Opinião


Mauro Santayana

1 de jan de 2015

FELIZ ANO NOVO ! O BRASIL NÃO É FEITO SÓ DE LADRÕES.
 Inaugura-se, nesta quinta-feira, novo ano do Calendário Gregoriano, o de número 2015 após o nascimento de Jesus Cristo, 515, depois do Descobrimento, 193, da Independência, e 125, da Proclamação da República.

Tais referências cronológicas ajudam a lembrar que nem o mundo, nem o Brasil, foram feitos em um dia, e que estamos aqui como parte de longo processo histórico que flui em velocidade e forma muitíssimo diferentes daquelas que podem ser apreendidas e entendidas, no plano individual, pela maioria dos cidadãos brasileiros.

Ao longo de todo esse tempo, e mesmo antes do nascimento de Cristo, já existíamos, lutávamos, travávamos batalhas, construíamos barcos e pirâmides, cidades e templos, nações e impérios, observávamos as estrelas, o cair da chuva, o movimento do Sol e da Lua sobre nossas cabeças, e o crescimento das plantas e dos animais.

Em que ponto estamos de nossa História ?

Nesta passagem de ano, somos 200 milhões de brasileiros, que, em sua imensa maioria, trabalham, estudam, plantam, criam, empreendem, realizam, todos os dias.

Nos últimos anos, voltamos a construir navios, hidrelétricas, refinarias, aeroportos, ferrovias, portos, rodovias, hidrovias, e a fazer coisas que nunca fizemos antes, como submarinos - até mesmo atômicos - ou trens de levitação magnética.

Desde 2002, a safra agrícola duplicou - vai bater novo recorde este ano - e a produção de automóveis, triplicou.

Há 12 anos, com 500 bilhões de dólares de PIB, devíamos 40 bilhões de dólares ao FMI, tínhamos uma dívida líquida de mais de 50%, e éramos a décima-quarta economia do mundo.

Hoje, com 2 trilhões e 300 bilhões de dólares de PIB, e 370 bilhões de dólares em reservas monetárias, somos a sétima maior economia do mundo. Com menos de 6% de desemprego, temos uma dívida líquida de 33%, e um salário mínimo, em dólares, mais de três vezes superior ao que tínhamos naquele momento.

De onde vieram essas conquistas?

Do suor, da persistência, do talento e da criatividade de milhões de brasileiros. E, sobretudo, da confiança que temos em nós mesmos, no nosso trabalho e determinação, e no nosso país.

Não podemos nos iludir.

Não estamos sozinhos neste mundo. Competimos com outras grandes nações, que conosco dividem as 10 primeiras posições da economia mundial, por recursos, mercados, influência política e econômica, em escala global.

Não são poucos os países e lideranças externas, que torcem para que nossa nação sucumba, esmoreça, perca o rumo e a confiança, e se entregue, totalmente, a países e regiões do mundo que sempre nos exploraram no passado - e ainda continuam a fazê-lo - e que adorariam ver diminuída a projeção do Brasil sobre áreas em que temos forte influência geopolítica, como a África e a América Latina.

Nosso espaço neste planeta, nosso lugar na História, foi conquistado com suor e sangue, por antepassados conhecidos e anônimos, entre outras muitas batalhas, nas lutas coloniais contra portugueses, holandeses, espanhóis e franceses; na Inconfidência Mineira, e nas revoltas que a precederam como a dos Beckman e a de Filipe dos Santos; nas Conjurações Baiana e Carioca, na Revolução Pernambucana; na Revolta dos Malês e no Quilombo de Palmares; na Guerra de Independência até a expulsão das tropas lusitanas; nas Entradas e Bandeiras, com a Conquista do Oeste, da qual tomaram parte também Rondon, Getúlio e Juscelino Kubitscheck; na luta pela Liberdade e a Democracia nos campos de batalha da Europa, na Segunda Guerra Mundial.

As passagens de um ano para outro, deveriam servir para isso: refletir sobre o que somos, e reverenciar patriotas do passado e do presente.

Brasileiros como os que estão trabalhando, neste momento, na selva amazônica, construindo algumas das maiores hidrelétricas do mundo, como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio; como os que vão passar o réveillon em clareiras no meio da floresta, longe de suas famílias, instalando torres de linhas de alta tensão de transmissão de eletricidade de centenas de quilômetros de extensão; ou os que estão trabalhando, a dezenas de metros de altura, em nossas praias e montanhas, montando ou dando manutenção em geradores eólicos; ou os que estão construindo gigantescas plataformas de petróleo com capacidade de exploração de 120.000 barris por dia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, como as 9 que foram instaladas este ano; ou os que estão construindo novas refinarias e complexos petroquímicos, como a RENEST e o COMPERJ, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; ou os que estão trabalhando na ampliação e reforma de portos, como os de Fortaleza, Natal, Salvador, Santos, Recife, ou no término da construção do Superporto do Açu, no Rio de Janeiro; ou os técnicos, oficiais e engenheiros da iniciativa privada e da Marinha que trabalham em estaleiros, siderúrgicas e fundições, para construir nossos novos submarinos convencionais e atômicos, em Itaguaí; os técnicos da AEB - Agência Espacial Brasileira, e do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que acabam de lançar, com colegas chineses, o satélite CBERS-4, com 50% de conteúdo totalmente nacional; os que trabalham nas bases de lançamento espacial de Alcântara e Barreira do Inferno; os oficiais e técnicos da Aeronáutica e da Embraer, que se empenham para que o primeiro teste de voo do cargueiro militar KC-390, o maior avião já construído no Brasil, se dê com sucesso e dentro dos prazos, até o início de 2015; os operários da linha de montagem dos novos blindados do Exército, da família Guarani, em Sete Lagoas, Minas Gerais, e os engenheiros do exército que os desenvolveram; os que trabalham na linha de montagem dos novos helicópteros das Forças Armadas, na Helibras, e os oficiais, técnicos e operários da IMBEL, que estão montando nossos novos fuzis de assalto, da família IA-2, em Itajubá; os que produzem novos cultivares de cana, feijão, soja e outros alimentos, nos diferentes laboratórios da EMBRAPA; os que estão produzindo navios com o comprimento de mais de dois campos de futebol, e a altura da Torre de Pisa, como o João Candido, o Dragão do Mar, o Celso Furtado, o Henrique Dias, o Quilombo de Palmares, o José Alencar, em Pernambuco e no Rio de Janeiro; os que estão construindo navios-patrulha para a Marinha do Brasil e para marinhas estrangeiras como a da Namíbia, no Ceará; os engenheiros que desenvolvem mísseis de cruzeiro e o Sistema Astros 2020 na AVIBRAS; os que estão na Suécia, trabalhando, junto à Força Aérea daquele país e da SAAB, no desenvolvimento do futuro caça supersônico da FAB, o Gripen NG BR, e na África do Sul, nas instalações da DENEL, e também no Brasil, na Avibras, na Mectron, e na Opto Eletrônica, no projeto do míssil ar-ar A-Darter, que irá equipá-los; os nossos soldados, marinheiros e aviadores, que estão na selva, na caatinga, no mar territorial, ou voando sobre nossas fronteiras, cumprindo o seu papel de defender o país, que precisam dessas novas armas; os pesquisadores brasileiros das nossas universidades, institutos tecnológicos e empresas privadas, como os que trabalham ITA e no IME, no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, ou no projeto de construção e instalação do nosso novo Acelerador Nacional de Partículas, no Projeto Sirius, em São Paulo; os técnicos e engenheiros da COPPE, que trabalham com a construção do ônibus brasileiro a hidrogênio, com tubinas projetadas para aproveitar as ondas do mar na geração de energia, com a construção da primeira linha nacional de trem a levitação magnética, com o MAGLEV COBRA; nossos estudantes e professores da área de robótica, do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, várias vezes campeões da Robogames, nos Estados Unidos.

