A conta da dança do boi

Odebrecht pagou US$ 1 bi em propina em 12 países, afirmam Estados Unidos

Em documento tornado público nessa quarta-feira (21), Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou que o grupo Odebrecht pagou US$ 599 milhões em propinas para servidores públicos e políticos brasileiros (R$ 1,9 bilhão ao câmbio atual) e mais US$ 439 milhões (R$ 1,4 bilhão) para agentes públicos de outros 11 países.
Do total repassado a brasileiros, segundo os americanos, US$ 349 milhões saíram da construtora e US$ 250 milhões da Braskem, o braço petroquímico da Odebrecht. Segundo o DOJ, os valores estão relacionados a “mais de cem projetos em 12 países, incluindo Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela”.
Em troca dessas propinas, a Odebrecht obteve pelo menos R$ 12 bilhões, ao câmbio de hoje, em benefícios com contratos dentro e fora do Brasil. O esquema de repasses, de acordo com as autoridades americanas, funcionou de 2001 a 2016. Os documentos foram revelados após a assinatura de um acordo entre Odebrecht, Braskem e Justiças americana e suíça.
O acordo faz parte da leniência, espécie de delação premiada da pessoa jurídica, que foi assinada no último dia 1º com membros do Ministério Público Federal do Brasil responsáveis pela Lava Jato. Na negociação, a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 6,9 bilhões em 23 anos. O montante será dividido entre Brasil, que ficará com 80%, EUA e Suíça, que ficarão com 10% cada.
Em comunicado, o DOJ informou que o valor da multa a ser pago pelo grupo baiano pode chegar a US$ 3,5 bilhões, com juros embutidos no período de 23 anos. Os nomes dos países e os valores envolvidos eram desconhecidos no Brasil até a publicação do DOJ. Alegando sigilo, a PGR (Procuradoria-Geral da República), que conduz as delações dos funcionários da Odebrecht desde meados deste ano, nunca havia divulgado as informações.
Os dados constam do documento “Informações Odebrecht”, que acompanha o acordo assinado entre Brasil e EUA e é assinado por dois investigadores do governo norte-americano, Robert L. Capers, procurador de Justiça, e Andrew Weissmann, chefe da Seção de Fraude da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.

Capa do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog




As mexidas de RC18
Quando da diplomação pelo TRE, na segunda feira, o prefeito Roberto Cláudio anunciou a fusão de órgãos  em seu novo mandato, como medida de economia. Disse que anunciará as mudanças em sua equipe até a próxima sexta-feira (23), amanhã. RC
salientou   áreas que pretende bulir no ano que vem;  saúde, geração de emprego e renda e segurança municipal. A saúde vai continuar tendo prioridade através da melhoria de serviços e da construção do IJF 2. Também será criada uma política para tornar Fortaleza mais competitiva para atração de investimentos. Na questão da segurança, segundo o chefe do executivo municipal, será articulada com o governo estadual e federal através de um conselho que também será presidido pelo vice, Moroni Torgan. Anunciou que vai investir  em educação pública e infraestrutura, com foco em mobilidade urbana. Disse, ainda que vai preparar um ajuste já no começo do ano para garantir o pagamento do servidor e manutenção dos serviços públicos. Danado é esse ajuste. No dia 20, terça feira, RC18 sinalizou: esta é a Fortaleza que a gente quer para quando chegar 2040. Um documento que pensa a capital do Ceará lá na frente. Junto com ela 2018.

A frase: “Quer ver as contas da Assembleia? Pois vai ver desde os tempos da presidência do Chefe dele”. Deputado estadual cutucando o colega,la dele,Odilon.


Cariri em festa (Nota da foto)
Veio a chuva e o Cariri correu pros jacarés dos casarões. Ficou livre, por alguns dias, da secura e do calorão. Segunda leitura: A Diocese do Crato, onde está a paróquia de Juazeiro do Norte, terá novo bispo e pastor a partir de 2017. Vai assumir o comando o hoje bispo coadjutor Dom Gilberto Pastana, mandado pela inteligência da Igreja pra vigiar as coisas do sainte Panico.

Isto  é um país direito
O prefeito eleito de Mulungu, Robert Viana (PMN), mesmo preso na sede da Polícia Federal em Fortaleza, o foi diplomado, por meio de uma procuração que deu poderes a seu advogado para representá-lo no ato.

Sem privilégios
Robert foi diplomado no último dia 7 de dezembro, no mesmo dia em que ele foi preso em uma operação da Polícia Federal, com apoio da Controladoria Geral da União (CGU). A prisão seria para evitar que Robert conseguisse foro privilegiado.

