Opinião



Xadrez do desmonte da democracia


Peça 1 – os referenciais para analisar a crise

Os referenciais em torno dos quais montaremos nossos cenários:
1.     O maior agente político continua sendo a massa dos bestificados que saem às ruas impulsionados pelo ódio e pela intolerância exarados pela mídia e pela Lava Jato.
2.     Quase todas palavras de ordem pré-impeachment se esvaziaram. Agora, o alvo da mobilização é o Congresso, com todos seus defeitos, o último setor de manifestação do voto popular. E a turba sendo engrossada por procuradores e juízes, em uma nítida perda de rumo das instituições.
3.     Agora, se tem um Judiciário brigando com o Legislativo, procuradores de Força-Tarefa assumindo a liderança da classe, se sobrepondo ao Procurador Geral, em um quadro de indisciplina generalizada e crescente.
4.     Esse clímax se dará com a revelação das delações da Odebrecht, tornando mais aguda a crise, a desmoralização da política e a busca de saídas milagrosas.
5.     Se terá então a crise econômica se ampliando, o vácuo político se acentuando, e massas raivosas atrás de qualquer solução, por mais ilusória que seja, como esse cavalo de batalha contra a Lei Anti-abusos.
Vamos montar, por partes, esse mapa do inferno.

Peça 2 – o fim de Temer, o breve

A economia se moverá seguindo o roteiro abaixo:
1.     O governo Michel Temer acabou. Trata-se de um político menor e pior do que as piores avaliações sobre ele.
2.     A era Henrique Meirelles também acabou.
3.     O país está à beira de uma depressão, com convulsão social e com um governo sem diagnóstico e sem condição de comandar a recuperação.  Mas o mercado insistirá em uma última tentativa, seguindo o jogo das expectativas sucessivas, conforme você poderá conferir no artigo “Como o marketing reduziu a economia a um produto de boutique”( https://is.gd/WXBqJW).
Henrique Meirelles e sua tropa deixarão de ser a equipe brilhante que salvaria a economia. Daqui para a frente, serão colocados no limbo, e a nova equipe brilhante será a do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que é um Meirelles elevado à tríplice potência.
O problema da equipe econômica que assumiu as rédeas é que o seu objetivo não é o de recuperação da economia, impedindo um desastre social, mas o de destruir qualquer vestígio do modelo anterior, um ideologismo barato e cego, marca, aliás, de boa parte do pensamento econômico brasileiro.

Peça 3 – o governo de transição

Com o fim do governo Temer, aventa-se uma eleição indireta com Fernando Henrique Cardoso, trazendo Armínio Fraga para aprofundar o ajuste fiscal.
Aparentemente, essa loucura não se consumará por dois motivos.
Motivo 1 – FHC refugou.
Em duas manifestações seguidas, FHC admitiu o óbvio: sem a recuperação do voto, através de novas eleições diretas, será impossível a implementação de qualquer programa econômico minimamente consistente. Na verdade, FHC tem noção de suas próprias limitações. Em momentos menos graves – como no processo inicial de consolidação do Real e no início do segundo mandato – FHC foi incapaz de uma ação proativa sequer. Limitou-se a seguir o receituário de seus economistas, de um enorme aperto fiscal, que contribuiu, nos dois casos, para uma economia estagnada durante seus dois mandatos.
Motivo 2 – a aposta errada no aperto
Além disso, caiu a ficha da classe empresarial sobre a loucura de persistir nessa política suicida. Mesmo no mercado, a sensação é que a persistência do quadro recessivo não permite ganhos a ninguém, mesmo ao mercado. E abre o risco de algum populismo de direita, que transforme o mercado no bode expiatório.
A discussão que se iniciará agora é sobre o momento e a oportunidade das novas eleições diretas, uma discussão que levará em conta o potencial eleitoral de Lula e do PT e as alternativas do atual grupo de poder.
O fator Nelson Jobim
Com o PSDB pedindo para afastar de si este cálice, o nome mais forte aventado – lembrado pelo Xadrez de algumas semanas atrás – é do ex-Ministro da Defesa e ex-Ministro do Supremo Nelson Jobim. Tem bom trânsito junto ao PSDB e ao PT e familiaridade com as Forças Armadas, pela condução do Plano Nacional de Defesa.
Como presidente, será uma incógnita. Como candidato potencial, é a melhor aposta até agora.
Mas todas essas alternativas caminham sobre o pântano, representado pelo estímulo fascista às manifestações de rua. Abriu-se nova temporada de estímulo à violência, mostrando que a marcha da insensatez se abateu também sobre os operadores da lei.