Neste momento, é preciso homenagear esses milhões de compatriotas, afirmando, mostrando e lembrando - e eles sabem e sentem profundamente isso - que o Brasil é muito, mas muito, muitíssimo maior que a corrupção.

É esse sentimento, que eles têm e dividem entre si e suas famílias, que faz com que saíam para trabalhar, com garra e determinação, todos os dias, cheios de orgulho pelo que fazem, e pelo nosso país.

E é por causa dessa certeza, que esses brasileiros estão se unindo e vão se mobilizar, ainda mais, em 2015, para proteger e defender as obras, os projetos e programas em que estão trabalhando, lutando, no Congresso, na Justiça, e junto à opinião pública, para que eles não sejam descontinuados, destruídos, interrompidos, colocando em risco seus empregos, sua carreira, e a sobrevivência de suas famílias.

Eles não têm tempo para ficar teclando na internet, mas sabem que não são bandidos, que não cometeram nenhum crime e que não merecem ser punidos, direta ou indiretamente, por atos dos quais não participaram, assim como a Nação não pode ser punida pelos mesmos motivos.

Eles têm a mais absoluta certeza de que a verdadeira face do Brasil pode ser vista nesses projetos e empresas - e no trabalho de cada um deles - e não na corrupção, que se perpetua há anos, praticada por uma ínfima e sedenta minoria. E intuem que, às vezes, na História, a Pátria consegue estabelecer seus próprios objetivos, e estes conseguem se sobrepor aos interesses de grupos e segmentos daquele momento, estejam estes na oposição ou no governo.

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

APEOC-Na falta do que fazer, aparecer


No CE, sindicato cobra compromisso de Cid
A expectativa do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e dos Municípios do Ceará (Apeoc) é de que o novo ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), ex-governador do Ceará, tenha “compromisso” com a valorização dos profissionais de educação.  Entre as primeiras ações como ministro, Cid assegurou, ontem, durante entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, que nesta quarta-feira (7), será divulgado o valor do novo piso salarial dos professores, hoje em R$ 1.697.
“Que ele tenha coragem e responsabilidade”, disse o presidente Apeoc, Anízio Melo. “A nossa entidade não faz juízo de valor de nenhuma indicação para gestão tanto federal, estadual ou municipal. Nós teremos o mesmo tratamento de cobrança, independente do perfil, do partido de quem vai compor qualquer governo”, frisou.
Cid tomou posse da Pasta no dia 1º de janeiro e substituiu o ex-ministro José Henrique Paim no comando do Ministério da Educação. O ex-chefe do Executivo cearense  reverberou ainda quanto ao aumento do piso salarial dos professores, a necessidade de a sociedade e o Ministério Público de cobrarem “judicialmente”, para que todos os entes públicos cubram o valor que será determinado.

AVANÇOS
Para o presidente da Apeoc, há o entendimento de que algumas “lutas” avançaram com relação às possibilidades de financiamento, como o investimento de 10% do Produto Interno Bruto [PIB] em educação nos próximos 10 anos, bem como a garantia da Lei 12.858, em que 75% dos royalties serão destinados para área. “E esse volume de recursos conquistados serão cobrados do novo ministro, que ele possa vincular esses financiamentos para  a valorização de todos os profissionais na educação e depositados no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb”, ressaltou o presidente do sindicato.
De acordo ainda com Anízio Melo, é importante o anúncio do novo valor do piso mínimo que, segundo os estudos, apontam que dever chegar entre 12% a 14%, porém, se entende a necessidade de garantir mais recursos para que tanto as prefeituras como os governos estaduais possam ter a possibilidade de aplicarem um financiamento maior na carreia de todos os profissionais da educação.
ORIENTAÇÃO DE DILMA
Apontando ainda ser orientação da presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro citou compromissos assumidos pela pasta, entre os quais, ampliar a oferta de creches, ampliar a oferta de ensino em tempo integral, valorizar o professor, e fazer a revisão do currículo do ensino médio.
“O ensino médio é, sem dúvida, o setor da educação que tem os piores resultados e ainda tem um desafio de acesso. É fundamental que a gente coloque sempre que o papel do governo federal é um papel normativo, é um papel regulativo, é um papel de estímulo, é um papel de ajudar no financiamento, mas o ensino médio é feito pelos Estados e o ensino fundamental e infantil é prestado, na sua maioria, pelos municípios”, disse Gomes.
O ex-governador do Ceará também destacou que pretende avaliar os professores, mas que qualquer ação deverá ser feita por opção própria. “Qualquer ação que tenha por objetivo avaliar professores, ela deverá ser feita por opção do professor, e aí deve-se imaginar alternativas, estímulos que levem os professores a fazerem esse tipo de avaliação. Uma delas pode ser essa já colocada pelo ex-ministro Haddad. Você, tendo um professor passado por uma avaliação nacional, ele já fica com, vamos dizer assim, um Enem, um passaporte para o ingresso no magistério de um município ou de um Estado”, afirmou Gomes durante entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo.
Durante a entrevista, o ministro também ressaltou que o governo vai continuar a investir no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e que a meta é capacitar 12 milhões de brasileiros até o término do segundo mandato da petista. (com informações das Agências)