Que beleza!
O prefeito Robert Viana foi preso na Operação Três Climas. Ele é suspeito de cometer fraudes no serviço de transporte escolar em três outros municípios: Ocara, Itapipoca e Pacajus.

Código penal inteiro
De acordo com a Polícia Federal os crimes investigados são de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitação, dispensa indevida de licitações , associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Bom é a fuxicada
Aí alguém toma a gente pelo braço, leva carinhosamente a um canto e segreda: - Olhe que ninguém sabe dessa. Você não pode publicar agora. Está tudo acertado. Os deputados extinguem o TCM hoje e amanhã o Supremo derruba. Os caras são fortes.

Ministros amigos
Continua o segredo de alto escalão a ser contado ao repórter: “ – Pois como estou lhe dizendo, já tem vários ministros a favor da não extinção muito menos da junção do TCE como TCM no Ceará. Tou lhe dizendo; tá tudo acertado. Fechado. Lacrado.”

Ensinamentos
Com o clima em altíssima temperatura no entorno da fusão-não-fusão TCE-TCM no Ceará, com os riscos altos para uma porção de gente envolvida no processo, vale lembrar Mãe Vovó Petronilha, A Racista: Quem tem rabo de palha não chega perto do fogo.

Fim de jogo
“Um ano de TCM dá para manter um hospital regional”. Danilo Forte, deputado federal.


Bom dia

Deputados aprovam extinção do Tribunal de Contas dos Municípios

Sessão extraordinária especial, votação Sessão extraordinária especial, votação Foto Arquivo AL-CE
A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou, em sessão extraordinária especial, na tarde desta quarta-feira (21/12), a proposta de emenda constitucional (PEC) que extingue o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
A PEC nº 02/2016 , de autoria do deputado Heitor Férrer (PSB), foi aprovada com três emendas, uma de autoria do próprio deputado Heitor Férrer (PSB), com o deputado João Jaime (DEM); uma do deputado Carlos Matos (PSDB) e uma do deputado Audic Mota (PMDB), além de quatro subemendas, uma do deputado Carlos Matos (PSDB); uma do deputado Evandro Leitão (PDT) e duas do deputado Walter Cavalcante (PP).
As emendas e subemendas alteram, entre outras, a redação do texto original da PEC, determinando a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), no lugar da unificação dos tribunais de contas do Estado; garantem o aproveitamento dos servidores públicos efetivos do TCM pelo TCE e tratam de questões como a cessão dos conselheiros, a alocação dos cargos, prestação e garantia dos serviços, contratos administrativos e convênios.
A matéria foi aprovada com 31 votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção, do deputado Carlos Matos (PSDB), na primeira votação. Votaram contra a extinção do TCM os deputados Sérgio Aguiar (PDT), Roberto Mesquita (PSD), Dra. Silvana (PMDB), Ely Aguiar (PSDC), Danniel Oliveira (PMDB), Odilon Aguiar (PMB), Naumi Amorim (PMB), Aderlânia Noronha (SD), Renato Roseno (Psol), Fernanda Pessoa (PR), Capitão Wagner (PR) e Leonardo Araújo (PMDB).
Agora a matéria segue para promulgação pelo presidente do Poder Legislativo e publicação no Diário Oficial do Estado.

Já em Brasilia...

Deputados notaram algo jamais visto: lobistas de empreiteiras desapareceram do plenário durante a votação do Orçamento. Em tempos pré-Lava Jato, havia descarado assédio para influenciar as emendas dos parlamentares.

Observações do Brickmann

Homens fortes


Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas chegou a um dado preocupante: 35% dos entrevistados são favoráveis a uma intervenção militar provisória. São minoria: 59,2% são contrários à intervenção. Mas é surpreendente perceber que 1/3 dos pesquisados esqueceram que a última intervenção militar "provisória" durou 21 anos. O Estado de S. Paulo, em 1964, queria uma intervenção militar provisória. Os militares teriam poder absoluto por seis meses, fariam as reformas necessárias, e entregariam o poder aos civis.


Acontece que, quando chega ao poder, ninguém gosta de entregá-lo. Os militares descobriram que era mais fácil governar com o Congresso, na base do toma lá - dá cá, ainda mais com os congressistas amedrontados. Experimentaram mordomias e viram que era bom. Retirá-los foi difícil. E o próprio general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, já se manifestou contra qualquer intervenção militar no Governo.


