Bom dia

Homenagens pelos 172 anos de Padre Cícero em São Paulo

O prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo, esteve no Centro de Tradições Nordestinas (CTN) em São Paulo participando de homenagens prestadas ao Padre Cícero ainda pela passagem dos 172 anos de seu nascimento, que transcorreu quinta-feira. Neste domingo uma placa comemorativa marcou o reconhecimento da Arquidiocese de São Paulo às virtudes do sacerdote. Naquele espaço, o Padre Cícero sempre foi ovacionado e uma estátua do mesmo terminou ali inaugurada.
Além de Raimundão, a Secretária de Cultura e Romaria, Marli Bezerra, esteve no Centro. Para o prefeito, desde que o Vaticano anunciou a reconciliação da Igreja com o Padre Cícero as homenagens se multiplicaram por todas as partes. O CTN foi criado pelo empresário José de Abreu e se tornou o ponto de encontro dos nordestinos em São Paulo. Em recente visita ao local, o bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, Dom Sérgio de Deus Borges, reconheceu a força do Padre Cícero e abençoou uma foto do sacerdote.
No próximo mês, a direção do Centro de Tradições pretende levar um padre de Juazeiro do Norte para celebrar uma missa em São Paulo. Raimundão lembrou que, em 1993, o CTN sediou uma campanha de coleta com mais de 600 mil assinaturas em favor da reabilitação de Padre Cícero. O abaixo assinado se juntou com uma farta documentação levada ao Vaticano com esse objetivo. No CTN, Raimundão visitou ainda o pequeno memorial dedicado a Padre Cícero.


Comitê vai funcionar.

Comitê pela Prevenção de Homicídios na Adolescência realiza audiência no Bom Jardim nesta terça-feira (29/03)

O Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência realiza nesta terça-feira (29 de março) uma audiência pública territorial no Grande Bom Jardim, em Fortaleza. O encontro será a partir das 18 horas, na Escola Estadual de Educação Profissional Ícaro Moreira de Sousa (Rua José Martins, 2002 - Granja Lisboa) e deve reunir moradores dos cinco bairros que integram o Grande Bom Jardim - Siqueira, Canindezinho, Granja Lisboa, Granja Portugal e Bom Jardim.

O objetivo é ouvir das pessoas a opinião acerca do que aproxima e o que poderia afastar meninos e meninas da violência que os leva ou a matar ou a morrer, a partir das realidades onde vivem. O Comitê tem como presidente o deputado estadual Ivo Gomes (PDT) e, como relator, o deputado Renato Roseno (PSOL).

Audiências territoriais também serão realizadas no Vicente Pinzon, Jangurussú e Barra do Ceará, além de cidades do interior e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) com os maiores índices de homicídio na faixa de 10 a 19 anos – sendo um de cada macrorregião cearense.

Os debates e sugestões oriundos das audiências, junto com as considerações resultantes de seminários temáticos e com o resultado da pesquisa de campo que buscará compreender as dinâmicas – no âmbito individual, familiar, comunitária e institucional – que levaram crianças e adolescentes a serem vítimas ou a cometerem homicídios serão a matéria-prima para a elaboração de um relatório com recomendações para a superação do atual quadro. O documento será entregue aos gestores públicos municipais e estadual e às entidades do sistema de garantia de diretos.

Números – Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)/Secretaria Municipal de Saúde mostram a escalada da violência letal na adolescência em Fortaleza, em uma proporção que supera os homicídios entre adultos: em 2000, foram assassinados na capital cearense 95 pessoas com idades entre 10 e 19 anos. Passada uma década, o número já era 312. Em 2013, chegou a 635; e a 600 em 2014 e 429 em 2015 – mais da metade de todos as mortes nessa faixa etária em todo o Estado, em 2015 (817, segundo dados da SSPDS).

Sobre o Comitê – O Comitê é uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Ceará, em parceria com o Governo do Estado do Ceará e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) criada com o objetivo de compreender o fenômeno da violência entre os jovens – com foco na faixa etária de 10 a 19 anos – para elaborar propostas de políticas públicas que apontem para a prevenção e a redução de homicídios cometidos por adolescentes e contra adolescentes no Ceará.

Por favor, tratem o bicho por mosquito da dengue

Assembleia Legislativa: Frente Parlamentar vai acompanhar e sugerir medidas para combater o agente transmissor do Zika vírus

A Assembleia Legislativa do Ceará entrou na guerra contra o mosquito Aedes aegypti. Uma Frente Parlamentar composta por seis deputados será instalada nesta terça-feira (29/03) para colaborar e articular, em conjunto com a sociedade civil, medidas para erradicação do mosquito, vetor de doenças como a dengue, a febre chikungunya e a zika. 
A instalação da Frente atende a requerimento do líder do PSDB na Assembleia, deputado Carlos Matos. Além do tucano, vão compor a Frente os seguintes parlamentares: Dr. Sarto (PDT); Fernanda Pessoa (PR); Agenor Neto (PMDB); Roberto Mesquita (PSD) e Evandro Leitão (PDT), líder do governo na Casa.
Na ocasião, serão designados o presidente e o relator da Frente Parlamentar, que devem elaborar o calendário de atividades e definir as ações. Um relatório com diagnósticos e sugestões para a erradicação das doenças transmitidas pelo Aedes deve ser apresentado aos órgãos competentes ao final dos trabalhos. 

