Convergencia

O texto ai é da jornalista Ines Aparecida, por isso publicamos, mesmosempedirlicença ao jornal O Povo onde Neidinha tem sua brilhante coluna.

Prefeitura deve se manter firme com relação à rua José Avelino. Ficar contra a retirada é atitude de alguns aproveitadores políticos, como uns dois ou três vereadores que apareceram no local em “solidariedade” aos ambulantes. Aliás, só assim, se soube que eles – de atuação apagada – tinham assento na Câmara Municipal. Neste pequeno espaço, desde a gestão de Luizianne Lins, não foram poucas as vezes que mostramos o quanto era danoso para o Centro a permanência da feira. A ex-prefeita até ensaiou fazer um ordenamento na área, mas não teve coragem, ou força, de levar adiante.
Passar a imagem de “fraco, oprimido e perseguido” é ideal para atrair defensores. Mas, afora os que agem de má fé, se sabe que a história não é bem assim. Um número significativo dos que ali comercializam ou usam “laranjas” para o trabalho de vendas, vivem confortavelmente em bairros de classe média ou alta e se deslocam em veículos de luxo.
Tomara na semana que começa não se repitam as cenas de vandalismo protagonizadas por aproveitadores. Não creio que foram os “pobres feirantes pais de família” que jogaram bombas, pedras e incendiaram ônibus. Vamos torcer, também, para que a Prefeitura transforme o trecho, agora maltratado, em espaço bonito de se ver e aproveitar.
Recadinho aos patrulheiros de plantão: a Prefeitura não me deve, nem eu devo nada a ela.

É Diretas ou Fora Temer?

Manifestantes vão às ruas para pedir renúncia de Temer e eleições diretas

Brasília, Curitiba, Salvador, Belo Horizonte, Natal, Fortaleza, Cuiabá e algumas cidades fora do Brasil também tiveram protestos. 
Com cartazes, os manifestantes gritavam "Fora, Temer" e lembravam do mais recente episódio envolvendo o presidente da República. Na última quinta-feira (18), foi divulgada uma gravação com Temer dando aval para que o dono da JBS, o empresário Joesley Batista, mantivesse uma mesada para que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) se mantivesse calado em Curitiba, onde está preso.
Na madrugada deste domingo (21), o Conselho Federal da OAB decidiu, por 25 votos a 1, entrar com pedido de impeachment de Temer na Câmara dos Deputados. A comissão especial da entidade disse que ele deve ser afastado por ter cometido crime de responsabilidade.
Na próxima quarta-feira (24), o Plenário do Supremo Tribunal Federal vai julgar se mantem ou se dá continuidade à investigação contra Temer por por corrupção, obstrução de justiça e formação de organização criminosa. O relator do caso, ministro Edson Fachin, aceitou o pedido da defesa de Temer e determinou, também, a realização de perícia na gravação de conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista e encaminhou os autos à Polícia Federal.

Capa do jornal OESTADO CE


Coluna do blog




Sem o padre, impera o profano
Clima de guerra no PP do Ceará. O deputado federal Adail Carneiro trabalha para tomar o comando estadual do partido, até então sob a batuta do atual secretário da Regional VI de Fortaleza, Antonio José Albuquerque. Enquanto o PP local era presidido pelo padre José Linhares, Adail mantinha-se quieto. Com a saída do religioso e a posse de Antonio José, o deputado federal resolveu agir para comandar o partido que tem a segunda maior bancada na base de apoio ao governador Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará. Adail esquece algumas coisas e não se acautela ao partir pra guerra. O Padre reza por uma cartilha antiga, chamada bíblia, onde há o olho por olho, dente por dente, mas há também o perdão. O Padre, enquanto político, divide sentimentos de político e de religiosidade que abençoa e até dá a extrema unção a desafetos. O outro lado, não. Tem Deus, a gente sabe, mas na hora agá, pede-se a Deus pra fechar os olhos por um tiquim de tempo. Dizem que Adail é homem – dizem – de mais de 600 carros alugados ao Governo do Estado, à Prefeitura e à Câmara de Fortaleza, além da Assembleia. Não sei, nunca vi um contrato, até porque não fui caçar borboleta, mas como diz o Didi Mocó, quando o povo fala, ou foi, ou é, ou tá pra ser. A turma com quem Adail comprou a briga não perdoa, é tudo Rambo; mata. E não adianta Adail dizer que vai se juntar a eles que não cola. Esse negócio de colou Morais? Se não colou  não cola mais, já era. Adail cometeu o grave pecado da profanação. Foi o Padre Zé passar a presidência do PP no Ceará e Adail foi à sacristia e ta querendo virar papa hóstia. Aí lembro da história passada na sacristia onde o padre ao flagrar o ato, afirmou pro sacristão...Morreu Maria Preá.

