Missa das 10


As dez horas, em ponto, começa a Missa no Mosteiro de São Bento, em Messejana, Fortaleza.

...e se eu fosse médico e me chamasse Meraldo, assinaria esss texto aí

Mata Mosquito (Recordação da infância)

projeto memoria

Por Meraldo Zisman

…Lembro-me bem do gancho de arame envergado que prendia a bandeirinha, noticiando a presença do homem da higiene naquela casa, para segurança dos moradores…

Idealizada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz (1872- 1917), a Brigada Mata–Mosquitos, era formada por grupos de funcionários do Serviço Sanitário que visitavam as moradias e exigiam das pessoas a eliminação das poças d’água e dos recipientes que acumulavam a água da chuva, objetivando dessa forma acabar com os focos de reprodução dos mosquitos transmissores da febre amarela. Em 1963, o Exército Brasileiro concedeu a denominação de “Batalhão Oswaldo Cruz” ao 1º Batalhão de Saúde, unidade expedicionária. Em 1969, com a extinção do 1º BS, a 1ª Companhia de Saúde herdou a denominação.

Conferir: (http://www.hcmp.eb.mil.br/ocruz.htm).

Mata Mosquito não é tampouco nome de nenhum repelente ou campanha contra o mosquito Ædes egygty que está, infelizmente, na moda e na mídia.

Quando assisto o pânico midiático que está ocorrendo me recordo desses servidores que, como muita coisa boa no Brasil, desapareceram ou encantaram-se. É importante que as gerações atuais saibam do motivo que me levou a escrever esta crônica. Em especial, no momento atual, quando a mídia alardeia epidemias de dengue, chicungunha (que o povo apelidou de Chico-Cunha) e outras assemelhadas, além do nascimento de bebês portadores de microcefalia, que muitos pensam ser coisa nova.

Fico pensando na minha rua, nos meus tempos de criança. Das casas de porta e janela, dos lampiões de gás, dos vizinhos, das conversas nas cadeiras nas calçadas e das visitas domiciliares dos guardas da higiene ou mata-mosquito. Bem como das casas que eram marcadas pelas bandeiras amarelas penduradas nos postigos quando da visita do “homem da higiene”.

A bandeirinha amarela tremulando impávida, soprada pela brisa morna da Rua da Alegria no Bairro da Boa Vista do/no meu Recife.

Lembro-me bem do gancho de arame envergado que prendia a bandeirinha, noticiando a presença do homem da higiene naquela casa, para segurança dos moradores.

Oswaldo Cruz
Oswaldo Cruz

Mamãe dizia que eles eram educados. Batiam nas portas e gritavam:

– Ô de casa. Ô de casa: — Higiene.

Envergavam túnica caqui-Floriano e calçavam botas de cano longo, naquele tempo denominada de perneiras ou pederneiras. Lanterna na mão e, pendurado nas costas, um cilindro meio misterioso cheio de inseticida. Antes de entrar nas casas, limpavam o solado do calçado quase militar, esfregando a sola da bota na soleira da porta de entrada. Visita: semanal, quinzenal ou mensal. Variava. De acordo com a época do ano.

Ao entrar na casa iam direto ver o banheiro e, com sua lanterna de bolso, (como se chamava antigamente) alumiava a latrina, a pia, a descarga, a caixas d’água e frestas. Qualquer lugar onde podia existir qualquer poça d’água. Água parada merecia as devidas atenções, dando-se borrifadas do liquido misteriosamente embutido naquele estranho cilindro que portavam às costas. Além disso, suspeitavam de bacias, panelas ou depósitos de água. Seja da chuva ou de água guardada.

Ao sair, escreviam a data da visita sanitária num papel colado na parte de dentro da porta do banheiro. O mata-mosquito era respeitado por todos os moradores, pois ostentava as armas da república.

Sem saudosismos piegas ainda escuto a voz da professora louvando os feitos do doutor Oswaldo Cruz. Nome da escola em que eu estudava.

Hoje com uma profusão de mídia, pesquisas, campanhas contra o mosquito transmissor do dengue e da zica, ‘epidemia’ de microcefalia e o pânico da população fico perguntando onde foram parar os guardas da higiene. Desapareceram? Caíram de moda?