Capa do jornal O Estado(CE)


Velho Xico na berlinda da Assembleia do Ceará

Frente Parlamentar Pró-São Francisco quer parte do dinheiro da repatriação aplicada no setor hídrico

carma
A Frente Parlamentar pelas Obras do São Francisco, da Assembleia Legislativa, fez reunião, nesta manhã de terça-feira, em sala do legislativo estadual, com vários órgãos e segmentos representativos do setor produtivo. Na ocasião, segundo o presidente desse organismo, o deputado Carlos Matos (PSDB), foi fechou um documento com sugestões e reivindicações a serem encaminhadas ao governador Camilo Santana (PT).
De acordo com Carlos Matos, são sete os pleitos acertados nessa reunião da frente e que podem contribuir para amenizar o quadro da crise hídrica no Ceará.
Dentre as propostas apresentadas pela Comissão, estão: destinação de 30% dos recursos arrecadados pelo Estado através do Fundo de Repatriação (R$90 milhões), um adicional de 10% do FECOP (R$90 milhões) para superar a crise hídrica no Ceará e a paralisação imediata do fornecimento de água para as termelétricas.

Por uma "peinha"...

Deputados trocam acusações na reta final da Assembleia

Os debates na Assembleia Legislativa estão acalorados. Tanto que na sessão plenária de ontem, pelo menos quatro deputados se envolveram em confronto direto.
Um requerimento de autoria do deputado estadual Odilon Aguiar (PMB) provocou o primeiro embate direto entre o deputado João Jaime (DEM) e o próprio Odilon. Irritado com os ataques vindos do parlamentar, João Jaime questionou e partiu para cima do parlamentar, o chamando de “chantagista”. A discussão ocorreu longe dos alcances dos microfones, mas foi acompanhado de perto pelos parlamentares presentes em plenário.
O motivo para o acirramento dos ânimos teve origem na solicitação de informações sobre as despesas do Poder Legislativo estadual não disponibilizada no Portal da Transparência. A informação foi divulgada durante pronunciamento do deputado Ely Aguiar (PSDC). Odilon informou que fez um levantamento de 2016. “Os gastos com vencimentos e vantagens fixas do pessoal civil foram de R$ 202,3 milhões. O vencimento e vantagens fixas do pessoal militar foi no valor de R$ 3 milhões, além de outras despesas cujos valores são muito altos.” Segundo assessoria de imprensa de Odilon, o prazo para a apresentação das informações é de 10 dias.
Na sequência do pronunciamento, o deputado Ely Aguiar trocou farpas com Robério Monteiro (PDT). A discussão teve início durante aparte do primeiro vice-­presidente da Mesa Diretora, o deputado Tin Gomes (PHS), na presidência da sessão, ao observar que os prefeitos não deixarão de ser julgados com a unificação dos tribunais (TCM e TCE). “Os processos continuarão a ser analisados e as contas dos gestores aprovadas ou não, só que pelo TCE, caso os tribunais sejam unificados”, frisou ele.
Antes, Ely Aguiar afirmou que a justificativa que o Governo utiliza é que as mudanças são para “enxugar a máquina”. O deputado acrescentou que uma das mensagens do Executivo trata da doação de R$1,7 milhão do Governo do Estado aos times de futebol cearense. “Como é que está faltando dinheiro?”
O parlamentar disse ainda que a mensagem que unifica o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) será aprovada, mas não com o voto dele. “Só votará a favor dessa mensagem quem tem interesse nisso”, afirmou. Para ele, o “clima anda tenso e conturbado, com os deputados com nervos à flor da pele”.
Impasse
A bancada governista apoia o projeto de extinção do Tribunal de Contas dos Municípios. Inicialmente, a proposta propunha a incorporação do TCM ao Tribunal de Contas do Estado, o TCE. O projeto, de autoria do deputado Heitor Férrer (PSB), enfrenta resistência da oposição e críticas também entre os conselheiros do órgão.
Férrer defende a extinção do TCM e o repasse das atribuições para o Tribunal de Contas do Estado, o TCE. “Os conselheiros e servidores do TCM não seriam prejudicados com o fim do órgão”, frisa o parlamentar, que vem ressaltando que o objetivo é reduzir os gastos públicos com a manutenção de dois tribunais de contas. Mas, no Parlamento, deputados de oposição alegam que a proposta é inoportuna e tem viés político.
No TCM, há um clima de intranquilidade entre os servidores, até mesmo dos conselheiros, que têm tratado do assunto pessoalmente, inclusive, o presidente eleito, o conselheiro Domingos Filho. “A extinção do órgão não vai trazer economia para os cofres do Estado”, ponderou Francisco Aguiar, presidente do TCM.
A PEC que pede a extinção do TCM está na pauta, juntamente com outras matérias que vão ser analisadas pelos deputados ainda este ano. Pelo Regimento da AL, o recesso parlamentar deveria começar amanhã, dia 22. Entretanto, pelos debates travados nas Comissões Técnicas pode não ser possível cumprir a meta.

