Isso rola na rede mundial de computadores

 REPRESENTANTE DA ONU NO JULGAMENTO FICOU HORRORIZADO COM O QUE PRESENCIOU!

-“Uma corte de apelação é uma situação em que três juízes escutam os argumentos sobre o processo de um primeiro juíz estar certo ou não. Os juízes hoje falaram cinco horas lendo em um script. Eles tinham a decisão escrita antes de ouvir qualquer argumento”
-“Nunca escutaram, então isso não é uma sessão justa, não é uma consideração apropriada do caso”
-“Estava lá na sala e vi, o promotor-chefe do caso sentado ao lado do relator. Fez seu almoço ao lado dos juízes e, depois, ainda teve conversas particulares com eles. Isso é uma postura totalmente parcial, isso simplesmente não pode acontecer numa corte”
-“Aqui no Brasil vocês têm um juiz que investiga o caso, define grampos e ações de investigação, para depois também julgar a pessoa no tribunal. Isso é considerado inacreditável na Europa. Impossível, pois isso tira o direito mais importante de quem está se defendendo: ter um juiz imparcial no seu caso.”
-“O juiz Moro atuou com pré-julgamento, pois ele foi o juiz de investigação de Lula. Ele demonizou Lula, contribuiu para filmes e livros que difamaram o ex-presidente e encorajou o público a apoiar sua decisão. Moro jamais poderia se comportar assim na Europa”
-“Depois, divulgou para a imprensa áudios capturados de forma irregular de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff. Pediu desculpas, mas imediatamente deveria ter sido retirado do caso.”
-“Tenho experiência com casos de corrupção e, aqui nesta sessão, não vi evidências de corrupção. Foi uma experiência triste sobre o sistema judiciário brasileiro.”

Geoffrey Robertson - Advogado britânico e membro da Organização das Nações Unidas
28/01/18, 12:43

Opinião



SEBASTIÃO NERY

MEIO SECULO DA GLOBO

            RIO – O deputado mineiro José Maria Alkmin foi advogado de um crime bárbaro. No júri, conseguiu oito anos para o réu. Recorreu. Novo júri, 30 anos. O réu ficou desolado:
            - A culpa foi do senhor, dr. Alkmin. Eu pedi para não recorrer. Agora vou passar 30 anos na cadeia.
- Calma, meu filho, não é bem assim. Nada é como a gente pensa da primeira vez. Primeiro, não são 30, são 15. Se você se comportar bem, cumpre só 15. Depois, esses 15 anos são feitos de dias e noites. Quando a gente está dormindo tanto faz estar solto como preso. Então, não são 15 anos, são 7 e meio. E, por último, meu filho, você não vai cumprir esses 7 anos e meio de uma vez só. Vai ser dia a dia, dia a dia. Suavemente.
Eu o relembrei porque nesta semana, a TV Globo comunicou suavemente a saída de uma de suas principais profissionais. Tive a notícia lendo um texto como sempre primoroso do mestre cearense Wilson Ibiapina. Após 48 anos dedicados ao telejornalismo, Alice-Maria decidiu deixar a emissora para se aposentar. Era diretora de desenvolvimento de programas especiais, desde julho de 2009.
Chegou à TV Globo em 1966, como estagiária, no primeiro ano de fundação da empresa. Comandou o jornalismo da Globo por duas décadas, a criação do Jornal Nacional e a implantação da GloboNews. Foi a primeira mulher a ocupar um cargo de direção na Central Globo de Jornalismo.
Alice, parece que foi ontem. Você, Humberto Vieira, Sílvio Júlio e Amaury Monteiro comandando a reportagem, todos fazendo a primeira edição do Jornal Nacional. 
Oito horas da noite, Cid Moreira e Hilton Gomes. Alfredo Marsillac na mesa de corte. Um trecho da música The Fuzz, de Frank de Vol, invade os lares. Pela primeira vez, estava entrando no ar o Jornal Nacional. Primeiro de setembro de 1969, uma segunda-feira.
O Marsillac ainda deve ter guardado o script do primeiro JN, que o Armando deu-lhe de presente com o bilhete: “Marsillac... e o Boeing decolou”. O jornal entrando no ar, na cabeça do Armando Nogueira, era que nem um Boeing levantando vôo. Não podia ter erro. 
Quando cheguei em 1970, o JN ainda uma criança e todos com a preocupação de mantê-lo com qualidade, num formato que aos poucos foi se definindo. O Telejornalismo brasileiro era outro depois daquele dia. E você foi peça preciosa nessa mudança.
Não esqueço de sua preocupação, orientando editores, repórteres, cinegrafistas. Em tudo tinha seu dedo. A equipe foi crescendo: Sebastião Nery, Castilho, Nilson Viana, Jéferson, Meg, Ronan, Luis Edgar de Andrade, Vera Ferreira, Lucia Abreu, Edinete os irmãos Aníbal e Edson Ribeiro e o baiano Jotair Assad.
Eron Domingues, Sérgio Chapelin, Celso Freitas, Berto Filho, Carlos Campbel, Marcos Hummel. Tereza Walcacer, Henrique Lago, Ricardo Pereira, Pedro Rogério, Antônio Severo, Woile Guimarães, Eurico Andrade, Wianey Pinheiro, Ronald de Carvalho, Toninho Drummond, Carlos Henrique de Almeida Santos, Eduardo Simbalista, Carlos Henrique Schroder, esse mesmo que hoje é o diretor geral da Rede Globo, todos grandes jornalistas que foram aprender com você a fazer televisão.
Citei alguns nomes, mas, na verdade, todos da Central Globo de Jornalismo aprenderam com você. Como a maioria, orgulho-me de ter participado de sua equipe durante 20 anos.
Abraço forte do Wilson Ibiapina e da Edilma Neiva, seus alunos, admiradores e amigos.