O mundo paralelo de Lavor


Secretário defende reformulação do SUS
O médico Carlile Lavor foi empossado, no final da tarde de ontem, como o novo secretário da Saúde do Estado. A solenidade aconteceu no pátio interno da Secretaria da Saúde  do Estado do Ceará (Sesa), localizado na Praia de Iracema, em Fortaleza.
Em seu discurso de posse, falou que reconhece as dificuldades do setor, mas que tem força e garra para enfrentar os desafios.  “Os problemas existem. Vamos precisar da ajuda de todos. Vamos começar os trabalhos imediatamente buscando a melhoria da saúde dos cearenses. Estou confiante”, disse.
Lavor afirmou que irá reescrever o Sistema Único de Saúde (SUS). “Hoje, vivemos 20 anos do sistema. Agora, é possível reescrever com os pés no chão para que facilite a vida das pessoas. Contando com os recursos que temos. A dificuldade é grande. Ano passado, R$ 200 milhões em medicamentos foram receitados pelo Poder Judiciário. E isso precisa ser explicado sobre o direito do cidadão. Hoje, cada município conta com um sistema de saúde. Precisamos refazer essa história”, destacou.
Segundo o secretário, só a construção de hospitais não irá resolver o problema da saúde pública. Ele sinalizou que há uma necessidade de um trabalho de prevenção de acidentes entre a sociedade. “É melhor construir mais hospitais ou é melhor trabalhar na prevenção de acidentes? O que seria mais rentável e daria melhor resultado, mais UTIs ou uma maior vigilância na segurança? O Instituto Dr. José Frota (IJF) está cheio de acidentados que bebem e, depois, vão dirigir suas motos. Se a gente não ajudar na prevenção, os hospitais não vão dar conta”, apontou o médico.

DESAFIOS
Dentre os desafios a serem enfrentados, Lavor pontuou, entre os principais, a definição do papel do Município e do Estado na saúde. “Está muito misturado. Isso vou fazer neste primeiro momento. Vamos definir qual é o papel de cada um. A ideia é que os municípios façam a saúde básica, mas eles também fazem a especializada. Aí, fica difícil. Também vamos chamar os profissionais para trabalhar. Tem alguns muito bons no mercado. Quero atrair todos e reunir para o trabalho”.
 Outra dificuldade apontada por Lavor como as mais emergentes está a dificuldade nas finanças e os reflexos que se pode ter no sistema de saúde. “Este é um problema grave. No entanto, é certo que, neste ano vamos ter menos recursos. Temos que pensar na saúde como um todo, e temos que trabalhar todos juntos. Temos que juntar e definir com clareza as prioridades e o que vai dar mais resultado para os investimentos”, contou.

HGF
A chuva no último sábado alagou uma ala do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Lavor disse que foi ao local e constatou o problema pessoalmente. “Tivemos um prejuízo. Fui junto com o governador e vimos o sofrimento das pessoas. Aquele é um quadro dantesco. As pessoas apavoradas e a dificuldade dos profissionais de atender muita gente acima da capacidade deles. Eu vi o zelo dos profissionais em proteger os equipamentos e os pacientes, mas é um caso que não deve ocorrer”, argumentou, acrescentando que também irá trabalhar para evitar as filas de espera por atendimentos. “Este é um problema triste. Não vou esquecer esse tema. Vamos trabalhar contando com a colaboração de todos”, falou.

CIRO GOMES
O ex-secretário Ciro Gomes agradeceu a oportunidade do trabalho, desejando boa sorte ao novo gestor. “É um privilégio entregar este cargo tão difícil a uma pessoa de alta qualidade intelectual e moral que é o Carlile. A saúde segue sendo uma dos pontos mais difíceis de trabalhar, mas encaramos”. Ele falou dos avanços da saúde no Estado destacando o investimento em equipamentos. “Só de mamografias, saímos de ridículos 6 mil por ano para 200 mil; e isso ainda precisando chamar a atenção das mulheres, porque hoje nós temos máquinas ociosas porque as mulheres não estão comparecendo para fazer o exame; e isso é sério; pois o exame detecta a doença; que pode ser curada se ainda estiver no início”, acrescentou.

Vereadores vão fazer hora extra. E de graça.