Peça 4 - sobre a irresponsabilidade dos golpistas

Não era surpresa para quem tem um mínimo de visão e de responsabilidade institucional. O golpe desmontou definitivamente a democracia brasileira, o modelo que garantiu o equilíbrio político do país desde a Constituição de 1988. Uma mescla de aventureirismo, oportunismo, despreparo, covardia promoveu a abertura da Caixa de Pandora.
Agora, a democracia está desmontada, a economia caminhando para uma depressão. E, no momento, o que se tem é o seguinte:
·      O Executivo liquidado.
·      Uma campanha pesada visando inviabilizar o Congresso.
·      Uma briga de foice entre instituições, com uma cegueira generalizada sobre a gravidade do atual momento.
·      E a ultradireita sendo definitivamente bancada pela parceria Lava Jato-Globo.
O fato de um mero procurador regional ousar afrontar o Congresso em nome pessoal, ameaçando “pedir demissão” de uma força-tarefa para o qual ele foi indicado, mostra a desmoralização institucional do país e a quebra total de hierarquia no próprio Ministério Público Federal. Qualquer deslumbrado, com um metro e meio de autoridade, e uma tonelada de atrevimento, coloca em corner não apenas o Congresso, mas o próprio Procurador Geral.
Até onde irá esse clima? Difícil saber.
Com a delação da Odebrecht, os procuradores da Lava Jato insuflando as manifestações, a crise se aprofundando, o caldeirão das ruas entrará novamente em ebulição, sem que haja uma saída institucional à vista.
A crise começou seu trabalho de espalhar um pouco de bom senso. Mas ainda é uma gota em um oceano de insensatez.

E o pessoal das empresas, fica em que lugar?


