A foto do Orlando


Protesto do 'eu sozinha' no Planalto

Orlando Brito
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MARISA LUTA POR PENSÃO VITALÍCIA PARA OS EX-COMBATENTES
A moça da foto é Marisa Helena da Costa. Há vinte dias instalou-se sob um edredom colocado nas grades de ferro que isolam o Palácio do Planalto do outro lado da rua, a Praça dos Três Poderes. Sua causa: requer o direito à pensão vitalícia dos militares ex-combatentes que foram lutar pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial. Ela é filha de um tenente, já falecido, que fez parte da Força Expedicionária Brasileira na Itália. Se a voz de milhares de brasileiros que vão às ruas bradar contra tudo nem sempre é ouvida, imagine o clamor da solitária órfã. (Orlando Brito)

Orlando Brito é um dos maioes fotojornalistas do globo e...meu amigo.

Senador deu uma pilôra. No Piauí.

Senador passa mal, mas se recupera

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SEN. WELLINGTON DIAS
O senador Wellington Dias (PT-PI) passou mal, nesta sexta-feira (28), durante evento político em Esperantina, e chegou a ser internado no Hospital São Marcos, em Teresina. Após fazer exames, foi medicado e liberado. Sua assessoria informou que ele teve um pico de pressão e abandonou a solenidade de inaugiração deuma agência da Caixa. A informação é do Portal AZ, do Piauí. Os médicos dizem que, aos 51 anos, o senador não "problema mais sério", mas não divulgaram boletim sobre o que provocou omal-estar.

Mais um pra cadeia?


TSE suspende decisão que cassou Puty

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O PETISTA É ACUSADO DE PARTICIPAR DE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO
O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral, deferiu o pedido de liminar contra a cassação do deputado federal Cláudio Puty (PT-PA). O parlamentar teve o mandato cassado no último dia 28 de maio pelo TRE do Pará, a pedido do Ministério Público Federal, que o acusou de envolvimento em um esquema de corrupção na Secretaria de Meio Ambiente do Pará. "A decisão do TRE foi baseada em um inquérito policial de 2010, no qual não fui indiciado pela Polícia Federal e não respondo a qualquer ação penal dele oriundo", explica Puty.

Dinamite pura

- Charge do Paixão, via ‘Gazeta do Povo

Trovoada

Hoje em dia é tão raro algo que preste que até trovão vira notícia boa. Está  trovejando bonito e alto nos cafundós de Fortaleza.

Olhando as manchetes...

...o boi não está dançando direito.

Manchetes deste domingo

- Globo: Governo pode aumentar impostos para compensar novos benefícios
- Folha: Dilma não venceria no 1º turno; Marina e Barbosa sobem
- Estadão: Líderes aliados divergem de ideias de Dilma para reforma
- Correio: Como é viver em um país de inflação alta
- Estado de Minas: Valeu a pena?
- Jornal do Commercio: Duelo para gigantes
- Zero Hora: Grêmio surpreende e demite Luxemburgo
- Veja: Então é no grito?
- Época: Cadê a Estadista?
- IstoÉ: E o poder se mexeu
- IstoÉ Dinheiro: Embraer volta às alturas
- CartaCapital: O Brasil entre a fagulha e a fumaça

Deu na Monica

Consulta de Dilma a FHC deixa PMDB enciumado
  Calou fundo no PMDB a iniciativa de Dilma Rousseff de enviar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para uma conversa com Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente foi consultado com antecedência sobre o plebiscito, o que evidenciou ainda mais o desprezo com que Dilma tratou o peemedebista e vice-presidente da República Michel Temer
Um senador do PMDB pergunta, de forma irônica, quantos parlamentares do Congresso são hoje influenciados por FHC. E também quantos movimentos sociais seguem a liderança dele. (Mônica Bergamo – Folha de S. Paulo)

Os sociólogos sabem das coisas. O povão já sabia e foi pra casa.

'Revolução sem rumo pode dar em nada, o que seria frustrante', afirma sociólogo

As manifestações deste mês serviram para "desmascarar" o PT como o partido das transformações, mas a ausência de direção pode impedir que os protestos tenham um legado duradouro.
A avaliação é do sociólogo Francisco de Oliveira, 80, professor emérito da USP, que se tornou um crítico ácido do PT após romper com o partido, logo no começo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