Salmito Filho convoca sessão extraordinária para votar reforma administrativa
O presidente recém-empossado da Câmara Municipal de Fortaleza, Salmito Filho (Pros), já inicia o ano convocando os vereadores para uma sessão extraordinária com o objetivo de votar uma reforma administrativa. Como O Estado já havia adiantado no final de dezembro, hoje, os parlamentares da Casa devem comparecer ao plenário para avaliar e votar as propostas elaboradas por Salmito. Segundo alguns vereadores ouvidos por O Estado, uma das prioridades do presidente da Casa é extinguir algumas comissões que são consideradas improdutivas.
“Pelo que o presidente nos passou, a sessão extraordinária é para fazer algumas mudanças administrativas, como extinguir algumas comissões, fazendo algumas adequações”, informou o vereador Adelmo Martins (Pros), que é o 3° vice-presidente da casa legislativa.
Salmito, que foi presidente da Câmara no biênio de 2009/2010, encontra, nesta nova gestão uma câmara debilitada, que, em 2014, teve, pela primeira vez em sua história, um parlamentar preso, que foi o caso do vereador Antônio Farias de Sousa (PTC) – conhecido como “A Onde É” -, e ainda tem vereadores da Casa sendo investigados pelo Ministério Público por desviarem a Verba de Desempenho Parlamentar.
O Estado apurou que, além das mudanças nas comissões, a Câmara deve votar ainda projetos que dão mais transparência e rigor ao uso da VDP e da verba para contratação de assessores. A ideia de Salmito é adequar a contratação de assessores, com limites mínimos e máximos de contratação.
Adelmo acredita que o projeto de Salmito seja aceito pela maioria dos parlamentares, podendo haver apenas algumas modificações. “O Salmito informou pra gente que, em uma sessão, tudo será resolvido, então acredito que não seja muita coisa. Devem ser feitas apenas algumas readequações e, pelo que vejo, não serão criados cargos”, disse.
Segundo Salmito, o seu projeto prevê que, das onze comissões existentes na Câmara, sete serão extintas. O presidente ainda informou que serão extintos 20 cargos e ainda será criada uma comissão de transparência, no entanto, sem criar nenhum cargo.

Capa do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog



Dilma entrega governo a Cid Gomes
Lá pras tantas do discurso de posse Dilma deu a pista de porque chamou Cid Gomes para o Ministério da Educação. E Cid sabia disso quando aceitou o convite e dentro do convite o desafio. Leia: “Senhoras e Senhores, Gostaria de anunciar agora o novo lema do meu governo. Ele é simples, é direto e é mobilizador. Reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas do governo. Nosso lema será: BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA! Trata-se de lema com duplo significado. Ao bradarmos "BRASIL, PÁTRIA EDUCADORA" estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e um sentimento republicano. Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero. Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis – da creche à pós-graduação; Significa também levar a todos os segmentos da população – dos mais marginalizados, aos negros, às mulheres e  a todos os brasileiros a educação de qualidade. Ao longo deste novo mandato, a educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal. Assim, à nossa determinação política se somarão mais recursos e mais investimentos.
Vamos continuar expandindo o acesso às creches e pré-escolas garantindo para todos, o cumprimento da meta de universalizar, até 2016, o acesso de todas as crianças de 4 e 5 anos à pré-escola. Daremos sequência à implantação da alfabetização na idade certa e da educação em tempo integral. Condição para que a nossa ênfase no ensino médio seja efetiva porque através dela buscaremos, em parceria com os estados, efetivar mudanças curriculares e aprimorar a formação dos professores. Sabemos que essa é uma área frágil no nosso sistema educacional. O Pronatec oferecerá, até 2018, 12 milhões de vagas para que nossos jovens, trabalhadores e trabalhadoras tenham mais oportunidades de conquistar melhores empregos e possam contribuir ainda mais para o aumento da competitividade da economia brasileira. Darei especial atenção ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seu estabelecimento. Vamos continuar apoiando nossas universidades e estimulando sua aproximação com os setores mais dinâmicos da nossa economia e da nossa sociedade. O Ciência Sem Fronteiras vai continuar garantindo bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo para 100 mil jovens brasileiros”.

A frase: “Quem não pode com o pote...arruma um jumento pra carregar a água”. Ano novo, adágio novo.




 Coisas a entender (Nota da foto)
Todo mundo tem suas marcas. Governos também. O governador Camilo Santana (PT) informou que não haverá foto do chefe do Executivo Estadual nas repartições públicas.Segundo o governador, ao invés da foto oficial, haverá fotos de cearenses. “O servidor tem que saber que ele trabalha para os cearenses”, explicou Camilo Santana. O que este humilde repórter gostaria de saber era se o governador terá o bom gosto de escolher algumas das melhores fotos de cearenses feitas por seu irmão, Tiago Santana (como esta) um dos melhores fotógrafos do Brasil.

Na falta do que dizer...
O deputado estadual eleito, Renato Roseno (Psol), afirmou que a candidatura de Camilo Santana (PT), apadrinhada pelo governador Cid Gomes (Pros), foi realizada de forma “monárquica”.

Desorientado
Para o oposicionista, o petista não vai ter vontade própria na administração, porque será sempre “orientado” pela família Ferreira Gomes. “Em pleno século XXI, o Ceará reproduziu lógicas oligárquicas e monárquicas”, disse.

Mania de imitação
O Governo do Ceará, o novo, deixa de ter uma assessoria de imprensa (há muito deixou de ter uma Secretaria de Estado, para ter um Núcleo de Comunicação. Núcleo é o cacete, disse um arguto observador da cena.

Educação à parte...
Para Cid Gomes, novo ministro da Educação, a presidente Dilma Rousseff tem outros planos guardados na bolsa. Ele tentou viabilizar uma nova frente de centro-esquerda, na qual abrigaria 10 deputados federais, mas PDT e PCdoB não toparam.

Quem disse que Cid disse
 Cid não se sente confortável no Pros. A Chefe do Governo quer que o ministro, sem nenhuma pressa, ingresse no PT (precisaria do apoio do deputado José Guimarães, que comanda a legenda no Ceará) e vá criando condições de liderança no partido.

Sem Ciro?
Dilma acha que ele poderá ser presidente da agremiação e ela própria encabeçaria um movimento nesse sentido (não aguenta mais Rui Falcão). Ciro, claro, fica fora de quaisquer planos do Planalto.

Esperança
Há quem pense em tolerância zero a ser adotada pelo novo Secretário de Segurança do Ceará, o quinto gaúcho a assumir a pasta. Do delegado Delci, da Polícia Federal sabe-se pouco, como combate sistemático a desmandos dentro das polícias. Melhor assim.

Exemplo
Michele Bachelet, a médica presidente da república do Chile estudou português. Na eleição dela disse pra coluna que gostava muito do Brasil. Provou na posse de Dilma II. Cantou o Hino Nacional Brasileiro sem errar um verso e sem semitonar.

Bom dia

Tem muita gente torcendo contra. Pior: tem muita gente misturando estação.

