O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, esteve nessa sexta-feira (31) no
Ceará, onde visitou o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, na
Região Metropolitana de Fortaleza, e fez palestra de encerramento do 21º
Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento. Após o evento, em
entrevista coletiva, Levy disse que acredita na recuperação do ambiente
fiscal do governo no segundo semestre, diante da nova meta do superávit
primário (economia para pagar juros da dívida pública), que foi reduzida
para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas
produzidas no país).
Ele ressaltou que a equipe econômica do governo está empenhada em
trabalhar forte para tanto, e Isso requer esforço. Levy salientou que a
área técnica está tomando medidas, inclusive na área da arrecadação de
receitas junto a grandes empresas. “Todo mundo sabe que, se a gente não
cumprir o superávit primário, se não organizar a economia, a situação
será mais difícil”. Segundo Levy, esse trabalho é feito em conjunto com a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Uma arrecadação considerada “sensível”, e que mais vem caindo, é a do
Imposto de Renda. A queda é justificada em parte, segundo ele, pela
baixa perspectiva de lucro e pela diminuição da liquidez (facilidade de
transformar os recursos disponíveis em retorno financeiro) das empresas.
“Essa não é uma consequência do ajuste fiscal, mas da dinâmica da
economia. Isso é exatamente o que estamos combatendo e é por isso que é
importante avançar no ajuste fiscal e em outras medidas para a gente
voltar a crescer”.
(Agência Brasil)
Uma biblioteca por escola
Acrísio Sena
É comum, em atividades em defesa de uma educação pública, gratuita e
de qualidade, me encontrar com pais e mães preocupados com a queda do
nível de leitura de seus filhos. Na verdade, esta questão atinge também o
universo privado. A nova geração de estudantes, do smartphone e da
internet, tem dificuldade de se entreter com as páginas imóveis dos
livros.
O universo maravilhosamente onírico das histórias escritas parece perder força ante a avalanche de imagens de videogames e redes sociais.
Mas lutar é preciso. Sem querer competir com o mundo virtual, é preciso oferecer alternativas de formação concretas para nossos alunos. A mais evidente é disponibilizar uma quantidade razoável de bons livros em um local dedicado à leitura e à pesquisa. Infelizmente, nem toda escola possui uma biblioteca. E as que têm o equipamento muitas vezes não possuem um acervo completo, organização de títulos e nem pessoal capacitado para tocar o barco.
No mundo inteiro, as melhores escolas são aquelas onde professores e bibliotecários trabalham juntos, conseguindo níveis mais elevados de competência em literatura, leitura, aprendizagem, solução de problemas e domínio das tecnologias da informação. A lei nº 4084/62, que regulamenta a profissão de bibliotecário, exige que cada biblioteca seja administrada por este profissional. A lei 12.244/10 exige que cada instituição de ensino – pública ou privada – possua biblioteca em suas dependências até maio de 2020.
Neste contexto, Fortaleza precisa se preparar para o futuro. Estive, ainda quando na qualidade de presidente da Comissão de Cultura da Câmara Municipal, reunido com representantes da categoria. A reivindicação é que a capital cearense contrate, emergencialmente, 58 bibliotecários para atender, num primeiro momento, as 290 escolas patrimoniais da rede municipal. É preciso levantar a situação dos equipamentos, além de verificar as possibilidades de construção do sistema de gerenciamento eletrônico e incentivar a inclusão digital.
Tal necessidade, se devidamente suprida, seria fundamental para qualificar o ambiente escolar e colocar os discentes num outro patamar em termos de aprendizado e consolidação da cidadania.
Acrísio Sena é vereador em Fortaleza, Secretário de Acolhimento dos Movimentos Sociais e meu amigo.
O universo maravilhosamente onírico das histórias escritas parece perder força ante a avalanche de imagens de videogames e redes sociais.
Mas lutar é preciso. Sem querer competir com o mundo virtual, é preciso oferecer alternativas de formação concretas para nossos alunos. A mais evidente é disponibilizar uma quantidade razoável de bons livros em um local dedicado à leitura e à pesquisa. Infelizmente, nem toda escola possui uma biblioteca. E as que têm o equipamento muitas vezes não possuem um acervo completo, organização de títulos e nem pessoal capacitado para tocar o barco.
No mundo inteiro, as melhores escolas são aquelas onde professores e bibliotecários trabalham juntos, conseguindo níveis mais elevados de competência em literatura, leitura, aprendizagem, solução de problemas e domínio das tecnologias da informação. A lei nº 4084/62, que regulamenta a profissão de bibliotecário, exige que cada biblioteca seja administrada por este profissional. A lei 12.244/10 exige que cada instituição de ensino – pública ou privada – possua biblioteca em suas dependências até maio de 2020.
Neste contexto, Fortaleza precisa se preparar para o futuro. Estive, ainda quando na qualidade de presidente da Comissão de Cultura da Câmara Municipal, reunido com representantes da categoria. A reivindicação é que a capital cearense contrate, emergencialmente, 58 bibliotecários para atender, num primeiro momento, as 290 escolas patrimoniais da rede municipal. É preciso levantar a situação dos equipamentos, além de verificar as possibilidades de construção do sistema de gerenciamento eletrônico e incentivar a inclusão digital.
Tal necessidade, se devidamente suprida, seria fundamental para qualificar o ambiente escolar e colocar os discentes num outro patamar em termos de aprendizado e consolidação da cidadania.
Acrísio Sena é vereador em Fortaleza, Secretário de Acolhimento dos Movimentos Sociais e meu amigo.