Agora vamos voar com classe

TAM acaba com 1ª classe e cria 'maître' a bordo; preços não devem mudar

Maria Carolina Abe
A TAM vai acabar com a primeira classe em seus voos para EUA, Europa e México a partir de 1º de novembro. Em contrapartida, a empresa aérea pretende investir em assentos-cama de até 2,13 metros para criar uma classe executiva "premium".
Também vai criar um chefe de comissários para organizar o serviço de bordo, como se fosse um maître num restaurante. Segundo a empresa, as tarifas de passagens não devem mudar, mas ainda avalia o impacto.
A partir desta quarta-feira (30), a companhia deixa de vender passagens de primeira classe para voos com destino a Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália e México. Para os clientes que já compraram, o serviço será oferecido normalmente até 31 de outubro.
Os clientes que viajam de primeira classe estão em busca de mais conforto e qualidade de serviço, segundo pesquisa feita pela TAM, diz o vice-presidente de Marketing da empresa, Jerome Cadier. A proposta é oferecer isso agora na classe executiva, que Cadier chama de "business premium".
"Vamos conseguir oferecer um serviço melhor para entre 36 e 54 pessoas, que estão voando de executiva, em vez de oferecer algo extremamente exclusivo, quase hedonista para três ou quatro que estão na primeira classe."

Dez Boeing 777 serão 'adaptados' em Cingapura; A330 deve sair das rotas

Atualmente, esses voos de longa distância da TAM são feitos com três diferentes aeronaves: Boeing 777, Boeing 767 e Airbus A330.
São dez Boeing 777 que precisarão ser adaptados para o novo formato: tirar a primeira classe e trocar os assentos da executiva pelos assentos-cama que, quando reclinados, chegam a 2,13 metros. O serviço será feito em um centro de manutenção em Cingapura.
O primeiro 777 modificado começa a operar com a nova configuração em 1º de novembro, e a expectativa é que o último esteja pronto em junho do ano que vem.
Com a mudança, o número de passageiros que cabem na classe executiva continuará igual: 56.
Os seis Boeing 767 já operam, desde julho de 2013, apenas com as classes econômica e executiva; na executiva, os assentos têm 1,81 metro.
A empresa decidiu não investir na adaptação do modelo A330, que continuará com assentos atuais na classe executiva. Segundo Cadier, a ideia é substitui-los pelos modelos 777 e 767, e apenas dois devem estar voando em meados de 2015.

Preço das passagens não deve mudar, diz executivo

O preço das passagens não deve ser afetado, segundo o executivo. Ele afirma, no entanto, que a companhia ainda terá que avaliar na prática os efeitos dessa alteração. "Essa é uma informação que a gente vai ter que entender na medida em que o serviço for lançado e que a gente for operando."
A alteração também não deve reduzir os custos da empresa. "O objetivo não era reduzir custo, ou aumentar preço, mas ter um produto melhor com o mesmo avião e tripulação", diz. A empresa não revela valores, apenas indica que a adaptação das aeronaves deve custar "dezenas de milhões de dólares".
Para a classe econômica, nenhuma mudança em vista.

Novo cargo: chefe de serviço a bordo

A empresa decidiu criar uma nova posição entre os comissários para melhorar a qualidade e a velocidade do serviço. Também a partir de 1º de novembro, começa a existir o chefe de serviço de bordo.
A ideia é que esse funcionário fique menos ocupado com o operacional, e possa supervisionar os serviços. "Num restaurante, por exemplo, quando você tenta chamar o garçom e não consegue, a sensação é horrível. Isso acontece porque não tem alguém olhando para o salão", diz Cadier.
"Ele vai passear pela cabine constantemente, garantindo o treinamento das pessoas, a consistência do serviço; é como se alguém estivesse fazendo o sobrevoo do que está acontecendo na cabine sem estar ocupado com o operacional, tanto na executiva quanto na econômica", afirma.

Observações do Brickman

Gente é pra brilhar...

A sacada do lateral Daniel Alves, da Seleção brasileira, de comer a banana que um idiota atirou em campo, teve efeito-cascata instantâneo: despertou a opinião pública para a tragédia do racismo no futebol. É ótimo, mas tardio. No futebol brasileiro, por exemplo, o racismo é antigo e já foi bem mais explícito. O Palmeiras só contratou o primeiro jogador negro, o volante Og Moreira, em 1942, 28 anos após a fundação do clube (o segundo negro, Djalma Santos, viria em 1959, dez anos após a saída de Og Moreira). O time do Santos era conhecido como "Melindrosas", por jogar todo de branco e não aceitar negros no elenco - justo o Santos, que teria Pelé, Coutinho e Edu! O Fluminense, fundado em 1902, contratou em 1914 um mulato, Carlos Alberto - e, para disfarçar, fez com que entrasse em campo coberto com pó-de-arroz. Valeu até que começasse a transpirar; o Flu ganhou o apelido que ostenta até hoje, "pó de arroz". E a Seleção?

