Opinião

Do jornal Folha de São Paulo.



janio de freitas Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa as questões políticas e econômicas. Escreve aos domingos e quintas-feiras.

Delcídio para nós
As dúvidas sobre a propriedade da prisão de Delcídio do Amaral, decretada por cinco ministros do Supremo Tribunal Federal, vão perdurar por muito tempo. Assim como a convicção, bastante difundida, de que a decisão se impôs menos por fundamento jurídico e equilíbrio do que por indignação e ressentimento com a crença exposta pelo senador, citando nomes, na flexibilidade decisória de alguns ministros daquele tribunal, se bem conversados por políticos.
Às dúvidas suscitadas desde os primeiros momentos, estando o ato do parlamentar fora dos casos de prisão permitida pela Constituição, continuam tendo acréscimos. O mais recente: Delcídio planejou a obstrução judicial que fundamentou a prisão, mas não a consumou. E entre a pretensão ou tentativa do crime e o crime consumado, a Justiça reconhece a diferença, com diferente tratamento.
A sonhadora reunião de Delcídio até apressou a delação premiada de Nestor Cerveró, buscada sem êxito pela Lava Jato há mais de ano. Ali ficou evidente que seu advogado Edgar Ribeiro estava contra a delação premiada. Isso decidiu o ex-diretor da Petrobras, temeroso, a encerrar aceitá-la, enfim.
Em contraposição às dúvidas sem solução, Delcídio suscitou também temas e expectativas que tocam a preocupação ou a curiosidade de grande parte da população. Sabe-se, por exemplo, que Fernando Soares, o Baiano, ao fim de um ano depositado em uma prisão da Lava Jato, cedeu à delação premiada. O mais esperado, desde de sua prisão, era o que diria sobre Eduardo Cunha e negócios com ele, havendo já informações sobre a divisão, entre os dois, de milhões de dólares provenientes de negócios impostos à Petrobras.
Informado dos depoimentos de Baiano, eis um dos comentários que o senador faz a respeito: ele "segurou para o Eduardo". Há menções feitas por Baiano que não foram levadas adiante pela escassa curiosidade dos interrogadores. Caso, por exemplo, de um outro intermediário de negociatas citado por Baiano só como Jorge, sem que fossem cobradas mais informações sobre o personagem e seus feitos. Mas saber tudo o que há de verdade ou de fantasia em torno do presidente da Câmara é, neste momento, uma necessidade institucional e um direito de todo cidadão.
Se Fernando Baiano "segurou para Eduardo Cunha", a delação e os respectivos prêmios -a liberdade e a preservação de bens- não coincidem com o que interessa às instituições democráticas e à opinião pública. E não se entende que seja assim.
Entre outras delações castigadas de Delcídio, um caso esquisito. Investigadores suíços confirmaram, lá por seu lado, que Nestor Cerveró tinha dinheiro na Suíça. Procedente de suborno feito pela francesa Alstom, na compra de turbinas quando ele trabalhava com Delcídio, então diretor Gás e Energia da Petrobras em 1999-2001, governo Fernando Henrique. A delação do multipremiado Paulo Roberto Costa incluiu o relato desse suborno. Mas a Lava Jato não se dedicou a investigá-lo e o procurador-geral da República o arquivou, há oito meses. Os promotores suíços foram em frente.
Na reunião da fuga, Delcídio soube com surpresa, por Bernardo, que Cerveró entregara o dinheiro do suborno ao governo suíço, em troca de não ser processado lá. É claro que a Lava Jato e o procurador-geral da República estiveram informados da transação. E contribuíram pela passividade. Mas o dinheiro era brasileiro. Era da Petrobras. Foi dela que saiu sob a forma de sobrepreço ou de gasto forçado. Não podia ser doado, fazer parte de acordo algum. Tinha que ser repatriado e devolvido ao cofre legítimo.
A Procuradoria Geral da República deve o esclarecimento à opinião pública, se fez repatriar o dinheiro do suborno ou por que não o fez. E, em qualquer caso, por que não investigou para valer esse caso. Foi ato criminoso e os envolvidos estão impunes. Com a suspeita de que o próprio Delcídio seja um deles, como já dito à Lava Jato sem consequência até hoje.
Mas não tenhamos esperanças. Estamos no Brasil e, pior, porque a ministra Cármen Lúcia, no seu discurso de magistrada ferida, terminou com este brado cívico: "Criminosos não passarão!" [toc-toc-toc, esconjuro] Foi o brado eterno de La Passionaria em Madri, que não tardou a ser pisoteada pelos fascistas de Franco. De lá para cá, em matéria de ziquizira, só se lhe compara aquele [ai, valei-me, Senhor] "o povo unido jamais será vencido", campeão universal de derrotas.