Fui ao Google procurar o que havia sobre Mata-Mosquito, Homem da Higiene e encontrei cerca 645.000 referências. Poucos mencionavam o Mata-mosquito. A maioria faz propaganda de marcas de repelentes, sprays e até sofisticados apetrechos eletrônicos úteis (segundo a propaganda) para o combate aos mosquitos. Depois de muito procurar, encontro um site que falava do assunto por mim buscado.

www.projetomemoria.art.br/OswaldoCruz/biografia/02_brigadas.htm

Convido-o a visitarem-no. Principalmente para vocês que são membros das gerações da internet. Certeza tenho de que vão encontrar muito mais resultados do que… eu. Não necessita procurar nos livros. É apenas uma sugestão. Basta dar um “cliquezinho”.

OK. Depois nós conversamos. Se assim o desejarem. Fica o convite.

Brigada contra os mosquitos
Brigada contra os mosquitos

——

Meraldo ZismanMédico, psicoterapeuta. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). 

 

Em tempo - Eu trocaria Recife por Sobral e rua da Alegria por Praça João Pessoa.

Bom dia

Ninguém acertou os seis números sorteados nesta noite de sábado (30) da Mega-Sena. A estimativa para concurso, que será realizado na quarta-feira (dia 3 de fevereiro), é de R$ 30 milhões, informou a  Caixa Econômica Federal.
As dezenas premiadas do concurso realizado na cidade de Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais, foram:
05 - 11 - 27 - 41 - 42 - 54. 
A Caixa informou ainda que 91 apostas acertaram a quina e cada uma terá direito a R$ 29.194,90. Outras 6.410 apostas acertaram a quadra e valor do prêmio é de R$ 592,09.
O prêmio da Mega está acumulado há quatro concursos, pois a última vez em que houve ganhador foi no concurso 1.781, quando foi dividido por dois apostadores.

ACUMULOU

Dilma e Obama em guerra. Contra a Zika.

Leia Mais:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pela-1-vez-na-historia--brasil-passa-a-ficar-entre-10-maiores-cotistas-do-fmi,10000013838
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A presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiram criar um grupo de alto nível para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika. Os dois conversaram nesta sexta-feira (29), por telefone, e concordaram em unir esforços para produzir a vacina e produtos terapêuticos contra o vírus. O Zika está relacionado à ocorrência de microcefalia em recém-nascidos.
A base das pesquisas será a cooperação já existente entre o Instituto Butantan e o National Institute of Health (NIH), que já estudam uma vacina contra a dengue, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Durante a ligação, Dilma e Obama determinaram que o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro, e o Departamento de Saúde dos Estados Unidos mantenham contato a fim de aprofundar a cooperação bilateral na área.
Essa semana, o governo federal intensificou as ações de mobilização para eliminar de criadouros do Aedes aegypti. Outro vírus transmitido pelo mosquito, o chikungunya, provocou a morte de uma pessoa no Recife. Danielle Santana, de 17 anos, teve miosite aguda, que está relacionada ao vírus.
(Agência Brasil)
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Opinião