Operação Três Climas: PF prende prefeito eleito de Mulungu

A Polícia Federal no desdobramento da Operação Três Climas que investiga irregularidades em licitações, prendeu o prefeito eleito de Mulungu, Robert Viana (PMN), que seria diplomado nesta quarta-feira. Ele foi uma das dez pessoas presas na Operação.
Outros acusados de participarem do esquema também foram presos nesta quarta, entre eles os secretários de educação de Itapipoca, Pacajus e Ocara. Eles são acusados de fraudarem e superfaturarem licitações para transporte escolar das prefeituras dos três municípios.
A Polícia Federal argumenta que houve fraudes em contratos das gestões com duas empresas ligadas ao grupo, que teriam desviado pelo menos R$ 10 milhões. Observa que não há provas do envolvimento dos atuais prefeitos das cidades nos desvios.
Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva (sem prazo), três de prisão temporária (por tempo máximo de cinco dias), seis mandados de condução coercitiva (condução forçada para depoimento) e 24 mandados de busca e apreensão.
Em coletiva no início da tarde, a PF declarou que os  recursos desviados vinham do Fundo Nacional de Manutenção do Ensino Básico (Fundeb) e do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate).
Durante as batidas policiais, mais de R$ 80 mil em espécie foram apreendidos, separadas entre núcleos “político e econômico” do esquema. Mais de cem agentes foram mobilizados na operação que ocorreu em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) no Ceará.
A Polícia Federal pontua ainda que há indícios de desvio de recursos públicos em obras custeadas por convênios firmados com os Ministérios do Turismo e dos Esportes no município de Ocara. Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitação, dispensa indevida de licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O prefeito eleito é sócio de uma das duas empresas envolvidas nas fraudes, que restava serviço em vários segmentos. Os contratos sob suspeita foram celebrados entre 2012 e 2015.
Conforme o delegado Carlos Joecio Duarte de Holanda, o serviço de transporte escolar contratado era superfaturado. As rotas eram superdimensionadas e as empresas contratadas pelas prefeituras para execução direta subcontratavam o serviço, pagando valores muito inferiores ao que recebiam das prefeituras envolvidas, entre outras irregularidades.
Segundo a PF, a fraude envolvia especialmente os repasses federais destinados a ações de Transporte Escolar na Educação Básica (PNATE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Fiscalização da CGU em Ocara apontou irregularidades na execução de serviços de transporte escolar, incluindo fraudes em licitação e subcontratação integral das rotas concedidas, superdimensionamento de rotas, veículos em péssimo estado de conservação e desvio de cerca de R$ 2 milhões entre 2013 e 2015.
A apuração identificou ainda o desvio de recursos públicos em obras custeadas com convênios firmados com os Ministérios do Turismo e dos Esportes no município de Ocara. Houve irregularidades na construção de estádio municipal e de quadra esportiva, fraudes em licitação e atuação de um dos sócios da empresa investigada na condição de fiscal da obra executada pela própria construtora.
Já em Pacajus, a fiscalização identificou restrição indevida de competitividade em certames licitatórios realizados nos anos de 2013 e 2015; subcontratação de 86,20% do serviço de transporte escolar concedido à empresa investigada; desvio de R$ 1,3 milhão apenas nos anos de 2013 e 2015; superdimensionamento das rotas; veículos em péssimo estado de conservação; e adiamento de contrato com burla à exigência de licitação.
Com Polícia Federal

Criada a UFI. Mas vai ficar aonde?


Comissão da Câmara aprova criação da Universidade da Ibiapaba, no Ceará

Universidade vai beneficiar região com 1,2 milhão de habitantes.
Relatório foi elaborado pelo Deputado André Figueiredo.

Do G1 CE
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (7), relatório que autoriza o Poder Executivo a instituir a Universidade Federal da Ibiapaba, no Ceará. O relatório, elaborado pelo deputado federal André Figueiredo (PDT), apresenta o  projeto de Lei apresentado pelo deputado Moses Rodrigues (PMDB).

A nova universidade beneficiará diretamente nove municípios cearenses - Carnaubal, Croatá, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, São Benedito, Tianguá, Ubajara, Viçosa do Ceará e Ipu - integrantes da microrregião de Ibiapaba, onde residem cerca de 350 mil pessoas.
Além disso, o impacto social alcançará ainda quarenta e sete cidades que compõem a mesorregião do Noroeste cearense, cuja população é superior a 1,2 milhão de habitantes.

“Decorre daí a importância do oferecimento de uma educação profissional de qualidade como instrumento imprescindível de geração de renda e de democratização de oportunidades de ascensão social, com papel relevante nas políticas públicas dos países em desenvolvimento, como o Brasil”, indicou o deputado no relatório.

Acumulou

Mega-Sena, concurso 1.883: ninguém acerta e prêmio vai a R$ 9,6 milhões

Veja as dezenas sorteadas: 16 - 27 - 28 - 47 - 59 - 60. Quina teve 30 apostas ganhadoras, e cada uma ganhou R$ 56.930,77.

8 de dezembro

Dia de comemorar Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira e mãe, guia e guarda.

E a quinta capital do Brasil?