A frase: “Jamais duvide daquilo que não poderá provar!”. Traduzindo pra bom brasileiro: Cê é besta! Respeite a puliça!


Do gabinete do Heitor (Nota da foto)
Destaco da nota do Heitor Férrer pra chamar atenção da população do Ceará: “Atualmente, dos 27 estados brasileiros, 23 têm apenas uma única Corte de Contas. Somente o Ceará e mais três estados têm o luxo de ter TCE e TCM. É inegável que a extinção de um proporcionará uma economia de alguns milhões de reais para o Tesouro Estadual. Isso pôde ser claramente sentido durante o breve período em que a corte ficou extinta, com uma economia de mais de R$ 20 milhões no orçamento do Estado para 2017. Os recursos gastos para custear um ano de TCM podem manter um hospital regional, como o de Quixeramobim”. Heitorzinho está com “xicungunha”.

Aos pobres as migalhas
O senador José Pimentel (PT-CE) criticou a aprovação de projeto de renegociação das dívidas dos estados mais ricos do país, enquanto outras propostas, que beneficiam os estados mais pobres, não são apreciadas.

Injusto
Pimentel afirmou que “é necessário fazer esse processo de renegociação da dívida do pacto federativo. Mas é preciso registrar que é um sistema extremamente injusto com os estados mais pobres, exatamente aqueles que não têm dívida com a União”.

O tamanho da bichona
O senador informou que a dívida dos estados com a União soma R$ 496 bilhões e destacou que a região Norte é responsável por 1% do total desse valor, o Nordeste por 4% e o Centro-Oeste por 3%.

Quer dizer...
“Ou seja, os estados ricos ficam com 91% de toda a dívida que hoje equivale a R$ 496 bilhões e sobre a qual estamos tratando aqui. Os quatro estados do Sudeste são responsáveis por 76% dessa dívida e a região Sul por 15%”, afirmou.

Fritando
Nos dias 6, 7 e 8 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral decide se cassa ou não o registro da chapa Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014.

Então...
Se o registro for cassado, Temer perde o cargo e o Congresso elege quem completará seu mandato.  Quem? O TSE levará em conta que o Congresso está cheio de parlamentares sob investigação?

Em HD
A TV Padre Cícero que transmite e gera sinais todo dia 20 para uma dezenas de emissoras de rádio e televisão na santa missa do Padre Cícero, em Juazeiro do Norte,entrou na era do HD. Nova conquista dos Bulhões. Plac plac plac.





Bom dia


A má vontade de Moro com as menções de Palocci à Globo e a um banqueiro

Da Redação
O vídeo acima reúne dois trechos do depoimento do ex-ministro Antonio Palocci ao juiz Sergio Moro, em Curitiba.
No primeiro, Palocci tenta contextualizar as ações de um governo para demonstrar que nem toda ação de ajuda é necessariamente criminosa. Por exemplo, diz que tentou salvar a Varig inclusive em reunião realizada no Supremo Tribunal Federal!
Como se sabe, Moro pressupõe que qualquer ação política é criminosa. Talvez acredite apenas na “meritocracia” dos concursados, pois a soberania popular brasileira está contaminada por um povo que, em si, é desdentado, descamisado e corrupto.
No segundo trecho, Palocci tinha acabado de contar que soubera, através de Marcelo Odebrecht, que existia uma “provisão” da empreiteira para as campanhas do PT, que ele contou ao então presidente Lula, que por sua vez ficou surpreso.
É aquela coisa: você separa 500 mil reais numa conta para ajudar um amigo e a própria existência dessa grana, sobre a qual seu amigo não necessariamente sabe, nem movimenta, pode incriminar seu amigo.
Palocci narra, então, que foi procurado por um banqueiro para um assunto que, segundo ele, hoje tem relação direta com a Lava Jato.
Mas… o juiz Moro não parece muito interessado — pelo menos não agora. Ele só quer falar em Odebrecht, Odebrecht, Odebrecht.
O contexto, que é essencial inclusive na atividade jornalística… esse não interessa.
O curioso é que Moro faz política fora da cadeira de magistrado: dá palestras, participa de eventos públicos, dá entrevistas, se comunica com seguidores através das redes sociais.
Mas, no papel de julgador, ele não quer saber da complexidade das relações políticas, tomando-as como intrinsicamente corruptas.
Longe da gente acreditar na santidade do ex-ministro Palocci, especialmente depois que se tornou lobista, mas observando a íntegra do depoimento fica claro que ele já foi condenado e o testemunho é mera formalidade.

