar suas surpresas e emboscadas.
Do blog do josias

Se a moda pega no Brasil vai faltar guindaste