Coluna do blog



 

A importância do caju

A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, por meio do projeto Intercaju, irá inaugurar nesta quarta (21), às 15h, uma Unidade Familiar de Beneficiamento de Castanha e Pedúnculo do Caju, na comunidade Córrego dos Tanques/Torém, em Itapipoca. O Intercaju procura estimular a transferência de tecnologia entre os diversos elos das cadeias do caju e apicultura, contribuindo para o aumento de renda e melhoria da qualidade de vida de produtores, em 13 comunidades nos municípios de Amontada, Barreira, Bela Cruz, Cruz, Itapipoca, Itarema, Trairi e Tururu.Por meio do projeto, que integra o plano de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Caju (2014-2025), mais de 1500 produtores já foram capacitados em 86 cursos e oficinas de trabalho sobre diversos assuntos de interesse dos produtores das cadeias do caju e mel.Ao todo já foram instaladas 11 unidades familiares de beneficiamento de castanha de caju, quatro unidades de processamento de cajuína e três de extração de mel integradas a núcleos de apicultores, além da instalação de quatro poços profundos para atender as Unidades de Produção.De acordo com o coordenador técnico do Intercaju, José Ismar Parente, "o projeto se fundamenta nos princípios da cooperação e associativismo, na capacitação tecnológica dos produtores e micro e pequenos empreendedores rurais, na oferta de uma assistência técnica regular e de qualidade com transferência e difusão de novas tecnologias. O Intercaju promove a integração da produção com o processamento, mediante implantação de unidades de beneficiamento de pedúnculo e castanha de caju e de extração de mel", explica o coordenador.

 

A frase: “A espera é prima-irmã da angústia. Mãe da ansiedade”. Em contagem regressiva para o ano novo.



Estúdio novo (Nota da foto)
As 10 horas da manhã de hoje, 21, vai ser inaugurado o novo estúdio da TV Assembléia. No alto do edifício senador César Cals terá uma vista incomum. A vista é real; não é "tapadeira".

Sem visto
O governo do Canadá anunciou que a partir do dia 1º de maio alguns brasileiros não vão mais precisar de visto para visitas temporárias ao país a lazer ou a trabalho.

Dependência
A facilidade vale para brasileiros que já tenham viajado para o Canadá nos últimos dez anos ou tenham visto válido de não imigrante para os Estados Unidos.

Carimbão
Esses viajantes precisarão apenas solicitar uma autorização de viagem, a Autorização Eletrônica de Viagem (Electronic Travel Authorization – eTA).

Triste ou alegre
Moésio Loiola, 80% dos votos na reeleição, quatro anos de um mandato cheio de realizações, amado pelo povo da cidade que escolheu pra ser prefeito; condenado.

Primeira entrância
A Justiça Eleitoral da cidade disse que ele havia furado as regras de campanha e o fez inelegível por oito anos sem direito a assumir o mandato,sequer ser diplomado.

Recorreu
Moésio Loiola, correto com sempre foi, desde menino de calça curta,operador de áudio da Rádio Educadora de Sobral e cobrador da mesma,recorreu ao TRE e ganhou.

Irreverente
Irreverente, bom de piada, bom de serviço, sabendo que é duro ser um prefeito correto, cumpridor de dever, acusou o golpe da decisão judicial: “Não sei que fique alegre ou triste”.

Balanço
Comemorando 15 anos em 2016, a Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE) teve diversos motivos para celebrar. A entidade ganhou 26 novos associados ao longo do ano.

Além disso...
...realizou com sucesso cinco eventos de negócios. A CBP-CE firmou  acordos de cooperação e participou do Web Summit (um dos maiores eventos tecnológicos do mundo) e Nersant Business.

Mas até a Lagarde
Christine Lagarde, a atual diretora-geral do FMI, foi considerada culpada de "séria negligência" pela justiça francesa, num caso de desvio de dinheiros públicos.Sem pena.

Alta temporada
O ministro do Turismo, Marx Beltrão, apresenta hoje, quarta-feira , às 9h, a previsão de movimentação turística para o verão com números de viagens estimado e os principais destinos dos brasileiros.