Penso eu - Quando esse texto for publicado nos jornais já haverá dois ou tres dias saiu aqui.

Evangelho

Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2018.
Santo do dia: Beato Bronislau Markiewicz, presbítero
Cor litúrgica: verde
Evangelho do dia: São Marcos 5,1-20
Primeira leitura: Samuel 15,13-14.30; 16,5-13
Leitura do segundo livro de Samuel:

Naqueles dias, 13um mensageiro veio dizer a Davi: “As simpatias de todo o Israel estão com Absalão”. 14Davi disse aos servos que estavam com ele em Jerusalém: “Depressa, fujamos, porque, de outro modo, não podemos escapar de Absalão! Apressai-vos em partir, para que não aconteça que ele, chegando, nos apanhe, traga sobre nós a ruína e passe a cidade ao fio da espada”. 30Davi caminhava chorando, enquanto subia o monte das Oliveiras com a cabeça coberta e os pés descalços. E todo o povo que o acompanhava subia também chorando, com a cabeça coberta. 16,5Quando o rei chegou a Baurim, saiu de lá um homem da parentela de Saul chamado Semei, filho de Gera, que ia proferindo maldições enquanto andava.6Atirava pedras contra Davi e contra todos os servos do rei, embora toda a tropa e todos os homens de elite seguissem agrupados à direita e à esquerda do rei Davi. 7Semei amaldiçoava-o, dizendo: “Vai-te embora! Vai-te embora, homem sanguinário e criminoso! 8O Senhor fez cair sobre ti todo o sangue da casa de Saul, cujo trono usurpaste, e entregou o trono a teu filho Absalão. Tu estás entregue à tua própria maldade, porque és um homem sanguinário”. 9Então Abisai, filho de Sárvia, disse ao rei: “Por que há de este cão morto continuar amaldiçoando o senhor, meu rei? Deixa-me passar para lhe cortar a cabeça”. 10Mas o rei respondeu: “Não te intrometas, filho de Sárvia! Se ele amaldiçoa e se o Senhor o mandou maldizer a Davi, quem poderia dizer-lhe: ‘Por que fazes isso?’” 11E Davi disse a Abisai e a todos os seus servos: “Vede, se meu filho, que saiu das minhas entranhas, atenta contra a minha vida, com mais razão esse filho de Benjamim. Deixai-o amaldiçoar, conforme a permissão do Senhor. 12Talvez o Senhor leve em conta a minha miséria, restituindo-me a ventura em lugar da maldição de hoje”. 13E Davi e seus homens seguiram adiante.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Capa do jornal OEstado Ce