Do site VIOMUNDO

Efe Aga Ce continua se escalando

Em meio a ameaça do PSDB, Fernando Henrique liga para Temer


Evaristo Sa/AFP
Brazilian President Michel Temer makes a statement at Planalto Palace in Brasilia, Brazil, on May 20, 2017. Temer on Saturday asked the Supreme Court to suspend a probe into his alleged obstruction of justice, saying a central piece of evidence is flawed. / AFP PHOTO / EVARISTO SA ORG XMIT: ESA116
O presidente Michel Temer durante discurso no Palácio do Planalto no sábado (20)
Na mesma semana em que recomendou a renúncia se não houver "alegação convincente", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso telefonou no sábado (20) para o presidente Michel Temer.
Segundo relatos de aliados de ambos, o tucano lembrou de crises que enfrentou durantes os seus dois mandatos e lembrou sobre o papel de um presidente de resistir a momentos de instabilidade.
Em mensagem nas redes sociais, o ex-presidente afirmou na quinta-feira (18) que se os implicados não tiverem "alegações convincentes" para se defender das acusações das quais são alvo "terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia".
FHC não cita Aécio ou Temer e fala sempre no plural. Na mensagem, citou "indignação e decepção" como sentimentos correntes. "A solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição", disse.
O telefonema ocorreu no momento em que o PSDB discute a possibilidade de desembarcar do governo tucano. Neste domingo (21), o partido aliado decidiu cancelar uma reunião em que discutiria a manutenção do apoio.
A sigla havia convocado seus dirigentes e líderes parlamentares para o encontro, mas decidiu adiar a conversa depois que a Folha noticiou a reunião.
Três tucanos afirmaram, reservadamente, que tomaram a decisão de suspender a reunião para evitar um mal-estar com o Palácio do Planalto.
O PSDB continua na coalizão governista e quer evitar um rompimento brusco, mas seus principais caciques já cogitam um desembarque.
Parte dos dirigentes da sigla defendem uma articulação rápida para que Temer deixe o poder, com a construção conjunta entre partidos aliados de uma candidatura para a eleição indireta que seria convocada nesse caso.
A cúpula da sigla deve retomar as conversas sobre o assunto na segunda-feira (22), em conjunto com representantes do DEM e do PPS.
Ainda não deve haver uma decisão formal sobre a posição do partido.
Tucanos admitem que pretendem esperar o julgamento do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o pedido feito por Temer para suspender o inquérito aberto contra ele por corrupção passiva, obstrução de Justiça e formação de organização criminosa.

