Bom dia

Não tenho cerimônia em quebrar cara de mulher”, diz PM após bloco de carnaval em SP.

Hoje é o Dia Internacional da Mulher.

Professores param em Caucaia

Sem reajuste, professores de Caucaia aprovam greve geral
Em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira, 7 de março, os professores municipais de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, aprovaram a realização de greve geral a partir da próxima quinta-feira, 14 de março.
A decisão acontece após a prefeitura, em reiteradas reuniões com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep), negar o pleito da categoria de 4,17% de reajuste salarial em 2019. Os trabalhadores também reivindicam o cumprimento do Plano de Cargos e Carreiras do Magistério, que inclui questões como as progressões e promoções funcionais.
Outras críticas são às precárias condições de trabalho e de funcionamento das escolas municipais e à ausência de profissionais de apoio escolar, entre eles porteiros, merendeiras e auxiliadores de serviços gerais.
O movimento grevista inicia somente na próxima semana, tendo em vista atender o prazo legal de deflagração deste tipo de protesto. A primeira atividade dos profissionais do magistério será um ato na Praça da Câmara Municipal da cidade, a partir das 8 horas do dia 14.
A reposição salarial anual do magistério está prevista na Lei Federal Nº 11.738/2008, com percentual calculado pelo Ministério da Educação.
No Ceará, mais de 53 cidades, inclusive Fortaleza, já reajustaram os salários de seus educadores em pelo menos 4,17%, de acordo com levantamento da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).
Moção de Repúdio
Ainda na assembleia, os professores aprovaram uma Moção de Repúdio contra as posturas do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado do Ceará (Apeoc) e da Secretária de Educação de Caucaia, Camila Bezerra. Os profissionais entendem que ambos têm atrapalhado a ação do grupo laboral durante as mesas de negociação.

Quem jogou lixo no esgoto?

Em 1 mês, Cagece retirou 340 toneladas de lixo da rede de esgoto

a Cagece retirou 340 toneladas de lixo da rede de esgoto. Entre os materiais encontrados: garrafas pet, areia, gordura de alimentos, restos de roupa e entulho de obras

Lixo descartado de forma irregular causa entupimentos de esgoto (FOTO: Reprodução TV Jangadeiro)
Lixo descartado de forma irregular causa entupimentos de esgoto (FOTO: Reprodução/TV Jangadeiro)
Um dos principais motivos dos alagamentos registrados em Fortaleza nos últimos dias é o entupimento dos esgotos. E isso acontece porque ainda tem muita gente que descarta na rede de coleta o que não deve.
Esse tipo de material gera problemas. No caso da gordura, por exemplo, ao longo do tempo, ela vai se acumulando, impedindo o fluxo correto do que realmente deveria passar pela rede de esgoto.
Em janeiro, a Cagece retirou 340 toneladas de lixo da rede de esgoto. Entre os materiais encontrados: garrafas pet, areia, gordura de alimentos, restos de roupa e entulho de obras.

Volta à liça

A Camara de Fortaleza volta ao trabalho. Esta manhã o vereador Sargento Reginauro está inscrito para falar sobre a violencia no Ceará. E vai cuidar do dia da mulher em defesa dos interesses dela.

Lido no Climainfo

Bento Mix

Durante o carnaval, o ministro das minas e energia, almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque, foi ao Canadá e soltou uma sequência de declarações de arrepiar em um evento. Disse, por exemplo, estudar a permissão de atividades de mineração em áreas restritas, como as Terras Indígenas e em zonas de fronteira. Mais, egresso do programa nuclear da marinha, o almirante não poderia deixar de falar do programa nuclear brasileiro e, dentre as atividades de mineração, citou explicitamente a de urânio. Posto que o país atravessa uma crise fiscal, o almirante entende que precisará dos investimentos privados para a pesquisa de novos depósitos do metal. Um dos participantes do evento mostrou cautela, dizendo que o mercado está deprimido desde que o acidente de Fukushima provocou o cancelamento de várias novas usinas. Segundo ele, se e quando o mercado voltar a crescer, então a abertura oferecida pelo almirante poderá ser bem-vista. Não contente, o almirante atribuiu o desastre da Vale ao destino: “Quis o destino que, no início do mandato do presidente Bolsonaro, sofrêssemos um novo e doloroso choque com o rompimento de outra barragem de rejeitos.” Posto que o almirante está colocando um esforço pessoal para concluir Angra 3 e, talvez, iniciar a construção de outras usinas, talvez caiba perguntar quais providências estão sendo tomadas para que o tal destino não provoque um acidente nuclear na região mais densamente povoada do país?