Bom dia

Câmara libera socorro para Estados endividados sem exigir contrapartidas


Às vésperas do recesso de fim de ano, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça (20) proposta de renegociação das dívidas dos Estados sem contemplar exigências do Ministério da Fazenda para obrigar governadores a cortar gastos e equilibrar as contas.
O Palácio do Planalto trabalhou para esvaziar a sessão de votação, mas o projeto passou com 296 votos a favor, 12 contrários e 3 abstenções. Ele segue agora para sanção do presidente Michel Temer.
Além da renegociação, que permitiu aos governadores suspender o pagamento das dívidas com a União em julho, o projeto cria regime de recuperação fiscal para Estado próximos da insolvência.
Estados que entrarem no programa ficarão 36 meses sem pagar suas prestações. A Fazenda queria que eles oferecessem contrapartidas, incluindo privatizações, aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo e congelamento de reajustes negociados com servidores.
Os deputados, inclusive o relator do projeto, Espiridião Amin (PP-SC), classificaram essas exigências de "draconianas" e decidiram barrá-las. Após seis dias de negociação, as contrapartidas caíram.
Para conseguir finalizar a votação, Amin precisou ceder em uma série de pontos. Na última hora, retirou financiamento ao programa de demissão voluntária no funcionalismo dos Estados.
A pressão de entidades ligadas ao funcionalismo foi determinante para que o projeto fosse aprovado sem essas exigências, em um versão que teve o apoio de grande parte da base governista.
Com a aprovação do projeto, os Estados já podem procurar o Ministério da Fazenda para manifestar interesse no regime de recuperação, que beneficiará principalmente Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, os Estados em pior situação financeira.
O PT, que comanda o governo de Minas, só concordou em apoiar a proposta após as mudanças. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), passou os últimos dias em Brasília, em corpo a corpo com os deputados, para garantir a votação.
"Seria muito ruim para o Rio e para todos os Estados em dificuldade não votar isso", afirmou o governador, no plenário da Câmara. Ele declarou-se contrário, porém, à retirada das contrapartidas.
Com as exigências na lei, os governadores teriam mais facilidade para obter o apoio necessário para aprovar medidas de contenção de gastos nas Assembleias Legislativas.
A Fazenda era contra a versão alterada do texto, mas o Planalto achou melhor liberar a base para aprová-la sem as contrapartidas e impor as exigências posteriormente.
EQUILÍBRIO
Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que o Estado que se candidatar ao regime terá de apresentar um plano com ações para reequilibrar sua situação fiscal e financeira, mesmo que essas medidas não estejam mais previstas na lei.
Com base no que for apresentado, o ministério vai recomendar ao presidente da República que aprove ou não o pedido. "Serão aprovados os planos que, de fato, viabilizem esse equilíbrio", afirma a Fazenda.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que mobilizou deputados para a votação desta terça, criticou a Fazenda durante a sessão.
"Não precisamos dizer amém ao Ministério da Fazenda. Temos que votar o texto que é melhor para o Brasil", disse. "Se o presidente entender que não é o melhor para o Brasil, tem poder de veto. O que não podemos é convocar os deputados e não votar nada."
O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), foi um dos que, ao final da sessão, se posicionou contra a decisão dos deputados. "Não conseguimos apresentar uma proposta que venha a encontro das necessidades dos Estados e do país. Estamos produzindo hoje aqui um Frankenstein", disse em discurso na tribuna.
O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), foi um dos que tentaram esvaziar o plenário para derrubar a sessão por falta de quorum.
Após a votação, ele evitou dizer se haverá vetos e criticou a retirada das contrapartidas. "Não adianta o governo socorrer Estados nesse momento de crise, em especial Estados como Rio, Minas e Rio Grande do Sul, e os Estados não terem contrapartida acordada e não cumprirem sua parte".

Só pra homens. E interessdas;

Terapia com laser e bactéria marinha promete avanço em tratamento de câncer de próstata sem efeitos colaterais

Um novo tratamento de câncer de próstata está sendo saudado por médicos como um avanço significativo no combate à doença.
A nova abordagem foi desenvolvida pelo Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, juntamente com a empresa Steba Biotech. Já foi testada em diversos países europeus e usa lasers, bem como uma droga feita de bactérias marinhas, para eliminar os tumores, mas sem causar os severos efeitos colaterais de outros tratamentos.
De acordo com um artigo publicado pela revista médica The Lancet Oncology, testes em 413 homens mostraram que quase metade deles não apresentou vestígios da doença depois do tratamento.
As terapias atuais, envolvendo cirurgia e radioterapia, têm frequentemente a impotência e diferentes graus de incontinência urinária como efeitos colaterais permanentes - quase 90% dos pacientes desenvolvem disfunção erétil e um em cada cinco sofrem para controlar suas bexigas.
Isso explica porque muitos homens não procuram tratamento nos estágios iniciais da doença, mudando de atitude apenas quando o câncer de próstata fica mais agressivo.
"Isso (o novo tratamento) muda tudo", explica Mark Emberton, cientista e médico que testou a nova terapia no University College, de Londres.