O Ministério Público e as "cenas proibidas" da Operação Lava-Jato

Mauro Santayana
A defesa de Marcelo Odebrecht, detido no contexto da Operação Lava-Jato, pediu a reabertura do inquérito – que já entra na fase de julgamento - depois que descobriu que trecho do depoimento em vídeo feito pelo delator “premiado” Paulo Roberto Costa em que ele eximia Odebrecht de participação direta no esquema de propina foi omitido na transcrição feita pelo Ministério Público, e encaminhada ao Juiz Sérgio Moro, ainda antes da prisão do empresário.
 “Se a declaração completa estivesse nos autos, obviamente teria inibido o juiz a determinar a realização de buscas e apreensões e a prisão de uma pessoa que foi inocentada por aquele que é apontado como coordenador das condutas criminosas no âmbito da Petrobras”, declarou o advogado Nabor Bulhões, que solicitou acesso a todos os outros depoimentos em vídeo que citem seu cliente, para se assegurar que eles não foram alterados e correspondem às transcrições.
Marcelo Odebrecht
Marcelo Odebrecht
Em resposta à solicitação, o Juiz Sérgio Moro disse que “processo anda para frente” e deu a entender que não se pode voltar a etapas já encerradas para mudar essa questão.
E o Ministério Público, por intermédio do Procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, deu a entender que a transcrição não é literal devido ao termo de declarações ser “fidedigno” porque “sua função é resumir os principais pontos do que foi dito”.    
Ao agir como o fez, o MP promove censura subjetiva ao alterar o teor das declarações, quase como se cortasse cenas “proibidas” de um filme inadequado para certos tipos de público.  
 Quem deverá julgar o que é importante ou não no depoimento dos delatores da Operação Lava-Jato, é a sociedade brasileira, no final desse processo interminável que parece pretender se tornar um fator de intervenção permanente no processo político brasileiro.
Principalmente porque, como ocorreu no caso do “mensalão”, ele se sustenta, básica e exatamente, nisso: mais em delações “premiadas” e em distorcidas interpretações de teorias como a do Domínio do Fato, do que em provas concretas.  
Cada cidadão brasileiro deve ter o direito de ver, como um strip-tease perverso - e ter a possibilidade de interpretar do jeito que lhe apeteça - cada detalhe, cada palavra dita, cada suspiro entre frases, cada insinuação, cada sugestão, cada levantar de sobrancelha, de cada um dos presentes em cada audiência em que se procederam essas  “delações”.
Subjetivamente, se for o caso.
Emocionalmente.
Do mesmo jeito que esses mesmos “depoimentos” – e provas discutíveis, cheias de “se”, de ilações e de condicionantes - têm sido produzidas, aceitas, interpretadas e julgadas pelos procuradores e o juiz da Operação Lava-Jato.
A esses senhores não lhes foi facultado o direito de cortar ou alterar um segundo, ou de decidir, de per si, o que é ou não relevante na fala de cada “delator”.
Qualquer corte nesses depoimentos poderá ser interpretado como uma tentativa de manipulação e de grave alteração das provas que estão, ou deveriam estar - registradas, protegidas e incólumes - à disposição da justiça e da própria História.
Não é aceitável que, em uma operação como a Lava-Jato, que se sustenta quase que totalmente no disse me disse de bandidos, muitos dos quais já se encontram, na prática, em liberdade, ainda se alterem os depoimentos transcritos em desfavor de citados que podem estar sendo caluniados ou vir a ser condenados devido a essas mesmas delações.
Nesse caso, cada palavra é preciosa, e pode ser fundamental para a defesa dos réus em instâncias superiores às quais eles têm o direito de recorrer, e certamente recorrerão, no futuro.
Está muito equivocado o MP,  quando pretende restringir o que deve ser ou não divulgado ao que “interessa” ou não “interessa” à investigação.
Há muito a Operação Lava-Jato deixou de ser um mero processo judicial.
O que está em jogo, nesse esquema que se imiscuiu, ao ritmo dessas delações, como os antigos inquéritos stalinistas, por todo o país e os mais variados setores da sociedade e da economia brasileiras, é o futuro da Nação e da República.
E mais grave ainda, a curtos e médios prazos, o destino direto e indireto de obras, projetos e programas estratégicos para o desenvolvimento nacional, nas áreas de energia, defesa e infra-estrutura, para não falar da sobrevivência da engenharia brasileira e de milhares de trabalhadores que estão perdendo postos de trabalho, porque se confunde o combate a uma ação de corrupção que envolveria teoricamente uma comissão de 3%, com a destruição e a inviabilização, paralisia e sucateamento dos outros 97% que foram efetivamente, inequivocamente, aplicados em equipamentos, obras, empregos, investimentos, com o precioso dinheiro do contribuinte.    
E que não se alegue sigilo de justiça.
Porque além de “editar” o que se considera que deve ser omitido, permite-se, paradoxalmente, que se divulgue, seletivamente, por outro lado, o que alguns acham que deva ser levado aos olhos e ouvidos da população, em uma operação em que o Juiz defende publicamente o “uso” pelo judiciário da imprensa na conquista do apoio da opinião pública, e que desde o início deveria ter sido chamada de “Queijo Suíço”, para ressaltar o seu caráter de inquérito mais vazado da história do Brasil.
Finalmente, a pergunta que não quer calar é a seguinte: se Paulo Roberto Costa tivesse dito que Marcelo Odebrecht tratava diretamente com ele de propina, ou lhe entregava pessoalmente dinheiro, o trecho teria sido cortado da transcrição de seu depoimento?
Ou acabaria “vazando” e sendo amplamente divulgado pelos jornais, portais e revistas?