Casos no CE
Segundo dados do último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado, entre janeiro e março deste ano, foram registrados 5.470 casos prováveis de dengue no Ceará, sendo 39,7% (2.172) confirmados. Em 2016, foram notificados 24 casos de formas graves da doença, sendo onze confirmados. Uma pessoa morreu vítima da doença.
Em relação aos casos de microcefalia no Ceará, de outubro de 2015 a 18 de março de 2016, foram notificados 417 casos. Destes, 16,3% (68/417) foram confirmados, 24,0% (100/417) foram descartados e 59,7% (249/417) estão em investigação.

Segurança

Novo Mercado dos Peixes na Beira Mar contará com posto policial

Este será o segundo posto implantando no local, através da Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado do Ceará.

O novo Mercado dos Peixes, na Beira Mar (SER II) revitalizado e entregue no último dia 18/03, pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setfor) deverá contar nos próximos dias, com um posto fixo da Polícia Militar no local.

Na manhã desta segunda-feira (28/03), o secretário de Turismo de Fortaleza, Elpídio Nogueira recebeu a visita do secretário de Segurança Pública do Estado do Ceará, Delci Teixeira e do Comandante da Polícia Militar, Coronel Giovani Pinheiro.

Durante o encontro, foram discutidas todas as providências para a instalação da nova base fixa de policiamento da Beira Mar, em Fortaleza. A previsão é que no local funcione uma sala de monitoramento, interligando todas as câmeras de segurança da orla.
Este será o segundo posto policial implantando na Beira Mar, através da Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado do Ceará.

“Nosso objetivo em curto prazo é implantar três pontos fixos da PM, na orla. O primeiro já concluído, que fica em frente ao Náutico, onde tivemos a parceria da iniciativa privada, através da ABIH. Agora, a Prefeitura de Fortaleza está cedendo um espaço dentro do próprio Mercado para garantir que a segurança seja estendida para toda a orla. O terceiro posto policial ficará na antiga Casa do Turista, também localizada na Avenida. A ideia é que a cada um (1) quilômetro tenhamos um posto policial.”, explicou Elpídio Nogueira.

Ainda de acordo com o secretário Municipal de Turismo, os permissionários do Mercado dos Peixes serão contemplados com cursos de capacitação, padronização de mesas, cadeiras e uniformes. “O prefeito Roberto Cláudio tem toda uma preocupação em capacitar esses permissionários. Vamos oferecer curso de manuseio e manipulação de alimentos, sugestões de vendas de novos pratos, higienização e informações da legislação pertinente ao setor. A ideia é também uniformizar e padronizar o espaço das frituras”.

O Mercado dos Peixes, totalmente reformado pela Prefeitura de Fortaleza, conta agora com uma nova estrutura de 45 boxes para venda e quatro boxes de frituras, além dos blocos de administração, pesagem de mercadorias, associação dos permissionários, vagas de estacionamento, banheiros públicos e caixa d'água.

Francisco fala de esperança

Papa diz que o mundo tem sede de esperança

O papa Francisco pediu nesse sábado (26) à Igreja e aos fiéis católicos que difundam a esperança a um mundo sedento dela. A declaração foi feita durante a homilia na vigília do sábado de aleluia, celebrada na basílica de São Pedro. Na Vigília Pascal, ritual da semana santa no qual os católicos aguardam a ressurreição de Jesus Cristo, o papa salientou como hoje é necessária tanta esperança e que é preciso difundi-la e proclamar Cristo ressuscitado “com a vida e com o amor”.
“Se assim não for, seremos um organismo internacional com um grande número de seguidores e boas normas, mas incapaz de apagar a sede de esperança que tem o mundo”, disse.
Numa das cerimônias mais solenes e carregadas de simbologia da Semana Santa, Francisco deu o exemplo de Pedro, que, diante da morte de Cristo, não se deixou “dominar pelas suas dúvidas, afundar pelos remorsos, o medo e os boatos contínuos que não levam a nada”.
“Sem ceder à tristeza ou à escuridão, abriu-se a voz da esperança: deixou que a luz de Deus entrasse no seu coração sem a apagar”, acrescentou Francisco, que também citou as mulheres que socorreram ao sepulcro. O papa indicou aos fiéis que, tal como Pedro e as mulheres, “nem nós encontraremos a vida se permanecermos tristes e sem esperança e fechados em nós mesmos”.
O papa aconselhou a abrir os “túmulos selados para que Jesus entre e os encha de vida” e livrar-se “do rancor e das lajes do passado, das pedras pesadas, das fraquezas e das quedas”. A respeito dessas “pedras pesadas”, Francisco disse que a primeira a remover não pode ser outra senão “ser cristão sem esperança”, o que implica viver “como se o Senhor não tivesse ressuscitado e os problemas fossem o centro da vida”.
(Agência Brasil)

Os meninos estão de AK-47

Dois fuzis AK-47 e um fuzil M-16 foram apreendidos neste domingo (27), no bairro Sapiranga, em uma operação da Polícia Civil. As armas estavam com suspeitos de roubo a bancos, que foram encaminhados para a Delegacia de Roubo e Furtos (DRF). A Polícia agora investiga se o grupo possui ligação com facções criminosas de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Em uma outra ocorrência policial, uma quadrilha atacou uma empresa de segurança, no bairro Paupina, e levou armas, munições e coletes à prova de bala. A Polícia tenta identificar o grupo e realiza um cerco na área.