No céu de Fortaleza

Desde o século passado não via uma arraia, uma pipa, um papagaio nos céus de Fortaleza. Vi este,agora.Da janela oeste do meu tugúrio.
Logo abaixo, o sol se escondendo lá pras bandas da Pacatuba.


O Cocó tinha um novo predador

LIMINAR
MPF obtém decisão que impede construção de condomínio no interior do Parque do Cocó
De acordo com o MPF, condomínio seria construído em área de preservação permanente e pertencente à União, em desacordo com a legislação ambiental
 
O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) obteve decisão judicial que impede a empreiteira Ultrapar-Ultradata Participações de construir condomínio residencial em área abrangida pelo Parque Ecológico do Cocó, em Fortaleza, até a realização de perícia judicial. A decisão, da Justiça Federal, é resultado de agravo de instrumento com pedido de liminar apresentado pelo procurador da República Anastácio Nóbrega Tahim Júnior.
 
De acordo com o procurador, a área em litígio, equivalente a 18 lotes da quadra 11 do Loteamento Jardim Fortaleza, corresponde a terreno de marinha, de dominialidade da União, e se encontra no interior do Parque Ecológico do Cocó. Para tentar construir o condomínio multifamiliar, a empreiteira alterou ilicitamente áreas de preservação permanente, segundo apurou o MPF.
 
Na decisão judicial, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) determinou que a Prefeitura de Fortaleza não poderá outorgar novas licenças ambientais para qualquer obra localizada na mesma região do Parque em que seria erguido o condomínio.
 
Laudos periciais elaborados pelo Ibama e pela Associação Técnico-Científica Engenheiro Paulo de Frotin (ASTEF) apresentados pelo MPF atestaram que a região onde seria construído o empreendimento se encontra em "área de interesse social para fins de desapropriação para a criação e ampliação do Parque Ecológico do Cocó", conforme determinado por decretos estaduais.
 
Saiba mais: Agravo de instrumento é o recurso cabível contra as decisões interlocutórias suscetíveis de causar lesão grave e de difícil reparação a uma das partes, cuja apreciação precisa ser feita de imediato pela instância superior.
 
Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Ceará
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Comoção nas redes; Mirian estaria presa por ser negra

Turista italiana – Advogado quer habeas corpus para farmacêutica suspeita pelo crime

“O advogado Humberto Adami, que defende a farmacêutica Mirian França de Mello, de 31 anos, apresentará à Justiça, até quarta-feira (7), um pedido de habeas corpus de sua cliente. Doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a jovem está presa desde 29 de dezembro, sem comunicação com a família, suspeita pela Polícia Civil do Ceará da morte da italiana Gaia Molinari, na Praia de Jericoacoara. O caso gerou comoção e campanhas nas redes sociais pedem a libertação da estudante.
Apesar de não ter tido acesso ao inquérito até o momento, o advogado acredita que não há elementos que justifiquem a prisão de Mirian, na Polícia Internacional (Polinter) de Fortaleza. Segundo ele, com base em informações dos jornais locais, a farmacêutica foi detida por prestar informações contraditórias.
“Contradição não é confissão de culpa. A pessoa pode ficar com medo de estar em uma delegacia porque as delegacias do país não são confortáveis para nenhum negro”, afirma Adami, ao frisar a cor da pele da farmacêutica. “Ela saiu daqui [Rio de Janeiro] com a viagem de ida e volta marcada e prestou com o dever de contribuir com as investigações ”. A jovem foi presa em Fortaleza, após ser interrogada pela polícia sobre o crime, acrescentou.
Adami lembrou que Mirian não teve acesso a advogado ou defensor durante a prisão e a tomada de depoimento, além de estar incomunicável. “Não vemos as evidências que a polícia do Ceará encontrou para mantê-la presa e há muitas linhas de investigação seguidas, inclusive, levantadas pela imprensa internacional que acompanha o caso desde o início”, comentou ele, que tem um histórico de atuação em casos que envolvem racismo.
A Defensoria Pública do Estado do Ceará atua no caso desde o final de semana e se reuniu hoje (5) para tratar das estratégias de ação. Com o fim do recesso de final de ano, os defensores tiveram acesso aos autos. A expectativa de Humberto Adami é que a defensoria peça o relaxamento de prisão.”
(Agência Brasil)

Opinião

A Revolta Cashmere – o ano em que o brasileiro encarou seus mitos. Sem a ironia típica dos Ingleses.

Por SERGIO SARAIVA

Em um ano de acontecimentos da ordem de uma Copa do Mundo e de uma eleição antecedida de uma tragédia que vitimou um dos seus principais candidatos, o personagem principal não foi nem um atleta e nem um político, mas sim a figura do revoltoso cashmere.

Revolta Cashmere – assim a “The Economist” chamou o inusitado movimento que tomou as ruas do Brasil em 2014. Pessoas brancas, bem vestidas, daí o designativo de cashmere, bem posicionadas social e financeiramente, de repente saem às ruas no intento de derrubar um governo democraticamente eleito.

Sem a ironia típica dos ingleses, chamamos os de “os coxinhas”.

A “The Economist” foi realmente feliz. Sem dúvida, Revolta Cashmere é um nome adequado para descrever nossa luta de classes unilateral e invertida.

Não nos enganemos, vivemos a última década envolvidos em uma luta de classes como nunca antes neste país. Luta de classes singular, invertida, onde as classes dominantes são protagonistas. Reagem ao avanço das classes populares que marcham inconscientes da própria luta em que estão inseridas.

Em 2014, a luta que até então era surda, frente à iminência de mais quatro anos fora do poder federal, jogou o revoltoso cashmere nas ruas.

Seus gritos de guerra: “não vai ter Copa”, “vai tomar no cu”, “fora Dilma, e leve o PT junto” e o indefectível “vai pra Cuba”.

Basta recordá-los para ver que o revoltoso cashmere é antes de tudo um derrotado. Alguém que luta contra seu próprio país por nele se considerar um estrangeiro jamais vencerá.

Seu inimigo – os bolivarianos. Ainda que de bolivariano mesmo somente a mesma classe média reacionária no Brasil e na Venezuela.