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Opinião

Depressão cívica
Quando ocorreu a crise do Banco Lehman Brothers, em 2008, nos EUA, os efeitos se propagaram de forma perversa por outras economias  levando descontrole a vários países em razão da tendência natural do processo de globalização. Na época, particularizando a situação brasileira, alguns especialistas disseram que era um “tsunami” econômico; outros afirmaram que estávamos enfrentando uma “marolinha” e, na nossa modesta opinião, ressaltamos algumas vezes que se tratava de uma “marola”. Como se diz, “nem tanto ao mar nem tanto à terra”. Não obstante, o risco em virtude do início do problema ter sido nos EUA, principal parceiro econômico do Brasil, ocorreu relativa acomodação motivada por indicadores econômicos satisfatórios, tais como, taxas de inflação, de desemprego, de crescimento, de câmbio, bem como as contas externas apresentando resultados aceitáveis, em razão das exportações de “commodities”, principalmente, para a China expansionista. Diante deste prisma de referência, ao longo do tempo, o Governo passou a se afastar do chamado tripé macroeconômico(metas de inflação, equilíbrio fiscal e câmbio flutuante), como também não buscou outros mercados na Europa e na Ásia, por exemplo, ficando preso ao Mercosul, notadamente, à Argentina e à Venezuela, dois países com dificuldades significativas. Não procuramos a Aliança do Pacífico. Some-se a isto, as deploráveis consequências motivadas, lamentavelmente, por desvios de conduta, com destaque para os conhecidos escândalos do mensalão e do petrolão. O quadro atual não é nada animador. As estatísticas oficiais estão mostrando.
 
 Gonzaga Mota- Professor  aposentado da UFC, ex-Governador do Ceará e meu amigo.

Posto Pompeuzinho



Prefeito Roberto Cláudio entrega sétimo posto de saúde construído na atual gestão

O prefeito Roberto Cláudio entregou nesta quinta-feira (28/01), o sétimo novo posto de saúde construído na atual gestão. A unidade Dr. Pompeu Vasconcelos está localizada no bairro Barroso – Conjunto João Paulo II (Regional VI) e atenderá cerca de 13 mil pessoas na região, tendo investimentos da ordem de R$ 1.605.042,36.

“Mesmo sabendo que há muito o que melhorar, já houve grandes avanços na saúde primária de Fortaleza. Foram colocados 220 médicos novos nos postos de saúde já existentes e estamos entregando hoje o sétimo posto novo, de um pacote de 25 novos”, disse o Prefeito. Ainda segundo ele, a cobertura do Programa de Saúde da Família passou de 20% para 65%: “em mais de 10 anos que nos antecederam foram entregues apenas dois postos novos, só para se ter uma ideia”.

Ainda durante a solenidade de entrega do novo posto, o Prefeito assinou ordem de serviço para drenagem, terraplanagem e pavimentação da Rua 5. Segundo o titular da Secretaria de Infraestrutura, Samuel Dias, a obra vai resolver uma antiga demanda da população. “É uma rua que tem muito problema de drenagem, passa um riacho lá e sempre que chove alaga, mas com a obra isso vai se resolver”, afirmou.

De acordo com a secretária Municipal da Saúde de Fortaleza, Socorro Martins, a entrega da nova unidade de saúde representa mais um compromisso cumprido pelo Prefeito. “Nosso maior objetivo é melhorar a qualidade de vida da população mais carente de Fortaleza. O posto vai funcionar de 7h da manhã às 19h da noite com exames e medicamentos”, disse.