Opinião

‘Congresso gangsterizado não tem legitimidade para julgar sequer síndico de prédio’

Em artigo na Folha de S.Paulo, o professor e filósofo Vladimir Safatle critica o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

A crer no andar atual da carruagem, teremos um golpe de Estado travestido de impeachment já no próximo mês. O vice-presidente conspirador já discute abertamente a nova composição de seu gabinete de “união nacional” com velhos candidatos a presidente sempre derrotados. Um ar de alfazema de República Velha paira no ar.
O presidente da Câmara, homem ilibado que o procurador-geral da República definiu singelamente como “delinquente”, apressa-se em criar uma comissão de impeachment com mais da metade de deputados indiciados a fim de afastar uma presidenta acusada de “pedaladas fiscais” em um país no qual o orçamento é uma mera carta de intenções assumida por todos.
Se valesse realmente este princípio, não sobrava de pé um representante dos poderes executivos. O que se espera, na verdade, é que o impeachment permita jogar na sombra o fato de termos descoberto que a democracia brasileira é uma peça de ficção patrocinada por dinheiro de empreiteiras. Pode-se dizer que um impeachment não é um golpe, mas uma saída constitucional. No entanto, os argumentos elencados no pedido são risíveis, seus executores são réus em processos de corrupção e a lógica de expulsar um dos membros do consórcio governista para preservar os demais é de uma evidência pueril. Uma regra básica da justiça é: quem quer julgar precisa não ter participado dos mesmos atos que julga.
O atual Congresso, envolvido até o pescoço nos escândalos da Petrobras, não tem legitimidade para julgar sequer síndico de prédio e é parte interessada em sua própria sobrevivência. Por estas e outras, esse impeachment elevado à condição de farsa e ópera bufa será a pá de cal na combalida semi-democracia brasileira.
Alguns tentam vender a ideia de que um governo pós-impeachment seria momento de grande catarse de reunificação nacional e retomada das rédeas da economia.
Nada mais falso e os operadores do próximo Estado Oligárquico de Direito sabem disto muito bem. Sustentado em uma polícia militar que agora intervém até em reunião de sindicato para intimidar descontentes, por uma lei antiterrorismo nova em folha e por um poder judiciário capaz de destruir toda possibilidade dos cidadãos se defenderem do Estado quando acusados, operando escutas de advogados, vazamento seletivo e linchamento midiático, é certo que os novos operadores do poder se preparam para anos de recrudescimento de uma nova fase de antagonismos no Brasil em ritmo de bomba de gás lacrimogêneo e bala.
Uma fase na qual não teremos mais o sistema de acordos produzidos pela Nova República, mas teremos, em troca, uma sociedade cindida em dois.
O Brasil nunca foi um país. Ele sempre foi uma fenda. Sequer uma narrativa comum a respeito da ditadura militar fomos capazes de produzir. De certa forma, a Nova República forneceu uma aparência de conciliação que durou 20 anos. Hoje vemos qual foi seu preço: a criação de uma democracia fundada na corrupção generalizada, na explosão periódica de “mares de lama” (desde a CPI dos anões do orçamento) e na paralisia de transformações estruturais.
Tudo o que conseguimos produzir até agora foi uma democracia corrompida. A seguir este rumo, o que produziremos daqui para a frentes será, além disso, um país em estado permanente de guerra civil.
Os defensores do impeachment, quando confrontados à inanidade de seus argumentos, dizem que “alguma coisa precisa ser feita”. Afinal, o lugar vazio do poder é evidente e insuportável, logo, melhor tirar este governo. De fato, a sequência impressionante de casos de corrupção nos governos do PT, aliado à perda de sua base orgânica, eram um convite ao fim.
Assim foi feito. Esses casos não foram inventados pela imprensa, mas foram naturalizados pelo governo como modo normal de funcionamento. Ele paga agora o preço de suas escolhas.
Neste contexto, outras saídas, no entanto, são possíveis. Por exemplo, a melhor maneira de Dilma paralisar seu impeachment é convocando um plebiscito para saber se a população quer que ela e este Congresso Nacional (pois ele é parte orgânica de todo o problema) continuem. Fazer um plebiscito apenas sobre a presidência seria jogar o país nas mãos de um Congresso gangsterizado.
Em situações de crise, o poder instituinte deve ser convocado como única condição possível para reabrir as possibilidades políticas. Seria a melhor maneira de começar uma instauração democrática no país. Mas, a olhar as pesquisas de intenção de voto para presidente, tudo o que a oposição golpista teme atualmente é uma eleição, já que seus candidatos estão simplesmente em queda livre. Daí a reinvenção do impeachment.