Fabio Braga/Folhapress
O sociólogo Francisco de Oliveira, 79, faz uma analise dos atuais protestos pelo país e dos movimentos sociais
O sociólogo Francisco de Oliveira, 79, faz uma analise dos atuais protestos pelo país e dos movimentos sociais
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Folha - Qual é a sua avaliação dos protestos?
Francisco de Oliveira - Estou surpreso por duas razões. Em primeiro, o povão em geral demonstrou uma capacidade e uma iniciativa que ninguém acreditava, nem nós. Isso é promissor do ponto de vista brasileiro. A contradição é que os objetivos são muito difusos e, portanto, difíceis de alcançar. Ninguém sabe quem manda.
Nunca houve nada parecido pela amplitude no país. É uma experiência realmente nova na política de massas do Brasil, realmente nova. Todo mundo se pergunta no que isso vai dar. Os otimistas diriam: "Vai dar numa revolução". Mas é difícil. Uma revolução, nos casos conhecidos, sempre teve direção. Essa não parece ter. Então pode dar em nada, o que seria muito frustrante.
O que mais há de inédito?
A gente vai descobrir que tem liderança, mas, para o que está ocorrendo, não faz nenhuma diferença. Está fora completamente das instituições que deviam fazer a mediação da política. Os políticos e os partidos estão completamente fora, o que é um fator muito inédito no Brasil.
O que já se sentia é que os partidos não são mais interlocutores. Se disso pensarmos que está surgindo uma nova forma de interlocução política, é uma percepção otimista.
São as primeiras grandes manifestações das quais o PT não participa desde que foi criado. O que aconteceu?
Uma interpretação provisória e hesitante é que isso faz parte desse ciclo que se abriu de muita euforia. Parecia que estava tudo resolvido no Brasil. O PT e o Lula têm parte nessa história. A gente sabe como é: eles mandaram os bancos estatais soltarem o dinheiro, e veio esse festival de consumo que não está à altura da renda dos brasileiros. Eles criam uma euforia falsa, isso não se aguenta. Euforia de consumo financiada por bancos tem perna curta.
O PT incentivou a euforia. Meses atrás, estava todo mundo feliz no Brasil. Mas essa história de enorme transferência de classe é balela, sociologicamente não se sustenta que houve deslocamento de renda proporcionando euforia de consumo.
É o contrário: os bancos oficiais largaram dinheiro. Todo dia a gerente do Banco do Brasil me liga. Uma senhora chamada Simone liga pra minha casa e pergunta: "Professor, quando o senhor vai efetivar o empréstimo?". Parece exagero, mas é todo dia.
Qual é o objetivo disso tudo? Ninguém sabe. Reformar o sistema político de uma vez só é coisa de Lênin. Esse sonho, a gente viu no que deu. Mas nada a ver com Maio de 68, que visava montar outro poder e foi mais consistente que o movimento brasileiro.
As manifestações estavam represadas pelo governo do PT?
A manifestação desmascarou o PT. Não é mais o partido das transformações. É o partido que, até pouco tempo, tinha deslocado os tucanos da Prefeitura de São Paulo e agora está sendo enxovalhado.
Tomara que seja promissor, de uma nova percepção de como a política atua. Mas, sendo pessimista, a experiência histórica mostra que uma coisa sem objetivo não se mantém por muito tempo.
O PT perdeu o contato com os movimentos sociais?
Isso está perdido. O PT vem se burocratizando, não no sentido pejorativo, mas para alcançar determinados objetivos. Ao organizar, necessariamente se perde o contato com as massas. As massas não podem ser organizadas ao estilo de um partido.
O sucesso do PT foi porque era o partido contra a ordem. No momento em que se torna o partido da ordem, as escolhas mudam. Em todo partido que nasce contra a ordem e chega ao poder, há uma transformação trágica, perde a capacidade de reivindicar.
Marina Silva e Eduardo Campos são opções viáveis?
Nenhum deles traz mudança. Campos é um bom moço e só. Marina, que abalou nas últimas eleições, não abala mais.
Não há país desse tamanho, com enormes desigualdades, em que uma mensagem como a dela tenha algo a dizer. O que tem a dizer a São Paulo, com a pior miséria do Brasil, as desigualdades mais intensas?

Meio arrependimento

Dilma perde apoio e enfrentaria segundo turno em 2014, diz Datafolha

 
DE BRASÍLIA
Após três semanas de manifestações, a taxa de intenção de votos da presidente Dilma Rousseff caiu até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, Dilma é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida presidencial e a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno.


O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora, desceu para 30%. Esse é o mesmo percentual da aprovação de seu governo, apurada no mesmo levantamento e divulgada neste sábado (29) pela Folha.
Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina.
O Datafolha foi à ruas na quinta e na sexta-feira. Entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Leia na edição da Folha deste domingo outros cenários da pesquisa Datafolha, incluindo o antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. (FERNANDO RODRIGUES)

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
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