Primeiro de abril

Hoje é o Dia Internacional da Mentira. A quantidade de políticos que comemoram a data...só quem conhece as peças.

Tá no Claudio Humberto

Chama a Merkel

Fora do programa de descontos do governo, remédio contra glaucoma Neovite com 60 comprimidos, da alemã Bausch+Lomb, custa R$120 nas farmácias. Em supermercado dos EUA, o dobro custa US$15.

Maconha no ar em show pago pelo Governo


Patrocinado pelos Correios, show em festival faz apologia do uso de drogas

Foto
D2, MILITANTE DA MACONHA
Sob o patrocício de empresas como a estatal Correios, o festival Lollapalooza Brasil 2013, em São Paulo, exibiu esta noite, em vários telões gigantescos, um vídeo em que um sujeito fez a defesa do uso de drogas, argumentando inclusive que "não tem nada de mais" alguém portar 80g ou 100g de entorpecentes "para consumo próprio". Tratava-se de Jaime Gil da Costa, o "Away", ex-integrante do grupo de humor Hermes e Renato, conhecido ativista pelo consumo de drogas, e o vídeo fez parte da apresentação da banda. O canal Multishow, um dos promotores do Lollapalooza, que transmitiu tudo ao vivo, mostrou a imagem sorridente do vocalista Marcelo D2, da banda Planet Hemp, conhecida por fazer apologia ao uso de maconha, prestes a iniciar seu show, assistindo a exibição do vídeo. Em declínio, o grupo não se apresentava na capital paulista há dez anos, e iniciou o show desta noite cantando "Legalize Já". O tema da maconha, cujo odor podia ser sentido entre o público, voltou a ser ressaltado durante "Queimando Tudo", com um vídeo da dupla de humoristas norte-americanos Cheech e Chong, que fizeram sucesso nos anos 1970 e 80 com filmes sobre o assunto. Em "Quem Tem Seda?", refer|ência ao papel utilizado para fazer o cigarro de maconha, o público acompanhou acendendo isqueiros e D2 fez uma espécie de oração.

Produtores de TV lavam a égua com pronunciamentos de Dilma


Gastos para produzir discursos de Dilma na TV crescem 37%

O cenário é sempre o mesmo: o Palácio do Alvorada desfocado ao fundo, enquanto a câmera passeia lentamente sobre trilhos e dá movimento à imagem, sem tirar do primeiro plano a mesma personagem, sentada
O formato dos pronunciamentos de Dilma Rousseff na TV pouco mudou, mas os gastos para produzir os anúncios veiculados em rede nacional tiveram uma disparada nos últimos quatro meses.

Desde que foi eleita, Dilma já convocou emissoras de rádio e televisão para a transmissão de 12 pronunciamentos, que custaram aos cofres públicos um total de R$ 855 mil, em valores corrigidos.
O salto no valor pago -já descontando a inflação- foi de 37% entre o primeiro pronunciamento, quando Dilma apresentou o novo slogan do governo, em fevereiro de 2011, e o último, em março, no qual anunciou a desoneração da cesta básica.
Os valores pagos incluem despesas com produção, gravação e edição dos vídeos. Em 2011, os quatro primeiros anúncios tiveram um custo unitário de produção de até R$ 66 mil. Já do final de 2012 até o começo de 2013, os três pronunciamentos feitos superaram os R$ 90 mil cada.

SEM REAJUSTE
A Presidência da República justifica o aumento dizendo que os preços não eram reajustados havia quatro anos. “Em dezembro de 2012 houve uma atualização de valores na produção dos pronunciamentos, uma vez que os preços praticados remontavam ao ano de 2008.”

Se mantiver o preço atual, o governo pode contabilizar em maio, com o tradicional pronunciamento do Dia do Trabalho, gastos de cerca de R$ 1 milhão com os anúncios de Dilma em rede nacional.
O governo federal não paga para veicular os vídeos em rádio e televisão -somente os custos com a produção. Um decreto presidencial de 1979 prevê que as emissoras possam ser convocadas para divulgar gratuitamente assuntos de relevância.
AGÊNCIAS
Três agências de publicidade -Leo Burnett, Propeg e Nova S/B- que venceram licitação e têm contratos com a Presidência da República disputam entre si a confecção de cada pronunciamento.

A Propeg fez 10 dos 12 pronunciamentos de Dilma -muitos deles supervisionados por João Santana, o marqueteiro da campanha petista de 2010. Ele também foi responsável pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006.
Apesar de exigir das agências gastos discriminados e cotação de preços no mercado, o governo não informou à reportagem quanto foi pago, por exemplo, a diretores, cinegrafistas, editores, maquiadores e cabeleireiros.
Tudo está embutido no preço total do pronunciamento, uma vez que as agências de publicidade selecionadas para prestar o serviço têm liberdade de subcontratar profissionais de cada área. “As agências são remuneradas pelos serviços por ela intermediados e supervisionados”, afirma a Presidência. O valor pago pelos pronunciamentos é abatido do contrato total das empresas com o governo federal.
No mercado do marketing político, o custo superior a R$ 90 mil é considerado alto, mesmo utilizando equipamentos de ponta e contratando os melhores profissionais de texto, arte, luz e direção de cena.

Penso eu - SOU PRODUTOR INDEPENDENTE DE AUDIO E VÍDEO. ISSO AÌ DÁ PRA FAZER POR MENOS DA METADE DESSES VALOES APRESENTADOS.