Coluna do blog

Rápida passagem por Lisboa
O número de imigrantes que obtiveram uma autorização de residência por investir em Portugal diminuiu em 2017. Em contrapartida, os que aderiram a esta medida estão a trazer mais familiares. Na esmagadora maioria, são pessoas que compram imóveis por 500 mil ou mais euros e cada visto gold corresponde, em média, ao investidor e mais duas pessoas. É sinal de que estão a imigrar para ficar e não para circular por outros países como no início, diz quem conhece estes imigrantes. Falamos majoritariamente de chineses, mas os brasileiros quase duplicaram. Os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras indicam 1351 autorizações de residência para atividade de investimento (o chamado visto gold) no ano passado, uma ligeira diminuição comparativamente ao ano anterior, 1414. Só que estão a trazer mais familiares (2678 em 2017, mais 14%), o que faz que o total de entradas por esta via tenha aumentado. Uma comunidade que o advogado Vasco Esteves bem conhece, já que trabalha na área de imigração e muitos dos seus clientes são naturais do Brasil. "Os brasileiros sempre trouxeram cônjuge e filhos ou outros dependentes, acontece com todos os imigrantes, também no caso dos que investem em Portugal." Esta é uma das explicações que encontra para a subida de autorizações de residência a familiares dos titulares de vistos, outra explicação é o desejo de aqui se fixarem. "Anteriormente, estas pessoas pediam autorização de residência porque lhes interessava ter um documento português para circularem, nomeadamente para os Estados Unidos, um destino que atrai muitos brasileiros. Agora não, eles vêm para cá morar, querem viver aqui e posteriormente adquirir a nacionalidade portuguesa, o que acontece ao fim de seis anos de cá viverem", explica Vasco Esteves.

A frase: “Estamos vivendo a expectativa de ter o melhor carnaval da história para o setor turístico e as previsões de números de viajantes e de movimentação financeira comprovam isso”. Do ministro do Turismo, Marx Beltrão  para quem turismo é só dinheiro.



Senador (Nota da foto)
O advogado Dimas de Oliveira é pré-candidato pela Rede Sustentabilidade Ceará à uma das vagas no Senado da República. Dimas, que já foi porta-voz da Rede e candidato a vice-prefeito em 2016 na chapa de Heitor Ferrer, colocou seu nome à disposição da Rede para disputar uma vaga de Senador. A Rede Ceará também discute nomes para lançar candidatura própria ao Governo para fortalecer a pré-candidatura de Marina Silva à Presidência da República.

Puxando cobra pros pés
Existe uma forma de a população ajudar a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Ambiental (Seplam) a ordenar o crescimento de Caucaia. Ao tomar conhecimento ou deparar-se com uma obra irregular, qualquer cidadão pode acionar o serviço de fiscalização da pasta.

Faça assim,faça assado
São três as formas de oficializar a denúncia: por contato telefônico, no número 3342.3901, presencialmente, na sede da Seplam, no Centro de Caucaia, ou pelo suporte da Ouvidoria Online na Internet, no seguinte endereço eletrônico: https://www.participar.com.br/caucaia/users/sign_in.

Políticas Públicas
Estão abertas as inscrições para o 1º Congresso Cearense do Campo de Públicas, evento que o Curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade Federal do Ceará realiza de 14 a 16 de março.

Apoio da Assembléia
Com o tema "Gestão pública e políticas de desenvolvimento: cenários e desafios no Ceará", vai ocorrer na Universidade do Parlamento Cearense (Av. Pontes Vieira, 2391, Dionísio Torres), vinculada à Assembléia Legislativa do Estado Ceará.

Da turma do ódio
"O TSE dificilmente aceitará a candidatura do Lula." Este é o ponto um dos adversário de Lulalá. Mas tem o ponto dois: "Se aceitar dificilmente o diplomará presidente". Odeia mas vota, comenta um antenado gay lussac endiabrado.

