Deu na Monica Bérgamo

 – “Militar condenado na Lava Jato pode voltar à prisão” - O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, 78, ex-presidente da Eletronuclear, pode voltar à prisão. O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), do Rio, deve julgar em breve os embargos em que o Ministério Público Federal questiona a sua libertação, em outubro do ano passado. Quando concedeu habeas corpus ao almirante, o tribunal estava com o colegiado incompleto: um dos desembargadores, Paulo Espírito Santo, considerado duro em suas decisões, estava de férias. A substituta dele votou a favor de Othon. Com o placar de 2 a 1, o almirante, condenado a 48 anos de prisão e em tratamento de um câncer de pele, foi para casa. Agora, o resultado pode se inverter caso Espírito Santo participe da nova votação. O magistrado já chegou a declarar em sessão que não daria a liberdade a Othon se estivesse presente quando o caso foi julgado.

A segunda instancia

  • ”STF se reúne para discutir prisão após condenação em 2ª instância” 
  •  - Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) marcaram para esta terça-feira (20) uma reunião para discutir o impasse em torno da prisão após condenação em segunda instância. Segundo a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, a reunião foi marcada a pedido do decano, Celso de Mello. Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas, nesta segunda-feira (19), a presidente disse que a reunião desta terça foi solicitada pelo decano. "O que tem de concreto é que o ministro Celso de Mello me disse que seria conveniente nós conversarmos. Não é nem reunião formal, não fui eu que convoquei, mas é comum a conversa acontecer." À noite, em entrevista transmitida pelo Jornal Nacional, da TV Globo, Cármen Lúcia reafirmou que não vai ceder e não vai pautar as ações que tratam do assunto. Uma ala dos ministros quer que a questão seja julgada logo. Integrantes dessa ala dizem acreditar que há maioria para mudar o entendimento vigente a fim de que a prisão só possa ser decretada após julgamento de recurso pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a terceira instância da Justiça, nos moldes do defendido por Dias Toffoli.
  • As opções da defesa de Lula para evitar eventual prisão estão em duas ADCs (ações declaratórias de constitucionalidade), que tratam da prisão em segundo grau de forma genérica, ou no pedido de habeas corpus preventivo.
  • ++ A reportagem vincula a discussão ao interesse da defesa do ex-presidente Lula na questão, fazendo parecer que a discussão acontecerá por causa da situação de Lula. No entanto, a estratégia do jornal é simplista. Ela não tem qualquer informação que confirme a relação entre as duas coisas e, pior, o texto não é sincero sobre essa falta de informações concretas que confirmem relação entre uma coisa e outra, as informações foram somente colocadas juntas para que seja possível criar o entendimento no sentido em que o jornal deseja.

Meu Deus!

  • ”Saio triste daqui', diz Lula após protestos durante caravana em Bagé” 
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  • - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi obrigado a fazer alterações em seu roteiro na manhã desta segunda-feira (19) ao enfrentar protestos em sua chegada à cidade de Bagé (RS), ponto de partida de sua caravana pelos estados do Sul. Ruralistas e simpatizantes do deputado federal Jair Bolsonaro usaram caminhões e tratores para bloquear o acesso da comitiva de Lula à Unipampa (Universidade Federal dos Pampas).
  • “Confesso que saio triste daqui. Porque não vi empresário ofendendo a gente. O que vi aqui foi pobres e trabalhadores, que, às vezes, estão até desempregados ganhando alguma coisa para ofender a gente”, discursou Lula, após afirmar que não quer que o Brasil seja eternamente um exportador de soja. Em um discurso de oito minutos, o ex-presidente chamou seus opositores de fascistas, acusando-os de constranger professores e alunos para que não o recepcionassem na universidade. “Sinceramente, não esperava que nossa passagem por Bagé fizesse com que a direita fascista reclamasse junto ao MP que eu não pudesse fazer ato na universidade", disse. "Essas pessoas deveriam ter feito o protesto quando viemos criar a universidade”, afirmou.

Olhaí o que é que o Camilo vai fazer hoje

Agenda do governador Camilo Santana para esta terça-feira, 20 de março de 2018:

8h30: Solenidade para a entrega de 100 novas viaturas da Polícia Militar
Local: Areninha do Pirambu (Av. Presidente Castelo Branco, 1980)

11h: Seminário de comemoração pelos 10 anos das Escolas Profissionais no Ceará
Local: Centro de Eventos do Ceará

13h: Bate-papo ao vivo com a população pelo Facebook

15h30: Reuniões internas

Tempo integral

Pimentel defende escola de tempo integral como saída para violência
O senador destacou a importância do cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação

O senador José Pimentel (PT-CE) defendeu a oferta de escola de tempo integral como solução, a médio e longo prazo, para a violência que afeta o país. Durante encontro com estudantes de Iracema (CE), nesta sexta-feira (16/3), ele disse: “aqueles que hoje governam o Brasil acham que a saída para a violência e a criminalidade é a redução da maioridade penal. Mas a saída é outro caminho. É preferível fazer uma reforma no sistema educacional brasileiro, implantando as escolas de tempo integral com um ensino de qualidade, para que os jovens tenham um futuro digno”, disse.