Engatilhado para matar

A droga utilizada pelo novo tratamento é feita de bactérias que vivem em regiões profundas do oceano, praticamente na escuridão, e que ativam suas toxinas quando expostas à luz.
A intervenção com o laser é feita através da inserção de 10 fibras óticas na região do períneo - o espaço entre o ânus e os testículos para alcançar a próstata.
Quando os laseres são ativados, eles ativam a droga, injetada na corrente sanguínea e que "mata" os tumores.
Os testes com o novo tratamento foram realizados em 47 hospitais europeus e 49% dos pacientes entraram em remissão completa. Posteriormente, apenas 6% dos pacientes precisaram ter a próstata removida, em comparação com 30% dos pacientes que não foram submetidos à terapia.
E o impacto na potência sexual e no ato de urinar durou apenas três meses - nenhum dos pacientes teve efeitos colaterais significativos após dois anos.
Um desses pacientes, o britânico Gerald Capon, de 68 anos, contou à BBC que "está totalmente curado".
"Sinto-me extremamente afortunado por ter sido aceito no programa de testes. Sinto que poderei passar o resto da minha vida sem preocupações", contou.
Capon teve alta do hospital um dia após o tratamento.
Emberton explica que a nova tecnologia pode ser um momento tão significativo para o tratamento de câncer de próstata em homens como a remoção localizada do tecido canceroso em vez do seio inteiro foi para as mulheres com câncer de mama.
"A decisão de buscar tratamento sempre foi um balanço entre benefícios e danos. Os danos sempre foram os efeitos colaterais - a incontinência urinária e as dificuldades sexuais para a maioria dos homens", disse Emberton.
"É uma grande transformação termos um novo tratamento que é virtualmente livre de sequelas", acrescentou o médico.

Milhares de mortes

Mais de 46 mil homens são diagnosticados por ano com câncer de próstata por ano no Reino Unido e pelo menos 11 mil morrem por ano. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que serão 61 mil novos casos da doença em 2016 e 13 mil mortes.
A nova terapia ainda precisa ser aprovada pelas autoridades médicas do Reino Unido no início de 2017 antes de ser disponibilizada para pacientes em geral.
Há outras terapias com menor risco de efeitos colaterais, como o uso de ultrassom, mas estes tratamentos ainda não estão disponíveis universalmente.
Matthew Hobbs, da ONG britânica Prostate Cancer UK, disse que a nova tecnologia pode ajudar os homens que enfrentam o dilema do tratamento.
"Tratamentos focais como esse têm o potencial de oferecer uma opção para homens com câncer de próstata que ainda não se espalhou", diz Hobbs.

Triagem

Para Hobbs, o próximo desafio é dividir os pacientes entre os que precisam esperar, os que deveriam se submeter à nova terapia e os que deveriam passar por tratamentos mais invasivos.
"Até que saibamos a resposta para essa questão, é importante que esses resultados não levem a uma situação de tratamento desnecessário de homens com baixo risco de câncer ou tratamento de menos para pacientes de alto risco".

Opinião



Oficiais da Força Aérea estão descontentes - e intrigados - com a iniciativa da Presidência da República de meter-se diretamente com a contratação de serviços de sensoriamento remoto por satélite, no exterior, ignorando regras que exigem a obrigatória presença de empresas nacionais no processo.


A Casa Civil determinou à Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa - CABE, que contrate com urgência - a orientação é de usar o prazo mínimo exigido pela Lei de Licitações para o recebimento das propostas, 5 dias úteis -   serviços de sensoriamento remoto por satélite, em um montante de até 300 milhões de reais.


Segundo o jornal Valor Econômico, o pedido teria causado "estranheza" à CABE, já que a prestação desse tipo de serviços às Forças Armadas só pode ser feita - salvo raras exceções - por empresas brasileiras com sede e administração no país.


Pelas mesmas razões a "divisão de licitações e contratos da Aeronáutica", segundo o jornal, classificou de "desarrazoada", "desproporcional" e "ilegal" do ponto de vista administrativo, a "abertura de concorrência no exterior, regida por leis internacionais, já que os participantes têm que ser empresas brasileiras, inscritas no Ministério da Defesa."     


Caso se configure essa iniciativa - o relatório da CABE cita dezenas de empresas nacionais aptas a realizar o trabalho - ela pode trazer graves prejuízos ao país não apenas do ponto de vista econômico mas, principalmente, no contexto estratégico e de Segurança Nacional.