Azul estreia voo exclusivo entre Recife e Orlando com recepção especial aos Clientes

azul
Decolou hoje do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, o primeiro e exclusivo voo da Azul Linhas Aéreas Brasileiras com destino a Orlando partindo do Nordeste. Para esta ocasião, os Clientes foram recebidos com diversas ações especiais, em parceria da companhia com o Universal Orlando Resort, a VisitOrlando e o Governo do Estado de Pernambuco. A operação da Azul para os Estados Unidos será cumprida às quartas-feiras e aos domingos com o Airbus A330, o maior da frota da Azul, de até 272 assentos, uma das melhores aeronaves do mercado e referência em termos de conforto e tecnologia no mercado nacional.
“A decolagem do primeiro voo da Azul para Orlando partindo do Recife é resultado de uma parceria sólida com o Governo do Estado de Pernambuco. A força da companhia, aliada às condições muito favoráveis do aeroporto da capital pernambucana, tornam possível essa operação, pensada exatamente por Orlando ser um destino muito procurado pelos brasileiros. Estamos muito contentes com a inauguração de hoje, o Nordeste merece essa conquista, e esperamos ter muito sucesso nesta rota”, destaca Antonoaldo Neves, presidente da Azul.
A Azul recepcionou os Clientes do voo inaugural antes do embarque com comidas presentes em parques temáticos, como pipoca e cachorro quente, de modo a dar parte do tom que os viajantes encontrarão nos parques temáticos. O Governo do Estado, por sua vez, levou toda a cultura pernambucana para o terminal, e ofereceu bolo de rolo, uma iguaria tipicamente pernambucana, para todos os viajantes.
“Este voo com a Azul é um marco para nosso Estado. Estamos iniciando mais uma rota internacional, que vai nos trazer milhares de turistas durante o ano. Estamos trabalhando para recebê-los da melhor forma possível. Queremos cada vez mais encantar nossos visitantes para que eles saiam daqui com a vontade de voltar em breve com amigos e familiares”, afirmou Felipe Carreras, secretário de Turismo de Pernambuco.
O Universal Orlando Resort ficou a cargo de tornar a viagem uma recordação especial antes mesmo do embarque. A empresa instalou um painel com personagens da Universal para que os Clientes pudessem ser fotografados. As imagens foram impressas e entregues aos Clientes.
A bordo, a VisitOrlando disponibilizou sacolas personalizadas e exclusivas em todos os assentos da aeronave. O material tem um guia turístico de Orlando e tickets de descontos de parceiros.
Em Orlando, a equipe do aeroporto recepcionará os Clientes com um bolo especial para celebrar o primeiro voo partindo do Recife.
Clientes tanto do Recife como de todo o Nordeste poderão aproveitar este momento, uma vez que a principal vantagem da operação da Azul será a conectividade para toda a região, graças ao acréscimo de voos da companhia no Recife neste ano e a consequente ampliação de conexões entre os estados nordestinos. A opção por Orlando ocorre por ser uma das cidades norte-americanas de mais rápida expansão econômica, pela excelência de seu aeroporto, ótimo para ligações a outras cidades dos Estados Unidos, e por eliminar a necessidade de conexão em Miami.
As conexões para Orlando por meio do aeroporto do Recife estarão disponíveis para os viajantes que decolam de Salvador, Fortaleza, Natal, Aracaju, Maceió, São Luís, João Pessoa, Teresina, Belém, Petrolina e São Paulo (Campinas e Guarulhos). Os Clientes que partem destas cidades chegarão aos Estados Unidos com apenas uma parada na capital pernambucana, em horários convenientes que garantirão as melhores ligações entre o Nordeste e os Estados Unidos.
As tarifas de ida e volta estão disponíveis a partir de dez parcelas de R$ 207,60* ou 60.000 pontos do TudoAzul**.
A Azul já opera voos internacionais de longo curso (com o A330) em saídas de São Paulo (Campinas) para Fort Lauderdale/Miami, Orlando e Lisboa. Ainda, conta com ligações de curta distância para Caiena (Guiana Francesa), Montevidéu (Uruguai) e Punta del Este (operação sazonal no Uruguai durante o verão).
Confira mais detalhes da operação da Azul entre o Recife e Orlando (horários locais):
se