Opinião

Trumpalhadas e trumpistas

Bernardo Pires de Lima 

A administração Trump devia mudar o nome para administração Trumpalhadas, tal é a quantidade de esquemas e confusões que produz por hora. Se a campanha de Donald Trump já não inspirava confiança, a sua presidência tem sido um desastre, só os nossos trumpistas empedernidos é que ainda não admitiram. Mete até alguma pena assistir à benevolência concedida a esta administração por pessoas intelectualmente capazes, mas culturalmente inaptas para sair da redoma de um desejado politicamente incorreto, como se isso fosse, por definição, um rótulo necessariamente positivo. Custa mesmo ver algumas pessoas que, e bem, desdenham Putin e Erdogan, mas que fazem um contorcionismo patético para acomodar Trump e o seu séquito de negociantes da Casa Branca, tudo para não serem acusados de estarem com o outro lado da barricada, essa esquerda maldita dos democratas. É confrangedor.
Dito isto, vamos ao histórico. Em meados de outubro, estava a campanha presidencial ao rubro com algum ascendente de Hillary Clinton, quando a sua estrutura partidária foi alvo de uma maciça pirataria informática com origem na Rússia, deitando ainda mais achas numa candidata cheia de esqueletos no armário e expondo o amadorismo da sua supostamente experiente máquina eleitoral. A estocada final foi dada pelo diretor do FBI, James Comey, ao intrometer--se na campanha com uma declaração bombástica sobre a matéria pirateada, não sobre o crime de ciberataque. A partir daí, Trump fez o resto, aproveitando para queimar Clinton em lume brando, passando ele próprio pelos pingos das suas polémicas, motivando as massas e indo a todos os recantos de estados considerados impossíveis de ganhar. A arrogância de Hillary Clinton ditou o resto.
Hoje sabemos que, durante a campanha, o team Trump manteve contacto com o team Putin em 18 ocasiões, o que por si só, mesmo esquecendo o ciberataque, é absolutamente bizarro. Uma administração eleita tem todo o direito a defender uma linha externa de apaziguamento com a Rússia de Putin, uma cooperação em certos domínios, não exigindo nada em troca, como o respeito pelos direitos humanos, em especial os das minorias perseguidas, ou pelo pluralismo político. Tem o direito, mas será avaliada por essa opção. O que já é difícil aceitar é que um candidato republicano à Casa Branca, para mais sabendo como o GOP é sensível à "questão russa", desenvolva uma cooperação obscura com uma potência rival aos interesses americanos para beneficiar eleitoralmente dela. Isto tem, obviamente, de ser investigado até à última consequência. Tal como o papel do general Flynn enquanto avençado do regime turco e como ponte desse canal com Moscovo: dizer ao mundo que a administração dos EUA é alicerçada em acérrimos defensores dos interesses iliberais, negociais e antidemocráticos de Putin e de Erdogan é admitir que a política americana oficialmente entrou numa twilight zone. Além disso, demitir o diretor do FBI responsável por esta investigação, no timing, no modo e com os conteúdos que se conhecem, adensa a imensa nuvem negra que Trump sempre carregou em cima da cabeleira laranja.
Entretanto, informações sensíveis foram passadas por Trump a Lavrov, numa reunião onde a imprensa americana foi proibida sequer de tirar fotos, notícia que expôs a total desconfiança que a cadeia de informação tem da Casa Branca e que os aliados da NATO necessariamente reforçarão nos próximos tempos. Sobre este episódio, o secretário de Estado Tillerson afirmou não ter forma de saber se os russos tinham ou não uma gravação da reunião da Sala Oval, um assomo de total loucura política ao mais alto nível e de uma ligeireza quanto à defesa do interesse nacional americano. No Kremlin, Putin passou a semana a rir às gargalhadas (como foi público) e, em DC, os capangas de Erdogan (com o presidente turco a comandar do carro) distribuíam pontapés na cabeça de manifestantes pacíficos anti-Erdogan em frente à embaixada. É o que dá acomodar Trump e a sua conduta.
Claro que as duas câmaras do Congresso têm de abrir comissões de inquérito e ouvir tudo e todos em audições públicas. Claro que as agências de investigação competentes têm de ir ao fundo destas trumpalhadas. E claro que, no meio disto, o presidente vai passar uns dias num roteiro externo que começa, triste e singularmente, por Riade, precisamente no dia seguinte às eleições presidenciais no, novamente, diabolizado Irão. O que já não é tão claro é se estamos, como disse David Gergen (conselheiro de Nixon e Bill Clinton), "em território de impeachment". Os democratas estão contidos nessa exigência, por ser processualmente morosa, não terem maiorias no Congresso, precisarem de ganhar tempo até às intercalares de 2018, e por não terem ninguém presidenciável para o combate público. Alguns republicanos começam a pensar que demasiada proteção ao presidente já é cadastro político e, com a totalidade da Câmara e um terço do Senado a eleições para ano, os cálculos começam a ser feitos. Qualquer que seja o ritmo do percurso, o desgaste de Trump é alucinante e isso reflete-se na posição internacional dos EUA, numa semana em que o presidente chinês fez, de forma hábil e inteligente, uma nova megaoperação de charme sobre a milionária Nova Rota da Seda, vincando o universalismo comercial e político deste seu "sonho chinês". Se Vladimir Putin é o tático diabólico que meteu Trump no bolso, Xi Jinping foi quem melhor percebeu a oportunidade única que abre esta administração. Ao contrário destes dois, Trump é um político inexperiente, sem qualquer estratégia ou discernimento para o exercício do cargo. O mínimo que os nossos trumpistas deviam sentir era vergonha.