Bom dia


Massacre em Fortaleza: A política de guerra às drogas segue fazendo vítimas

Leonardo Sakamoto
Foto: Evilazio Bezerra/O POVO)
Uma chacina na periferia de Fortaleza matou 14 pessoas e feriu outras 18 na madrugada deste sábado (27). Um grupo armado chegou em veículos e começou a atirar na população no Forró do Gago, no bairro Cajazeiras. A polícia investiga o envolvimento de uma facção criminosa que estaria atrás de membros de outra facção na festa. Ironicamente, as mortes ocorreram na rua Madre Teresa de Calcutá.
O governo cearense divulgou três ações a serem tomadas para combater a violência causada por facções criminosas: a criação de um centro integrado envolvendo instituições da Justiça e da Segurança Pública, a implantação de um grupo especializado da Polícia Federal no estado e uma vara especializada no Tribunal de Justiça do Ceará.
Contudo, correm o risco de servirem apenas para ''enxugar gelo''.  O ''Massacre de Cajazeiras'' é mais uma prova da falência da política de ''guerra às drogas''. Ao declarar parte dos psicoativos ilegais e montar uma esquema de guerra para combater sua produção e comercialização, o poder público faz de conta que está enfrentando a oferta. E apesar de saber que a demanda nunca poderá ser reprimida com uma proibição, segue orientando a sociedade para demonizar essas substâncias e tratar seus usuários como criminosos.
O resultado dessa situação criada não só no Brasil, mas pela comunidade internacional, são facções que se armam até os dentes para garantir essa oferta, matando e morrendo.
Já tratei desse assunto aqui várias vezes, então peço desculpas se for repetitivo. Mas é necessário relembrar, a cada chacina, quais os elementos que levam à morte dessas pessoas.
As maiores batalhas do tráfico sempre acontecem longe dos olhos da classe média e alta, uma vez que a imensa maioria dos corpos contabilizados é de jovens, negros, pobres, que se matam na conquista de territórios para venda de drogas, pelas leis do tráfico e pelas mãos da polícia e das milícias. Os mais ricos sentem a violência, mas o que chega neles não é nem de perto o que os mais pobres são obrigados a viver no dia a dia.
Não percebemos isso com frequência porque boa parte das TVs registram com mais facilidade o fechamento de escolas das classes alta e média alta quando a violência transborda da periferia do que as portas de escolas públicas constantemente fechadas por conta da violência em comunidades pobres. Considerando que policiais, comunidade e traficantes são, não raro, de uma mesma classe social e cor de pele, a sociedade vê isso como uma batalha interna. E muita gente torce não para resolver o problema em definitivo, mas para que os conflitos voltem a ser contidos naquele território, gerando falsa sensação de segurança na parte ''civilizada'' das grandes cidades.
A forma como o tráfico se organizou e a política adotada pelo poder público para combatê-lo estão entre as principais razões desse conflito armado organizado. Sim, o combate ao tráfico gera mais mortos que o consumo de drogas – até porque a droga que, estatisticamente, mais mata e provoca mortes se chama álcool. Você pode comprá-la no supermercado ou ver sua propaganda na TV. Mas ela não é proibida, apenas regulada. Tal como o tabaco.
Toda a expansão de mercado é conflituosa. Em uma sociedade que funciona dentro das normas legais, apela-se à Justiça para decidir quem tem razão em uma disputa. Mas quando se vive em um sistema ilegal, condenado pela própria Justiça, a solução é ter o maior poder bélico possível para fazer valer o seu ponto de vista sobre os demais, sobre a polícia, sobre os moradores de determinada comunidade.
Policiais honestos são vítimas dessa situação, em detrimento aos que não seguem as regras e os que criam milícias. Centenas são assassinados anualmente. Ao mesmo tempo, ela acaba resultando em um genocídio de jovens negros e pobres nas periferias, com corpos contados aos milhares.
Não há saída para a violência armada organizada em Fortaleza, no Rio de Janeiro, em São Paulo, que não passe pela discussão da descriminalização e legalização das drogas. Outros países têm feito esse debate como uma das soluções para reduzir a disputa armada por territórios. Sabem que a ''guerra às drogas'' falhou miseravelmente, servindo apenas para controle político e para fortalecer grupos de poder locais e o tráfico de armas. Por aqui, infelizmente, ainda se discute qual o tamanho do porte de maconha que pode dar cadeia.
Maurício Fiore, coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em entrevista a este blog no início do mês, explicou que não houve mudanças nas taxas de crime ou de consumo pelos jovens da maconha com sua legalização no Colorado, Estado norte-americano que adotou a mesma política há alguns anos. E a arrecadação de impostos aumentou significativamente. Agora, a Califórnia, mais rico e mais populoso Estado dos EUA, está liberando a produção e a comercialização do produto. A depender do resultado, ser á uma forma do mundo verificar que mudar não dói.
Como já disse aqui, o remédio está sendo pior que a doença. No intuito de combater o tráfico, estamos matando ou deixando que as facções matem milhares de pessoas todos os anos. Tudo isso é muito mais danoso à sociedade do que a liberação controlada e regulamentada de drogas.
Para enfraquecer as facções que mandam nos presídios e controlam a vida cotidiana em bairros pobres, é necessário inviabilizar o seu negócio. E com o comércio regularizado e com a presença de várias empresas formais no sistema, o tráfico de armas, necessário para a disputa de territórios, cairia fortemente.
Falar disso é quase um tabu por aqui dada a carga de preconceito e desinformação em cima do tema. Mas se o Estado brasileiro quisesse resolver a bomba-relógio das facções, da violência pública e do sistema carcerário legalizaria paulatinamente as drogas, começando pela maconha.
Mas o Estado não quer. Afinal, tudo isso gera uma indústria do medo, que possibilita o controle de determinadas classes sociais através da justificativa perfeita da contenção da violência do tráfico. E qual o interesse para quem está no comando político e econômico abrir mão disso?