O revoltoso cashmere se recusa a reconhecer que seu inimigo é qualquer ação que venha a reduzir, minimamente que seja, a nossa escandalosa desigualdade. Que reduza as vantagens comparativas com as quais se identifica como superior aos “nativos”. O revoltoso cashmere acusa Lula de jogar pobres contra ricos. E, como o revoltoso cashmere se filia aos ricos, sente-se pessoalmente atacado.

O ano mal havia começado e o combate que deram aos meninos pretos e mulatos dos rolezinhos que ousavam frequentar o mesmo shopping center que seus filhos mostrou o quanto de preconceito e hipocrisia há na nossa “democracia racial”. Os rolezinhos eram tão somente uma apropriação de valores burgueses por uma classe social de proletários que tinha tido seu poder aquisitivo melhorado. Os burgueses julgavam, no entanto, que essa apropriação era, na verdade, um roubo. Mandaram a polícia bater nos meninos.

Foi também um momento tragicômico para os estamentos superiores da nossa pirâmide social. Juízes dando liminares que cassavam o direito constitucional de ir e vir. Personalidades constrangidas em mostrar todo o seu preconceito social, mas considerando os rolezinhos um perigo. E os garotos só a fim de dançar funk ostentação na praça de alimentação.

Lembrando daquele povo branco nas ruas em junho de 2013 pleiteando escolas e hospitais públicos “padrão FIFA”, perguntei-me: estiveram realmente dispostos a dividir a mesma enfermaria com o porteiro dos seus condomínios? Seus filhos iriam dividir a mesma classe escolar do filho da diarista no advento do tal “padrão FIFA” público e para todos?

Com a reação aos rolezinhos eles responderam: não.

Daí até a Copa, a violência explodiu. Se havia policiais suficientes para sufocar os rolezinhos, pareciam insuficientes e impotentes para controlar os revoltosos cashmeres e sua tropa de choque – os black blocs.

“Não vai ter Copa”.

Não era uma Copa, era uma revolução, tratava-se de derrubar o governo.

Uma campanha de desconstrução conduzida massivamente pela grande mídia tornou-se um fenômeno sociológico. Foi capaz de momentaneamente modificar a auto-imagem do brasileiro. O brasileiro passou de um povo alegre, hospitaleiro, festeiro e laissez faire para um povo capaz de ameaçar turistas estrangeiros como fossemos um terrorista do oriente médio. Carrancudo a ponto de não querer participar da própria festa pela qual esperou mais de meio século. Oportunista a ponto de agredir um símbolo como a seleção brasileira de futebol para chamar atenção para suas reivindicações salariais e intolerante e violento a ponto de linchar meninos carentes e senhoras emocionalmente desajustadas.

"Ei Dilma, vai tomar no cu".

Os jogos, no entanto, foram a primeira derrota dos revoltosos cashmeres. Foram um sucesso de organização e de público. Mas a pressão já havia feito seu estrago no moral da nossa seleção.

Ainda assim, nos setores VIPs dos estádios, lá estavam os revoltosos cashmeres ofendendo a presidente com termos de baixo calão. Mostrando ao mundo que formavam hordas bárbaras em meio a um povo que festejava nas ruas o congraçamento dos povos em torno do esporte.

"Fora Dilma, e leve o PT junto".

Acabada a Copa, a campanha eleitoral foi a grande batalha da Revolta Cashmere. Nela, as forças se dividiram literalmente como dois exércitos em guerra. O PT de um dos lados, todos os demais do outro. E lá estava o revoltoso cashmere exercendo o preconceito contra os pobres que ele chamava, na sua ignorância, de nordestinos. Pleiteando a divisão do Brasil em dois países antagônicos – o do norte e o do sul. O preconceito desavergonhado e a intimidação mais grosseira elevados à condição de manifestação política. Mas toda a violência contida no “Fora Dilma, e leve o PT junto” não bastou. Deu Dilma, deu PT.

"Vai pra Cuba".

Inconformado, o filósofo cashmere ainda ameaçava:

“Precisamos de uma militância de secessão: que os bolivarianos durmam inseguros com o dia seguinte, porque metade do país já sabe que eles não são de confiança. Que fique claro que a batalha foi ganha pelos bolivarianos, mas, a guerra acabou de começar, e começou bem” - Luis Felipe Pondé em “Diálogo ou secessão?”.

E o revoltoso cashmere foi novamente às ruas, agora para pedir impeachment e a volta da ditadura militar. Chegou ao ridículo de em uma petição em inglês pedir à Casa Branca uma intervenção americana. Sonhava ser salvo pela cavalaria do General Custer.

Em sua batalha final, já uma luta de resistência, aos grupelhos, dirigiu-se à Avenida Paulista. Mas, agora, eram liderados por malucos decadentes. E no último e melancólico ato da Revolta Cashmere, seu eleito faltou à passeata que ele mesmo convocara – havia ido para a praia. Os revoltosos cashmeres ficaram esperando Godot.

Por fim, mais uma série de derrotas simbólicas. O revoltoso cashmere ainda teve de ver seu cavaleiro vingador politicamente inviabilizado aposentar se precocemente e a pedido, mas com vencimentos integrais e apartamento em Miami. E vê aqueles a quem admira e adula, os diretores de grandes empresas de engenharia, seu símbolo de ascensão profissional, serem presos como corruptores na Operação Lava Jato.

Antes, vira seu Midas-X falir. Fechando o ano, ouviu Obama falar para Fidel Castro: “Somos todos americanos”. Obama foi para Cuba.

E assim, termina 2014 - o ano da Revolta Cashmere. Um ano em que fomos apresentados à nossa face mais hipócrita, preconceituosa, violenta e intolerante. Donde o brasileiro cordial? Foi um ano para confrontarmos nossos mitos.

Começaremos 2015, ansiando por nuvens escuras e tempestades. Até porque, ao lado progressista desta nação em construção, os enfrentamentos à Revolta Cashmere nos ensinaram a não temer tempos feios ou gente cheirosa.