Entrevista


Sarto defende participação plural na AL do Ceará

O deputado estadual José Sarto (PDT), que assumiu a presidência da Assembleia Legislativa no início de fevereiro, destaca os planos que tem para sua atuação à frente da Casa para os próximos dois anos. Em conversa com O Estado, ele destacou a importância de valorizar os equipamentos de que a Assembleia já dispõe, a pluralidade de opiniões encontrada no Parlamento cearense e como as discussões a nível local podem contribuir com debates nacionais. Ele falou, ainda, sobre a possibilidade de disputar a Prefeitura da capital cearense em 2020. Confira:
O Estado. Nesses primeiros dias, o senhor falou bastante sobre aproveitar mais os espaços disponíveis na Assembleia e aproximar a população do Legislativo. Como pretende fazer essa aproximação?
José Sarto. Como você colocou, na verdade pretendo otimizar os equipamentos que nós já temos. Só para ter uma ideia, nós temos, de modo recente – de uma década para cá –, a TV Assembleia, a Rádio Assembleia, a Universidade do Parlamento, o Procon [Programa de Proteção e Defesa do Consumidor] Assembleia, o Instituto Frei Tito, que atende aí a população mais carente, o Inesp [Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará], o Departamento de Saúde, todos esses equipamentos podem ser trabalhados em uma interação com a sociedade. E eu quero otimizar essa parceria do Poder Legislativo com movimentos sociais, com a sociedade de modo geral, e com esses equipamentos nós temos condições muito boas.

Por exemplo, esses três eu diria que são um tripé: Universidade do Parlamento, Inesp e Conselho de Altos Estudos. É preciso estabelecer uma parceria com as universidades aqui do Ceará, com a academia de modo geral, para proporcionar cursos de capacitação para servidores, assessores, deputados, cursos de idiomas para prioritariamente servidores e funcionários públicos em geral, abrindo também a possibilidade para uma participação da população de modo geral. É importante escutar principalmente a academia, as universidades, que têm projetos que podem ser parceiros também, entidades. Na Assembleia temos auditórios que são belíssimos e que, ao meu juízo, estão um pouquinho subutilizados, isso podia ser melhor aproveitado para a população em geral.
OE. A ideia seria incorporar também um festival de música ou iniciativas desse tipo?
JS. Com certeza, não só música, como todas as expressões de arte, cultura, pintura, cordel, festival de canção… Acho que o cearense é artista já quando nasce, como o baiano sendo artista também, e nós temos aí já equipamentos como a TV Assembleia, temos o teatro, um auditório para 600 pessoas, belíssimo e equipado, então acho que conseguimos com muito pouco recurso, mesmo, colocar isso para funcionar, com mais celeridade, acho que vai ser uma interlocução boa com a sociedade.

OE. A gente percebe que a composição atual da Assembleia é muito plural, são ali vários pensamentos, algumas pessoas já chegando demarcando um território. Como o senhor recebe essas ideias?
JS. Acho que toda boa ideia deve ser acolhida, temos aí de fato uma Assembleia bem plural, temos hoje 12 partidos representados na Casa, pessoas que são de diferentes segmentos de luta política. Alguns representam sindicatos, igrejas, movimentos populares, e todas as ideias devem, se forem boas mesmo, ser aproveitadas. Como já coloquei, é importante trabalhar a Universidade do Parlamento, outros equipamentos – eu nem sabia, por exemplo, que o Procon da Assembleia atendeu quase 20 mil pessoas em 2018, é um atendimento jurídico para aquelas causas que são judicializadas, a pessoa que não tem acesso a um advogado, a Defesa do Consumidor está lá para representar, em caso de reclamação de produto que comprou e não correspondeu às suas expectativas, enfim. São muitas ideias e todas que vierem para que a gente possa discutir e aprimorar pode ter certeza absoluta que, independentemente de filiação partidária, vamos recebê-las e, se forem boas, vamos colocar para funcionar.