Capa do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog




Acabou o pão; o circo vai pro brejo
A crise econômica tem levado muitas famílias brasileiras a cancelarem o serviço de TV paga. O número de clientes de TV por assinatura no país caiu 2,4% entre outubro de 2015 e o mesmo mês deste ano. O setor registrou uma perda de 471 mil assinantes no período e chegou a 18,9 milhões de clientes em outubro de 2016, segundo dados divulgados nesta semana pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).O número de assinantes começou a cair já no início do ano passado. Em 2015, o setor perdeu 3,1% de sua base de clientes. “ O fator principal é a crise econômica, que levou principalmente as famílias de mais baixa renda a cancelar seus pacotes”, disse o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. Entre outubro de 2015 e outubro de 2016, a entrada dos serviços de TV por assinatura nos domicílios brasileiros caiu de 29,22% para 27,83%.A queda do número de assinantes nos últimos meses contrasta com o crescimento do setor nos anos anteriores. Entre 2010 e 2014, o número de assinantes dobrou e, em 2014 o setor cresceu 8,7%. Para a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), no entanto, os números não são tão assustadores, já que o setor teve uma redução menor do que a queda registrada na economia do país como um todo. “Não é o que a gente gostaria, obviamente, gostaríamos de estar crescendo, mas nós estamos inseridos em um contexto econômico difícil, com desemprego altíssimo”, destacou o presidente da ABTA, Oscar Simões. De janeiro a outubro deste ano, a queda no número de assinantes foi de 0,59%.Segundo ele, o que explica o fato de o número de assinantes não ter caído tanto é que as famílias usam cada vez mais a TV por assinatura como uma forma de lazer. “O nosso produto está cada vez mais se revestindo de essencialidade para as pessoas. Como tem uma programação diversificada, tem canal infantil, é um produto que atende a diversas faixas etárias e a diferentes famílias, acaba sendo a principal fonte de lazer, informação e cultura”, afirmou o presidente da ABTA.De acordo com Simões, os últimos meses já vêm demonstrando uma desaceleração da queda no número de clientes, e a retomada do crescimento vai depender de quando a economia do país vai voltar a crescer. “Assim que a economia retomar [o crescimento], a gente retoma acima da economia. Se ano que vem a economia crescer 1%, provavelmente a gente cresça 3%”, estimou. Em 2016, apesar da queda geral, em alguns meses foi registrado um aumento no número de assinantes, o que pode ser atribuído aos Jogos Olímpicos e à entrada do serviço em novas cidades.

A frase: “Quem virou? Quem ficou onde estava?” Curiosos querendo saber quem votou em Zezinho Albuquerque e/ou em Sérgio Aguiar na Assembleia.


Melhor viajar? (Nota da foto)
Uma pesquisa realizada pelo portal "Booking.com", mostrou que 49% das pessoas dizem que uma viagem as deixam muito mais felizes do que o próprio dia do casamento, enquanto 51% preferem viajar a sair com o próprio companheiro ou companheira.

Fim de jornada
Segundo anuncio do Banco do Brasil, o fechamento das agências e o remanejamento dos clientes serão iniciados em janeiro seguindo até fevereiro de 2017.

Quantas somos
No Ceará, já foi dito, sete agências serão fechadas e três unidades serão transformadas em postos de atendimento. O BB tem hoje 2.575 funcionários no Ceará.

Quem são
Vão fechar as agências Monsenhor Tabosa, Santas Dumont, Ministério da Saúde,Dnocs,Aeroporto e Lagoa de Messejana. Estranha fechar Aeroporto.

Viram PABs
Forum Clóvis Beviláqua prova desprestígio da Justiça. Novo Oriente, prova que o sertão não vai virar mar e Assembleia prova desimportância do Legislativo Estadual.