Por mais que cavem o Brasil não chega ao fundo do poço

Brasil se mantém no grupo dos 10 países que mais atraem investimento estrangeiro

O Brasil encerrará 2015 com cerca de US$ 65 bilhões provenientes do mercado estrangeiro na economia, mantendo-se no grupo dos 10 países que mais recebem investimentos produtivos. É o que mostram as projeções feitas pelo Banco Central e isso graças ao tamanho e potencial do mercado interno do País.
A lista das economias mais atraentes ao investimento é feita pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que inclui no grupo China, Estados Unidos, Reino Unido, Cingapura, Rússia, Canadá, Austrália e também da cidade Estado de Hong Kong.
Os recursos vindos de outros países estão sendo direcionados no Brasil a segmentos diversos da economia como indústria de petróleo e gás, indústria extrativa, empresas do segmento de química e indústria alimentícia, setor de serviços, como as áreas de saúde e comércio, setor de telecomunicação e de energia elétrica e projetos da infraestrutura.
Nos nove primeiros meses do ano, os investimentos estrangeiros somaram US$ 48,211 bilhões; considerando um período maior, de 12 meses terminados em setembro, essa cifra está em US$ 71,807 bilhões, segundo dados do Banco Central.
Programa de infraestrutura
Para 2016, esses capitais devem se permanecer no nível atual ou aumentar. Entre os fatores que vão alavancar os negócios e manter o Brasil no radar dos investidores está a valorização do dólar frente ao real, que torna as empresas daqui baratas ao capital externo, favorecendo operações de fusão e aquisição entre o empresário nacional e o de fora do País.
Outro ponto que desperta a atenção do empreendedor estrangeiro são as oportunidades de ganhos com o Programa de Infraestrutura e Logística (PIL) do governo federal, com projetos nas áreas da infraestrutura e que movimentará R$ 200 bilhões nos próximos anos.
Entre esses projetos constam melhoria de rodovias e portos, ampliação e construção de ferrovias, expansão e edificação de aeroportos.
“No momento temos a questão do câmbio (paridade dólar/real). O Brasil se tornou barato para o investimento estrangeiro direto e o país tem tudo para ser feito”, diz o coordenador-geral de Investimentos do Ministério do Desenvolvimento (Mdic), Mário Neves.
Os países que mais investem no Brasil atualmente são Estados Unidos, China, Japão, França, Espanha e Itália.
“Temos o Programa de Infraestrutura Logística com uma série de projetos em portos, aeroportos, ferrovia e rodovias que soma R$ 200 bilhões e que tem atraído grande parcela desses investidores que olham para o Brasil com muita atenção”, acrescenta.
Neves comenta que a fase de desaceleração atual é transitória e não afeta a visão do investidor com projetos de longo prazo interessado em abrir uma empresa, construir uma fábrica ou se associar a uma empresa nacional existente.
“Esse tipo de investidor vem para o longo prazo, não olha o Brasil para 2015 ou para 2016 olha para 2050”, comenta. “Podemos estar atravessando um cenário um tanto adverso por conta da crise econômica, mas isso tem prazo, isso acaba e o país retoma sua trajetória de crescimento.”

Coluna do blog



Reestruturação do DNOCS em debate
“Debater as propostas de reestruturação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), e definir ações estratégicas, na gestão dos recursos hídricos e na nova visão de convivência com o semiárido nordestino”, é o que propõe a audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, a ser realizada na próxima terça-feira, amanhã,  1º de dezembro, às 14h30. O evento foi requerido pelo tucano Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE) que afirmou estar muito preocupado com o futuro do órgão. “Há anos vem sendo debatido propostas de reestruturação do DNOCS para o fortalecimento das políticas públicas de recursos hídricos, entretanto, o governo ainda não apresentou a Câmara uma nova proposta”, explicou. O parlamentar relata que, em 2014, houve um acordo com os Ministérios do Planejamento e da Integração Nacional, para a edição de uma minuta de uma Medida Provisória com propostas que fortalecessem o órgão. Porém, até hoje, a presidente Dilma Rousseff não a editou. Participando do evento, foram convidados o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e o diretor da Associação dos Servidores do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Assecas), Evandro Bezerra. Faltou o deputado Raimundo Gomes de Matos convocar a Polícia Federal para pedir indiciamentos dos últimos ladrões que meteram a mão no DNOCS e esculhambaram a vida do órgão. Todo mundo sabe quem são e que ainda estão soltos.