Entregar voluntariamente a vigilância satelital de nosso território a empresas estrangeiras, com uma presença mínima de brasileiros no processo é, no tocante à área bélica, a mesma coisa que oficializar a doutrina abjeta e entreguista de chamar a raposa para tomar conta do galinheiro, abrindo para os gringos, nesse processo,  detalhes sobre a abordagem estratégica que usualmente aplicamos em nossas fronteiras e em outras áreas em que existem tropas brasileiras, que seriam igualmente monitoradas, como o Haiti e o Líbano.


O que está por trás disso?


Qual o interesse de buscar "parcerias" lá fora, alijando desse processo empresas nacionais, que, caso fosse absolutamente imprescindível trabalhar com empresas  estrangeiras, deveriam a elas se associar, majoritariamente?


Por que fazer essa licitação, se o Brasil já conta com o CBERS - Satélite China-Brasil de Recursos Terrestres (ilustração) e já temos tecnologia própria para a construção, como ocorreu no próprio CBERS, de câmeras orbitais MUX e WFI com resolução de 60 x 60 metros por institutos controlados pelo governo e  empresas de capital brasileiro?


Se já dispomos gratuitamente, de imagens fornecidas por outros parceiros dos BRICS, como a Índia?


Se já contamos com a Visiona, que pertence à EMBRAER e à Telebras, constituída no governo Lula, para construir e operar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro que se encontra em desenvolvimento - o satélite que tínhamos anteriormente para comunicação das forças armadas foi entregue pelo governo FHC a uma empresa  estrangeira - que já representa, justamente, desde 2015, serviços de sensoriamento remoto de  fornecedores  como a Airbus, a DigitalGlobe, a Restec e a SI Imaging Services?  


Em tempos em que o Judiciário e o Ministério Público promovem, incansávelmente, a paralisação de nossos principais projetos de defesa, investigando e perseguindo o Almirante responsável pelo desenvolvimento do programa brasileiro de enriquecimento de urânio; aplicando uma multa estratosférica na empresa responsável pelo desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro e pelo míssil A-Darter da Aeronáutica - entregando parte do dinheiro aos gringos - colocando um ex-presidente da República e o programa de construção de 36 caças estratégicos com a Suécia sob suspeita, é preciso saber o que está por trás desse conjunto de "coincidências"  e da ojeriza, ignorância e desprezo pela importância estratégica do desenvolvimento de material de defesa no Brasil e a quem interessa, dentro e fora do país, que esse desmonte e essa perseguição aconteçam.


Com a palavra, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional - CREDN, para pautar imediatamente a discussão do tema, de forma que se possa responder a essas perguntas, com a convocação dos órgãos e instituições envolvidos, incluído o Ministério Público, para explicar o que está ocorrendo, e dizer que tipo de salvaguardas se está adotando para que se evite, ao menos, a interrupção desses programas; ou a urgente convocação, pelos patriotas - poucos - que ainda restam no Congresso Nacional, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para analisar o assunto.


Em benefício de sua sobrevivência, já ameaçada por uma frágil situação política e uma pífia popularidade, o atual governo - até mesmo porque não foi "eleito" especificamente para isso nem colocou sua agenda em discussão pela sociedade brasileira - precisa ir com menos sede ao pote em sua sanha, mais  transformista e destrutiva do que desenvolvimentista e transformadora, de abandono e desmanche da doutrina estratégica de cunho levemente nacionalista vigente neste país nos últimos anos.


Como se já não bastasse a tragédia do desastre estratégico promovido com a irresponsável aprovação da PEC da entrega, que nos deixará sem recursos para defesa e tecnologia por 20 anos.


Em um mundo em que - ao contrário do que diz a parcela mais imbecilizante da mídia - a maioria dos países mais poderosos do mundo - EUA, Europa, Japão - têm dívidas públicas maiores que a do Brasil, e não veem o menor problema em continuar se endividando.

E em continuar se armando, melhor dizendo - para proteger seus interesses e o seu poder decisório - em um  planeta cada vez mais complexo e competitivo, do qual acabamos de abdicar, quadrúpedemente, de participar como protagonistas, apesar de sermos a quinta maior nação do mundo em população e território.