...não pra ser insultada

Depois que o Brasil perdeu para o Uruguai em 1950, no Maracanã, surgiu a lenda de que negro não tinha condições emocionais de aguentar a pressão de uma final. À Seleção, "faltava raça". Em 1958, houve vários negros convocados, mas os brancos eram preferidos: De Sordi, grande jogador, pôs Djalma Santos, muito melhor, na reserva; Zózimo perdeu o posto para Orlando (que, aliás, jogou um bolão); o mulato Canhoteiro nem foi cogitado para a ponta-esquerda. Didi era titular, mas seu reserva Moacir também era negro. Pelé era Pelé. Djalma Santos jogou só a final, e foi considerado o melhor lateral do mundo. Pelé e Didi liquidaram o mito. Pelé - o Crioulo, o Negrão, o Craque-Café - era indiscutível.

Morreu ali, nos campos da Suécia, a discriminação no time campeão do mundo.

BRICS quer formam bloco economico mundial


Encontro fortalecerá as relações entre os países
Durante o dia de ontem os embaixadores dos países que compõem o grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estiveram em Fortaleza, reunidos em um seminário que antecede a sexta reunião da cúpula, a se realizar no próximo mês de julho, também na Capital cearense. Na ocasião, os representantes destacaram a importância do grupo, bem como as contribuições, relações comerciais e oportunidades entre os países membros, além das expectativas quanto ao evento que se aproxima. Também foi anunciado que o Banco de Desenvolvimento do Brics deverá ser criado a partir da cúpula de Fortaleza, e terá como país-sede a África do Sul.
O seminário, realizado na Universidade de Fortaleza (Unifor), contou com a presença dos embaixadores José Alfredo Graça Lima, representando o Brasil; Sergey P. Akopov (Rússia); Ashok Tomar (Índia); Li Jinzhang (China); e Mphakama Nyangweni Mbete (África do Sul). A 6ª Cúpula do Brics, presidida pelo Brasil, vem se tornar um evento tradicional de grande importância, do ponto de vista da formação desse grupo, do fortalecimento geopolítico e da cooperação prática entre seus membros, em diversos anos. De acordo com o embaixador russo Sergey Akopov, o encontro terá, ao mesmo tempo, um impacto maior do que nunca, na política internacional.
O representante da Índia ressaltou a importância do Brics, “pois surgiu como um valioso fórum para consulta, cooperação em questões globais, que ajudam a promover a confiança e compreensão mútuas, e também tem facilitado a evolução de posições convergentes do Brics a muitas questões, como as reformas de instituições de liderança global, com apoio a uma ordem mundial democrática, em particular, a OMC”, ponderou, por sua vez, o embaixador Ashok Tomar. Ele acrescenta que o Brics é um grupo único, “com desafios, oportunidades e responsabilidades comuns, em meio a divergências”.
Conforme destacou Tomar, a importância do Brics está em trabalhar, em conjunto, para reformas globais de governança política e econômica. “O grupo é sério, competente e responsável, com cinco economias dinâmicas, e o vemos como novo polo de crescimento”, ressaltou. Disse que a cúpula dará a oportunidade de consultas, entre eles, e coordenar posicionamentos de diferentes questões. “Ela sublinha as aptidões, solidariedade, cooperação dos países do Brics, além da ajuda de uns aos outros, o que também contribui para suplantar os desafios globais e regionais”, acrescentou.
INTERESSES
Em todos os países em que o Brics se manifesta, em favor da consolidação do papel central da ONU e do conselho de segurança no sistema internacional, são fiéis ao princípios do direito internacional. Um dos interesses estratégicos, segundo Sergey Akopov, “é que o Brics - uma aliança dos reformadores do sistema financeiro e monetário internacional, focada em nossas economias e nos países que ocupam lugar nesse sistema -, tenha um papel acrescido de nossas economias no mundo”.
Outro interesse estratégico é o máximo aproveitamento do caráter complementar das cinco economias, para acelerar o crescimento econômico. “Os nossos mercados, em conjunto, representam três bilhões de consumidores, e é possível aproveitar esse fator, ao máximo, acentua Sergey Akopov. Outro destaque estratégico é a modernização, “um desafio que todos os nossos países enfrentam, tanto da esfera econômica, como social”, apontou o embaixador russo. “Temos certeza de que a massa crítica de nossos interesses comuns contribuirá para um trabalho bem sucedido da próxima cúpula”, destacou.