A frase: “Se mulher for matar homem que trai, a humanidade acaba”. Resposta de ouvinte de rádio de Fortaleza à inteligente pergunta: “Você acha certo matar em defesa da honra traída?”


Cena cearense (nota da foto)
Um chafariz foi alvo de vândalos na cidade de São Luis do Curu, após 5 dias de sua inauguração. Diz o site cearaagora.com que  a caixa d’água do chafariz amanheceu crivada de balas com água jorrando pelos buracos feitos pelos disparos de arma de fogo. O capiroto tá solto. Só pode.

A loba assume dia 7
A posse de Mariana Lobo como defensora-pública geral do Ceará para o biênio 2016-2017 ocorrerá às 17 horas do próximo dia 7.

Comando feminino
Mariana Lobo é a primeira defensora-pública geral eleita pela maioria da categoria, após a aprovação no Ceará das autonomias funcional, financeira e administrativa da Defensoria Pública do Estado.

Esta mereceu
A jornalista Wânia Dummar recebeu, na Câmara Municipal, a Medalha Boticário Ferreira. Trata-se de uma das mais importantes comendas do legislativo de Fortaleza.

A Semace informa
“A empresa Ceará Energy Group Indústria de Painéis Fotovoltaicos recebeu licença prévia da Superintendência Estadual do Meio Ambiente para duas usinas solares.

Atestados
Os documentos atestam a viabilidade ambiental das usinas que foram projetadas para Acopiara e Guaraciaba do Norte, com capacidade para produzir 1 megawatt  de energia cada.

Pra pensar na semana
Não deixe para amanhã, o que você pode deixar para lá. Da série, atualizando os adágios.

Tucano, pode?
Trombadinhas do impeachment não podem esquecer do banqueiro, Esteves, que pagou lua-de-mel de Aécio!

Essa é da Elzinha
Finalmente um tucano preso. Delcidio Amaral que entrou na vida pública pelas mãos do Collor e acabou no PT, como tantos oportunistas que farejam o poder, deve estar arrependido de ter saído do PSDB. Se tivesse ainda no ninho da turma do GM continuaria senador sem nenhuma perturbação.


Bom dia

Uma carta grave com dizeres mais graves ainda.

Secretário do Meio Ambiente

Artur Bruno




 Li seu artigo publicado no jornal O Povo de 26.10.2015.

Tenho 68 anos, sou médico neurologista e filho de Guaramiranga. Como autônomo, mantenho meu consultório aqui em Fortaleza, na Parquelândia, desde 1991. E pelo menos num sábado, a cada mês, atendo no hospital daquela cidade a clientela dos meus humildes conterrâneos.

Tenho a grata satisfação de ainda desfrutar das maravilhas climáticas e paisagísticas do pequenino Sítio Brejinho, herança de avós – a 2,4 quilômetros daquela bucólica cidade -, nas proximidades da estrada que leva ao Remanso Hotel.


Causou-me alguma impressão positiva o teor de suas considerações. Creio que suas disposições, agora à frente da Secretaria, visam a alcançar o revigoramento das normas e providências que, objetivamente, permitam que aquela Área de Preservação Ambiental receba os devidos e permanentes cuidados preservacionistas.

Lamentavelmente, temos visto, principalmente desde os primeiros anos da década de 1990, coincidindo com a inauguração do Teatro Rachel de Queiroz, uma afrontosa, desordenada e predatória ocupação daquele território, não só de Guaramiranga, mas de todos os municípios vizinhos, no alto daquela serra. Creio que têm faltado, mais responsavelmente, os rigores que se devem aplicar nas concessões dos diversos empreendimentos, como os loteamentos patrocinados por empresários visivelmente desinteressados do sensível tema da preservação ambiental. Os naturais daquela região já não acreditam nos zelos e cuidados que deveriam ser continuamente regidos pelos órgãos do meio ambiente. O poder econômico vai celeremente dilapidando o patrimônio natural daquelas paisagens inigualáveis.