OE. Já tem se falado nos bastidores sobre a eleição para a Prefeitura de Fortaleza em 2020, e o senhor é citado como uma possível liderança em condições de representar o PDT na disputa. Já pensa nisso?
JS. [Risos] Ultimamente muitas pessoas comentam sobre esse assunto e eu nem esquentei a cadeira de presidente [da Assembleia] ainda. Estou procurando chegar na Assembleia, compreender seu universo, realizar um bom mandato à frente da Casa. São aí 20 e poucos dias, é muito prematuro. E eu digo que a melhor maneira de não ser candidato é dizendo que você é, porque a gente observa que todo mundo que parte à frente dizendo que é candidato termina – ou por estratégia ou por outras razões – não sendo candidato. Então me divirto, até porque não tenho mesmo nenhum plano pré-concebido a não ser buscar fazer uma boa gestão na Assembleia, procurar colocar em debate na AL as questões do momento político muito importante que vivemos hoje no Brasil, discutir uma sociedade mais tolerante, com mais respeito, entendendo a diversidade, compreendendo as razões de todos que estão ali. A Assembleia é uma Casa plural, deputados e deputadas que defendem uma ou outra causa e temos que aprender a conviver nessa pluralidade. Isso é uma missão que me foi dada com muita alegria, responsabilidade, e estou focado nisso para dar o melhor de mim.

OE. É muito diferente ser deputado e ser presidente da Assembleia?
JS. É um pouquinho, eu já tive o privilégio de já ter sido presidente da Câmara Municipal de Fortaleza e já conheço mais ou menos esse itinerário. Na verdade as coisas mudam e se impõe certos costumes, mas o ser humano é o mesmo. Eu já passei por esse itinerário e compreendo algumas observações que são muito ligadas ao exercício do poder, esse fato de já ter passado por isso me dá alguma tranquilidade. Sei que vou errar muito, mas vou procurar acertar mais do que acertei na vez passada. Se acertei, vejo com muita tranquilidade, até porque o tempo nos dá algum sentimento de priorizar algumas coisas que são mais relevantes.

OE. Algumas discussões que têm destaque nacionalmente, como o Escola Sem Partido, a reforma da Previdência, todos os dias estão no Plenário e há, inclusive, projetos estaduais nessa direção por aqui. Como pretende fazer essa discussão nacional, qual participação que a Assembleia do Ceará pode ter nessas discussões?
JS. Acho que é exatamente aí onde a Assembleia deve se inserir no debate, para além dos muros da legalidade, do desempenho de suas funções. O deputado é eleito para legislar, apresentar projetos, fiscalizar, mas hoje a vida pública encontra em qualquer agente público as discussões desses temas que são nacionais. Por exemplo, a Previdência, nós vamos promover um debate na Assembleia [sobre isso] porque é um tema muito caro a todos nós, reforma da Previdência, reforma tributária, eleitoral, todos esses temas e outros que eu reconheço que sejam também muito importantes. Tolerância em compreender a diversidade de opiniões, respeito a quem pensa diferente, eu acho que tudo isso é imperativo para os dias de hoje. Você deve, no meu entender, se inserir nesse contexto, e eu, como presidente da Casa, vou procurar na Mesa [Diretora], sensibilizar nossos companheiros e companheiras, deputados e deputadas para perceber que momento é esse que estamos vivendo. É um momento muito rico para que a gente possa fazer essa discussão.

OE. Esse debate que o senhor mencionou sobre a Previdência já tem data?
JS. Creio que no dia 15 de março. Vamos trazer para cá grandes debatedores nacionais, que têm expertise no tema da Previdência, do direito previdenciário. E, como esse debate está começando no Congresso Nacional, vamos aproveitar tudo que está acontecendo em nível nacional para trazer para cá. Creio que a data já está afixada, no próximo dia 15 de março.

OE. Pretende-se apresentar de alguma forma o resultado desse evento? Para a bancada federal do Ceará no Congresso, alguma sugestão do tipo?
JS. A bancada do PDT já se reuniu semana passada, foi uma discussão muito embrionária, porque a proposta de reforma previdenciária do governo federal foi conhecida há só uma semana. Mas a bancada já se reuniu para discutir esses detalhes da reforma que está se colocando, mas vamos certamente discutir como partido, como pensamento político do partido, e esse debate é mais uma das ferramentas que vão nos ajudar a compreender essa reforma da Previdência, de modo que ela seja mais justa para o povo brasileiro.

Capa do jornal O EstadoCe