Deu no Josias


Sobre Dilma, cão que corre atrás de carros e lixo


Dizem que o Brasil tem memoria curta. Dilma Rousseff parece apostar que o Brasil não tem mesmo é muita curiosidade. Em 2011, difundiu-se a versão segundo a qual Dilma estava irritada com os malfeitores do seu ministério. Súbito, descobre-se que a irritação da presidente é como cachorro que corre atrás de carros. Persegue seus alvos por algum tempo. Dá a impressão de que vai estraçalhá-los. Mas logo desiste.
Em 2011, Dilma “varreu” da Esplanada Carlos Lupi (PDT) e Alfredo Nascimento (PR). Agora, reconcilia-se com o “lixo”, manda a irritação para a reciclagem e torce para que a plateia não cobre sua incoerência. Afinal, apenas segue a tradicão, adotando a ética de resultados de Max Weber, na tradução de FHC. Que já havia encantado o padrinho Lula.
Após acertar-se com Lupi, que acaba de terceirizar o Ministério do Trabalho ao cupincha Manoel Dias, Dilma tentará recompor-se com Alfredo e sua turma nesta semana. A presidente se dispõe a devolver a pasta dos Transportes ao PR. Discute-se apenas o nome. Dilma quer o ex-senador Cesar Borges (BA). O partido prefere um deputado, Sugere Luciano Castro (PR-RR).
A presidente deve reunir-se também com a galera do PTB, que aproveita a temporada para tentar beliscar uns cargos. De resto, Dilma espera decidir nos próximos dias se entrega ou não a recém-criada pasta das Micro e Pequenas empresas ao PSD de Gilberto Kassab.
Dilma dispõe de pesquisas que atribuem parte de sua popularidade à imagem de cachorro que corre atrás de carros. Se pudesse, morderia os pneus. Mas Lula aconselhou-a a olhar por cima dos partidos e seus líderes. Procedendo assim, ela enxerga o tempo de tevê de cada um: 1min10s do PR, 44s do PDT, 38s do PTB, 1min39s do PS.

O dia nasce em Fortaleza


Tucanagem tenta criar músculos


PSDB tenta mostrar força e união

Em 2006, Aécio Neves era governador de Minas, tinha boa avaliação e trabalhava pela reeleição. Em nome dessa empreitada, destacava sua boa relação com o governo Lula e mantinha em seu palanque partidos que tinham candidato à Presidência, como o PDT.
O PSDB, porém, tinha seu próprio nome para o Planalto: Geraldo Alckmin. Passaram sete anos. Mas, trocando apenas os nomes, a descrição acima continua atual. Onde estiver escrito Aécio, troque por Alckmin. Onde estiver Alckmin, use Aécio. Eis então uma síntese da atual situação do PSDB. Alckmin, hoje, tem boa avaliação em São Paulo e disputará a reeleição.
Por isso, destaca sua relação com a presidente Dilma Rousseff (PT) e namora uma sigla que também pode ter candidato ao Planalto, o PSB, de Eduardo Campos. No PSDB, apenas um nome é cotado para a Presidência em 2014: Aécio. Sete anos atrás, Aécio se reelegeu em Minas beneficiado pelo “voto Lulécio”, como ficou conhecida a tabelinha Lula para presidente, Aécio para governador.
Agora, com Alckmin tentando a reeleição possivelmente de mãos dadas com o PSB, alguém poderá falar em “voto Campimin”: meio Campos, meio Alckmin. No encontro que o PSDB organizou na última semana, em São Paulo, os caciques da sigla se empenharam para demonstrar união em torno da indicação de Aécio para a presidência da sigla. Não fosse pela ausência de José Serra, que posou com Alckmin em 2006 mas faltou à festa de Aécio na semana passada, as imagens poderiam ser confundidas. Nas duas ocasiões, o partido tentava dar provas de união em torno de um candidato à Presidência que, internamente, não era unânime.
2014
Hoje senador, Aécio desponta como única opção do PSDB para a Presidência da República em 2014. Já Alckmin, focado em se reeleger em São Paulo, segue a antiga cartilha do mineiro. Além da relação cordial com Dilma, que disputará a reeleição, Alckmin trabalha para manter o PSB, de Campos, em seu palanque -a sigla é quem, no atual arco de alianças, mais contribui com tempo de campanha na TV.
Tal atributo faz com que o paulista estude entregar a vaga de vice ao partido, o que preocupa aliados de Aécio. Com o PSB na chapa, Alckmin não poderia negar apoio a Campos em São Paulo. O resultado seria a divisão do palanque de Aécio no maior colégio eleitoral do país.

O governador tem dito que é cedo para definir candidato à Presidência, mas defendeu unidade em torno do nome de Aécio no evento da semana passado. No dia seguinte ao ato, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB-SP) disse ao “Painel”, em tom irônico: “Nós temos a obrigação de retribuir a Aécio o apoio que ele deu a Alckmin, em 2006, e a Serra, em 2010”.
Um aliado de Serra, que viajou para os Estados Unidos, fotografou a frase no jornal e lhe enviou por e-mail. A viagem foi a justificativa oficial de Serra para a ausência na festa de Aécio.
Aécio sabe que precisará de mais do que uma foto para garantir a unidade em torno de seu nome. Assim, começou um trabalho para conquistar as bases do PSDB paulista. Elegeu interlocutores, como o secretário estadual de Energia, José Aníbal, influente nos diretórios estadual e municipal, e, de quebra, desafeto de Serra. “O Aécio já mostrou com palavras e atos que quer olhar adiante. É o Brasil, não é o PSDB. [Mário] Covas (ex-governador) dizia que o ponto de partida é a unidade partidária. E ele está trabalhando nisso”, diz Aníbal.