Ricos, provenientes da capital e até de municípios sertanejos, estão a devastar florestas até então virgens e nelas instalam mansões com luxos e gastos surpreendentes. Algumas lá se tornam quase elefantes-brancos, ali esquecidas na maior parte do ano. Mas sua implantação tem-se dado sob a tragédia de desmatamentos implacáveis porque irreversíveis. O assoreamento de córregos, pela derrubada de matas ciliares, têm sido uma realidade inexorável.

No seu artigo foi lembrada a urgente necessidade de se recuperar as áreas das nascentes do rio Pacoti. Que assim seja, e que uma política mais presente e responsável faça prevalecer a manutenção de todo o verde da Serra de Baturité.  Creio que uma providência efetiva e inicial seria engajar habitantes da área rural numa ação que disseminasse o cultivo de mudas da flora natural, que se destinaria ao reflorestamento com as espécies autóctones.

Note-se que há uma crescente profusão de poços profundos; já não se capta água em lenções freáticos próximos a superfície. Os córregos estão secando. Cada mansão que se instala providencia o seu poço profundo.

Pacoti tem sido abastecida por carros-pipa. A exploração de água mineral, por um poderoso grupo econômico da capital, no antigo Sítio Escondido (ultimamente chamado Indaiá) exterminou completamente a reserva hídrica daquela área.  Por muitos anos, e diariamente, saíram para Fortaleza centenas de botijões de 20 litros até seu esgotamento completo e irreversível.


Senhor Secretário, vá mais vezes a Guaramiranga e a seus vizinhos. Dialogue com seus prefeitos, vereadores e moradores mais antigos. Verifique in loco as mazelas de um turismo de novos-ricos deslumbrados. Quase todo o território de Guaramiranga já foi vendido a  pessoas estranhas àquele município. Cativados pelas belezas daquele oásis, até há poucos anos quase incólume, elas estão devastando, irresponsável e egoisticamente, o seu precioso manto verde e a particular e rica fauna.


J. Cláudio Bezerra de Menezes
Fortaleza, Parquelândia, 26 de outubro de 2015

Foi sexta feira, mas vale a pena registrar...


Atraídos por anúncio de Black Friday fazem fila por bolsas de R$ 5 mil no DF

Shopping divulgou promoção e confirmou que 25 lojas aderiram à iniciativa.
Apesar do desconto de 50%, empresa diz que não faz parte da Black Friday.

Do G1 DF
Homens e mulheres enfrentaram fila nesta sexta-feira (27) em um shopping de Brasília para comprar bolsas da marca de luxo italiana Gucci, que eram vendidas com desconto de 50%. Entre as "cobiçadas" estava uma com preço original de R$ 5.710. No final da manhã, havia 35 pessoas na fila.

O Shopping Iguatemi informou que 25 lojas reduziram os preços de produtos por causa da Black Friday, mas a Gucci informou que a marca não faz parte da promoção, que ocorre em diversas cidades do país. Segundo a empresa, houve uma coincidência de datas entre as promoções.

O maior valor de uma bolsa na Gucci é de R$ 50 mil. As da promoção custam até R$ 10 mil. A marca vende ainda bolsas, óculos escuros e sapatos. Nesta sexta, um segurança de terno controlava a entrada e a saída de clientes da loja.

Mesmo desempregada, a assistente social Aderlange de Franco tentou aproveitar a promoção. No entanto, ela saiu da Gucci apenas com a sacola que já carregava da Michael Kors – loja onde já tinha comprado uma bolsa de R$ 900.

A mulher, de 58 anos, diz que o desconto estava bom, mas afirmou que não gostou tanto assim da peça. “Se eu tivesse gostado assim, certamente teria comprado”, afirma. O pagamento podia ser dividido em até cinco vezes de R$ 570.
Karine Ribas e o filho, Vinícius, na fila da loja Gucci em shopping de Brasília (Foto: Marianna Holanda/G1)Karine Ribas e o filho, Vinícius, na fila da loja Gucci em shopping de Brasília (Foto: Marianna Holanda/G1)
A assistente social disse ainda não ter tido problemas por causa da alta do dólar e contou que foi duas vezes para Miami neste ano, uma em maio, outra em outubro.“Comigo não tem dessa não, quero viajar viajo. E em Miami não é tão caro”, disse Aderlange. A moeda valia R$ 3,77 nesta quinta.