Grita
Pelo menos um deputado estadual vai questionar a transformação da agência Assembleia em Posto. É que, quando comprou a conta da Casa o BB fez compromissos.

Exigência
O deputado em questão junta documentos que exigem do BB manter a agência e até voltar os caixas eletrônicos que desativou.

A ameaça
A autoridade  iniciou contatos com outros bancos, que não os oficiais BB e Caixa, para negociações no sentido de retirar o BB da Assembleia,se a agencia não for mantida.

Manchete da Tribuna Bancária
O jornal Tribuna Bancária do Sindicato dos Bancários no Ceará,edição 1453, puxa a manchete: “Ataque do Governo Golpista – Desmonte dos Bancos Públicos só interessa aos bancos privados”.




Bom dia

Afastamento meia-sola de Renan leva à autodesmoralização do Suprema Corte

Josias de Souza

O Supremo Tribunal Federal viveu uma sessão histórica nesta quarta-feira, dia 7 de dezembro 2016. A Corte já não é tão Suprema. Seus ministros já não precisam fazer muito esforço para exibir altivez. Basta que fiquem agachados. Rendendo-se às conveniências de um réu ilustre, o senador Renan Calheiros, o ex-Supremo deflagrou um inédito processo de autodesmoralização.
Por maioria de seis votos a três, o ex-Supremo ignorou providências que havia adotado em relação a Eduardo Cunha para brindar Renan com um afastamento meia-sola. O réu alagoano não poderá substituir o presidente da República. Mas o fato de responder a uma ação penal por se apropriar de verbas públicas em benefício particular não o impede de continuar presidindo o Senado e o Congresso como se nada tivesse sido descoberto sobre ele.
A decisão do ex-Supremo foi 100% política. Resultou de uma costura que envolveu os chefes dos três Poderes: Michel Temer, Cármen Lúcia e o próprio Renan. Partiu-se do pressuposto de que o afastamento do réu alagoano do comando do Senado arruinaria a governabilidade, comprometeria a aprovação da emenda constitucional do teto de gastos e agravaria a crise econômica. Com esse entendimento, as instâncias máximas da República como que convidam o brasileiro a se fingir de bobo pelo bem do país.
Renan celebrava o resultado do julgamento na noite da véspera. Conforme noticiado aqui, o senador antecipava o veredicto aos aliados. Se a sensibilidade auditiva fosse transportada para o nariz, os interlocutores de Renan sentiriam um mau cheiro insuportável ao ouvir as expressões chulas que ele utilizava para se referir ao ministro Marco Aurélio Mello, autor da liminar que ordenava o seu afastamento da presidência do Senado. Como também já foi noticiado aqui, Renan descumpriu a ordem do relator seguindo instruções de um outro ministro do próprio ex-Supremo.
Três dias depois de o brasileiro ter voltado às ruas para reiterar o apelo por moralidade e pedir a cabeça de personagens como Renan, o ex-Supremo alistou-se voluntariamente na volante alagoana. Fez mais: anexou o Brasil à região metropolitana de Alagoas. E se autoconverteu num puxadinho do gabinete do cangaceiro. Tudo isso em nome de uma pretensa governabilidade. Salvo melhor juízo, não há vestígio de semelhante desmoralização na história da Suprema Corte brasileira.

O que pensa o Santayana


A ROTA DA TRAGÉDIA



O país - e o mundo do futebol - estão de luto com a morte de vários jornalistas e da maioria da delegação da Chapecoense, mas trata-se, certamente, de uma espécie de tragédia anunciada que não precisava ter acontecido.

Não é concebível que, por economia - não existe outra explicação aparente - os dirigentes de um clube prestes a disputar a final de um torneio continental tenham tomado a decisão - apesar da orientação  do ANAC, que não permitiu sequer que o avião boliviano viesse recolher o time da chapecoense em território brasileiro - de contratar uma companhia que, ao que tudo indica, possuía um único avião, de um modelo que saiu de linha há 14 anos, e que, entre outras limitações, mal dispunha de autonomia para cobrir a rota prevista, para uma viagem sobre uma região montanhosa, em uma época em que todo mundo sabe que o clima é chuvoso e instável sobre essa parte do mundo.