Ajuste na agenda e Camilo só vê secretariado na quarta feira


Camilo Santana reúne secretariado na quarta
A aguardada reunião do governador Camilo Santana com seu secretariado, que estava programada para ocorrer hoje, foi adiada para a próxima quarta-feira (7), às 9 horas, no Palácio da Abolição. Todo o secretariado deve participar do encontro que pretende definir as prioridades para 2015. Na pauta, os cortes de gastos e a reforma administrativa da nova gestão.
A reunião deve também ajudar o governador a definir os nomes que irão comandar as pastas de segundo escalão. Segundo a assessoria do governo, Camilo deve estar divulgando os novos gestores até o final de janeiro.
Em seu primeiro dia de trabalho, na sexta-feira (02), o governador do Ceará, Camilo Santana (PT) acompanhou, em Brasília, a transmissão de cargo do então ministro, Henrique Paim, para o ex-governador, Cid Gomes (Pros), no Ministério da Educação.
Camilo também prestigiou a transmissão de cargo do Ministério da Integração Nacional, onde, o então ministro Francisco Teixeira, que foi nomeado por Camilo secretário de Recursos Hídricos do Ceará, passou o cargo para Gilberto Occhi. Ainda em Brasília, o governador participou de mais três transmissões de cargos nos ministérios.
O governador do Ceará chegou a Brasília na quinta-feira (01). Após a solenidade de posse de transmissão de cargo, Camilo Santana e uma comitiva de parlamentares viajaram a Brasília para acompanhar a posse da presidente Dilma Rousseff (PT) e de Cid Gomes no ministério.

SECRETÁRIOS A
TODO VAPOR
Alguns dos secretários do governador mal foram empossados e já assumiram seus cargos na última quinta-feira (1º), após serem nomeados por Camilo. Dispostos a trabalhar e sem perder tempo, alguns deles já deram, inclusive, expediente no último sábado (3). Como foi o caso, segundo assessoria do governo, de Alexandre Landim, que está comandando a Casa Civil, Élcio Batista, chefe de gabinete do governador. Ambos passaram a tarde de sábado participando de reuniões no Palácio da Abolição.
Entre os que já assumiram a chefia de pastas, estão integrantes que faziam parte da gestão de Cid Gomes (Pros) e que foram nomeados por Camilo para setores diferentes dos que comandavam, a exemplo de Arialdo Pinho, que respondia pela Casa Civil e agora está no comando da Secretaria de Turismo, e Nelson Martins, ex-secretário do Desenvolvimento Agrário e agora titular da Controladoria e Ouvidoria do Estado.
O substituto de Nelson na SDA, Dedé Teixeira, também já começou a dar expediente, assim como o secretário da Infraestrutura, André Facó; o secretário de Justiça e Cidadania, Hélio Leitão; o secretário de cultura, Guilherme Sampaio; o secretário de Pesca e Agricultura, Osmar Baquit; secretário de planejamento e gestão, Hugo Figueiredo e a secretária de Desenvolvimento Econômico, Nicolle Barbosa.
Hoje, assumirão seus cargos Carlile Lavor, sucessor de Ciro Gomes (Pros) na Saúde, e Francisco Teixeira, ex-ministro da Integração Nacional e agora secretário estadual dos Recursos Hídricos. O novo secretário da Segurança, Delci Teixeira, será efetivado no cargo na próxima semana, em data não especificada pela assessoria da pasta.

SEM COMANDO
Nos casos de Artur Bruno, que foi nomeado chefe da Secretaria do Meio Ambiente, e de Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia, ambos só irão assumir o comando das respectivas pastas em 1º de fevereiro, devido a estarem terminando seus mandatos de deputado federal e senador, respectivamente, em 31 de janeiro. No entanto, até lá, a assessoria do governador não soube explicar como ficará o comando das pastas, já que a equipe do ex-governador Cid Gomes, já deixou seus cargos.
 

Já acharam um culpado?


Devido à chuva, HGF tem alas interditadas

Após denúncias anônimas de que alguns setores do hospital Geral de Fortaleza (HGF) estavam interditados devidos a chuva deste sábado, a assessoria do hospital divulgou a seguinte nota:
A Assessoria de Comunicação do Hospital Geral de Fortaleza informa que por conta das fortes chuvas que caem desde o inicio da manhã parte das instalações do hospital foram atingidas. Mas não houve prejuízos consideráveis. Com relação a Emergência Obstétrica, algumas alas foram isoladas para evitar o comprometimento dos equipamentos. O Setor Administrativo (que não funciona no dia de hoje) ainda foi atingido. Mas também não houve prejuízos considerareis. A Direcao Administrativa e o Setor de Manutenção do HGF estão tomando todas as providencias necessárias para resolver o problema, isso porque as chuvas ainda continuam.
DA REDAÇÃO DO ESTADO ONLINE
isadora@oestadoce.com.br
Fonte: AssCom