A advogada Amanda Delgado conta ter o costume de viajar para o exterior e fazer compras. Mas, por causa da alta do dólar, disse que há um ano e meio não viaja. Para ela, a situação contribui para a longa fila.
“Com a alta do dólar, as pessoas estão comprando mais por aqui. Ainda mais porque pode parcelar”, afirmou Amanda.

A jovem, de 25 anos, disse que se a fila "andasse rápido" veria se “alguma coisa estava valendo a pena”. “Às vezes a gente se apaixona por alguma coisa e tem que comprar, né?”, questionou.

Na esperança de adquirir uma segunda bolsa da marca, a servidora pública Karine Ribas enfrentou a fila acompanhada do filho Vinícius, de 8 anos. Ela viu a dica do desconto em redes sociais e resolveu conferir se alguma bolsa entrava no teto que estimulou: R$ 3 mil.

“Eu tenho uma bolsa da Gucci, mas já comprei há muito tempo. Gosto de comprar quando viajo [para o exterior], mas vamos ver se está valendo a pena”, disse a moradora de Taguatinga, de 36 anos.
A mexicana Gabriela Guerrero brincando na fila da Gucci em shopping de Brasília (Foto: Divulgação)A mexicana Gabriela Guerrero brincando na fila da Gucci em shopping de Brasília (Foto: Marianna Holanda/G1)

Vendo a movimentação em frente à loja, uma mulher parou no final e posou simulando tristeza para uma foto que a amiga tirava. As duas são mexicanas e acharam graça na fila para comprar na Gucci.

“Acho engraçado, no meu país não tem fila para comprar na Gucci, nessas lojas”, disse Gabriela Guerrero. Quando questionada sobre o motivo da fila, ela opinou: “Acho que no Brasil tem muito consumo de bens de luxo”.
A Black Friday é um dia de grandes descontos em lojas criado nos Estados Unidos, no dia seguinte ao feriado do Dia de Ação de Graças. Além do Brasil, países como Reino Unido, Austrália, México, Romênia, Costa Rica, Alemanha, Áustria e Suíça já aderiram ao dia de cortes generosos.

Opinião

O PORRETE E O VIRA-LATA.



  - No momento em que se levantam, novamente, as vozes do neoliberalismo tupiniquim, exigindo uma rápida abertura comercial do Brasil para o exterior, e o PMDB inclui, em seu documento Uma Ponte para o Futuro, a necessidade do Brasil estabelecer acordos comerciais com a Europa e os EUA, lembrando a iminência e a imposição “histórica” do Acordo Transpacífico, e em que mídia tradicional segue com sua insistência em defender como modelo a ridícula Aliança do Pacífico, a União Européia - depois de enrolar, durante anos, nas negociações com o MERCOSUL - parece que vai simplesmente “congelar” as negociações entre os dois blocos.


A razão é clara.