Tivessem - considerando-se a visibilidade do evento, eventualmente  negociado um desconto pelo marketing, se fosse o caso - e fretado com uma companhia nacional um jato ERJ-070 da Embraer - com igual capacidade, 70 passageiros, com mais de 800 quilômetros por hora de velocidade, maior altitude de cruzeiro, alcance de 3.700 quilômetros, e feito apenas uma escala, saindo de São Paulo, em Rio Branco, no Acre, mesmo contando-se com a imprevisibilidade do destino, há uma enorme probabilidade de que a tragédia não tivesse ocorrido.
 
Mauro Santayana - jornalista e meu amigo.

Opiniao

A culpa é do Papa

Conta-se que quando da realização da famosa Conferência de Yalta, onde os chefes de Estado e de Governo Franklin Delano Roosevelt (Estados Unidos), Joseph Stalin (então União Soviética), e o primeiro-ministro inglês Winston Churchill, se reuniram para decidir o fim da II Guerra e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste, o líder estadunidense teria sugerido que se convidasse o Papa Pio XII para o encontro. O arrogante comunista Stalin discordara observando: “Quantas divisões tem o Papa?”. Ao que Roosevelt redarguira: “O poder do Papa vai além das armas, porque seus exércitos são de natureza moral…” Anedota ou não, a verdade reside no fato de que o Papado continua de pé, enquanto a União Soviética diluiu-se na empáfia e na mediocridade de seus dirigentes ateus.
Todavia, ao que parece, os exércitos morais do Papa estão periclitando diante da investida dos valores anticristãos que atualmente infestam a sociedade, a qual navega ao sabor das adaptações fáceis que a tornam fluida, inconsistente, como assevera o filósofo Zigmunt Baumann com sua pertinente ideia de que vivemos numa “sociedade líquida”. O Papa Francisco tem sido um colaborador entusiasmado da destruição dos ideais que têm dado sustentação à Cristandade ao longo dos dois mil anos de Cristianismo. Até parece que o Pontífice quer a misericórdia de Deus incluindo no barco de Pedro, renitentes pecadores que cometem inconfessáveis crimes. Alguns com claros propósitos de destruir a própria Igreja.
Neste pé, cremos assistir razão ao Pe. Santiago Martin, biólogo e especialista em Teologia Moral, segundo quem a utilização que está sendo feita do conceito de misericórdia é uma utilização absolutamente demagógica. Portanto, falsa e daninha. O conceito de misericórdia mal entendido, separado do conceito de Verdade, portanto separado do conceito de amor, pode ser demais nocivo. Para a pessoa a quem supostamente se quer beneficiar, inclusive.
Ao publicar a Carta Apostólica “Misericordia et Misera”, que autoriza de modo permanente os sacerdotes católicos a absolverem pessoas envolvidas com a prática de aborto, tanto mulheres quanto médicos, o Papa Francisco fragiliza seu exército moral e abre as portas para o desatino de gente sem compromisso com a vida, como é o caso do Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, e companheiros que, de logo, decidiram por descriminalizar o assassinato de fetos com até três meses de formação, em caso específico de concessão de habeas corpus. Por mais que se queira determinar a questão nos parâmetros da lei positiva, é imperioso lembrar as consequênciais psicossociais dessa abertura jurídica para a liberação do aborto, sem esquecer o fato de que mais uma vez o STF, por uma de suas turmas, intentou tomar o lugar do Parlamento, o foro adequado para a discussão e definição legislativa da matéria.

BARROS  ALVES
JORNALISTA E MEU AMIGO.

Capa do jornal O Estado(CE)