A carteira de trabalho de RC 15


Obras e projetos que ficaram para 2015
Fortaleza passou por intervenções significativas em 2014. Para o titular da Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf), Samuel Dias, foi um ano positivo com relação a obras. No entanto, Dias aponta que a cidade amarga, ainda, um grande déficit na área de infraestrutura. Como resultado, as obras que estão sendo realizadas são básicas e fundamentais. Segundo ele, Fortaleza deveria estar pensando em projetos mais complexos de melhoria.
“Estamos ainda tentando pagar essa dívida com a infraestrutura. Então vamos ter dois anos de grande incremento de obras para que a gente vença esse débito que a cidade tem consigo mesma”, avalia o secretário. Ele adianta que, neste ano, há previsão de um volume de obras 50% superior a 2014.
O trabalho, destaca Dias, começou em 2013 e apresentou resultados em 2014. Neste ano e até o final da atual gestão municipal, em 2016, mais intervenções estão no planejamento. Além das obras de mobilidade, estão previstas construções de postos de saúde, escolas de tempo integral e revitalizações de equipamentos como a Praça 31 de Março e o Mercado dos Peixes.
Paralelamente às obras de mobilidade, o secretário ressalta os recursos de R$ 50 milhões em obras de pavimentação e drenagem na periferia da cidade. “Estamos construindo seis escolas de tempo integral, junto com a Secretaria de Educação do município. São obras de 3.200 metros quadrados, que devem ficar prontas no próximo ano. Ao todo, o plano é construir 29 escolas. Em 2015, devemos começar mais 23 escolas”, adianta Dias.
A rotatória e o viaduto no cruzamento das avenidas Raul Barbosa e Murilo Borges estão previstos para começar neste ano. O corredor da BR-116 e Aguanambi também está previsto para o primeiro semestre de 2015. Nesse projeto, está contemplada a construção de um viaduto na rotatória da BR-116 com Aguanambi. Na avaliação do secretário da Seinf, o viaduto acabará com o gargalo no trânsito da região. Já os corredores da Augusto dos Anjos/ José Bastos e Senador Fernandes Távora/ Expedicionários estão previstos para começar no segundo semestre de 2015.
A revitalização dos terminais de Messejana e Parangaba será contemplada no mesmo pacote dos corredores. O de Messejana, por exemplo, está incluso no pacote que abrange o corredor da Aguanambi, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O processo licitatório está previsto para o segundo semestre.
As obras de melhoria no Terminal da Parangaba, contempladas pelo pacote do corredor da Senador Fernandes Távora/ Expedicionários, são mais complexas, pois envolverão desapropriações. De acordo com Samuel Dias, o projeto ainda precisa ser detalhado.
A duplicação da Avenida Sargento Hermínio, uma das principais vias da zona oeste da cidade, está em processo de licitação. Conforme o titular da Seinf, a perspectiva é retomar o projeto no primeiro semestre deste ano. As obras estão paradas há mais de três anos. Os recursos de R$ 10 milhões estão assegurados pelo financiamento aprovado do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).

Capa do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog



Cascatinha
Estudo da Confederação Nacional de Municípios revela que o reajuste de 26% nos salários de deputados e senadores sairá caro. Aplicado o mesmo percentual, o gasto total com salários de prefeitos, vices e secretários municipais produzirá um aumento de R$ 873 milhões. No caso de vereadores, outros R$ 666 milhões. O novo salário custará para a Câmara (513 deputados) uma despesa de R$ 80 milhões por ano e para o Senado (81), mais R$ 93 milhões.

A frase: “Imagine todas as pessoas/Vivendo a vida em paz.” Não será homenagem a Lennon. É a lembrança do que ele escreveu.

Carregando o filhote (Nota da foto)
Como se carregasse o Ceará inteiro nos braços, Camilo Santana chegou pra posse na Assembleia ao lado da mulher Odélia,  que trazia a filha pequena pela mão. Na sala do Presidente da Assembleia do Estado, antes de ser chamado para a solenidade, trocou dois dedos de prosa com o Presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Brígido:-Presidente, tava tão bonzim até o dia 31. Hoje a barra começa a pesar. E sorriram.

Conversa animada
Comunista Chico Lopes, na ante-sala do Gabinete da Presidência da Assembléia com o general comandante da 10ª. Região Militar, por sinal filho de mãe sobralense. Disse pra coluna: Chego ao Ceará comandante da Região depois de 40 anos de Exército sem jamais servir no Estado.

Não entendi
A turma do especula que pode dar certo, anda dizendo: ...Ivo foi indicado pras Cidades porque precisa de visibilidade pra ser candidato a Prefeito de Sobral em 2016.

Tão doido
Todo mundo em Sobral sabe quem é o Ivo. Ele é candidato desde que Veveu se reelegeu. Foi pras cidades porque o Governo precisa de um cara de pulso forte no lugar.

Só hoje
A posse de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda será segunda, dia 5, no auditório do Banco Central, em Brasília. Todos os ex-ministros da Fazenda foram convidados.

Na sexta-feira
A pressa do Governo, entretanto repousou na Educação. Cid Gomes tomou posse na sexta feira, as 11 horas da manhã. Nas delegações havia pouca gente ligada ao meio que Cid vai gerenciar pra Dilma. A grande maioria eram amigos e/ou gente que adora cercar o poder e seus poderosos.

Vamos a Davos
Dia 27 próximo, a presidente Dilma Rousseff deverá estar presente no Fórum Econômico Mundial em Davos: tentará pintar o Brasil em cores mais amenas.

“Primeira” estréia
O encontro marcará também a estréia do triunvirato formado por Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tomboni na cena mundial.

Sinal rosa
Entre o verde e o amarelo quase vermelho, Ely Aguiar foi pra posse de Camilo com um lindo blazer rosa. Calça quase da mesma cor e camisa preta. “Féchion”, diziam os amigos.

Três minutos
E nem era pra adiantar o atrasado da hora da posse, quase uma hora depois do aprazado. O discurso de Camilo Santana, na Assembléia não passou de 3 minutos e um tiquim.

Estado de graça
Roberto Cláudio, prefeito de Fortaleza ficou orgásmico ao ouvir de hoteleiros: -A sua festa no Aterro de Iracema complementou as nossas festas. O povo vem pro Aterro e segue pros nossos hotéis.

Falar nele...
Roberto Cláudio foi, com a família, descansar nos Estados Unidos. Saiu dia 2, volta dia 9. Não podia demorar mais porque a Constituição diz até 11 dias fora da Prefeitura sem passar o Governo.

Fica na Flórida
Porque adora NY mas leva as crianças a bordo do descanso, Roberto Claudio fica mesmo entre Miami e Orlando. Leva os filhos pra ver Tio Patinhas e de quebra a Maga Patológica.

Adeus tímpanos!
Embora existam leis no Brasil - estadual e federal, que regulamentam a altura do limite aceitável para o uso de carros de sons, em período festivo, como se fosse terra de ninguém e sem lei, é praticamente inócua sua eficácia.

Tímpanos deflorados
O pior, é que além de chegar ao limite de se sugerir o estouro dos tímpanos, a agressão com músicas de quinta categoria, conhecida por forró de plástico ou de pinico, ainda existem alguns, que por certo, acham que todo mundo é môco.