Cultura(?) do Estado não sabe quem é Ary. O interior sabe.


Viçosa do Ceará e Sobral recebem o espetáculo Ary Sherlock in Concert
O ator Ary Sherlock já tem marcado seu lugar na história das Artes Cênicas do Brasil. Um dos pioneiros da televisão brasileira, respectivamente na televisão cearense, na então TV Ceará, dos Diários Associados, Ary Sherlock atravessou fronteiras com sua arte de representar. Seu nome é referência no teatro, na televisão e no cinema, como mais recentemente no fenômeno brasileiro, Cine Holliúdi, de Halder Gomes.
Assim, comemorando 60 anos de carreira, Ary Sherlock, se cerca de música e poesia no espetáculo Ary Sherlock In Concert – Coisas, Palavras e Canções, que será apresentado no próximo dia 04 de maio, às 19h30min, no Teatro D. Pedro II em Viçosa do Ceará e no dia 05 de maio, às 19h30min, no Teatro São João, em Sobral, sua terra natal. Todos os espetáculos tem o patrocínio do Governo do Estado do Ceará e são gratuitos.

Em Ary Sherlock In Concert - “Coisas, Palavras e Canções”, o ator faz o espectador viajar através de poemas de sua autoria, percorrendo lugares e sentimentos cotidianos repletos de fatos e coisas: coisas do sertão, coisas da cidade, coisas do cangaço, coisas de Francisco (São Francisco), coisas do verso e reverso, coisas do riso, coisas da lembrança, e muitas outras coisas e coisas e coisas. O espetáculo leva ao público, por intermédio da palavra, da música e do gestual, a noção do espetáculo teatral nas áreas do entretenimento e da cultura. Mostrando fatos e personagens que possam definir a Arte do Nordeste, dentro da musicalidade e expressionismo da palavra falada e cantada.
Ary Sherlock In Concert “Coisas, Palavras e Canções” é realizado pela Trupe do Riso e N’Ativa. Tem apoio da Prefeitura Municipal de Sobral e da Prefeitura Municipal de Viçosa, através da Secretaria de Cultura.
Serviço
Ary Sherlock In Concert - "Coisas, Palavras e Canções"

Viçosa do Ceará
Dia 04 de maio - 19h30min
Teatro D. Pedro II

Sobral
Dia 05 de maio – 19h30min
Teatro São João
Gratuito.

DA REDAÇÃO DO ESTADO ONLINE
online@oestadoce.com.br
Fonte: Assessoria de imprensa
(AG)

Manchetes desta quarta feira

- Folha de São Paulo:  “Sei da lealdade dele a mim” diz Dilma sobre “Volta, Lula”
- O Globo:  Sob pressão, Renan marca para terça início da CPI
- Correio Braziliense: Cela de Dirceu tem chuveiro quente, TV e micro-ondas
- Zero Hora: Petrobras – Renan marca CPI exclusiva e põe em debate CPI mista
- Brasil Econômico: CPI da Petrobras já atinge popularidade de Dilma Rousseff

Nem precisava,mas Dilma...


Cid tem carta branca para montar palanque
O governador Cid Gomes (Pros) almoçou com a presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília, na última segunda-feira (27) acompanhado do secretário de Saúde, Ciro Gomes, e dos ministros Aloísio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Articulação Política). No cardápio, filet, paella e a análise da situação política no Brasil e no Ceará.
Na ocasião, Dilma reafirmou a Cid que a condução do processo eleitoral no Ceará caberá ao próprio governador. A presidente deixou claro que não vai interferir nas articulações e que não pretende manifestar ou pedir apoio a outras lideranças que pertencem a sua base de sustentação. Dilma ainda ressaltou que Cid deve conduzir o processo no “tempo dele”. Antes de encerrar o encontro, a presidente mandou buscar um bolo com cinco velinhas e puxou o “parabéns pra você”. Cid Gomes completou 51 anos no sábado (26).
Ontem, lideranças ligadas ao senador Eunício Oliveira (PMDB) e à ex-prefeita Luizianne Lins (PT) confidenciaram aos jornalistas uma outra versão dos fatos, segundo a qual, Dilma teria pedido a Cid que apoiasse a candidatura de Eunício ao governo do Ceará.
Nos bastidores, a informação que circulou foi de que Dilma teria intercedido por Eunício e o pedido teria surpreendido a Cid. As conversas ainda ganharam força quando o governador deixou de participar do seminário preparatório do BRICs, na Universidade de Fortaleza. O Ceará vai sediar o evento no próximo mês de julho.
Faltam 60 dias para o final do prazo de homologação das candidaturas e, até lá, ainda há tempo para muitas articulações.

Primeira página do Jornal O Estado(CE)