Em palestra na Câmara Municipal de Iracema, o senador falou para estudantes do ensino médio sobre a importância do cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Pimentel, que foi relator do PNE na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, lembrou que a meta 6 do PNE prevê, no mínimo, 50% das escolas públicas ofertando educação em tempo integral até 2024, de forma a atender 25% dos alunos da Educação Básica.

“Queremos que todas as escolas do Brasil sejam de tempo integral para dar aos alunos a oportunidade de aprendizado e de convivência longe da violência e do crime”, disse Pimentel. O senador ressaltou que “a violência, na verdade, é fruto das escolhas dos governantes e de toda a classe política que não criam as oportunidades necessárias para que a população jovem tenha uma vida mais digna e não seja cooptada pelas organizações criminosas”. 

Segundo Pimentel, o governo Temer enfraqueceu o PNE com a aprovação da Emenda Constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos (EC 95).  A Emenda determina que os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O senador destacou que o custo para a manutenção de um jovem infrator numa instituição de recuperação chega a R$ 60 mil a cada ano. Enquanto isso, o custo para que uma criança frequente uma escola de tempo integral é de R$ 4 mil ao ano. “Mesmo com essa diferença de valores, ao invés de investir em educação, esse governo resolve priorizar a redução da maioridade penal e a construção de presídios, como meio de reduzir a criminalidade e a violência”, disse aos estudantes. Mas, ao colocar o jovem na cadeia, “a bandidagem agradece porque ele vira soldado do tráfico e das organizações criminosas, a preço baixíssimo. O jovem que não aceita integrar [definitivamente] o crime é eliminado”, concluiu. 

Aviso aos compadres

 

Opinião

Doria mentiu três vezes para mim no Jornal da Record News

Por três vezes, em entrevistas ao vivo _ no inicio da campanha de 2016, após a vitória e ao completar 100 dias de mandato _ o prefeito João Doria prometeu a mim, ao Heródoto Barbeiro, ao Nirlando Beirão e aos telespectadores do Jornal da Record News que cumpriria até o último dia seu mandato de quatro anos e não se candidataria à reeleição.
As entrevistas estão gravadas à disposição de quem quiser conferir.
Agora, apenas 15 meses após a posse, Doria anunciou alegremente no domingo que vai renunciar ao mandato para se candidatar a governador, deixando o vice Bruno Covas em seu lugar.
Repete, dessa forma, o mesmo que fez seu correligionário tucano José Serra, que largou a Prefeitura de São Paulo antes da metade do mandato, depois de assinar documentos públicos garantindo que ficaria no cargo durante quatro anos.
“Eu, João Doria, comprometo-me a cumprir integralmente meu mandato nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020 caso seja eleito prefeito da cidade de São Paulo em 2016”, escreveu João Doria em carta assinada ao Catraca Livre no dia 16 de setembro de 2016, antes da eleição.
Cinco dias depois, afirmou à TV Globo: “Serei prefeito por quatro anos e sem reeleição. Não há necessidade. Deixar oportunidades para outras pessoas, oxigenar o partido”.
Não mentiu só para nós, é claro. Doria repetiu a mesma mentira outras 11 vezes em entrevistas e palestras desde a posse, segundo levantamento feito pela Folha, até que no dia 12 de março deste ano escreveu em sua página nas redes sociais, com a maior cara de pau:
“Pessoal, não posso negar esta convocação. A maioria absoluta de representantes e lideranças do meu meu partido fez esse chamado (para ser candidato)”.
No último domingo, sob os acordes do “Tema da Vitória” que embalava as vitórias de Ayrton Senna, Doria surgiu eufórico no palco após sua esmagadora vitória com 80,02% dos votos nas prévias do PSDB, índice quase igual ao de Vladimir Putin (76,6%) ao ser eleito pela quarta vez presidente da Rússia.
Esquecendo tudo o que falou, escreveu e assinou, o quase ex-prefeito passou por cima das promessas com a mesma motoniveladora que usou para ganhar as previas:
“São Paulo não perde um gestor. São Paulo ganha dois gestores. Um no governo e outro na prefeitura”.
Animador de auditórios de empresários nos eventos da sua empresa, Doria desta vez só não usou o apito como costuma fazer para convocar a tropa.
No país do “novo normal”, onde tudo pode, quem é que ainda vai acreditar em promessas de políticos travestidos de gestores?
Quem garante que, caso seja eleito governador, também não abandone o cargo antes da hora para se candidatar a presidente?
Aliás, no PSDB tem muita gente desconfiada de que ele ainda não abandonou seu sonho presidencial, colocando-se como “stand-by” para o caso de Geraldo Alckmin não decolar na campanha.
Doria venceu em primeiro turno as eleições de 2016 apresentando-se como o “novo” para combater a velha política.
Vai ter que adotar outro rótulo agora porque este já não funciona mais.
Sem adversários competitivos até o momento, mesmo com sua popularidade em queda na maior cidade do país, João Doria confia na força do PSDB e de Alckmin no interior do Estado para chegar ao Palácio dos Bandeirantes.
Mesmo descumprindo promessas e ficando apenas um ano e pouco na prefeitura, é possível que ele vença as eleições dando uma banana para os prejudicados.
Tudo é possível quando as palavras já não valem mais nada.
Vida que segue.