Por mais que se esforcem os vira-latas tupiniquins, fazendo tudo que os gringos querem, oferecendo quase 90% de liberação de produtos, os protecionistas europeus simplesmente se recusam a concorrer com o Mercosul na área agrícola - justamente onde somos mais competitivos.
E, além disso, como se não bastasse, a UE como um todo, para dificultar, hipocritamente, ainda mais o fechamento de um acordo, exige o equivalente a uma rendição total da nossa parte:
A liberação de quase 100% dos produtos e livre acesso, para suas empresas, como se nacionais fossem, a setores como serviços de engenharia e advocacia e ao gigantesco mercado de compras governamentais brasileiro, de dezenas de bilhões de dólares.
O recado é óbvio:
Não adianta ficar ganindo e mendigando com olhar pidão, para ter atenção ou uma migalha, porque não vamos ceder um centímetro, e, mesmo que vocês façam tudo, tudo o que queremos, poderão não ganhar nada em troca, está claro?
Como lembramos outro dia, grandes potências impõem acordos comerciais, e os pequenos países os assinam.
Nações que não tem uma indústria tão desenvolvida como a nossa, como a Argentina, ou outras, que, com salários miseráveis, se transformaram em mera linha de maquila, tendo prejuízos no comércio exterior, apesar de trabalharem como burros de carga montando produtos destinados a terceiros mercados, como o México (vide O México e a América do Sul), não tem outra saída a não ser se associar a outros países (esse é o projeto do Brasil para a América do Sul, por meio do Mercosul e da UNASUL) ou assinar acordos comerciais desvantajosos, para se integrar, subalternamente, à economia mundial.
Países maiores, com grandes mercados consumidores reais ou potenciais, como a China, preferem fechar suas economias durante anos, dedicando-se a desenvolver seu mercado interno, a indústria e a tecnologia, abrindo seletivamente seu território a empresas estrangeiras e cobrando um alto preço para quem quisesse ter acesso a ele, para depois se impor,  comercialmente, ao mundo.
A pergunta é a seguinte:
Vamos nos atrelar, como um mero vagão de commodities, ao trem puxado pela Europa e os Estados Unidos, onde sempre seremos tratados, apesar de nossos eventuais progressos, como um povo de segunda classe, ou, em nossa condição de oitava economia do planeta, vamos tentar estabelecer um projeto próprio e soberano, de longo prazo, como fazem outras potências intermediárias do nosso tipo, como a China, a Rússia e a Índia, que, aliás, não têm - nenhuma delas - acordos de livre comércio com a Europa ou os EUA?
Tentar emular, abjetamente os outros, e lamber o sapato alheio é fácil.
Difícil é trabalhar para erguer  no quinto maior território do mundo – assumindo a missão e o sacrifício –uma nação justa, forte, e independente, e legá-la, como fizeram em outros países que muitos no Brasil admiram e “copiam”, como um estandarte de honra e de prosperidade, para os nossos filhos.
 
Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Mega acumulou.

Mega-Sena acumula e próximo prêmio poderá chegar a R$ 105 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 1765 da Mega-Sena, cujo sorteio ocorreu neste sábado (28) no município paulista de Cândido Mota. Os números da loteria foram: 
01, 06, 28, 37, 56, 58. 
O prêmio acumulado para a próxima edição, na quarta-feira (2), é de R$ 105 milhões.
No concurso deste sábado, 185 apostadores acertaram cinco dezenas e receberão, cada um, R$ 28.048,25. Outros 9.138 atingiram a quadra e terão, cada um, R$ 811,20.

Bom dia

Com recorde de público, Ceará vence, rebaixa Macaé e permanece na Série B

Ainda não será dessa vez que o Ceará cairá para a Série C pela primeira vez em sua história. Com um gol de pênalti polêmico e muita emoção no final, o time alvinegro levou a melhor no confronto direto com o Macaé na tarde deste sábado, venceu por 1 a 0 e assim confirmou permanência na segunda divisão. Festa da torcida, que lotou o Castelão e fez o recorde de público da Série B 2015: 45.539 pagantes, e 46.920 no total.
Até então, o maior público havia sido registrado no jogo entre Santa Cruz e Botafogo, no Arruda, dia 8 de agosto, quando 44.865 torcedores compareceram ao estádio – sendo 43.320 pagantes.
Com o resultado, o Ceará termina a Série B com 45 pontos em 38 jogos, na 15ª colocação. O Macaé, por sua vez, junta-se a Mogi Mirim, Boa Esporte e ABC e vai mais uma vez disputar a Série C do Campeonato Brasileiro no ano que vem. Quem também se salvou foi o Oeste, que empatou com o Paysandu em Osasco e ficou com o 16º lugar, com 44 pontos.
Fases do jogo: Melhor em campo e com mais posse de bola, o Ceará foi criando chances ao longo do primeiro tempo, mas nenhuma delas de tanto perigo. Desta forma, foi preciso um pênalti (polêmico) para o time alvinegro ficar à frente no placar. Aos 41min, após bola cruzada na área, o juiz viu falta de Henrique em cima de Alex Amado (um encontrão nas costas do atacante, que subia para cabecear). Na cobrança, Rafael Costa deslocou o goleiro e fez 'explodir' a Arena Castelão. 1 a 0.
O cenário no segundo tempo foi outro. Precisando de pelo menos um gol para evitar o rebaixamento, o Macaé voltou mais incisivo, e passou a dividir a posse de bola e os ataques de perigo com o Ceará, que mais apostava nos contra-ataques. O time alvinegro não conseguiu 'matar o jogo', desperdiçando boas chances, e deu ao time fluminense uma chance de ouro. Já nos acréscimos, Jones acertou lindo chute quase da entrada da área, no ângulo; foi a vez de Éverson brilhar, fazer milagre e garantir o Ceará na Série B.
O melhor: Tiago Cametá. Boa opção ofensiva pela direita. Correu demais, e também foi bem no setor defensivo.
Para lembrar:
1ª vez.  Foi a estreia do técnico Lisca no Castelão, pelo Ceará. Até então, ele só tinha comandado o time alvinegro, como mandante, no Presidente Vargas.
Goleador. Com o gol de pênalti, o atacante Rafael Costa terminou esta Série B como artilheiro do Ceará, com nove gols.

