Imprensa


Morre vítima de notícia irresponsável no ‘caso Escola Base’

Icushiro Shimada
Shimada (ao centro), entre o filho e sua mulher, que após grande sofrimento morreria de câncer

Manchetes mentirosas marcaram o caso Escola Base
O educador Icushiro Shimada morreu em São Paulo, de infarto no miocárdio, mas o fato foi quase completamente ignorado pela imprensa brasileira, principalmente a paulista, certamente porque aos jornalistas provoca grande constrangimento lembrar o episódio ocorrido há vinte anos, conhecido como o “caso Escola Base”. Como é habitual, os jornalistas acreditaram na versão de um delegado de polícia e noticiaram, com estardalhaço, denúncias infundadas de pedofilia na escola.
Tudo começou em 28 de março de 1994, quando o Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou reportagem acusando Icushiro, dono da Escola Base, sua mulher e mais um casal de sócios da escola, além dos pais de um  dos alunos, de abusar sexualmente de crianças no horário de aula.
escola-base
O muro da Escola Base foi pichado com insultos
Somente um mês depois verificou-se que tudo não passava de mentira, mas já era tarde. O massacre midiático havia destruído a vida dos acusados e principalmente seu trabalho, sua escola. Mas a imprensa somente divulgou o erro por imposição de ordem judicial, ainda assim de forma discreta, limitada, sem destaque. Shimada estava viúvo. Sua mulher morreu de câncer, meses após o escândalo.
Apenas em fevereiro deste ano, o SBT foi condenado a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais a Shimada e aos outros antigos sócios da Escola Base, que ficava no bairro da Aclimação, em São Paulo. A escola sofreu saques, depredações e os envolvidos receberam ameaças de morte. As denúncias destruíram reputações e ajudaram a fechar a fonte de subsistência dos donos e funcionários da Escola Base.
Diário do Poder

Tá no josias



Festa da Força Sindical vira vitrine oposicionista

Pressionando aqui, você chega a uma notícia que traz mais detalhes. Lerá que o deputado Paulinho da Força Sindical (SDD-SP) declarou que Dilma Rousseff deveria ir para o presídio da Papuda. Tomado pela folha corrida, Paulinho não merece atenção quando fala em cadeia. Merece interrogatório. Políticos como ele, feitos de vidro, quando falam em corrupção estão apenas cuspindo no prato em que, momentaneamente, não conseguem comer. Aliás, Paulinho integrava o bloco pró-Dilma até anteontem. Era filiado ao PDT, que controla os pratos do Ministério do Trabalho.

