#Roberto Bulhões
Com exceção do Ceará, os demais estados que formam
a República Federativa do Brasil possuem apenas duas policias. A Polícia
Militar e a Polícia Civil. No Ceará, por determinação do governador Cid Gomes, surgiu
mais uma, denominada de Polícia do Ronda, ou a Polícia do Governador. Dai surgiu
também a inversão de valores. Um major manda no coronel, um tenente chega a
mandar num capitão e por ai vai. Apesar de todas as justificativas, a imprensa
cearense não tem engolido muito o jogo de empurra-empurra, quando se trata de
Polícia Militar.
Pelo que se sabe, na hierarquia da segurança
pública tem um Secretário de Segurança, atualmente um coronel da Polícia
Militar, um Delegado Geral que comanda a Polícia Civil e um coronel Comandante
Geral da Policia Militar. Pelo que se
tem divulgado, o comando da Policia do Ronda parece não receber ordens nem do secretário, nem
do comandante geral da PM. Afinal, o Ronda é formada por policiais militares,
civis é um bando ou uma corporação autônoma formada independente sem seguir o
que diz o regulamento da PM?. são militares ou não? Ao que parece, um dos preceitos do Padre Cícero
que dizia: “um dia a roda grande vai circular dentro da pequena”, está
ocorrendo no Ceará.
Pelo visto, na segurança publica do estado do Ceará
existe a grande vaidade pelo poder de mando. Já dizia o ex-comandante da PM
cearense, coronel Cintra que chegou a colocar numa cartilha feita durante seu
comando. Cintra fazia questão de dizer que “quando um comando é fraco, os
subalternos são covardes”. Será que o coronel Cintra tinha razão ao criar uma
frase tão forte dentro da Polícia Militar do Ceará? O que vemos hoje é um
desfile de vaidades de alguns oficiais superiores, que, a todo custo tenta culpar
a imprensa pela onde crescente de violência na capital e no interior cearense.
No recente episodio de tentar boicotar as
informações a imprensa, proibindo o envio dos boletins de ocorrência aos
profissionais de rádio, jornal e TV, parece que o “tiro saiu pela culatra”. Uma fonte de dentro da segurança publica
assegurou que o objetivo do boicote era tentar diminuir a divulgação das ocorrências
policiais, devido a aproximação da Copa de Mundo. Apesar da negativa da cúpula da
segurança, tudo leva a crer que eles queriam mesmo “tapar o sol com uma peneira”.
O boicote teve inicio na capital e em dois dias chegou ao Cariri. Em Fortaleza
o radialista Paulo Oliveira a maior audiência do radio alencarino, abriu o
bocão e, no dia seguinte tudo voltou a ser como antes. “Foi um mal entendido”,
disseram
No Cariri o boicote teve início no dia 23 deste mês
e na data de hoje, sete dias depois, voltou à normalidade. Na manhã de ontem o
comandante do 2º Batalhão da PM no Cariri, coronel Arlindo, reuniu alguns
profissionais de imprensa para tentar se justificar. Tirando
sua responsabilidade da reta, assegurou que a determinação partiu do CIOPS, em Fortaleza
“mas houve um mal entendido”. A imprensa faz sua parte ao divulgar as
ocorrências, como também as ações policiais no combate ao crime. Será que estão
querendo seguir a ideia do ex-ministro Rubens Ricupero que dizia “o que é bom a
gente divulga e o que é ruim a gente esconde? Na época foi um escândalo
nacional.
#Roberto Bulhões é jornalistas e do pessoal do blog no Cariri