Bom bandido é o delator?

Parentes e amigos de Delcídio Amaral (PT-MS) aconselharam o senador a negociar um acordo de delação premiada. Eles avaliam que esse seria o melhor caminho para tirar o petista da prisão ainda este ano, a tempo de passar o Natal com a família.
Em conversas reservadas nos últimos dois dias, o entorno mais próximo do senador considerou pequenas as chances de Delcídio conseguir um habeas corpus na Justiça após a divulgação da gravação feita por Bernardo Cerveró. Na conversa, Delcídio relata suposta pressão a ministros do Supremo Tribunal Federal em busca de um habeas corpus para o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, pai de Bernardo.

PF prende Mirantercia e Zé de AMélia

O ex-presidente da Câmara Municipal de Juazeiro no Norte, José Duarte Pereira Júnior, conhecido como "Zé de Amélia" e sua esposa, a ex-vereadora Mirantercia Sampaio foram preso no fim da tarde deste sábado, 28, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, segundo informações da Polícia Federal (PF).
De acordo com a PF, os dois deixavam a filha no aeroporto quando foram presos. O ex-presidente da câmara e a esposa estavam foragidos há mais de um ano por envolvimento no "escândalo das vassouras". Eles ficarão presos na sede da PF e depois serão encaminnhados para Juazeiro no Norte.

Mutirão da vassoura

Prefeitura realiza operação de limpeza, manutenção e ordenamento no Centro

A Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio da Secretaria Regional Centro (Serce), está realizando, desde o início de novembro, um trabalho intensivo de ordenamento e limpeza do Centro para receber a grande movimentação de fortalezenses e turistas neste final de ano. No cronograma estão previstos serviços de varrição e coleta de lixo, lavagem, capinação e raspagem, poda de árvores, pintura de meio-fio e a nova demarcação dos locais permitidos aos ambulantes, além de reforço na fiscalização.
A Regional Centro estima que durante o mês de dezembro circule mais de 600 mil pessoas por dia no quadrilátero principal da região, formado pelas avenidas Dom Manuel, Imperador, Duque de Caxias e Leste-Oeste. Entre as ações já executadas, estão a poda de árvores na Praça do Ferreira, Praça dos Leões, Avenida Monsenhor Tabosa e Passeio Público, e a capinação e raspagem de ruas, como Floriano Peixoto, Barão do Rio Branco e Tristão Gonçalves. Também já foi realizada a lavagem das galerias, calçadas de lojas da Praça do Ferreira e do entorno da Igreja Nossa Senhora do Rosário.
Até o dia 15 de dezembro, a Regional Centro também fará a pintura de meio-fio de todas as ruas do quadrilátero e da nova demarcação dos espaços permitidos aos vendedores ambulantes. Esta última contemplará as galerias Guilherme Rocha e Liberato Barroso, e a rua General Sampaio no trecho entre as duas galerias. O objetivo é organizar e padronizar a disposição dos camelôs, impedindo a poluição visual e os prejuízos à mobilidade urbana. Cada novo espaço pintado terá 1,10 m por 0,80 m e os vendedores deverão adaptar suas bancas a esta medida. Também não será mais permitido pendurar produtos nos guarda-sóis, e o limite de manequins por banca será de, no máximo, dois. A fiscalização também será intensificada neste período com a contratação de 40 novos auxiliares de fiscais.
Para a operação, a Regional Centro está contando com o apoio da Ecofor e da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb).
(Prefeitura de Fortaleza)