Entrevista


‘Tenentes de toga comandam essa balbúrdia jurídica’, afirma cientista político

Segundo Luiz Werneck Vianna, pesquisador da PUC-Rio, MP e Judiciário alimentam crise política para reforçar seus interesses corporativos.
Wilson Tosta ,
O Estado de S.Paulo

RIO - O cientista político Luiz Werneck Vianna, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, vê “uma inteligência” – a das corporações jurídicas, como o Ministério Público e o Judiciário – no comando da crise política que assola o País. “Essa balbúrdia é provocada e manipulada com perícia”, diz, ao se referir à divulgação de casos de corrupção envolvendo políticos. 
ctv-phy-luiz-werneck-vianna-fabio-motta-estadao
 Foto: FABIO MOTTA/AGENCIA ESTADO/AE
Para ele, procuradores e juízes são “tenentes de toga” – uma comparação com os jovens militares dos anos 1920 –, mas, diferentemente dos revolucionários fardados do passado, não têm programa além de uma “reforma moral” do País. 
Os vazamentos de delações de executivos da Odebrecht caíram como uma bomba na classe política. O que podemos esperar da crise, que parece não ter fim?
Essas coisas não estão acontecendo naturalmente. Não são processos espontâneos. A esta altura, a meu ver, não há dúvida de que há uma inteligência organizando essa balbúrdia. Essa balbúrdia é provocada e manipulada com perícia. 
Mas quem faz isso? O Ministério Público? O Judiciário? 
Essas corporações tomaram conta do País. 
Estão se sobrepondo ao sistema político?
Sim, claramente. E também ganhando mais poder. Na defesa dos interesses públicos, reforçam suas conquistas corporativas. Então não se pode mexer na questão do teto salarial.
Podemos concluir que a crise se prolongará, já que isso interessaria a essas corporações?
O fato é que se criou, nesses últimos anos, uma cultura corporativa muito poderosa. Se você fizer um recenseamento dessas corporações, dos seus encontros anuais, são milhares de profissionais que anualmente se reúnem em algum canto, em geral paradisíaco, para definir a sua agenda, do ponto de vista corporativo. E os partidos não têm penetração, não têm inclusão. São figuras mantidas à margem. 
Os partidos acabaram?
Não acabaram. Estão aí. Estão muito enfraquecidos e sendo objeto deste achincalhe. 
Mas as posições defendidas por esses setores têm sustentação na sociedade, não?
Esse andamento não foi previsto. Foi sendo percebido ao longo do processo. Uma coisa sabiam: que a conquista da mídia era estratégica. Se você pegar os textos que embasam as ações da Lava Jato, lá nos escritos do juiz Sérgio Moro, vai ver a percepção que eles tinham a respeito da mídia como dimensão estratégica. As ruas foram o inesperado, mas que aos poucos foi-se descobrindo como outra dimensão a ser trabalhada. Então, montou-se uma rede, que hoje já não atua mais espontaneamente. Esse processo é, a essa altura, governado. Imprime-se a ele uma certa direção. Agora, para quê, para onde, acredito que eles não sabem. 
O papel dessas corporações teria de ser revisto?
Só quem pode enfrentar essas corporações é o poder político organizado. Quando elas são atacadas, se defendem dizendo que na verdade quem está sendo atingindo é o interesse público. Conseguiram armar esse sistema que as tem protegido de crítica. A questão (da limitação) dos altos salários, por exemplo. Dizem que essas não são medidas corretivas, mas sim que penalizam o poder judicial. Quando eles se protegem da opinião pública mobilizando na outra mão a Lava Jato, ficam inatacáveis.
O governo Temer sobrevive até 2018? Chegaremos às eleições?
Torço para que isso ocorra. Porque a destruição desse governo agora nos joga nas trevas. Destitui-lo para quê? Para fazer eleição direta? Mas como? Fazer eleição direta neste caos? Quem vai ganhar isso?
Vivemos uma espécie de “Revolução dos bacharéis”?
Não, não, não. Tem uma metáfora melhor, a dos tenentes. 
Na Constituição faltam controles sobre essas corporações?
Em princípio, não. O problema é que as instituições têm de ser “vestidas” pelos personagens. E, a partir de certo momento, os personagens começaram a ter comportamentos bizarros. E que têm essa visão iluminada que os tenentes tiveram, nos anos 20. Só que os tenentes tinham um programa econômico e social para o País. E esses tenentes de toga não têm. São portadores apenas de uma reforma moral.
Mas o combate à corrupção não é importante? 
Sem dúvida. Agora, política é política. Este Judiciário que está aí ignora a existência de Maquiavel. Ele se comporta apenas com um ímpeto virtuoso, um ímpeto de missão.
A atuação dessas corporações fortalece a negação da política?
Sim. Elas só existem desse jeito destravado, sem freios, porque as instituições republicanas recuaram. E o presidencialismo de coalizão teve responsabilidade nisso. Porque rebaixou os partidos, fez dos partidos centros de negócio.