Primeiro de Maio


Fortaleza é marcada por passeata e comemorações
O dia 10 de maio, Dia do Trabalho, em Fortaleza, foi marcado por manifestações e comemorações. Um ato público organizado por cerca de  11 entidades sindicais, realizaram, na manhã de ontem, uma passeata que teve início no Campus da Itapery, na Universidade Estadual do Ceará (Uece), finalizando no Terminal da Parangaba. Para comemorar, na Praça do Ferreira, uma série de serviços foi ofertada aos trabalhadores.
A passeata organizada pelas centrais sindicais, chegou a reunir cerca de 150 pessoas. As principais pautas reivindicadas, diz respeito aos aumentos salariais para repor as perdas da inflação; fim do fator previdenciário; não as remoções e a especulação imobiliária e maior investimento nas áreas da Educação, Saúde, Transporte, Moradia e Reforma Agrária.
Aconcentração iniciou por volta das 8h. Às 10h, os trabalhadores fecharam a Avenida Dedé Brasil e seguiram em direção ao Terminal. O trânsito no sentido leste-oeste da via ficou lento, gerando engarrafamento. Além das entidades, um grupo de manifestantes do movimento Black Bloc também participou do movimento. Dirigentes sindicalistas entraram em confronto verbal com os manifestantes mascarados, que por alguns momentos, chegaram a tomar à frente do ato. Insultos à imprensa, ao atual modelo de política brasileira e aos governos foram proferidos pelo pequeno grupo.
Ao chegar à frente do terminal, às 10h30min, os movimentos se uniram e bloquearam a entrada do equipamento. Por meia hora, os ônibus ficaram impedidos de entrar e sair do terminal. Cerca de 40 homens da Guarda Municipal faziam a segurança. Em virtude do ato pacífico, os sindicalistas impediram os black blocs de entrarem no terminal, gerando mais desentendimento entre os manifestantes. O ato encerrou às 11h, com a liberação da frente principal do terminal.
CONSTRUÇÃO CIVIL
“Esse dia não é para comemorar, mas de lembrar os trabalhadores que foram assassinados em praça pública, em Chicago, em 1986”, afirma o diretor do Sindicato da Construção Civil de Fortaleza, ressaltando que, devido à importância da data, é um dia também para reivindicar melhorias no trabalho. Entre as reivindicações principais, os acidentes recorrentes nos canteiros de obra. De acordo com ele, só este ano, cinco pessoas morreram em Fortaleza. “Quatro foram de queda e um de choque elétrico”, frisou, chamando a atenção dos patrões sobre o descaso de investimentos em equipamentos de proteção.
SINTRO
Já o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará  (Sintro), Francisco Sérgio Barbosa Medeiros, também avalia que os trabalhadores não têm o que comemorar. “Nós não temos salários dignos, transporte de qualidade, saúde e nem educação. O propósito desse ato é protestar sobre todas essas coisas que o governo federal deixa de dar para os trabalhadores e que prefere gastar com a Copa do Mundo”, reverberou.
Jane Maysan, pertencente ao Movimento Mulher em Luta, chamou a atenção para a exploração que as mulheres sofrem no cotidiano. “Só aumenta o índice de estupro contra a mulher, a exploração nos canteiros de obra e nas fábricas. Por que há essa contradição e dissiparidade com relação aos homens”, questiona.
Para Francisca Edilane Freire, 36, funcionária pública, que acompanhou o ato, ponderou que o Dia do Trabalhador é para comemorar os direitos conquistados, como também reivindicar melhores condições de vida para todos. “Temos muitas coisas a cobrar dos governos, como realização de concursos públicos, melhores condições de trabalho na saúde e educação”, pontuou.
COMEMORAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Ainda na manhã de ontem, uma série de serviços foi ofertada aos trabalhadores, na Praça do Ferreira, para comemorar o Dia do Trabalhador.
Ao som do típico forró pé de serra, a classe trabalhista aproveitou a folga para usufruir da oportunidade para emitir documentos de identidade e Carteira de Trabalho; inscrever-se para vagas de emprego e cursos profissionalizantes; conferir pressão arterial e glicemia; além de outros cuidados com a saúde e beleza, como massagem corporal e corte de cabelo. Também estava disponível, balcões de informações sobre iniciação e elaboração de currículo profissional e seguro desemprego.
A ação foi uma iniciativa conjunta do Governo Federal, Estadual e Municipal, e das entidades do Sistema S (Sesi, Sest, Senac, Senat e Senai) para homenagear o trabalhador cearense. “São as três esferas de governo se unindo para prestar homenagem, serviços e lazer aos nossos trabalhadores. [...] É um conjunto de atividades permeadas, também, com algumas atrações artísticas e culturais que é para dar esse molho e a gente poder fazer uma bela manhã em comemoração ao Dia do Trabalhador”, disse o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social de Combate à Fome de Fortaleza (Setra), Cláudio Ricardo Gomes.
A doméstica Daniele Delfino, ao saber da oferta de serviços, aproveitou a oportunidade para tirar o documento de identidade de seu filho. “Essa é uma oportunidade única para nós que passamos o dia todo trabalhando e não temos tempo para tirar documentos, no caso a identidade do meu filho”. Muito empolgada, disse ainda, que também iria entrar na fila do corte de cabelo, “depois que resolver aqui [documento de identidade], vou ali cortar meu cabelo, aproveitar que isso é pra gente e mudar o cabelo”.
O secretário Cláudio Ricardo destacou que as atividades em alusão ao Dia do Trabalhador seguem até próximo dia 8. De acordo com ele, hoje as unidades do Sine Municipal oferecerão um café da manhã para a população que for à procura de emprego e nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), serão dada orientações sobre a legislação trabalhista e formalização de microempreendedores. 
 

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Primeira página do jornal O Estado(CE)